Uma reflexão que toda pessoa poderia fazer!
Embarque em uma jornada de autodescoberta e transformação espiritual com nosso blog. Aqui, buscamos a meditação, a paz interior e a cura emocional como ferramentas para a busca de si mesmo. Nossos conteúdos abrangem temas que fazem bem a nosso espírito,histórias inspiradoras que iluminam o nosso caminho para a espiritualização. Celebramos a rica tapeçaria do conhecimento da vida,sem distinções.Apreciamos o belo,as trocas significativa, um espaço seguro para compartilhar, aprender e crescer.
sábado, 12 de janeiro de 2013
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
RELACIONAMENTO - COMO SABER QUE ACABOU?
Muitas pessoas fingem que não enxergam e não assumem que não existe mais um relacionamento saudável e feliz, tentam viver com esse sentimento achando que é algo temporário, uma fase ruim que vai passar. Apenas quando um fato real acontece é que caem em si de que o amor, a paixão, o carinho e, às vezes, até o respeito acabaram. Nada pior do que permitir que um sentimento que foi tão bom um dia acabe em ódio, raiva. É muito melhor utilizar a honestidade, o diálogo e terminar mantendo uma amizade.
Por esse motivo é muito importante que você tenha sempre respostas para as seguintes perguntas:
Eu amo meu parceiro(a)? Temos metas e objetivos de vida em comum? Imagino criar uma família com ele(a)? Sinto orgulho e admiração dele(a) e valorizo isso para todos? Percebo sinais claros de que ele(a) me ama? Vejo a liberdade da vida de solteiro dos(as) meus(minhas) amigos(as) e não os(as) invejo? Consigo viver tranquilamente com seus hábitos e manias? Conheço pessoas interessantes e não sinto desejo e vontade de ficar com elas? Consigo ser eu mesma(o) quando estou com ele(a)? Ele(a) nunca me coloca para baixo e trata minhas idéias como idiotas?
Enquanto você tiver respostas positivas para a maioria dessas perguntas e seu relacionamento for saudável, significa que o relacionamento ainda tem grandes chances de dar certo. Alguns pontos sempre são ajustáveis através de conversa.
Agora, se você respondeu não para a maioria, mas seu relacionamento não é saudável, se teu(tua) parceiro(a) sempre te coloca para baixo, é excessivamente controlador(a) e ciumento(a) é importante repensar se a longo prazo isso é saudável e se tem solução.
E se a resposta for não para a maioria, não sei o que ainda faz nesse relacionamento. Não mantenha uma situação apenas por medo de estar sozinha(o) ou não encontrar outro(a) ou por estar acostumada(o) com uma rotina e ter receio de não saber mais viver sozinha(o).
Não espere para perceber que acabou apenas quando pegar seu(sua) parceiro(a) com outra(o) ou for agredida(o) fisicamente ou ter perceber que discutem por tudo e não concordam com nada.
Mulheres, uma dica importante: estudos mostram que a maioria dos homens não sabe terminar um relacionamento, e por isso dão pistas para que vocês percebam e terminem. Por isso, ao perceber que chegou ao fim, é melhor para você terminar, porque a falta de vontade dele, a falta de respeito e de paciência podem te machucar muito mais.
http://espirita-online.blogspot.com.br/2010/10/relacionamento-como-saber-que-acabou.html
Superando a perda de entes queridos
A crença na vida após a morte e que a separação é passageira, diante da eternidade, traz um grande consolo no momento da partida daqueles que amamos. Outro aspecto importante que a Doutrina Espírita ensina é que o desespero e a revolta diante desta perda podem prejudicar aqueles que partiram. A questão 936 de O Livro dos Espíritos diz: “Uma dor incessante e desarrazoada o toca penosamente, porque, nessa dor excessiva, ele vê falta de fé no futuro e de confiança em Deus e, por conseguinte, um obstáculo ao adiantamento dos que o choram e talvez à sua reunião com estes”.
O Espiritismo também recomenda a prece pelos entes queridos que partiram, para que seus corações possam se sentir aliviados. O Evangelho Segundo o Espiritismo traz uma coletânea de preces e fala da importância da oração pelos que acabam de deixar a Terra como forma de ajudar no desligamento do espírito, tornando seu despertar no Além mais tranqüilo e breve. “Vós que compreendeis a vida espiritual, escutais as pulsações de vosso coração chamando esses entes bem-amados, e se pedirdes a Deus para os abençoar, sentireis em vós essas poderosas consolações que secam as lágrimas, essas aspirações maravilhosas que vos mostrarão o futuro prometido pelo soberano Senhor”.
Além da busca do consolo espiritual é preciso aprender a lidar com a perda do ente querido. Para compreendermos melhor como trabalhar interiormente esse momento tão difícil e doloroso, entrevistamos a psicóloga Kátia Flock, que é vice-presidente da ABRAPE (Associação Brasileira de Psicólogos Espíritas) e apresentadora dos programas Alquimia da Mente e Despertar para a Vida, na Rede Boa Nova de Rádio.
Como você, psicóloga e espírita, analisa a questão da perda de entes queridos? Acredito que o indivíduo que tem conhecimento da existência da vida após a morte aprende a lidar muito melhor com a questão da perda de entes queridos, porque tem uma concepção diferente dos demais, sabe que a perda é apenas física e transitória. Então, quando a pessoa passa por essa situação, muitas vezes de uma forma inesperada ou brutal e tem a crença nos valores espirituais, consegue viver esse período de luto com maiores condições de enfrentar o distanciamento.
Quer dizer, então, que a pessoa que possui fé e crença na vida após a morte lida melhor com a separação?
A pessoa que crê na existência da vida após a morte e passa pela dor da perda de um ente querido, lida melhor psicologicamente e emocionalmente com a morte. O individuo que não tem essa concepção da existência espiritual, acaba vivendo esse distanciamento de uma maneira pior e de forma conflituosa, por não acreditar na possibilidade de reencontrar a pessoa que partiu.
