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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019





                                 

                             1. Executar alegremente as próprias obrigações.
                             2. Silenciar diante da ofensa.
                             3. Esquecer o favor prestado.
                             4. Exonerar os amigos de qualquer gentileza para conosco.
                             5. Emudecer a nossa agressividade.
                             6. Não condenar as opiniões que divergem da nossa.
                             7. Abolir qualquer pergunta maliciosa ou desnecessária.
                             8. Repetir informações e ensinamentos sem qualquer azedume.
                             9. Treinar a paciência constante.
                          10. Ouvir fraternalmente as mágoas dos companheiros sem biografar nossas dores.
                          11. Buscar sem afetação o meio de ser mais útil.
                          12. Desculpar sem desculpar-se.
                          13. Não dizer mal de ninguém.
                          14. Buscar a melhor parte das pessoas que nos comungam a experiência.
                          15. Alegrar-se com a alegria dos outros.
                          16. Não aborrecer quem trabalha.
                          17. Ajudar espontaneamente.
                          18. Respeitar o serviço alheio.
                          19. Reduzir os problemas particulares.
                          20. Servir de boa mente quando a enfermidade nos fira.

                                                                                                       (Francisco Cândido Xavier)

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Não importa o tamanho da Casa Espírita







Valorize o “seu” Centro Espírita – o grupo de irmãos de Ideal que você frequenta.
Não importa seja ele pequenino, humilde, situado numa rua empoeirada na periferia da cidade.
Sequer importa que o seu público seja constituído por meia dúzia de companheiros.

Valorize a tarefa que você é chamado a desempenhar dentro dele.
Varrer o chão.
Limpar o banheiro.
Colocar as cadeiras em ordem.
Cuidar do pequeno jardim.

Para se equiparar a Centros maiores e com maior número de frequentadores, não se deixe envolver pela tentação de crescimento desnecessário.
Mantenha a simplicidade.

Pureza doutrinária, sobretudo, é onde se respira fraternidade, e não competição.
Valorize o estudo de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, ou de qualquer outra obra da Doutrina, ainda que tropeçando nas palavras, algum orador de boa vontade se disponha a fazer.

O melhor expositor espírita é sempre o que fala com o coração.
É o que não está atrás de público e de aplausos.
É o que não se transforma em popstar.
Mais conhece Espiritismo é quem mais o vivencia, e não quem mais se ocupa nele.

Espiritismo deve ser Cristianismo – se fugir disto complica, e muito.
O ambiente de um Centro Espírita deve ser o ambiente de uma casa cristã, semelhante à Casa dos Apóstolos, em Jerusalém.
Precisa ter criançada a ser evangelizada.
Jovens que chegam para o estudo e para o trabalho assistencial – de preferência, portando os seus instrumentos musicais.

Médiuns passistas curadores – sem necessidade alguma de trabalho específico de cura com o intuito de atrair multidão.
Recipientes com água a ser magnetizada sobre a mesa nua, ou simplesmente coberta com uma toalha singela.
O serviço da Caridade – através da sopa fraterna, pelo menos um dia na semana, da distribuição de roupas e agasalhos, de pães e biscoitos, e dos possíveis gêneros alimentícios.

Espiritismo é doutrina de Centro na periferia.
Se fugir da periferia para o Centro, torna a complicar, e muito mais ainda.

Valorize no “seu” Centro Espírita a iluminada tribuna do Consolador.
Compenetre-se de que mediunidade não é para fazer aparecer o médium, mas, sim, transparecer a Mensagem da Vida Imortal!
Infelizmente, há tantos espíritas querendo aparecer mais que a Doutrina...

Palestra espírita não é espetáculo – e muito menos quando é paga!
– hoje em dia, a estão financiando até através de cartão de crédito!
Reunião em Centro Espírita sério é comunhão com a Espiritualidade Superior, com o sincero propósito de renovação íntima da parte de cada um de seus frequentadores, mas, principalmente, de seus dirigentes.

Não faça de “seu” Centro Espírita o espaço onde o seu personalismo impere.
Nem onde a sua frustração de anseio de poder se expresse em atitudes que desmintam as suas palavras bonitas.





por Inácio Ferreira
Uberaba, Minas Gerais, 28 de julho de 2014


Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/meditacao-diaria/nao-importa-o-tamanho-da-casa-espirita/#ixzz3EREVaItJ

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

ESTUDO DINÂMICO DO EVANGELHO - CONHEÇA!













MORTES PREMATURAS

Citando o Dicionário Aurélio, prematuro significa que se manifesta ou sucede antes do tempo; precoce.

Uma criança, por exemplo, ao desencarnar, pode parecer morte prematura para os encarnados e não ser prematura do ponto de vista espiritual, por ser exatamente o período necessário para aquela etapa evolutiva. Já alguém que desencarna com mais idade, após uma enfermidade, como foi o caso de André Luiz, pode não ser considerada prematura do ponto de vista material, mas ser prematura do ponto de vista espiritual, pois foi abreviado o tempo de vida programado, neste caso, por mau uso das possibilidades orgânicas, ou seja, um suicídio indireto.

Desta forma, a morte pode ser considerada prematura sob dois pontos de vista:
Do plano material – quando há a desencarnação daqueles ainda em tenra idade ou de jovens e adultos com perspectiva de muitos anos ainda de vida;
Do plano espiritual – quando a desencarnação é prematura em relação ao tempo programado da encarnação. A abreviação do período encarnatório pode ocorrer:
• Por mau uso das possibilidades orgânicas, em suicídio direto ou indireto;
• Por uso excessivo das possibilidades orgânicas, para o bem dos outros – não é considerado suicídio;
• Por misericórdia divina, no caso de comportamento inadequado que levasse a maiores prejuízos.

André Luiz, no livro “Evolução em Dois Mundos”, respondendo à questão “Podemos considerar a desencarnação da alma, em plena infância, como sendo uma punição das Leis Divinas, na maioria das vezes?”, esclarece: “Muitas existências são frustradas no berço, não por simples punição externa da Lei Divina, mas porque a própria Lei Divina funciona em todos nós, desde que todos existimos no hausto do Criador. Frequentemente, através do suicídio, integralmente deliberado, ou do próprio desregramento, operamos em nossa alma desequilíbrios, quais tempestades ocultas, que desencadeamos, por teimosia, no campo da natureza íntima. (...) Segundo observamos, portanto, as existências interrompidas, no alvorecer do corpo denso, raramente constituem balizas terminais de prova indispensável na senda humana, porque, na maioria dos sucessos em que se evidenciam, representam cursos rápidos de socorro ou tratamento do corpo espiritual desequilibrado por nossos próprios excessos e inconsequências, compelindo-nos a reconhecer, com o Apóstolo Paulo (“Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo que habita em vós, o qual vos foi dado por Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço, portanto glorificai a Deus no vosso corpo.” [I Coríntios, 6:19-20]), que o nosso instrumento de manifestação, seja onde for, é templo da Força Divina, por intermédio do qual, associando corpo e alma, nos cabe a obrigação de aperfeiçoar-nos, aprimorando a vida, na exaltação constante a Deus.”

Na obra “Nosso Lar”, André Luiz, melindrado por ser tachado de suicida, recebe a seguinte orientação: “Os órgãos do corpo somático possuem incalculáveis reservas, segundo os desígnios do Senhor. O meu amigo, no entanto, iludiu excelentes oportunidades, esperdiçando patrimônios preciosos da experiência física. A longa tarefa, que lhe foi confiada pelos Maiores da Espiritualidade Superior, foi reduzida a meras tentativas de trabalho que não se consumou. Todo o aparelho gástrico foi destruído à custa de excessos de alimentação e bebidas alcoólicas, aparentemente sem importância. Devorou-lhe a sífilis energias essenciais. Como vê, o suicídio é incontestável.”

Encontramos, no livro “Obreiros da Vida Eterna”, um caso em que a personagem Dimas não chegou a aproveitar todo o tempo a ele destinado, por sobrecarga física e emocional em tarefas voltadas para o Bem. André Luiz é orientado, a respeito do tema, conforme segue: “Dimas não conseguiu preencher toda a cota de tempo que lhe era lícito utilizar, em virtude do ambiente de sacrifício que lhe dominou os dias, na existência a termo. Acostumado, desde a infância, à luta sem mimos, desenvolveu o corpo, entre deveres e abnegações incessantes. (...) É verdade que não podemos louvar o trabalhador que perde qualquer órgão fundamental da vida física em atrito com as perturbações que companheiros encarnados criam e incentivam para si mesmos; no entanto, faz-se preciso considerar as circunstâncias em jogo. Dimas poderia receber, com naturalidade, semelhantes emissões destrutivas, mantendo-se na serenidade intangível do legítimo apóstolo do Evangelho. Todavia, não se organiza de um dia para outro o anteparo psíquico contra o bombardeio dos raios perturbadores da mente alheia, como não é fácil improvisar cais seguro ante o oceano em ressaca. (...) Segundo observamos, há existências que perdem pela extensão, ganhando, porém, pela intensidade. A visão imperfeita dos homens encarnados reclama o exame acurado dos efeitos, mas a visão divina jamais despreza minuciosas investigações sobre as causas...”

