sexta-feira, 15 de março de 2013

PARA REFLETIR





O poder do perdão VI

Irmãos da Terra, aprendei a tolerar e perdoar

O perdão é o remédio que nos recompõe a alma doente…

Não admita que o desespero lhe subjugue as energias!… Guardar ofensas é conservar a sombra. Esqueçamos o mal para que a luz do bem nos felicite o caminho…

O ódio reveste o perispírito de sombras espessas. 
O perdão sincero dissipa as pesadas nuvens do ódio que revestem o organismo perispiritual.
André Luiz
Se somarmos as inquietações e sofrimentos que infligimos a nós mesmos por não perdoarmos aos entes amados pelo fato de não serem eles as pessoas que imaginávamos ou desejávamos fossem, surpreenderemos conosco volumosa carga de ressentimento que nada mais é senão peso morto, a impelir-nos para o fogo inútil do desespero.
EMMANUEL – Psicografado por Francisco Cândido Xavier
Irmãos da Terra, aprendei a tolerar e perdoar
Irmãos da Terra, em meio às vicissitudes da experiência humana, aprendei a tolerar e perdoar!…
Por mais se vos fira ou calunie, injurie ou amaldiçoe, olvidai o mal: fazendo o bem!…
Vós que tivestes a confiança traída ou o espírito dilacerado nas armadilhas da sombra, acendei a luz do amor onde estiverdes!…
Companheiros que fostes vilipendiados ou insultados em vossas intenções mais sublimes, apagai as ofensas recebidas e bendizei os ultrajes que vos burilam o coração para a Vida Maior!…
Irmãs que padecestes indescritíveis agravos na própria carne, desprezadas pelos carrascos risonhos que vos enlouqueceram de angústia, depois de vos acenarem com mentirosas promessas, abençoai aqueles que vos destruíram os sonhos!…
Mães solteiras que fostes banidas do lar e batidas até a queda na prostituição, por haverdes tido suficiente coragem de não assassinar no próprio ventre os filhos de vossa desventura, com a insânia do aborto provocado, mães agoniadas às quais tantas vezes se nega até mesmo o direito de defesa, conferido aos nossos irmãos criminosos nas cadeias públicas, perdoai os vossos algozes!…
Pais que trazeis nos ombros escalavrados de sofrimento a carga dolorosa dos filhos ingratos, filhos que aguentais na carne e na alma o despotismo e a brutalidade de pais insensíveis e cônjuges flechados entre as paredes domésticas pelos estiletes da incompreensão e da crueldade, absolvei-vos uns aos outros!…
Obsidiados de todos os climas, tecei véus de piedade e esperança sobre os seres infelizes, encarnados ou desencarnados, que vos torturam as horas! Criaturas prejudicadas ou perseguidas de todos os recantos do mundo, perdoai a quantos se fizeram instrumentos de vossas aflições e de vossas lágrimas!…
Quando sentirdes a tentação de revidar, lembrai-vos daquele que nos concitou a «amar os inimigos» e a «orar pelos que nos perseguem e caluniam»! Recordai o Cristo de Deus, preferindo ser condenado, a condenar, porque, em verdade, quantos praticam o mal não sabem o que fazem!… Convencei-vos de que as leis da morte não excetuam ninguém e não vos esqueçais de que, no dia do vosso grande adeus aos que ficarem na estância das provas, somente pela bênção da paz e do amor na consciência tranquila é que podereis alcançar a suspirada libertação!…
André Luiz
“Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos quem nos tem ofendido”
Jesus de Nazaré no Pai Nosso
 http://bemviverapometria.wordpress.com/2010/03/