Com a dor da perda, o psiquismo sofre muitos danos e se existir uma ligação muito forte entre esses, a pessoa acaba vivendo com um grande drama. Muitas, até, não conseguem se curar quando perdem seus entes queridos; continuam sofrendo muitos anos com a mesma dor.
Além do aspecto espiritual, como podemos trabalhar psicologicamente a dor da perda?
Nós temos que analisar o que é a perda. Ela significa não podermos mais compartilhar com aquele indivíduo que é muito importante em nossa vida. Todos nós temos pessoas importantes em nossas vidas, mas se estivermos mais preparados e desenvolvermos o
autoconhecimento, aprenderemos a trabalhar melhor com os momentos difíceis. Muitas vezes existe uma dependência emocional muito grande entre elas e a perda parece brutal, até mesmo, desesperadora. Então, uma forma de lidar melhor com essas situações é a busca da psicoterapia. Por intermédio do tratamento, acaba entrando em contato com suas potencialidades internas e desenvolvendo a auto-estima, pois em geral, as pessoas muito dependentes das outras são pessoas que não confiam em si mesmas.
O autoconhecimento é uma ajuda para tudo na vida do ser humano, porque as perdas, as dificuldades e as frustrações existem e vão existir sempre. Mas a pessoa aprende, dessa maneira, a ter subsídios emocionais e afetivos suficientes para enfrentar as perdas em geral; aprende a canalizar o seu amor também para outras pessoas.
Desabafar sobre os problemas pode ajudar?
Sim. Falar, expressar seus sentimentos pode ajudar muito, mas apenas isso não resolve totalmente a questão. O tempo também ajuda a pessoa a enfrentar a situação.
É importante que aconteça a comunicação, porque o indivíduo muitas vezes acaba entrando em um estado de isolamento e se distanciar não é a maneira mais adequada de solucionar o problema. Negar, jamais deve ser o caminho de resolução de uma questão, e evitar falar é fugir.
A dor da perda leva muitas pessoas para os consultórios dos psicólogos?
O ser humano não foi criado para viver a dor, foi criado para viver o prazer, e desde criança aprendemos a lidar com a vida cheia de prazeres. Por isso que muitas vezes vemos os jovens com grandes frustrações e decepções, buscando até as drogas para fugir, exatamente porque não foram educados para vencer as dificuldades.
A maioria dessas pessoas que procuram os consultórios chegam em grande dor, até mesmo em desespero. E a dor se simboliza através de uma depressão, onde a pessoa não quer viver mais já que perdeu um ente querido. Nós chamamos esse período de depressão por luto. E através das sessões terapêuticas a pessoa vai percebendo que a grande dor dela foi de não querer aceitar que ela consegue viver sozinha; não acreditava até então que poderia viver sem aquela pessoa e vai começar a compreender que pode.
Para encerar, deixe uma mensagem.
O importante é perceber os bons momentos que vivemos com esse ente querido. Além disso, tentar entender que nada acontece ao acaso, tudo tem uma finalidade e se a separação ocorre, ela causa um grande impacto, mas temos que guardar um bom sentimento e sabermos que a caminhada foi importante enquanto estivemos juntos e que a separação não é o fim. Existe a possibilidade do reencontro.
Nós aprenderemos a lidar melhor com essa separação se tivermos a certeza de que ela é transitória. Todos nós partiremos um dia para o plano espiritual. Lidar com a morte não é nada fácil, porque é conviver com a perda. O enfrentamento vem a partir do momento em que tentamos aproveitar a presença de nossos entes queridos enquanto estão conosco, demonstrando carinho e amor, para quando partirem, não sofrermos tanto. Mas o que resta quando esse ente desencarna é lembrar desses bons momentos e ter a certeza de que a perda não é permanente, é apenas transitória. É um período de afastamento.
A pessoa deve tentar levar sua vida adiante, porque quando ficamos presos demais à perda, no futuro acabamos tomando conhecimento de que não vivemos a própria vida e sim, a vida do outro.
A pessoa que sofre a dor da perda de um ente querido não deve depender emocionalmente de uma mensagem psicografada. Apesar de muitas vezes servir como consolo, a pessoa precisa criar forças em seu próprio mundo interior.
Participando de grupos de apoio
A pessoa deve tentar levar sua vida adiante, porque quando ficamos presos demais à perda, no futuro acabamos tomando conhecimento de que não vivemos a própria vida e sim vida e sim, a vida do outro.
Segundo os depoimentos que ouvimos de muitas pessoas que perderam seus entes queridos, desabafar sobre o assunto é muito importante. “É como se tivéssemos nosso ente querido perto de nós novamente por alguns instantes”, nos relatou um dos entrevistados.
Existem alguns centros espíritas que oferecem esse tipo de apoio a esses familiares. Entramos em contato com dois deles. O centro espírita A Caminho da Luz, no bairro da Água Rasa, em São Paulo, mantém um grupo que recebe o nome Gotas de Amor, voltado aos pais que perderam seus filhos. O grupo se reúne para a leitura do Evangelho, passes, apoio às mães e psicografia. As voluntárias também orientam as gestantes e auxiliam na confecção de enxovais.
Outro local que possui um atendimento voltado às pessoas que perderam seus entes queridos é o centro espírita Perseverança, no bairro Santa Clara, zona leste de São Paulo. Entrevistamos Vilma Faria, coordenadora do grupo. O trabalho consiste em palestras e passes, depoimentos de pessoas que já vivenciaram a mesma dor, sessões de psicografia e auxílio nas obras sociais da casa. Vilma nos relatou, também, que perdeu seu filho há 25 anos, e como é ajudar outras mães que estão passando pela mesma situação. “Eu me encontrei na Doutrina Espírita e aprendi a olhar mais para a dor dos outros”, relata.