Na obra “Trilhas da Libertação”, o Espírito Manoel Philomeno de Miranda conta o caso do médium Davi, que desencarnou por um fulminante ataque do coração quando intentava assassinar um oponente. “No momento da prece, em rogativa de socorro, o irmão Ernesto, sabendo da deficiência cardíaca de seu pupilo, exortou, sem palavras, a interferência do Pai para evitar uma tragédia mais grave, no que foi atendido.”

Em todos esses casos, não há injustiça de Deus e sim a Sua misericórdia e justiça. A vida verdadeira não é a vida física e sim a vida espiritual. O Espírito Sanson, na obra “O Evangelho Segundo o Espiritismo”; assevera: “Frequentemente, a morte prematura é um grande benefício que Deus concede àquele que se vai e que assim se preserva das misérias da vida, ou das seduções que talvez lhe acarretassem a perda. Não é vítima da fatalidade aquele que morre na flor dos anos; é que Deus julga não convir que ele permaneça por mais tempo na Terra.”
Bons estudos!
Carla e Hendrio
XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. “Evolução em Dois Mundos”. Pelo Espírito André Luiz. 14ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB, 1995. 2ª parte, item 17.
XAVIER, Francisco Cândido. “Nosso Lar”. Pelo Espírito André Luiz. 23ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB, 1981. Capítulo 04.
XAVIER, Francisco Cândido. “Obreiros da Vida Eterna”. Pelo Espírito André Luiz. 23ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB, 1998. Capítulo 13.
FRANCO, Divaldo P. “Trilhas da Libertação”. Pelo Espírito Manoel P. de Miranda. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996. Capítulo “Novos Rumos”.
KARDEC, Allan. “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. 2ª ed. de bolso. Rio de Janeiro: RJ, FEB: 1999. Capítulo V, item 21.
Postado por Lições dos Espíritos às 20:08 https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhEzBVrnwsTRHbjRadCRvMuVGY89OxNfb-QJkbtME-D7Qz0FlX2_DIwD3GJj_aMDuOehLYKyAOHi-ttE6lZA3MBgAY22H3tDjXPx3slkBCwWmgCzvtr8I6QwUuQR_ZgK83micvltezTuIHQAA0c=


quinta-feira, 25 de abril de 2013

Os Santos Segundo O Espiritismo





Todos nós brasileiros de certa forma já ouvimos falar nos santos. Nosso calendário segue o cristianismo. Temos nele feriados, datas e festividades aos santos. E quem foram eles? Qual é a importância deles na sociedade? Qual é o pepel deles no mundo espiritual?

Eles foram espíritos como nós, mas se destacaram e ficaram famosos pelos seus feitos. Uns carregavam as marcas de crucificação do Cristo, outros abriram mão de uma vida de paixões e luxo para se tornarem mais humildes e ser levar o nome de Jesus adiante. Outros foram levados ao altar por lutar (ir para a guerra) a fim de que o cristianismo não se enfraquecesse.

A Igreja Católica não tem em sua doutrina religiosa a reencarnação. E acham que esses espíritos continuam a ser como era quando aqui encarnados. acham que se o espírito foi um papa milagroso que faleceu há mais de 500 anos, ele continuaria a usar roupas de sacerdote católico.
Mas perante a Doutrina Espírita, todos nós estamos em uma vida contínua, porém com diversas existências. Sabemos também que o espírito quando necessita retornar a terra para resgatar ou com uma missão, ele reencarna. Ele Volta e não se pode dizer que ele receberá o mesmo nome, nem seguirá a mesma filosofia religiosa, e aonde (em que país, nação) ele reencarnará será relativo.

Pense comigo: vamos usar como exemplo, um santo muito popular que é São Jorge. Ele nasceu na atual Turquia e se formou no exército da Capadócia. Jorge foi casado, tinha família, e era um homem assim como nós. Sua missão seria vir na terra para defender e lutar pelo seu povo que tinha medo de falar que seguia ao Cristo. Sendo assim, reuniu um exército para defender, não para atacar. Portanto que os livros e biografias falam que Jorge apenas defendeu os cristãos no Império de Diocleciano. Mas foi pego e decapitado.
Esse ato de fé, naquela época serviria como exemplo para os homens. Sendo assim, puseram-no no altar, canonizando-o para que os homens se espelhassem nele.
Sabemos e temos a compreensão de que o mundo teve a necessidade das guerras, dos vultos luminosos, das renúncias e até mesmo dos martírios. Pois "Não há folha sequer que caia sem a permissão de Deus."

Ele desencarnou há mais de mil anos. E será que ele não teria mais reencarnado na terra?

- Claro que sim. Sob a visão da Doutrina espírita, claro que ele pode ou deve ter reencarnado. Assim como outros santos. Não que tenham reencarnado neste planeta, pois nós espíritas acreditamos que poderiam reencarnar em outros planetas também. Eles certamente tiveram essa missão. Vieram na terra para lutar para que o nome e os ensinamentos do Cristo não fosse extinto (o que não aconteceria, por isso vieram para terra).
Assim aconteceu com vários Mártires, como outro santo muito popular que é São Sebastião.

E As Orações que São feitas a Eles? São atendidas? Por quem?

Claro que são atendidas, assim como são atendidas as orações feitas a Deus, aos médicos espirituais, entre outros espíritos. São atendidos por espíritos amigos. Muitos trabalham dessa forma. Pois o espírito pode se plasmar da maneira que achar melhor. Na forma mais feliz. Isso quando se trata de um espírito mais evoluído.
A Vida de Francisco de Assis, foi uma escolha dele seguir ao cristo renunciando todas as coisas mundanas que o atrasava. Ele com certeza deve se sentir muito feliz se plasmando dessa forma.
Pode sim ter reencarnado e pode reencarnar quantas vezes achar necessário.
Muitos representantes da Igreja que ao desencarnar continuam a trabalhar com os santos. Ouvindo as Orações e Preces.

A nossa doutrina nos ensina que a dor, o sofrimento ainda se faz necessário. É um modo de aprendermos a corrigir os erros do nosso passado. E muitas vezes exigimos que os espíritos trabalhem em nosso benefício. Eles observam orações por orações e ajudam sim, mas se for contra as leis de aprimoramento do ser, eles não irão atender, pois seria ir contra as leis de Deus. a lei de ação e reação.

E As festas Realizadas para Eles?

A Doutrina espírita nos diz que os espíritos não necessitam disso.
Eles não precisam de velas, flores, balões, entre outros.

Vamos refletir um pouco:
Muitos, principalmente católicos e umbandistas no dia de cada santo atiram fogos de artifício. Lembremos que soltar fogos é muito bonito, mas não significa que o espírito necessita disso para atender às preces.
Acreditamos que as festas realizadas em nome dos santos, é uma boa ocasião para a confraternização. Mas a Doutrina Espírita não estipula nenhum calendário festivo. Nem realiza festas e procissões.

Representar esses Espíritos por Imagens. O que o espiritismo diz?

A Representação desses espíritos por imagens, vem também da Igreja católica. Os santos por serem espíritos esclarecidos, bondosos, que deram testemunho de que são acima da matéria, não ficam presos a representações nem a imagens.

Vamos lembrar que nenhum objeto tem força por si só. O que tem força é o seu pensamento. E se você acreditar que aquela imagem irá te ajudar, você acaba que irá registrar em sua mente que aquilo irá te salvar. Sendo assim, a cura, a bênção e o milagre virá. Mas não pela imagem, e sim pela sua força mental.

Aspectos positivos nas Imagens:
Uma pessoa ao olhar para a imagem de Jesus, ela toma um respeito pela imagem e pelo nome dele. Quando ela entra em um lugar que tenha a imagem de um santo, ela vai se policiar para não xingar, não falar coisas indevidas, não dispersar o assunto, não pensar em coisas que não são vinculadas a fé.

Existem Espíritos nas Igrejas?