O poder do perdão V



Modifique a sua história de ressentimento
Os nove passos do perdão

1 Saiba exatamente como você se sente sobre o que ocorreu e seja capaz de expressar o que há de errado na situação. Então, relate a sua experiência a umas duas pessoas de confiança.
2. Compromete-se consigo mesmo a fazer o que for preciso para se sentir melhor. O ato de perdoar é para você e ninguém mais. Ninguém mais precisa saber sua decisão.
3. Entenda seu objetivo. Perdoar não significa necessariamente reconciliar-se com a pessoa que o perturbou, nem se tornar cúmplice dela. O que você procura é paz.
4. Tenha uma perspectiva correta dos acontecimentos. Reconheça que o seu aborrecimento vem dos sentimentos negativos e desconforto físico de que você sofra agora, e não daquilo que o ofendeu ou agrediu dois minutos – ou dez anos – atrás.
5. No momento em que você se sentir aflito, pratique técnicas de controle de estresse para atenuar os mecanismos de seu corpo.
6. Desista de espera, de outras pessoas ou de sua vida, coisa que elas não escolheram dar a você. Reconheça as “regras não cobráveis” que você tem para sua saúde ou para o comportamento seu e dos outros. Lembre a si mesmo que você pode esperar saúde, amizade e prosperidade e se esforçar para consegui-los. Porém você sofrerá se exigir que essas coisas aconteçam quando você não tem o poder de fazê-las acontecer.

7. Coloque sua energia em tenta alcançar seus objetivos positivos por um meio que não seja através de experiência que o feriu. Em vez de reprisar mentalmente sua mágoa, procure outros caminhos para seus fins.

8. Lembre-se de que uma vida bem vivida é a sua melhor vingança. Em vez de se concentrar nas suas mágoas – o que daria poder sobre você à pessoa que o magoou – aprenda a busca o amor, a beleza e a bondade ao seu redor.
9. Modifique a sua história de ressentimento de forma que ela o lembre da escolha heróicas que é perdoar. Passe de vítima a herói na história que você contar.
O Poder do Perdão – Dr. Fred Luskin –www.learningtoforgive.com
“Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos quem nos tem ofendido”

Jesus de Nazaré no Pai Nosso

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O poder do perdão IV



Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso
LUCAS [6]
27- Mas a vós que ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam,
28- bendizei aos que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam.
29- Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, não lhe negues também a túnica
30- Dá a todo o que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lho reclames
31- Assim como quereis que os homens vos façam, do mesmo modo lhes fazei vós também
32- Se amardes aos que vos amam, que mérito há nisso? Pois também os pecadores amam aos que os amam
33- E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que mérito há nisso? Também os pecadores fazem o mesmo
34- E se emprestardes àqueles de quem esperais receber, que mérito há nisso? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para receberem outro tanto
35- Amai, porém a vossos inimigos, fazei bem e emprestai, nunca desanimado; e grande será a vossa recompensa, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os integrantes e maus.
36- Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso.
37- Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados
38- Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos deitarão no regaço; porque com a mesma medida com que medis, vos medirão a vós.
Oração do Perdão
Eu o (a) perdoei, e você perdoou
eu e você somos um só perante Deus.
Eu o (a) amo, e você me ama também;
eu e você somos um só perante Deus,
Eu lhe agradeço, e você me agradece.
Obrigado, obrigado, obrigado…
Não existe mais nenhum ressentimento entre nós,
Oro sinceramente pela sua felicidade.
Seja cada vez mais feliz…
Deus o (a) perdoa.
Portanto eu também o (a) perdoo.
Eu perdoei a todas as pessoas.
Eu acolho a todas elas com o Amor de Deus.
Da mesma forma, Deus me perdoa os erros e
acolhe-me com seu imenso Amor.

“Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos quem nos tem ofendido”
Jesus de Nazaré no Pai Nosso

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O poder do perdão III

O perdão, proteção contra as doenças
Além da saúde espiritual, existem várias provas de que deixar para trás a hostilidade protege a saúde física. E não é metáfora nem “modo de dizer”. Um estudo chamado Perdão e Saúde Física, realizado pela Universidade do Wisconsin, mostrou que aprender a perdoar pode ajudar indivíduos de meia-idade a evitar doenças cardíacas. Nessa pesquisa, foi descoberto que, quanto maior a capacidade de perdoar, menos problemas nas artérias coronárias surgem no decorrer da vida. Por outro lado, quanto menor a capacidade de perdoar, mais frequentes os episódios de doenças cardiovasculares.
Em relação à recordação das feridas, eis aqui outra informação importante: uma pesquisa indicou que pensar cinco minutos em algo que provoca agitação, raiva ou desgosto pode diminuir a variabilidade da frequência cardíaca (VFC), parâmetro da saúde do sistema nervoso que mostra a flexibilidade do sistema cardiovascular.
Para enfrentar e reagir ao estresse em boas condições, o coração precisa de flexibilidade. O mesmo estudo mostrou que esses cinco minutos de pensamento negativo desaceleram a reação do sistema imunológico, que defende o organismo.
Os benefícios do perdão (tanto os que protegem o corpo quanto os que aliviam e “limpam” a alma) não se aplicam aos outros, mas também a nós mesmos, quando, apesar dos erros e culpas, somos capazes de nos perdoar e deixar de nos sentir merecedores de castigo. Perdoar não é esquecer nem persistir no erro. É começar de novo, com a experiência adquirida, sem os rancores a sobrevoar e confundir as possibilidades do presente.
Assim como o amor, o perdão não é al­go que se “dê” ao outro, mas um pre­sente vital que damos a nós mesmos.
O poder do perdão I, II e III – Por Ágata Székely – Revista Seleções Readers Digest – Out. 2009 – Pág.80
“Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos quem nos tem ofendido”
Jesus de Nazaré no Pai Nosso