Seu filho, Moacyr Júnior, desencarnou em um acidente de moto aos 17 anos. Depois da perda ela passou a freqüentar o centro espírita Perseverança e lá recebeu diversas psicografias. Algumas dessas mensagens constam em livros como Motoqueiros do Além e Vozes da Outra Margem. Passou também a freqüentar o grupo de mães e hoje, como coordenadora, diz que tenta passar tudo aquilo que aprendeu para outras pessoas que estão passando pela dor. “Acima de tudo, devemos amar a Deus e jamais devemos nos entregar ao desespero. É através da vontade de servir a Jesus e ao próximo que aprendemos a sobreviver, apesar da dor, e muitas vezes não é preciso ir longe para isso; pode haver alguém de nossa família precisando de nossa ajuda”, reflete Vilma.
http://www.perdasentesqueridos.org.br/site/texto_superando-a-perda-de-entes-queridos.asp
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Encontro de Juventudes Espíritas de Pernambuco – EJEPE 2013
Nenhum Jovem Espírita deve ficar de fora desse Encontro de Luz e de Entretenimento.
Tema do EJEPE 2013: Jovem, há vagas para tarefeiros do Bem!
Período: Semana Santa, 29, 30 e 31 de março 2013.
Local: Colégio Dom – Olinda – Pernambuco – Brasil
Mais Informações: http://www.ejepe.net/ e pelo mail: dijfep@gmail.com
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
A PORTA DA DOR
O velho jargão de que se busca um
grupo espírita pelo amor ou pela dor, infelizmente ainda é real.
As portas do amor são buscadas por
quem procura o conhecimento, por ele mesmo.
É aquela criatura que pensa e sente o
mundo com uma espiritualidade natural, ou seja, é a pessoa que vislumbra que há
mais nesse universo infinito do que pode conceber a nossa vã filosofia. Então,
ela caminha, procura aqui e acolá explicações para a vida. O que essas pessoas
possuem é uma saudável inquietação intelectual. Às vezes, estão confusas, mas
são facilmente acalmadas em grupos de estudo com o conhecimento da filosofia
espírita contida em O Livro dos Espíritos. E, em geral, ao se encontrarem com
ela a abraçam felizes e harmonizados.
Outros, porém, sequer enxergam essas
portas. Trilham os caminhos da dor, chegam como soldados retornando da guerra,
feridos, maltratados, sofridos e, o pior de tudo, em desespero e ansiosos. O
sofrimento é para eles como uma batata quente nas mãos, e não sabem o que fazer
com ele. Correm de um lado a outro, fazem de tudo um pouco, acedem uma vela
para Deus e outro para o diabo, lado a lado, e na mesma hora.
Trabalhar nas portas do amor é um
bálsamo revigorante. Mas trabalhar nos portais da dor humana exige muito.
Precisamos ter bom conhecimento do Espiritismo e da sua ferramenta de ação, que
é o Magnetismo; precisamos nos apoiar em conhecimentos científicos
especializados, para mais bem aplicá-los. E, acima, de tudo precisamos
compreender a natureza humana e conhecer a nós mesmos.
Lidar com as feridas, os males e
dores, até pode ser simples. Difícil mesmo é ver o desespero e socorrê-lo. Não
aquele desespero que grita e chora a altos brados; mas, aquele silencioso que
rói a alma e desfaz tudo que se pode conquistar de bom, em qualquer forma de
tratamento e/ou atendimento.
Ele vem recheado com falta de
aceitação, com falta de reflexão sobre a vida, com um acentuado materialismo e
hedonismo (tão divulgados em nossa cultura atual), ele tem pressa. Meu Deus!
Como tem pressa. É indisciplinado, credo e descrente ao mesmo tempo, pede
orientação e faz o que bem entende, não escuta. Traz consigo a ansiedade e a
depressão, que ganharão rapidamente grande espaço. É avesso ao conhecimento.
Quer um guia, alguém que lhe diga o que fazer, exige atenção.
Amigos, esse é o acompanhante
invisível de muitas pessoas que buscam as sociedades espíritas e, em especial,
o atendimento magnético. Ele é mil vezes mais difícil de atender do que um
obsessor desencarnado, não tem passe dispersivo que afaste e corte ligações
mentais.
Exige dos magnetizadores muito
diálogo, muita compreensão e paciência, tolerância, e o aprendizado de suportar
a ingratidão (não estou falando do muito obrigado nem do reconhecimento
público, falo da entrega e da confiança com que o atendido gratifica o magnetizador,
tal como o bebê gratifica a mãe largando-se confiante e alegre em seus braços),
e aprendermos que o outro tem direito de errar, que não existe aprendizado a
força para questões da alma, portanto não podemos interferir que o sofrimento
pode ser muito amenizado apenas pela forma equilibrada com que é visto e
vivido, e, que, por fim, não nos cabe socorrer quem deseja sofrer e tão pouco
podemos nos afligir com essa decisão.
O trabalho na porta da dor necessita
grande preparo para lidar com nossas emoções que são desafiadas por esses
comportamentos desesperados e diante dos quais precisamos manter o equilíbrio
tanto emocional quanto mental, enxergando o que de fato faz a pessoa sofrer,
além das suas queixas imediatas.
Se a compreensão que nos oferece a Doutrina
Espírita sobre a condição humana não for muito firme, poderemos encontrar
magnetizadores que não se julgarão jamais aptos ao trabalho. Faltará
autoconhecimento, logo serão carentes de compreensão do outro e se perderão nos
conflitos emocionais aos quais esse trabalho nos expõe.
As virtudes do amor ao conhecimento,
da disciplina, da perseverança e da confiança, não necessitam ser aprendidos
pelos magnetizadores espíritas apenas para o trabalho direto, mas para serem
vividos e ensinados aos atendidos.
Nas portas da dor existe a invisível
sinalização para a porta do amor, ajudá-los a enxergá-la e percorrê-la é também
nossa tarefa.
Jornal Vórtice ANO II, n.º 10,
março/2010
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domingo, 6 de janeiro de 2013
O QUARTO REI MAGO
O Quarto Rei Mago
.
Por: Henry Van Dyke
.
Por: Henry Van Dyke
.
Vocês sabem a história dos três reis magos que viajaram do Oriente para Belém para adorar a Jesus e lhe ofertar as dádivas de ouro, incenso e mirra.
Vou-lhes contar a história do quarto rei mago que também viu a estrela e resolveu segui-la e do seu grande desejo de adorar o Rei Menino e lhe oferecer as suas prendas.