Claro que tem espíritos nas igrejas. Lembre que Jesus disse: onde houver duas ou mais pessoas reunidas em meu nome eu me farei presente.
Muitos católicos quando vão as missas rezam, pensam em coisas boas, tentam se auto-melhorar. E como tal os espíritos se fazem presente. Aliás, em qualquer lugar onde houver pessoas os espíritos estão.
Os espíritos vão nas igrejas, abençoam as hóstias, dão passes naqueles que estão em sintonia com o bem. Por isso muitos se sentem bem indo em missas.
Além disso. Muitos buscam as igrejas para fazerem missas, corrente de orações a familiares e amigos falecidos. É claro que tem espíritos com grau de evolução baixo, que necessita de ver e sentir o calor das vozes em oração a ele. E é claro que esse espírito se sente melhor com tantas preces feitas com o coração.

Os Espíritos, assim como todos nós podemos e devemos nos santificar, através de uma boa conduta, da perseverança na fé, em levar consolo e amor a todos que necessitam. Sem esperar ser santificado ou beatificado por qualquer pessoa encarnada. Dr.Bezerra de Menezes, o médico dos pobres, não foi santificada (certamente porque era espírita), mas seguiu ao Cristo, trabalhando no bem e em nome da caridade e da humildade. Outro exemplo é o querido Chico Xavier, não foi aureolado por mãos humanas, e sim se auto-iluminou, atingindo um nível de evolução altíssimo.
Vamos irmãos que para os espíritos se "santificarem" não é necessário que nós os coloquemos em altares. Eles próprios se elevam pela sua moral e espiritualização. Não necessitam de que outras pessoas apontem e enumerem seus feitos para decidir se será ou não santificado.
Outro assunto que merece nossa reflexão é a respeito das mitologias que envolvem alguns santos. Pois sabemos que algumas figuras jamais existiram. É claro que respeitamos quem leva em consideração seu aspecto simbólico, assim como devemos nos respeitar e nos amar, pois é para isso que estamos aqui. Nos encontramos neste planeta, não por acaso, e sim pela Providência Divina, que nos abre os caminhos do amor e da compreensão. Devemos amar incondicionalmente, buscando desenvolver o Amor de Jesus Cristo em nossos corações.
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É BOM LEMBRAR

Assim como Emmanuel, mentor de Chico usava roupas romanas, porque se sentia bem. O espírito de um Papa, pode usar roupas sacerdotais. Assim como Joanna de Ângelis se plasma como freira.
Vamos lembrar que, Chico Xavier em sua Humildade, tinha imagens de santos. Não que ele as cultuava e adorava. Mas ele respeitava e gostava muito. Inclusive tinha muita fé em Nossa Senhora da Aparecida e Nossa Senhora da Abadia (padroeira da cidade de Uberaba-MG).
Dr.Bezerra de Menezes, o médico dos pobres, dizia que tudo o que ele fazia era em nome de Nossa Senhora.
A Doutrina Espírita não usa imagens, mas não condena aqueles que usam. Um bom espírita não condena, apenas auxilia quando solicitado.

GRUPO DE ESTUDOS AMIGOS DE CHICO XAVIER

sexta-feira, 5 de abril de 2013

RIVALIDADE ENTRE OS ESPÍRITAS: REFLEXÕES KARDEQUIANAS – I



(Pedro Camilo)

Estava aqui refletindo sobre as muitas rivalidades que surpreendemos no Movimento Espírita e lembrei de voltar a Allan Kardec, em O LIVRO DOS MÉDIUNS, quando trata, com sua incomum lucidez, da “Rivalidade entre as Sociedades”. Dito nas palavras de hoje, “Rivalidade entre os Grupos Espíritas”. 

Na sua época, uma divisão singular se estabelecia: os grupos que cuidavam, de preferência, das manifestações inteligentes, e os que se detinham nas manifestações físicas. O curioso é que cada um pretendia estar com a verdade, como se a sua opção excluísse a outra e, mesmo, deslegitimasse o interesse dos outros grupos.
Dadas as discórdias e os ataques lançados por uns sobre os outros, Kardec pondera:

(OLM, p. 519)*

Atualmente, vemos tais conflitos materializados em outros aspectos, tais como: reuniões mediúnicas abertas ou fechadas, ter ou não ter desobsessão, fazer ou não fazer reuniões de cura, promover ou não promover pintura mediúnica... Os pontos de divergências mudaram, haja vista que quase ninguém mais se ocupa com as manifestações físicas – materializações, mesas girantes e outros –, mas a nossa pequenez se conserva exatamente a mesma: queremos destruir o outro que, embora abrace a nossa mesma causa, pensa, sente e vive seus postulados de forma diferente.

E porque “nossos olhos não são bons”, tendemos a olhar o outro com as mazelas que impregnam o nosso olhar, desprezando-o por ser, simplesmente, diferente. E porque nossas mãos permanecem sendo “motivos de escândalo”, ao invés de as arrancarmos, lançando-as fora, permanecemos atirando pedras nesse mesmo outro, não compreendendo que ser humano é ser diferente, e que todos somos iguais nessa fatalidade. E porque não conseguimos – às vezes não queremos – agir de modo “diferente”, continuamos provando, “por esses simples fatos”, que somos verdadeiramente dominados por uma péssima influência: nossa visão tacanha e medíocre da proposta espírita e cristã.

Enquanto brigamos e acusamos, na tentativa de destruir o outro sob o manto da “defesa da verdade”, Kardec permanece nos advertindo, lembrando aquilo com que nos devemos verdadeiramente ocupar:

(OLM, p. 519-520)*

E aí temos um diagnóstico perfeito: no fundo e no raso, nossos antagonismos tão somente revelam a superexcitação do nosso orgulho, da tola pretensão de superioridade, da doce ilusão de sermos “donos da verdade”. Perdemos o “objetivo comum, que é a pesquisa e a propaganda da verdade”, para municiar os detratores com as nossas disputas de ego, na tentativa vã e tola de estabelecer, aqui ou ali, o templo do “verdadeiro Espiritismo”.

A quem estaremos servindo, a Deus o a Mamom?

* Trechos retirados da 49º edição de O livro dos médiuns, publicada pela FEB.

Pedro Camilo (Salvador/BA)
Advogado. Mestrando em Direito Público pela Universidade Federal da Bahia. Professor Auxiliar de Direito Penal e Processual Penal da Universidade do Estado do Bahia. Escritor e expositor espírita. Trabalhador do Núcleo Espírita Telles de Menezes, de Salvador, Bahia.
Escreveu os livros "Yvonne Pereira: uma heroína silenciosa" e "Devassando a mediunidade"; organizou o livro "Pelos caminhso da mediunidade serena"; mediunicamente, o Espírito Bento José escreveu, por seu intermédio, "Mente Aberta.  



segunda-feira, 1 de abril de 2013

Perispírito


Perispírito
Aluney Elferr Albuquerque Silva
Por ter sido o termo criado pelo Espiritismo, ninguém melhor que Kardec para o definir; perispírito (...) É o traço de união entre a vida corpórea e a vida espiritual. É por seu intermédio que o espírito encarnado se acha em relação contínua com os desencarnados; é, em suma, por seu intermédio, que se operam no homem fenômenos especiais, cuja causa fundamental não se encontra na matéria tangível e que, por essa razão, parecem sobrenaturais para alguns.
O perispírito é o órgão sensitivo do Espírito, por meio do qual este percebe coisas espirituais que escapam aos sentidos corpóreos.
Vejamos algumas perguntas contidas em O Livro dos Espíritos:
93 - O Espírito propriamente dito tem alguma cobertura ou está, como pretendem alguns, envolvido numa substância qualquer?
- O Espírito está revestido de uma substância vaporosa para os teus olhos, mas ainda bem grosseira para nós; muito vaporosa, entretanto, para poder elevar-se na atmosfera e se transportar para onde queira.
Assim como o germe de um fruto é envolvido pelo perisperma, da mesma forma o Espírito propriamente dito está revestido de um envoltório que, por comparação, pode-se chamar de perispírito.
94 - De onde o Espírito toma o seu invólucro semi-material ?
- Do fluido universal de cada globo. Por isso, ele não é o mesmo em todos os mundos. Passando de um mundo para outro, o Espírito troca seu envoltório, como mudais de roupa.
- Assim, quando os Espíritos que habitam mundos superiores vêm entre nós, tomam um perispírito mais grosseiro?
- Já o dissemos: é preciso que eles se revistam da vossa matéria.
Do meio onde se encontra é que o espírito extrai o seu perispírito, isto é, esse envoltório ele o forma dos fluidos ambientes do globo onde vai habitar.
A natureza do envoltório fluídico está sempre em relação com o grau de adiantamento moral do espírito. Os espíritos inferiores não podem mudar de envoltório a seu bel-prazer, pelo que não podem passar, a vontade, de um mundo para o outro. Os espíritos que vão habitar um orbe, tiram daquele meio seus perispíritos; porém, conforme mais ou menos depurado o espírito for, o perispírito também se formará das partes mais puras encontradas no orbe, como também se for deveras inferior formar-se-á das partes mais inferiores do orbe onde habitará. O espírito produz, aí, sempre por comparação e não por assimilação, o efeito de um reativo químico que atrai a si as moléculas que a sua natureza pode assimilar.
Resulta disso um fato de muita importância: a constituição íntima do perispírito não é idêntica em todos os espíritos encarnados ou desencarnados que povoam a Terra ou espaço que a circunda. O mesmo já não se dá com o corpo carnal.
Verificamos também que o progresso perispirítico de um espírito se modifica com o progresso moral que este realiza em cada uma de suas reencarnações, embora ele encarne no mesmo meio.
95 - O envoltório semi-material do Espírito tem formas determinadas e pode ser perceptível?
- Sim; tem uma forma que o Espírito deseja, e é assim que ele se vos apresenta algumas vezes, seja em sonho, seja em estado de vigília, podendo tomar forma visível e mesmo palpável.
Esse laço a que os espíritos se reportam é o perispírito. Ele, também chamado por Kardec de corpo fluídico dos Espíritos , é um dos mais importantes produtos do fluido cósmico; é uma condensação desse fluido em torno de um foco de inteligência ou alma. E continua: "já vimos que também o corpo carnal tem seu princípio de origem nesse mesmo fluido condensado e transformado em matéria tangível.
54. "Numerosas observações de fatos irrecusáveis, dos quais falaremos mais tarde, conduziram a esta conseqüência de que há no homem três coisas: 1ª alma ou Espírito, princípio inteligente em que reside o senso moral; 2ª o corpo, envoltório grosseiro, material, do qual está temporariamente revestido para o cumprimento de certos objetivos providenciais; 3ª o perispírito, envoltório fluídico, semi-material, servindo de laço entre a alma e o corpo.
A morte é a destruição, ou melhor, a desagregação do envoltório grosseiro, daquele que a alma abandona; o outro se separa e segue a alma que se encontra, dessa maneira, sempre como um envoltório; este último, se bem que fluídico, etéreo, vaporoso, invisível para nós em seu estado normal, não deixa de ser matéria, embora, até o presente, não pudéssemos apanhá-la e submetê-la à análise.
Este segundo envoltório da alma ou perispírito existe, pois, durante a vida corporal; é o intermediário de todas as sensações que o Espírito percebe, aquele pelo qual o Espírito transmite sua vontade ao exterior e age sobre os órgãos. Para nos servir de uma comparação material, é o fio elétrico condutor que serve para a recepção e a transmissão do pensamento; é, enfim, esse agente misterioso, inacessível, designado sob o nome de fluido nervoso, que desempenha um grande papel na economia e do qual não de dá bastante conta nos fenômenos fisiológicos e patológicos. A Medicina, não considerando senão o elemento material ponderável, se priva, na apreciação dos fatos, de uma causa incessante, de ação. Mas não é aqui o lugar de examinar essa questão; faremos somente notar que o conhecimento do perispírito é a chave de uma multidão de problemas até agora inexplicados". (O Livro dos Médiuns)
Aura Humana
Somos conforme já sabemos de natureza eletromagnética, e por isso possuímos um campo magnético próprio, poderíamos até em formas didáticas, considerar como se fosse uma lâmpada acesa, com um campo luminoso formado pelos fótons irradiados ao seu redor.
Este campo, conforme dissemos, que se assemelha a uma lâmpada acesa, contém, realmente, a irradiação luminosa de nossa individualidade espiritual, de nosso próprio espírito, a refletir as irradiações de nosso corpo físico, de nosso perispírito e de nosso corpo mental, de nossa identidade eterna, formando assim, este conjunto que chamamos de AURA. Em síntese, são emanações de nossas células orgânicas e de nosso perispírito em uma simbiose comandada por nossa onda mental. Se localizarmos em rápidas palavras o envolvimento do perispírito sob o corpo somático poderemos de uma forma mais profunda analisar estes detalhes:
Corpo ("Considerando-se toda célula em ação por unidade viva, qual motor microscópico, em conexão com a usina mental, é claramente compreensível que todas as agregações celulares emitam radiações e que essas radiações se articulem, constituindo-se tecidos de forças" André Luiz, em Evolução em Dois Mundos, p´g. 129)
Duplo etérico (“O perispírito ao se colar às organizações somáticas, faz às expensas de zona energética bem definida, chamada o Duplo – Etérico, cujas efusões, de mistura com aquelas da organização física, determinam um halo energético em volta do corpo; halo este , de configuração ovóide em seu todo, variável de indivíduo a indivíduo, não só com suas expansões, mas também de múltipla coloração”- Jorge Andréa Psicologia Espírita Vol II - parte do perispírito mais grosseira e próxima do corpo). Reservatório de vitalidade, necessário, durante a vida física, à reposição de energias gastas ou perdidas. Com a desencarnação, essa estrutura se desintegra com a própria organização física, perdendo, pois, o perispírito, em grande parte essa túnica de vitalidade, essencial para o equilíbrio Espírito-corpo.
O Duplo etérico forma-se com a encarnação do Espírito e não possui existência própria como o perispírito, desintegrando-se com a morte física como dissemos acima. É considerado o cerne da eletricidade biológica humana, por ter função de absorver energias vitais do ambiente distribuindo-as eqüitativamente, envolvendo órgãos e sistemas em eflúvios próprios, permitindo, inclusive, o diagnóstico precoce de males que futuramente venham a acometer o indivíduo. Nos suicidas, o duplo ainda pleno de energias vitais, permanece ligado ao perispírito e ao cadáver fazendo com que o Espírito sinta uma espécie de repercussão daquilo que está a ocorrer na matéria, ou seja, a decomposição provocada pelos vermos na terra. Tudo indica, a propósito, que a carga de energia vital contida no duplo condiciona, basicamente, a maior ou menor longevidade do ser humano. Entende-se então, que os medianeiros curadores, em geral, e os aptos à produção de fenômenos ectoplásmicos particularmente ostensivos, já trazem, em seu duplo etérico, reserva maior de energia vital.
Compreendemos, também, como uma vida na carne pode, eventualmente, ser prolongada, como nos mostram inúmeros relatos, bem conhecidos, aliás, dos espíritas brasileiros. Em caso de prolongamento da vida física, por razões evidentemente especiais, avaliadas pelos Espíritos Superiores, surge o revigoramento fisiológico, graças a uma suplementação de recursos no duplo etérico da pessoa contemplada com tal benefício. Existe uma relação muito estreita do duplo etérico e o corpo físico, uma deficiência energética de um, repercute no outro com nítida queda de vitalidade.