Ele morava nas montanhas da Pérsia e o seu nome era Artaban. Era um médico, alto, moreno, de olhos bem escuros: a fisionomia de um sonhador, a mente de um sábio. Um homem de coração manso e espírito indominável.
Era um homem de posses. A sua moradia era rodeada de jardins bem tratados com árvores de frutas e flores exóticas. Suas vestes eram de seda fina e o seu manto da mais pura lã. Era seguidor de Zoroastro e numa noite se reuniu em conselho com nove membros da mesma seita. Eram todos sábios!
Artaban lhes falou sobre a nova estrela que vira e o seu desejo de segui-la. Disse-lhes:
"- Como seguidores de Zoroastro aprendemos que os homens vão ver nos céus, em tempo apontado pelo Eterno, a luz de uma nova estrela e nesse dia, nascerá um grande profeta e Ele dará aos homens a vida eterna, incorruptível e imortal, e os mortos viverão outra vez! Ele será o Messias, o Rei de Israel.
E continuou:
"- Os meus três amigos Gaspar, Melchior, Baltazar e eu, vimos a grande luz brilhante de uma nova estrela á vários dias e vamos sair juntos para Jerusalém para ver e adorar o Prometido, o Rei de Israel. Vendi a minha casa e tudo o que possuo e comprei estas jóias: uma safira, um rubi e uma pérola para oferecer como tributo ao Rei. Convido-os para virem comigo nesta peregrinação para juntos adorarmos o rei!”
Mas um véu de dúvida cobriu as faces de seus amigos:
"- Artaban! Isso é um sonho em vão. Nenhum rei vai nascer de Israel! Quem acredita nisso é um sonhador!"
E um a um, todos o deixaram.
"- Adeus amigo!"
Artaban pesquisando os céus viu de novo a estrela.
"- É o sinal!" Disse ele. "- O Rei vai chegar e eu vou encontrá-lo."
Artaban preparou o seu melhor cavalo, chamado Vasda, e de madrugada saiu ás pressas, pois, para encontrar no dia marcado com Gaspar, Melchior e Baltazar, que já estavam a caminho, ele precisava cavalgar noite e dia. Já estava escurecendo e ainda faltavam mais ou menos três horas de viagem para chegar ao sítio de encontro e ele precisava estar lá antes de meia noite ou os três magos não poderiam demorar mais à sua espera!
“- Mas, o que é isto?”
Na estrada, perto de umas palmeiras, o seu cavalo Vasda, pressentindo alguma coisa desconhecida, parou resfolegando, junto a um objeto escuro perto da última palmeira.
Artaban desmontou. A luz das estrelas revelou a forma de um homem caído na estrada. Um pobre hebreu entre os muitos que moravam por perto. A sua pele estava seca e amarela e o frio da morte já o envolvia. Artaban depois de examiná-lo, deu-o por morto e voltou-se com um coração triste pois nada podia fazer pelo pobre homem.
“- Mas o que foi isto?”
"- Que devo fazer? Se me demorar, os meus amigos procederão sem mim. Preciso seguir a estrela! Não posso perder a oportunidade de ver o Príncipe da Paz só para parar e dar um pouco de água a um pobre hebreu nas garras da morte!"
"- Deus da Verdade e da Pureza, dirige-me no teu caminho santo, o caminho da sabedoria que só tu conheces!"
E Artaban carregou o hebreu para a sombra de uma palmeira e tratou-o por muitos dias até que êle se recuperou.
"- Quem és tu?" perguntou ele ao mago.
"- Sou Artaban e vou a Jerusalém à procura daquele que vai nascer: O Príncipe da Paz e Salvador de todos os homens. Não posso me demorar mais, mas aqui está o restante do que tenho: pão, vinho, e ervas curativas."
O hebreu erguendo as mãos aos céus lhe disse:
"- Que o Deus de Abraão, Isaac e Jacó o abençoe; nada tenho para lhe pagar, mas ouça-me: Os nossos profetas dizem que o Messias deve nascer, não em Jerusalém mas em Belém de Judá."
Assim, já era muito mais de meia noite e vários dias mais tarde quando Artaban montou de novo o seu cavalo Vasda e num galope rápido prosseguiu ao encontro de seus amigos.
Aos primeiros raios do sol, checou ao lugar do encontro. Mas... onde estavam os três magos? Artaban desmontou e ansioso, estudou todo o horizonte. Nem sinal da caravana de camelos dos seus amigos! Então entre uma pilha de pedras achou um pergaminho e a mensagem:
"- Não pudemos esperar mais, vamos ao encontro do Rei de Israel. Siga-nos através do deserto."
Artaban sentou-se e cobriu a cabeça em desespero!
"- Como posso atravessar o deserto sem ter o que comer e com um cavalo cansado? Tenho mesmo que regressar à Babilónia, vender a minha safira e comprar camelos e provisões para a viagem. Só Deus, o misericordioso, sabe se vou encontrar o Rei de Israel ou não, porque me demorei tanto ao mostrar caridade,"
Artaban continuou a via pelo deserto e finalmente chegou em Belém, levando o seu rubi e a sua pérola para oferecer ao Rei. Mas as ruas da pequena vila. pareciam desertas. Pela porta aberta de uma casinha pobre, Artaban ouviu a voz de uma mulher cantando suavemente. Entrou e encontrou uma jovem mãe acalentando o seu bebê.
Três dias passados Ela lhe falou sobre os três magos que estiveram na vila a que disseram terem sido guiados por uma estrela ao lugar onde José de Nazaré, sua esposa Maria, e o seu bebé Jesus estavam hospedados. Eles trouxeram prendas de ouro, incenso e mirra para o menino. Depois, desapareceram tão rapidamente quanto apareceram. E a família de Nazaré também saiu à noite, em segredo, talvez para o Egito.
O bebê nos seus braços olhou para o rosto de Artaban e sorriu estendendo os braçinhos para ele.
“Não poderia essa criança, ser o Príncipe Prometido? Mas não! Aquele que procuro já não está aqui e eu preciso encontrá-lo no Egito!”