O fenômeno da insensibilização poderá ser lembrado aqui, pois, a insensibilidade resultaria de um bloqueio induzido fisicamente, parcial ou não, localizado ou não, na passagem da energia do duplo etérico para o corpo, com a possibilidade inclusive, de um afrouxamento dos próprios liames perispirituais, que, no caso de anestesia geral, poderia ate’favorecer o seu desprendimento.
Nos caso de materialização completa, um outro efeito se verifica nessa circunstância quando por qualquer agressão ao corpo materializado repercute imediatamente no corpo denso do médium doador de recursos ectoplásmicos, através do duplo, chegando a produzir ferimentos no corpo do medianeiro. Pois o fluxo do ectoplasma, do duplo etérico do médium doador ao psicossoma do Espírito em materialização, revestindo-o e possibilitando-lhe expressão física. Efeitos esses lembram os fenômenos de estigmatização, em que o duplo etérico do médium é influenciado por tais ações mentais que a fisiologia se altera, tecidos podem se romper, feridas aparecer e o sangue fluir (dermografia), para passado o momento de influenciação, restabelecer-se o estado de normalidade.
Basicamente todos os fenômenos de efeitos físicos, definidos e muitos bem definidos no compêndio kardeciano, por dependerem basicamente do ectoplasma, guardam relação com o duplo etérico.
No desdobramento, visando a uma diminuição na sua densidade com conseqüente aumento da velocidade e na mobilidade, o perispírito devolve ao físico, largas cotas de energia com as quais se encontra impregnado quando justaposto a este, tal qual um balão, que para alçar maior altitude desvencilha-se do lastro que o torna lento.
Nos desdobramento em que se faz acompanhar do duplo etérico, ou eflúvios vitais, o perispírito não consegue um afastamento maior da organização terrestre, pois essa energia adensa um pouco mais o perispírito.
Perispírito ( Também com suas moléculas, condensador de emissões do espírito para com o corpo, funcionando como uma esponja e verdadeiro intermediário para com o corpo e o espírito de natureza eletromagnética). Elaborado desde milhões de anos, nos laboratórios da natureza, o perispírito herdou o automatismo permanente que o mantém atuante, transmitindo ao Espírito as impressões dos sentidos e comunicando ao corpo as vontades deste. Graças a este automatismo perispiritual, o homem não precisa programar-se ou pensar para respirar, dormir, promover os efeitos digestivos, excretar, fazer circular o sangue e os hormônios e um sem número de funções que lhe passam desapercebidas.
O corpo físico obedece ao automatismo perispirítico até mesmo quando o perispírito se afasta. Aquele, formado célula a célula em invasão perispiritual, entranha-se neste, unindo-se molécula a molécula, resultando de tal intimidade completo intercambio, adaptação e aprendizagem perfeita, tal como se o físico recebesse como herança perispirítica os automatismos que lhe são peculiares.
Por isso, nos desdobramentos, onde o complexo Espírito-perispírito se afasta do corpo ficando a ele ligado por um laço fluídico, suas funções permanecem, sem prejuízo da economia celular. O mesmo ocorre no coma, onde às vezes, por milhares de dias, Espírito e perispírito podem estar distantes, mas não desligados completamente com o físico animado à espera da volta de ambos.
Afirmamos ainda, que neste corpo se encontra a gênese patológica das mais variadas enfermidades, que são drenadas para o físico, graças ao favorecimento de uma sintonia com os microorganismos patogênicos, gerada por seu adensamento.
Alimentado pelo fluido vital o corpo permanece com suas funções celulares, mesmo com a saída do Espírito, qual motor que fica ligado sem o operador estar presente, embebecido pelo duplo etérico, que contem, ou melhor é formado por eflúvios vitais na compensação e manutenção do organismo físico.
Todos os corpos da natureza, irradiam de si mesmos uma energia, pois todos são em essência energia. Todavia o ser humano encarnado, por possuir inteligência livre apresenta uma radiação mais variável possível e com uma complexidade enorme. Semelhante projeção surge profundamente enriquecida e modificada pelos fatores do pensamento contínuo que, em se ajustando às emanações do campo celular, lhe modelam, em derredor da personalidade, o conhecido corpo vital ou duplo etéreo.
Conforme Delanne em A Evolução Anímica, nos diz: " Nos primórdios da vida, o fluido perispiritual está misturado aos fluidos mais grosseiros do mundo imponderável. Podemos compará-lo a uma vapor fuliginoso a empanar as radiações da alma."
A nossa aura, quando equilibrada, saudável, brilhante, se constitui num escudo que poderá nos defender das irradiações inferiores, como, por exemplo, pensamentos de inveja, ciúme, vingança, ódio, etc. que estão contidos no espaço que nos circunda, em forma de ondas mentais, já projetadas pelas irradiações de outros, prontas a alimentarem poderosamente o nosso campo energético, se sintonizarmos com elas.
É ainda André Luiz que nos diz, em Seu Livro Evolução em Dois Mundos, pág 129 - " A aura é, portanto a nossa plataforma onipresente em toda comunicação com as rotas alheias, antecâmara do espírito, em todas as nossas atividades de intercâmbio com a vida que nos rodeia, através da qual somos vistos e examinados pelas inteligências Superiores, sentidos e reconhecidos pelos nossos afins, e temidos e hostilizados ou amados e auxiliados pelos irmãos que caminham em posição inferior à nossa.
Isso porque exteriorizamos, de maneira invariável, o reflexo de nós mesmos, nos contatos de pensamentos a pensamentos, sem necessidade das palavras para as simpatias ou repulsões fundamentais".
Esclarece ainda, no mesmo livro - " É por essa couraça vibratória, espécie de carapaça fluídica, em que cada consciência constrói o seu ninho ideal, que começaram todos os serviços da mediunidade na Terra, considerando-se a mediunidade como atributo do homem encarnado para corresponder-se com os homens liberados do corpo físico".
Poderemos verificar acima que, refletimos o que sentimos e pensamos em nós mesmos e é essa aura que nos apresenta como verdadeiramente somos. Principalmente refortificando um ditado - a raiva é um veneno que tomamos e esperamos que outros morram, ou seja, esta mesma raiva ficará impregnada em nós transparecendo aquilo que sentimos e afetando principalmente o nosso próprio tônus vibratório.
É um campo resultante de emanações de natureza eletromagnética, a envolver todo o ser humano, encarnado ou desencarnado. Reflete, não só sua realidade evolutiva, seu padrão psíquico, como sua situação emocional e o estado físico, espelha, pois, o ser integral: alma-perispírito- duplo etérico- corpo e no desencarnado: Espírito – perispírito.
A nossa desarmonia íntima provoca uma alteração sensível na aura, no ponto correspondente à situação do órgão ou região desarmonizada. Assim é que a aura poderá apresentar pontos frágeis e doentes que, com intervenção magnética poderão ser corrigidos. É também por essas descontinuidades de nossa aura desarmonizada que espíritos malfazejos podem alcançar o nosso perispírito e provocar, desarmonia que, como vimos vai gerar perturbações e esta a doença (vide figura).
Funções do Perispírito
Bem como já sabemos, é uma expressão criada por Allan Kardec para designar o envoltório fluídico semimaterial do espírito, definido inicialmente de maneira muito simples como laço fluídico mas que, na verdade, exerce papéis de fundamentais importâncias na estrutura orgânica e no intercâmbio com as forças invisíveis.
André Luiz, em seu Livro intitulado Evolução em dois Mundos, nos apresenta importantes informações acerca das funções do perispírito, iniciando por dizer que este "não é um reflexo do corpo físico, porque em realidade, o corpo físico que o reflete, tanto quanto ele próprio, e o corpo espiritual, retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação. Do ponto de vista da constituição e função em que se caracteriza na esfera imediata ao trabalho do homem, após a morte, é o corpo espiritual o veículo físico por excelência, com sua estrutura eletromagnética.
Claro está portanto, que ele é santuário vivo em que a consciência imortal prossegue em manifestação incessante, além do sepulcro, formação sutil, urdida de recursos dinâmicos, extremamente poroso e plástica.
Allan Kardec em A Gênese Cap. XI, nos assevera que; "Pela sua essência espiritual, o Espírito é um ser indefinido, abstrato, que não pode ter ação direta sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico, o qual, de certo modo, faz parte integrante dele. Tomado ainda, as palavras de André Luiz, tiradas do livro supracitado, "o corpo espiritual preside no campo físico a todas as atividades nervosas, resultantes da entrosagem de sinergias funcionais diversas pois, do enunciando por Kardec, o espírito administra a formação do perispírito, apropriando-o às suas novas necessidades", entre as quais podemos inserir: de arquivos das memórias biológicas; de modelador da organização fisiobiológica; de forma reflexa dos arquivos pretéritos.
Notemos ainda a expressão espírito propriamente dito. No comum das vezes, consideramos espírito e perispírito como um todo.