A Jovem mãe colocou o bebê no leito e preparou um almoço para o estranho hospede que veio à sua casa. Subitamente, ouviu-se uma grande comoção nas ruas: gritos de dor, o chorar de mulheres, tocar de trombetas e o clamor:
"- Soldados! os soldados de Herodes estão matando as nossas crianças!"
A jovem mãe, branca de terror escondeu-se no canto mais escuro da casa, cobrindo o filho com o seu manto para que ele não acordasse e chorasse.
Mas Artaban colocou-se em frente à porta da casa impedindo a entrada dos soldados. Um capitão aproximou-se para afastá-lo. A face de Artaban estava calma como se estivesse observando as estrelas. Fitou o soldado um instante e lhe disse:
"- Estou sozinho aqui, esperando para dar esta jóia ao prudente capitão que vai me deixar em paz.”
E mostrou o rubi brilhando na palma da sua mão como uma grande gota de sangue.
Os olhos do capitão brilharam com o desejo de possuir tal jóia!
"- Marchem, Avante!" Gritou aos seus soldados. "- Não há criança aqui!"
E Artaban olhando os céus orou:
"- Deus da Verdade, perdoa o meu pecado! Eu disse uma coisa que não era, para salvar uma criança. E duas das minhas dádivas já se foram. Dei aos homens o que havia reservado para Deus. Poderei ainda ser digno de ver a face do Rei?"
E Artaban prosseguiu na sua procura entre as pirâmides do Egito, em Heliopólis, na nova Babilónia às margens do Nilo... Numa humilde casa em Alexandria, Artaban procurou o conselho de um velho rabi que lhe falou das profecias e do sofrimento do Messias prometido e receitado pelos homens.
"- E lembre-se, meu filho: o Rei que procuras não o vais encontrar num palácio ou entre os ricos e poderosos. Isto eu sei: os que O procuram devem fazê-lo entre os pobres e os humildes, os que sofrem e são oprimidos."
E Artaban passou por lugares onde a fome era grande. Fez a sua morada em cidades onde os doentes morriam na miséria. Visitou os oprimidos nas prisões subterrâneas, os escravos nos mercados de escravos...
Em toda a população de um mundo cheio de angústia ele não achou ninguém para adorar, mas muitos para ajudar! Ele alimentou os que tinham fome, cuidou dos doentes, e confortou os prisioneiros... E os anos passaram... 33 anos.
E os cabelos de Artaban já não eram pretos, eram brancos como a neve nas montanhas. Velho, cansado e pronto para morrer era ainda um peregrino à procura do Rei de Israel e agora em Jerusalém onde havia estado muitas vezes na esperança de achar a família de Belém.
Os filhos de Israel estavam agora na cidade santa para a festa da Páscoa do Senhor e havia uma agitação e excitamento singular. Vendo um grupo de pessoas da sua terra, Artaban lhes perguntou o que se passava e para onde o povo se dirigia.
"- Para o Gólgota!" lhe responderam, "- ...pois não ouviste? Dois ladrões vão ser crucificados e com eles, um homem chamado Jesus de Nazaré, que dizem, fez coisas maravilhosas entre o povo. Mas os sacerdotes exigiram a Sua morte, porque disse ser o Filho de Deus. Pilatos O condenou a ser crucificado porque disseram ser Ele o Rei dos Judeus.”
"Os caminhos de Deus são mais estranhos do que o pensamento dos homens," pensou Artaban. "Agora é o tempo de oferecer a minha pérola para livrar da morte o meu Rei!"
Ao seguir a multidão em direção ao portal de Damasco, um grupo de soldados apareceu arrastando uma jovem rapariga com vestes rasgadas e o rosto cheio de terror.
Ao ver o mago, a jovem reconheceu-o como da sua própria terra e libertando se dos guardas atirou-se aos pés de Artaban:
"- Tenha piedade!...”, ela implorou,..."e pelo Deus da pureza, salva-me! Meu pai era mercador na Pérsia mas faleceu e agora vão me vender como escrava para pagar seus débitos! Salva-me!"
Artaban tremeu. Era o velho conflito da sua alma entre a fé, a esperança e o impulso do amor. Duas vezes as dádivas consagradas foram dadas para a humanidade. E agora? Uma coisa ele sabia:
“- Salvar essa jovem indefesa era um gesto de amor. E não é o amor a luz da alma?”
Ele tirou a pérola de junto ao seu coração. Nunca ela pareceu tão luminosa! Colocou-a na mão da moça:
"- Este é o teu pagamento, o último dos tesouros que guardei para o Rei!"
Enquanto ele falava uma escuridão profunda envolveu a terra que tremeu consultivamente! Casas caíram, os soldados fugiram mas Artaban e a moça protegeram-se de baixo do telhado sobre as muralhas do Pretório.
"- O que tenho a temer,” pensou ele," ...e para quê viver? Não há mais esperança de encontrar o Rei, a procura terminou, eu falhei.”
Mas mesmo esse pensamento lhe trouxe paz pois sabia que viveu de dia a dia da melhor maneira que soube. Se tivesse que viver de novo a sua vida não poderia ser de outra maneira.
Mais um tremor de terra e uma telha desprendeu-se do telhado e feriu o velho mago na cabeça. Repousou no chão e deitou a cabeça nos ombros da jovem com o sangue a escorrer do ferimento.
Ao debruçar-se sobre ele, ela ouviu uma voz suave, como música vindo da distancia. Os lábios de Artaban moveram-se como em resposta e ela escutou o que o velho mago disse na sua própria língua:
"- Não meu Senhor! Quando te vi com fome e te dei de comer? ou com sede e te dei de beber? ou quando te vi enfermo ou na prisão e fui te ver?
Por 33 anos eu te procurei, mas nunca vi a tua face, nem te servi, meu Rei!"
E uma voz suave veio, mas desta vez dos céus. A jovem também compreendeu as palavras.
"- Em verdade, em verdade vos digo que quando o fizeste a um destes meus irmãos a mim o fizeste!"
Uma alegria radiante iluminou a face calma de Artaban.