Neste breve estudo do perispírito, é bom também não confundirmos o mesmo com o fluido vital, embora resultem um e outro de transformações do Plasma ou Fluido Cósmico Universal, substrato material ou substância matriz, em sua forma mais primitiva. O fluido vital, de que se pode estar mais ou menos saturado, mais ou menos carente, absorvível e transferível de um indivíduo ao outro, responsável pela vitalidade dos órgãos, não é propriamente um elemento constitutivo do ser, mas o fruto do próprio dinamismo orgânico, que por sua vez alimenta. Diríamos então, e isto é elementar, todavia é sempre muito válido relembrar, que o homem é um grande composto formado de
corpo (animado pelo princípio vital)
alma (espírito no estado de encarnado)
perispírito (agente de intermediação).
Diante das variadas informações contidas nas Obras Básicas codificadas por Kardec, a respeito da mediunidade, não se pode entender a fenomenologia mediúnica sem a presença do perispírito. Ele representará sempre o campo por onde o fenômeno se instala e onde as diversas operações se realizam.
Deste modo, o trabalho mediúnico, com todas as suas diversidades, estará na dependência da interferência do perispírito; este sempre atrelado ao terreno físico, no caso dos encarnados, às expensas da região energética do duplo-etérico. Nesta acoplagem três regiões estarão envolvidas: Perispírito, Duplo-etérico, e corpo físico, conforme acima dissemos.
A maior ou menor sensibilidade mediúnica, seguramente estaria na dependência do modo pelo qual o perispírito acopla-se na zona física. Quanto mais atado à matéria menor será a sensibilidade mediúnica. No desacoplamento do perispírito em relação ao corpo, o campo perceptivo se alarga e o médium participará de percepções que transcendem os conhecidos cinco sentidos. O perispírito, quando atrelado ao corpo somático, é como se sofresse uma espécie de absorção, abafamento do campo energético, limitado, como nos diz Jorge Andréa (Psicologia Espírita Vol. II), a sua influência à zona consciente, e os fluidos densificados da matéria física.
Quando os campos energéticos do perispírito e, naturalmente, boa parte do duplo-etérico se desentrelam do corpo material, diante de certas condições de específica sensibilidade, ainda mais com maior ou menor facilidade, permitem o desenvolvimento das conhecidas projeções espirituais, perfeitamente enquadradas nos processos de mediunidade. Diante disso, as energias espirituais do homem projetam-se procurando seus afins e que, pelos exercícios repetitivos, vão se tornando cada vez mais freqüentes, a ponto também de serem transferidos para o estado de vigília.
Plasmamos seguramente em nosso próprio ser, representado pela agregação de perispírito/Duplo-etérico/Corpo físico (Aura), o que realmente somos e com quem poderemos sintonizar, tanto emitindo, como também recebendo energias do mesmo padrão vibratório, ou seja, afins. Nesta simbiose, natural das coisas vamos começando a entender e avaliando os passes magnéticos, as simpatias e as antipatias inexplicáveis doações outras, de uma fonte para a outra, ligadas a imensos fatores, mais especificamente o objeto de nosso estudo que é o passe, quando o paciente recebe na posição de verdadeiro receptivo as vibrações positivas do passista harmonizado, incentivando assim, o restabelecimento do mesmo.
Todavia, a melhora deste reflexo que somos todos nós de nós mesmos, deverá ser paulatinamente mudado, melhorando os comportamentos e pensamentos, daí ser imprescindível a busca da moralização do ser.
Ao dizermos que o perispírito tem natureza fluídica, etérea, poderemos neste particular especificar melhor: mais ou menos etérea, na conformidade desses mundos habitados e na dependência, em cada um deles, da depuração maior ou menor dos respectivos espíritos ou das inteligências a que servem de base espiritual.
E ele próprio se densifica na medida em que se relaciona mais estreitamente com a constituição fisiológica, orgânica, neuronial.
De uma forma bastante simplória, diríamos: o espírito quer, o perispírito transmite e o corpo executa, sobressaindo, claramente neste particular a característica de intermediário conhecida por todos nós.
“O espírito é o ser inteligente e sensível, então é o perispírito que transmite as sensações do corpo ao espírito e deste as respostas à organização somática, valendo-se é bem verdade, do riquíssimo sistema de transmissões de estrutura neuronial, o nosso sistema nervoso”. (Alberto de Souza Rocha – Além da Matéria Densa).
O desconhecimento do perispírito ou a não aceitação de sua existência dificulta ao homem conceber, imaginar o espírito, senão como algo abstrato, impreciso (“imaterial não é bem o termo; incorpóreo seria mais exato”- questão 82 de “O Livro dos Espíritos).
A idéia do homem trino é muito antiga. A religião judaica e com ela outras tantas consideravam no homem corpo, alma e espírito, que os judeus chamavam respectivamente neshamah, nefesh e huach.
O próprio Kardec, antes de conceituar alma, para efeito de suas considerações, mencionou esses diferentes conceitos da palavra.
Kardec afirma em O Livro dos Médiuns, 2º parte, Cap. I – 58 – “A natureza íntima do Espírito propriamente dito, ou seja, do ser pensante, é para nós inteiramente desconhecida” e continua “Ele se nos revela pelos seus atos e esses atos só podem tocar os nosso sentidos por um intermediário material”.
Em qualquer de seus graus o Espírito está sempre revestido de um invólucro ou perispírito, cuja natureza se eteriza à medida em que ele se purifica e se eleva na hierarquia” (O Livro dos Médiuns, 2º parte, Cap. I – 55)
Estudos desenvolvidos por autores tanto de nosso plano material e do plano espiritual, já com bastante propriedade e nitidez, idetificam certas propriedades e qualidades do perispírito, podendo ser assim catalogadas:plasticidade, densidade, ponderabilidade,luminosidade, penetrabilidade, visibilidade, tangibilidade, sensibilidade global, sensibilidade magnética, expansibilidade, biocorpereidade, unicidade, perenidade, mutabilidade, capacidade refletora, odor, temperatura.
Assinalaremos abaixo um pequeno resuma de cada uma delas para poder assim compreender melhor as capacidades de nossas próprias potencialidades, todavia estudo mais profundo poderá ser encontrado em outras belíssimas obras e em outra que também colocaremos a disposição dentro em breve.
Plasticidade – O perispírito sendo o espelho da alma e eterno extensão da mente, molda-se de acordo com seu comando plastizante, pois como já dissemos é formado também por fluidos ainda que não sejam totalmente eterizados, também não são totalmente materiais. De fato o corpo espiritual mostra um extremo poder plástico, como assinala EMMANUEL, adaptando-se automaticamente às ordens mentais que brotam continuadamente da alma. Forma essa que assume, pode, às vezes, e em certos limites, dizer muito a capacidade do próprio ser em intelectualidade, com o desenvolvimento da vontade, com o treino mental próprio, enfim, independentemente do aperfeiçoamento moral. O crescimento intelectual da criatura, com intensa capacidade de ação, pode pertencer a inteligências de mentes perversas. Daí a razão de encontrarmos, em grande número, compactas falanges de entidades libertas dos laços fisiológicos, operando nos círculos da perturbação e da crueldade, com espetaculares recursos de modificação nos aspectos em que se exprimem para causar suas influencias malévolas.
Tal fato, também poderá explicar o rejuvenescimento que experimentam os Espíritos desencanados, conscientes de seu estado. Mesmo tendo desencarnado com idade física avançada, sentindo-se mais jovens, apresentam-se com tal, totalmente livre dos condicionamentos humanos do corpo físico, o espírito humano não sofre o envelhecimento corporal, assim como não morre. Quando se manifestam envelhecidos, o fazem artificialmente por poder mental, para a comprovação de sua identidade terrena, quando ainda estava encarnado.
Contudo, tal possibilidade de alterar a indumentária perispiritual é limitada ao padrão evolutivo, intrínseco a cada alma. A depender em profundidade de sua, poderíamos dizer, “organização interna”, emocional. Pois, muitas vezes o espírito mergulha em tão severo desequilíbrio afetivo que, imerso em um monoideísmo avassalador, chega a entrar em processo de retração das tessituras perispirituais, comprometendo assim, dolorosamente suas funções e potencialidades. Poderíamos aqui falar dos casos de zoantropia (capacidade ideoplástica em feições animalescas que o perispírito se reveste, devido às condições mentais dos Espíritos envolvidos em tal processo, passando por enormes transformações morfológicas do veículo perispiritual, porquanto, os órgãos psicossomáticos retraídos, por falta de funções benéficas, assemelham-se a ovóides. É essa propriedade do perispírito que explica diversas manifestações que ocorrem tanto na dimensão espiritual, como física, dentre os quais, adaptação perispiritual, comumente utilizada pelos Espíritos Superiores, os quais, alteram a forma de sus corpos espirituais, reduzindo a própria luminosidade e assumindo aspectos que possam com as regiões e as almas que merecem seus serviços socorristas, moldando dessa forma, suas condições vibracionais. O contrário ocorre com aqueles Espíritos que envolvidos com o mal são socorridos e necessitam de uma modificação ou minorização de suas dificuldades para serem melhor atendidos, nesse caso, sendo o Espírito ainda incapaz de modificar seu tônus vibratório, Mentes Superiores, ostentam um alto poder, que possibilitam maiores operações de adaptação plástica.