Um suspiro longo e aliviado saiu de seus lábios.
A viagem para ele havia terminado.
O quarto mago, Artaban, compreendeu que havia encontrado o seu Rei durante toda a sua vida!
Vocês sabem a história dos três reis magos que viajaram do Oriente para Belém para adorar a Jesus e lhe ofertar as dádivas de ouro, incenso e mirra.
Vou-lhes contar a história do quarto rei mago que também viu a estrela e resolveu segui-la e do seu grande desejo de adorar o Rei Menino e lhe oferecer as suas prendas.
Ele morava nas montanhas da Pérsia e o seu nome era Artaban. Era um médico, alto, moreno, de olhos bem escuros: a fisionomia de um sonhador, a mente de um sábio. Um homem de coração manso e espírito indominável.
Era um homem de posses. A sua moradia era rodeada de jardins bem tratados com árvores de frutas e flores exóticas. Suas vestes eram de seda fina e o seu manto da mais pura lã. Era seguidor de Zoroastro e numa noite se reuniu em conselho com nove membros da mesma seita. Eram todos sábios!
Artaban lhes falou sobre a nova estrela que vira e o seu desejo de segui-la. Disse-lhes:
"- Como seguidores de Zoroastro aprendemos que os homens vão ver nos céus, em tempo apontado pelo Eterno, a luz de uma nova estrela e nesse dia, nascerá um grande profeta e Ele dará aos homens a vida eterna, incorruptível e imortal, e os mortos viverão outra vez! Ele será o Messias, o Rei de Israel.
E continuou:
"- Os meus três amigos Gaspar, Melchior, Baltazar e eu, vimos a grande luz brilhante de uma nova estrela á vários dias e vamos sair juntos para Jerusalém para ver e adorar o Prometido, o Rei de Israel. Vendi a minha casa e tudo o que possuo e comprei estas jóias: uma safira, um rubi e uma pérola para oferecer como tributo ao Rei. Convido-os para virem comigo nesta peregrinação para juntos adorarmos o rei!”
Mas um véu de dúvida cobriu as faces de seus amigos:
"- Artaban! Isso é um sonho em vão. Nenhum rei vai nascer de Israel! Quem acredita nisso é um sonhador!"
E um a um, todos o deixaram.
"- Adeus amigo!"
Artaban pesquisando os céus viu de novo a estrela.
"- É o sinal!" Disse ele. "- O Rei vai chegar e eu vou encontrá-lo."
Artaban preparou o seu melhor cavalo, chamado Vasda, e de madrugada saiu ás pressas, pois, para encontrar no dia marcado com Gaspar, Melchior e Baltazar, que já estavam a caminho, ele precisava cavalgar noite e dia. Já estava escurecendo e ainda faltavam mais ou menos três horas de viagem para chegar ao sítio de encontro e ele precisava estar lá antes de meia noite ou os três magos não poderiam demorar mais à sua espera!
“- Mas, o que é isto?”
Na estrada, perto de umas palmeiras, o seu cavalo Vasda, pressentindo alguma coisa desconhecida, parou resfolegando, junto a um objeto escuro perto da última palmeira.
Artaban desmontou. A luz das estrelas revelou a forma de um homem caído na estrada. Um pobre hebreu entre os muitos que moravam por perto. A sua pele estava seca e amarela e o frio da morte já o envolvia. Artaban depois de examiná-lo, deu-o por morto e voltou-se com um coração triste pois nada podia fazer pelo pobre homem.
“- Mas o que foi isto?”
"- Que devo fazer? Se me demorar, os meus amigos procederão sem mim. Preciso seguir a estrela! Não posso perder a oportunidade de ver o Príncipe da Paz só para parar e dar um pouco de água a um pobre hebreu nas garras da morte!"
"- Deus da Verdade e da Pureza, dirige-me no teu caminho santo, o caminho da sabedoria que só tu conheces!"
E Artaban carregou o hebreu para a sombra de uma palmeira e tratou-o por muitos dias até que êle se recuperou.
"- Quem és tu?" perguntou ele ao mago.
"- Sou Artaban e vou a Jerusalém à procura daquele que vai nascer: O Príncipe da Paz e Salvador de todos os homens. Não posso me demorar mais, mas aqui está o restante do que tenho: pão, vinho, e ervas curativas."
O hebreu erguendo as mãos aos céus lhe disse:
"- Que o Deus de Abraão, Isaac e Jacó o abençoe; nada tenho para lhe pagar, mas ouça-me: Os nossos profetas dizem que o Messias deve nascer, não em Jerusalém mas em Belém de Judá."
Assim, já era muito mais de meia noite e vários dias mais tarde quando Artaban montou de novo o seu cavalo Vasda e num galope rápido prosseguiu ao encontro de seus amigos.
Aos primeiros raios do sol, checou ao lugar do encontro. Mas... onde estavam os três magos? Artaban desmontou e ansioso, estudou todo o horizonte. Nem sinal da caravana de camelos dos seus amigos! Então entre uma pilha de pedras achou um pergaminho e a mensagem:
"- Não pudemos esperar mais, vamos ao encontro do Rei de Israel. Siga-nos através do deserto."
Artaban sentou-se e cobriu a cabeça em desespero!
"- Como posso atravessar o deserto sem ter o que comer e com um cavalo cansado? Tenho mesmo que regressar à Babilónia, vender a minha safira e comprar camelos e provisões para a viagem. Só Deus, o misericordioso, sabe se vou encontrar o Rei de Israel ou não, porque me demorei tanto ao mostrar caridade,"
Artaban continuou a via pelo deserto e finalmente chegou em Belém, levando o seu rubi e a sua pérola para oferecer ao Rei. Mas as ruas da pequena vila. pareciam desertas. Pela porta aberta de uma casinha pobre, Artaban ouviu a voz de uma mulher cantando suavemente. Entrou e encontrou uma jovem mãe acalentando o seu bebê.