Já nos processos reencarnatórios, o perispírito em um processo de modelagem, molda a organização física, informam os Mestres Espirituais, que aproximando o momento da reencarnação, o Espírito reencarnante, comumente, entra em gradativo processo de redução psicossômica, o qual acontece simultaneamente com a diminuição da consciência de si, então, até nos processos acima citados o perispírito demonstra seu poder de plasticidade.
Densidade – Como dissemos no início, o perispírito é formado também por fluidos ainda que não sejam totalmente eterizados, também não são totalmente materiais. E não deixando de ser matéria, ainda que quintessenciado, e como tal apresenta em si uma densidade, que se relaciona com o grau de evolução da alma.
A variedade de densidade do perispírito varia também de indivíduo para indivíduo, em Espíritos Moralmente adiantados, é mais sutil e se aproxima da dos Espíritos Elevados; nos espíritos inferiores, ao contrário, aproxima-se da matéria e é o que faz os Espíritos inferiores de baixa condição conservam por muito tempo as ilusões da vida terrestre. A densidade psicossômica varia, de acordo com a evolução do Espírito, ditando, então, seu peso e, também, sua luminosidade, pois quanto menor a densidade do perispírito, menor seu peso e maior a luminosidade.
Ponderabilidade – Sob os aspectos físicos a matéria sutil, o corpo espiritual, em si, não apresentaria um peso possível de ser detectado por meio de qualquer instrumentação até agora conhecida.
Não obstante, na dimensão espiritual, cada organização perispirítica tem seu peso específico, que varia de acordo com sua densidade, ditada, sobretudo, como visto, pelo estado de moralidade do Espírito. Nossa posição determina o peso específico do nosso envoltório espiritual e, conseqüentemente, o habitat que lhe compete. Significa que, embora possa parecer fisicamente imponderável – porque não é matéria densa -, não deixa de apresentar certo peso, variável em cada região ou esfera, visto que, de qualquer forma, sendo matéria, ainda que tênue, submete-se aos princípios gravitacionais imperantes no meio em que se situa e do qual se nutre.
Luminosidade - Como muitas outras características assim como a luminosidade, também desponta como característica particular de cada Espírito e seus condicionamentos morais evolutivos. A intensidade da Luz está na razão da pureza do Espírito: as menores imperfeições morais atenuam e enfraquecem a condição de luminosidade do Espírito. Sabemos que quando o Espírito mais evolui, mais etérea e pura transforma-se naturalmente sua condição vibracional energética, e sabendo que energia em diversos níveis vibracionais ou velocidade de movimento, produzem luminosidade a depender da freqüência em que se encontram operando, quando mais evoluído a entidade maior freqüência vibracional e por conseguinte maior luminosidade e tanto menos evoluído a criatura, menor freqüência vibracional e luminosidade.
A luz irradiada por um Espírito será, tanto mais viva, quanto maior o seu adiantamento. Assim, sendo o Espírito, de alguma sorte, é o seu próprio farol luminescente, verá proporcionalmente à intensidade da luz que produz, do que resulta que os Espíritos que não a produzem em grande capacidade acham-se na obscuridade.
Note-se que a luz espiritual nada tem com a luz conhecida em Física – radiação eletromagnética, pois, luz emitida por fontes como lâmpada fluorescente ou de mercúrio, por exemplo, chega a parecer, diante de uma presença espiritual superior, mera claridade emitida por uma vela.
Penetrabilidade – Volvendo nossa atenções a natureza etérea do perispírito que permite ao Espírito, caso presente as necessárias condições mentais, atravessar qualquer barreira física, pois matéria alguma lhe opões obstáculo, ele atravessa todos, assim como a luz atravessa os corpos transparentes. Todavia, verifiquemos que existem Espíritos que não conseguem atravessar alguns obstáculos, pelo simples motivo de não saberem que podem fazê-lo. A ignorância ou até mesmo a incerteza diminuem suas aptidões e potenciais, e, conseqüentemente seu poder de ação nas mais diversas áreas. “Todos os corpos são porosos; não se tocando, suas moléculas podem dar passagem a um corpo estranho. Os acadêmicos de Florença tinham demonstrado este ponto, fazendo violenta pressão sobre a água encerrada em uma esfera de ouro; ao fim de pouco tempo via-se o líquido transudar por pequenas gotas, na superfície da esfera. Verificamos, por esses diferentes exemplos, qual a matéria pode atravessar a matéria. É preciso empregar a pressão ou calor para dilatar as substâncias que se quer fazer atravessar outras. Isso é possível e necessário, porque as moléculas do corpo que atravessa, não adquirindo o grau suficiente de dilatação, ficam encerradas uma contras as outras. Mas, se pusermos um estado da matéria em que as moléculas sejam muito menos aproximadas e eminentemente tênues, poderá ela atravessar toas as substâncias, sem necessidade de manipulação. É o que acontece com o perispírito que, formado de moléculas menos condensadas que a matéria que conhecemos, não pode ser detido por nenhum Obstáculo”. (Gabriel DELANNE)
Compreensível, assim, a inexistência de barreiras físicas para o espírito fato que, como visto, poderia ser explicado pelo princípio da porosidade, observável em toda estrutura material, embora, nos dias atuais, também possa ser entendido pelo princípio da incompatibilidade de freqüências, segundo o qual, por exemplo, um raio luminoso azul e outro amarelo, ainda que se incidirem, simultaneamente, sobre uma superfície branca, façam com que esta se torne verde -, se se cruzarem, interpenetrando-se, não mostrarão qualquer alteração, permanecendo, cada qual em sua freqüência e com sua coloração.
Assim como um raio laser odontológico, sendo direcionado num nervo, atuará de forma indolor, porque este vibrará em freqüência diferente da do laser, assim, o perispírito, vibrando em certa freqüência, não se afetando pelos obstáculos materiais, de natureza mais densa e, conseqüentemente, de vibração diferente, porque de freqüência menor. Outro tema parece crescer em complexidade, que quando se cogita a passagem do Espírito através do corpo de um encarnado e seu perispírito, conforme já se vê na literatura Espírita. Nessa linha, por extensão de raciocínio, pode-se admitir que, quando encarnado, o espírito se acopla ao corpo somático adquirindo sua gama de freqüência, o que explicaria o fato de o espírito desencarnado atravessar o encarnado sem incompatibilidades de interpenetração, que ocorreria se ambos estivessem volitando no mesmo domínio. Vejamos que ainda aqui, há diferenças de freqüências vibracionais.
Visibilidade - Aos olhos físicos o perispírito é totalmente invisível, todavia não o é para os Espíritos, nos casos dos menos evoluídos só percebem os seus pares, captando-lhes o aspecto geral. Já os Espíritos Superiores, podem perscrutar a intimidade perispiritual de desencarnados de menor grau de elevação, bem como a dos encarnados, observando-lhes as desarmonias e as necessidades. Mostram-no bem, por exemplo, os trabalhos de esclarecimento espiritual, em que os Espíritos Superiores responsáveis revelam, por meio dos dialogadores encarnados, a realidade do sofredor conduzindo ao entendimento, auscultado seu perispírito,e, também, as sessões de cura, em que os médicos espirituais detectam os sinais patológicos presentes no psicossoma do enfermo. Finalmente, quanto à possibilidade de alguns médiuns videntes verem o perispírito, muito raro são os que, em verdade, possuem as necessárias condições para distingui-lo, ainda, que eventualmente, entre as projeções que formam a aura.
Tangibilidade – Sendo o perispírito também matéria, poderá com o devido apoio ectoplásmico, tornar-se materialmente tangível, no todo ou em parte. Sendo também esse fenômeno, chama do de teleplastia, onde o perispírito do desencarnado ou até mesmo do encarnado, envolve-se por assim dizer com as condições energéticas do ambiente e de algum médium capaz de emprestar recursos energéticos através do duplo etérico, fomentando matéria necessária para revestir o perispírito na energia necessária para o aparecimento.
“Sob a influência de certos médiuns, tem-se visto aparecerem mãos com todas as propriedades de mãos vivas, que, como estas, denotam calor, podem ser apalpadas, oferecem a resistência de uma corpo sólido, agarram os circunstantes e, de súbito, se dissipam, quais sombras.” (Allan Kardec em o Livro dos Médiuns, cap I, II Parte, n. 57)
Sensibilidade Global – Quando encarnado o Espírito registra impressões exteriores por meio de vias especializadas identificadas no corpo somático e que compõem os órgãos dos sentidos, sem o corpo físico, sua capacidade de perceber amplia-se extraordinariamente, pois livre das peias somáticas, a percepção do meio que o envolve já não depende dos canais nervosos materiais, acontecendo como um registro global do perispírito, ou seja, uma percepção, que o Espírito realiza com todo o seu ser. Assim, vê, ouve, sente, enfim, com o corpo espiritual inteiro, uma vez em que as sedes dos sentidos não se encontram numa localização específica e limitada, que se observa no estado de encarnação, os sentidos e capacidades ampliam-se.
Neste capítulo, ganham destaques os fenômenos chamados por nós de – transposição de sentidos - , que mostram a possibilidade de algumas pessoas mais sensíveis, perceberem os estímulos por vias físicas totalmente impróprias para isso, explicando, assim, que a sensibilidade global do perispírito pode exteriorizar-se mesmo estando o Espírito encarnado, ainda que em casos excepcionais.
Sensibilidade Magnética – Sendo o perispírito um campo de força que é, a sustentar uma estrutura semimaterial, apresenta-se impressionável pela ação magnética, pois sendo ele mesmo uma criação vibratória do Espírito. Sabemos que somos criados pela mesma matéria, no seu sentido original e, essa matéria que em diferentes estados dá origem a tudo, é energia pura, e sendo o perispírito também oriundo dessa matéria que é o Fluido Cósmico Universal ( FCU ), torna-se o Espírito suscetível às influências da energia ambiental que o envolve (psicosfera) e é essa propriedade que lhe permite absorver, assimilar e, também transmitir a energia espiritual que capta ou recebe. A exemplo disso, temos o precioso processo do passe: o Espírito, acumulando energias e estimulando a sensibilidade do médium, conjuga suas forças com a deste, psíquicas e vitais, para a transmissão dos recursos de cura.
Expansibilidade – Já nos diz Kardec em O Livro do Espíritos na questão 400 – que o “Espírito aspira incessantemente a libertação.”
O perispírito pode, entretanto, conforme suas condições, expandir-se, aumentando, inclusive, o campo de percepção sensorial. É a expansibilidade do perispírito que faculta, a processo de emancipação da alma. Expandindo-se, o perispírito pode chegar a um estado inicial de desprendimento, em que a percepção se torna acentuadamente mais aguda, podendo, a partir daí, se for o caso, evoluir para o desdobramento, a envolver, uma outra propriedade do perispírito, que é a biocorporeidade.
A expansibilidade perispirítica, aliás, está na base dos principais processos mediúnico; haja vista, por exemplo, que ‘a exteriorização do psicossoma que permite ao vidente a captação da realidade espiritual e que, também, graças a essa propriedade, é que se torna possível o contato perispírito a perispírito, que marca o fenômeno chamado de incorporação, seja psicofonia ou psicografia.
Biocorporeidade – Termos este criado pelo grande codificador Kardec, relacionando-o ao fenômeno de desdobramento, embora, de certa forma, expressão mais adiantada da expansibilidade, define-se, particularmente, como notável faculdade do perispírito, que possibilita, em condições especiais, o seu desdobramento, poderíamos dizer com muita cautela “fazer-se em dois”, no mesmo lugar ou em lugares diferentes. Processo que ainda chegaremos a descobrir com mais claridade, mas graças a essa propriedade, o perispírito pode apresentar-se biocorpóreo, ou seja, com um corpo, de igual ao físico da atualidade, fluídico, com maior ou menor densidade, mas suscetível de ser visto e, até tocado, como sói acontecer em muitos casos.
Fenômeno absolutamente natural, nos dizeres de Kardec: “tal fenômeno, como todos os outros, se compreende na ordem dos fenômenos naturais, pois que decorre das propriedades do perispírito e de uma lei natural.”( Obras Póstumas, pp. 56 e 57).
Unicidade – A estrutura perispirítica, como reflexo da alma que é, não é igual a outros perispíritos, como a rigor não existem almas idênticas.
Obviamente, no decorrer do processo evolutivo diminuem as diferenças e cresce a harmonização entre as almas, sem que entretanto a individualidade, deixe de ser preservada.
“A idéia do grande todo não implica, necessariamente, a fusão dos seres em um só. Um soldado que volta ao seu regimento, entra em um todo coletivo, mas não deixa, por isso, de conservar sua individualidade. O mesmo se dá com as almas que entram no mundo dos espíritos, que para elas é, igualmente um todo coletivo: o todo universal.” (Kardec, Allan. Iniciação Espírita. 13 Ed., Sobradinho, DF: Edicel, 1995, p 213. Trad. Caibar Schutel)
Nessa direção, registrado esta em O Livro dos Espíritos nas questões 149 a 152, mostrando que a alma sempre conserva sua individualidade, a refletir em seu perispírito.
Mutabilidade – O perispírito, no decorrer do processo evolutivo, se não é suscetível de modificar-se no que se refere à sua substância, o é com relação à sua estrutura íntima e forma. Sabemos que, por meio da ação plastizante, pode o Espírito mudar, por exemplo, seu aspecto, porém, tal fenômeno envolve, apenas, modificação transitória e superficial, sustentada transitoriamente pela mente.
Desde as formas dos seres antigos, até o homem e o anjo, uma longa escala é percorrida. E quanto mais progride a alma, através das sucessivas transformações, mais apurado vai se tornando seu veículo espiritual e, conseqüentemente, mais delicada a sua forma.
Poder-se-ia assentar que o desenvolvimento do perispírito, através dos milênios incontáveis, passa, como formação rudimentar, pelo estágio vegetal, viaja pelo reino animal, como uma proto-estrutura psicossômica, chegando, então, à dimensão hominal como veículo elaborado, sensível e complexo, a refletir as próprias condições da alma que surge vitoriosa, tocada pelo Pensamento Divino.
O tempo, pois, constrói, com a evolução da alma, neste e em outros mundos, a própria eterização do perispírito. O item 186 de O Livro dos Espíritos, nos esclarece a respeito da condição do perispírito mais aperfeiçoado que chega a confundir-se com a própria alma, como segue:
“Haverá mundos onde o Espírito, deixando de revestir corpos materiais, sé tenha por envoltório o perispírito?”.
- “Há e mesmo esse envoltório se torna tão etéreo que para vós é como se não existisse. Esse o estado dos Espíritos puros.”
Capacidade Refletora – O corpo espiritual, extensão da alma que é, reflete contínua e instantaneamente os estados mentais.
O perispírito, é suscetível de refletir, a glória ou viciação da mente. Por isso, a atividade mental nos marca o perispírito, identificando nossa real posição evolutiva.
Todo pensamento encontra imediata ressonância na delicada tessitura perispiritual, produzindo dois tipos de efeitos: 1) gera na aura a sua imagem, conhecida hoje, como forma-pensamento – variável, de acordo com a carga emocional, inclusive sob o aspecto cromático, como demonstram técnicas e testemunhos incontestáveis e, também, na 2) dimensão física, influindo na fisiologia dos centros vitais, repercute nos sistemas nervoso, endócrino, sangüíneo, e demais vias de sustentação do edifício celular, marcando-lhe o desempenho regular ou não, na economia vital.
Odor – O perispírito, a refletir-se na aura, caracteriza-se, também por odor particular, facilmente perceptível pelos Espíritos.
Contém a literatura mediúnica, com particularidade , as obras de ANDRÉ LUIZ, descrição de regiões infestadas de miasmas pestilentos, a exalarem odores tão fétidos que se tornam quase insuportáveis para os Espíritos mais sensíveis. Tais odores brotariam da podridão fluídica características desses ambientes e, ao que se sabe, dos próprios perispíritos de seus habitantes. Todas as criaturas vivem cercadas pelo seu próprio halo vital das energias que lhes vibram no íntimo do ser e esse halo é constituído por partículas de força a se irradiarem por todos os lados e direções de si para o ambiente, impressionando-nos o olfato, de modo agradável ou desagradável, segundo a natureza do indivíduo que as irradia, cada criatura se caracteriza pela vibração, exalação que lhe é peculiar, aqui e em todos os mundos.
Alguns trabalhos, no campo do labor mediúnico e da fluidoterapia, que, no decorrer médiuns chegam a captar odores, agradáveis ou não, indicativos, inclusive, da evolução dos Espíritos presentes. Odores esses que não se confundem com aqueles oriundos da manipulação ectoplásmica e que chegam a impressionar uma assistência por inteiro, característica essa que nós mesmos já experimentamos na presença de Dr. Bezerra de Menezes, em momentos de suas comunicações.
Temperatura – Como, no desenvolvimento da atividade mediúnica, certos médiuns registram, por exemplo, uma espécie de gélido torpor, com a avizinhação de alguma alma sofredora, ou, ao contrário, uma cálida sensação de bem-estar, quando da aproximação de um Espírito superior, é lícito cogitar-se da possibilidade de que o Espírito também mostre através de seu perispírito uma espécie de temperatura própria, relacionada, naturalmente, com o grau de evolução do Espírito.
Trata-se com certeza de tema que nos trará num futuro breve maiores detalhes a respeito das mais variadas funções do perispírito.