Três dias passados Ela lhe falou sobre os três magos que estiveram na vila a que disseram terem sido guiados por uma estrela ao lugar onde José de Nazaré, sua esposa Maria, e o seu bebé Jesus estavam hospedados. Eles trouxeram prendas de ouro, incenso e mirra para o menino. Depois, desapareceram tão rapidamente quanto apareceram. E a família de Nazaré também saiu à noite, em segredo, talvez para o Egito.
O bebê nos seus braços olhou para o rosto de Artaban e sorriu estendendo os braçinhos para ele.
“Não poderia essa criança, ser o Príncipe Prometido? Mas não! Aquele que procuro já não está aqui e eu preciso encontrá-lo no Egito!”
A Jovem mãe colocou o bebê no leito e preparou um almoço para o estranho hospede que veio à sua casa. Subitamente, ouviu-se uma grande comoção nas ruas: gritos de dor, o chorar de mulheres, tocar de trombetas e o clamor:
"- Soldados! os soldados de Herodes estão matando as nossas crianças!"
A jovem mãe, branca de terror escondeu-se no canto mais escuro da casa, cobrindo o filho com o seu manto para que ele não acordasse e chorasse.
Mas Artaban colocou-se em frente à porta da casa impedindo a entrada dos soldados. Um capitão aproximou-se para afastá-lo. A face de Artaban estava calma como se estivesse observando as estrelas. Fitou o soldado um instante e lhe disse:
"- Estou sozinho aqui, esperando para dar esta jóia ao prudente capitão que vai me deixar em paz.”
E mostrou o rubi brilhando na palma da sua mão como uma grande gota de sangue.
Os olhos do capitão brilharam com o desejo de possuir tal jóia!
"- Marchem, Avante!" Gritou aos seus soldados. "- Não há criança aqui!"
E Artaban olhando os céus orou:
"- Deus da Verdade, perdoa o meu pecado! Eu disse uma coisa que não era, para salvar uma criança. E duas das minhas dádivas já se foram. Dei aos homens o que havia reservado para Deus. Poderei ainda ser digno de ver a face do Rei?"
E Artaban prosseguiu na sua procura entre as pirâmides do Egito, em Heliopólis, na nova Babilónia às margens do Nilo... Numa humilde casa em Alexandria, Artaban procurou o conselho de um velho rabi que lhe falou das profecias e do sofrimento do Messias prometido e receitado pelos homens.
"- E lembre-se, meu filho: o Rei que procuras não o vais encontrar num palácio ou entre os ricos e poderosos. Isto eu sei: os que O procuram devem fazê-lo entre os pobres e os humildes, os que sofrem e são oprimidos."
E Artaban passou por lugares onde a fome era grande. Fez a sua morada em cidades onde os doentes morriam na miséria. Visitou os oprimidos nas prisões subterrâneas, os escravos nos mercados de escravos...
Em toda a população de um mundo cheio de angústia ele não achou ninguém para adorar, mas muitos para ajudar! Ele alimentou os que tinham fome, cuidou dos doentes, e confortou os prisioneiros... E os anos passaram... 33 anos.
E os cabelos de Artaban já não eram pretos, eram brancos como a neve nas montanhas. Velho, cansado e pronto para morrer era ainda um peregrino à procura do Rei de Israel e agora em Jerusalém onde havia estado muitas vezes na esperança de achar a família de Belém.
Os filhos de Israel estavam agora na cidade santa para a festa da Páscoa do Senhor e havia uma agitação e excitamento singular. Vendo um grupo de pessoas da sua terra, Artaban lhes perguntou o que se passava e para onde o povo se dirigia.
"- Para o Gólgota!" lhe responderam, "- ...pois não ouviste? Dois ladrões vão ser crucificados e com eles, um homem chamado Jesus de Nazaré, que dizem, fez coisas maravilhosas entre o povo. Mas os sacerdotes exigiram a Sua morte, porque disse ser o Filho de Deus. Pilatos O condenou a ser crucificado porque disseram ser Ele o Rei dos Judeus.”
"Os caminhos de Deus são mais estranhos do que o pensamento dos homens," pensou Artaban. "Agora é o tempo de oferecer a minha pérola para livrar da morte o meu Rei!"
Ao seguir a multidão em direção ao portal de Damasco, um grupo de soldados apareceu arrastando uma jovem rapariga com vestes rasgadas e o rosto cheio de terror.
Ao ver o mago, a jovem reconheceu-o como da sua própria terra e libertando se dos guardas atirou-se aos pés de Artaban:
"- Tenha piedade!...”, ela implorou,..."e pelo Deus da pureza, salva-me! Meu pai era mercador na Pérsia mas faleceu e agora vão me vender como escrava para pagar seus débitos! Salva-me!"
Artaban tremeu. Era o velho conflito da sua alma entre a fé, a esperança e o impulso do amor. Duas vezes as dádivas consagradas foram dadas para a humanidade. E agora? Uma coisa ele sabia:
“- Salvar essa jovem indefesa era um gesto de amor. E não é o amor a luz da alma?”
Ele tirou a pérola de junto ao seu coração. Nunca ela pareceu tão luminosa! Colocou-a na mão da moça:
"- Este é o teu pagamento, o último dos tesouros que guardei para o Rei!"
Enquanto ele falava uma escuridão profunda envolveu a terra que tremeu consultivamente! Casas caíram, os soldados fugiram mas Artaban e a moça protegeram-se de baixo do telhado sobre as muralhas do Pretório.
"- O que tenho a temer,” pensou ele," ...e para quê viver? Não há mais esperança de encontrar o Rei, a procura terminou, eu falhei.”
Mas mesmo esse pensamento lhe trouxe paz pois sabia que viveu de dia a dia da melhor maneira que soube. Se tivesse que viver de novo a sua vida não poderia ser de outra maneira.
Mais um tremor de terra e uma telha desprendeu-se do telhado e feriu o velho mago na cabeça. Repousou no chão e deitou a cabeça nos ombros da jovem com o sangue a escorrer do ferimento.
Ao debruçar-se sobre ele, ela ouviu uma voz suave, como música vindo da distancia. Os lábios de Artaban moveram-se como em resposta e ela escutou o que o velho mago disse na sua própria língua:
"- Não meu Senhor! Quando te vi com fome e te dei de comer? ou com sede e te dei de beber? ou quando te vi enfermo ou na prisão e fui te ver?
Por 33 anos eu te procurei, mas nunca vi a tua face, nem te servi, meu Rei!"
E uma voz suave veio, mas desta vez dos céus. A jovem também compreendeu as palavras.
"- Em verdade, em verdade vos digo que quando o fizeste a um destes meus irmãos a mim o fizeste!"
Uma alegria radiante iluminou a face calma de Artaban.
Um suspiro longo e aliviado saiu de seus lábios.
A viagem para ele havia terminado.
O quarto mago, Artaban, compreendeu que havia encontrado o seu Rei durante toda a sua vida!
(1852 - 1933)
escritor, educador e pastor.
Transformar é a melhor saída.
“No novo tempo, apesar dos castigos
Estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer ...”
Estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer ...”
Novo Tempo – Ivan Lins
O que separa um ano de outro é apenas
um segundo. Um segundo que faz a diferença nas mentes e nos corações humanos,
pois renasce a esperança com a sensação de que tudo o mais ficou para trás.
E o que pensamos é determinante na
construção dos nossos dias. Na Gênese, no capítulo XIV encontramos a seguinte
citação: “ ...São os pensamentos e as palavras que dão vida aos nossos dias.”
Ao pensarmos criamos, logo somos mães e
pais de infinitas formas pensamentos. Então pergunto: O que você vem pensando é
o que você gostaria que acontecesse em sua vida?
Se a reposta for sim, provavelmente
você é um cuidador do pensar, aquele que no princípio de um pensamento ruim,
substitui por outro bom mudando de sintonia imediatamente. Significa que o seu
vigiai e orai está em ação. Parabéns!
Se a resposta for não ou hesitante
significa que você não conserva bons pensamentos e teme por essa realidade.
Mas, não é necessário temer, uma vez que essa é a sua realidade. Daí você viver
mais ou menos ou ainda, levando. O modo como você vem pensando e agindo não
estão fazendo os seus dias felizes. Já que dá trabalho administrar dias assim
sofridos, porque não se esforçar num trabalho que trará bons frutos?
Assim, chegamos à chave da solução do
problema. Bem, se ao pensar crio coisas ou situações, basta então que eu mude a
minha forma de pensar e sentir as coisas e tudo ao meu redor se transforma.
Sim, é isso mesmo.
No entanto, não nos enganemos com
milagres que ocorrem de uma hora para outra. É necessário vontade e
determinação, caso contrário, você vai desistir no segundo dia. E toda e
qualquer mudança que estamos dispostos a promover em nossa vida precisamos de
no mínimo sessenta dias para que ela tome corpo em nossos hábitos. Caso
contrário não vale a pena começar nada, ou você vai viver começando e
desistindo. O que são sessenta dias diante da eternidade? São sessenta dias
iniciais que vão promover alegria e paz em sua vida.
Passado os sessenta dias você já está
mais confiante, pois começa ver alguns resultados. E então o problema está resolvido?
Não. Agora vem outra etapa de suma importância. Vamos ter que regar a semente
diariamente a fim de que deem frutos, ou seja, vigie o que vai em sua
mente e em seu coração e ore suplicando a Jesus para não cair em
tentação.
Por exemplo, tenho uma fraqueza para a
vida sexual desregrada, logo se eu estiver atento ao que penso e sinto, no
primeiro sinal de que posso cair na tentação das minhas más tendências, suplico
a Jesus forças e sabedoria para não ceder aos meus impulsos inferiores e
passados alguns minutos estou fora dessa sensação. Lembrando que vida sexual
comprometida é absolutamente saudável.
E assim procedemos em todas as más
tendências que temos como: álcool, cigarros, drogas, ócio, maledicência,
intolerância, entre outras. Não é tão difícil, basta querer.
Há pessoas que me pedem um só motivo
para que mudem se a vida delas está em frangalhos. Eu respondo: Você é o maior
e melhor motivo para começar agora a se transformar, por você, vale muito a
pena passar os ajustes do recomeço na construção de um futuro melhor, ainda que
doa. Não vivemos dias de tristeza e dificuldades com o que criamos ao pensar?
Dá para passar pelas dificuldades iniciais já que vamos construir dias de
alegria, paz e felicidade.
Sabe o que é mais difícil na fase
inicial? Quebrar a rotina, os hábitos, bagunçar para arrumar. Isso gera
desconforto, medo e insegurança e por medo é melhor deixar como está. Está
doendo, mas eu consigo conviver com isso.
Recomeçar pede ajuste, aprendizado,
atenção, paciência e uma série de virtudes morais que ainda estamos a
desenvolver e o Evangelho Segundo o Espiritismo está recheado de excelentes
lições, faça dele o seu livro de cabeceira.
As coisas acontecem com determinação,
insistência, paciência e muita vontade. A mudança é possível a quem queira,
ainda que tenham dores e dificuldades diferentes, uma vez que a nossa dor é
sempre a pior, não é mesmo? Tudo é possível àquele que quer. Vamos, recomece.
Mas isso não parece egoísta? Não, pois
ninguém dá aquilo que não tem. Cuide de você para compartilhar o melhor com os
seus irmãos.
E, finalizamos com a questão 909 de “O
Livro dos Espíritos” .
Poderia sempre o homem, pelos seus
esforços, vencer as suas más inclinações?
“Sim, e, frequentemente, fazendo
esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! Quão poucos
dentre vós fazem esforços!”
Luz e paz aos nossos dias, que sejam
eles de alegria e gratidão ao Deus da vida pela oportunidade bendita da
reparação dos erros de outrora.
Rosângela Pires
É membro da Rede Amigo Espírita,
nascida em Guarulhos/SP. Fundadora do Centro Cultural Espírita Reflorescer na
cidade de Arujá/SP, onde trabalha como dirigente do tratamento espiritual e com
o passe magnético. Ministra cursos doutrinários, faz palestras pelo Brasil e
apresenta as videoaulas "Aprendendo Espiritismo". Pedagoga com
extensão em gestão de pessoas.
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