O poder do perdão II


A resiliência leva ao sucesso e a prosperidade
Resiliência, a palavra mágica
“A resiliência é o antidestino” Dá trabalho, não é fácil, mas é um espaço de liberdade interior que permite não se submeter às feridas. Quem consegue superar tragédias ou sair de períodos difíceis de dor emocional pode abandonar o papel de vítima e começar uma vida nova. Você já se perguntou por que algumas pessoas, oprimidas pelo desamparo na infância, caem na delinquência e se tornam agentes de agressão, ao passo que outras se recuperam, tornam-se pessoas de bem e são felizes, fortes, prósperas e bem-sucedidas? A resposta é a resiliência e, para consegui-la, o perdão é um dos ingredientes necessários.
De acordo com a psicoterapeuta Rosa Argentina Rivas Lacayo, sem perdão não podemos crescer nem ficar mais fortes com a adversidade. Também não conseguiremos ser flexíveis e resilientes. Algumas pessoas ‘cozinham’ a dor em fogo brando para mostrar ao mundo como foram maltratadas, e não querem perceber que assim se prejudicam. Quando nos apegamos à dor antiga, a autocomiseração embota a capacidade de dar e, quando assumimos o papel de mártires, ficamos à espera que alguém resolva milagrosamente a nossa vida. Para Lacayo, o perdão nos aju­da a reconhecer e admitir que somos frágeis e que não precisamos esconder essa fragilidade. Quando nos tornamos conscientes dos nossos limites, evitamos que a experiência se repita.
“Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos quem nos tem ofendido” 
Jesus de Nazaré no Pai Nosso
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O poder do perdão I



 
Perdoar significa não sofrer
Os benefícios que a resiliência traz para nossa saúde física e mental
Muitas vezes não perdoamos porque acreditamos que o perdão contribui para a injustiça. Quem causa dano não merece perdão, pensamos. Se perdoarmos, voltarão a nos ferir, vão se aproveitar da “nossa nobreza”. Às vezes, o desgosto com os prejuízos e as ofensas não se reduz nem com o passar do tempo.
Não perdoamos ninguém. Nem sequer a nós mesmos.
Guardamos a ferida dentro da alma como um tesouro precioso, para tirá-la da memória de vez em quando e fitá-la, absortos, como se fosse um álbum de fotografias, uma jóia de vitrine. Nesse momento, passamos outra vez pela mente o filme triste do episódio imperdoável e o revivemos. O desgosto com o passado se alimenta de grandes porções do presente. Eis aí o rancor.

Mas, na verdade por que valeria a pena perdoar?
Só por uma questão religiosa, por puro altruísmo? Em um mundo tão absolutamente cruel em tantas ocasiões, há alguma questão que seja impossível de desculpar?
No guia O poder do perdão, de Fred Luskin, explica que os problemas não solucionados são como aviões que voam dias e semanas sem parar e sem pousar, consumindo recursos que podem ser necessários em caso de emergência. “Os aviões do rancor se convertem em fonte de estresse e, muitas vezes, o resultado é um choque”, “Perdoar é a tranquilidade que se sente quando os aviões pousam.”
Segundo o especialista, perdoar não é aceitar a crueldade, esquecer que algo doloroso aconteceu nem aceitar o mau comportamento. Também não significa reconciliar-se com o agressor. “O perdão é para nós, não para quem nos ofendeu”
Não desperdiçam energia valiosa enredando-se em fúria e dor quando nada se pode fazer. Ao perdoar, admitimos que nada se pode fazer pelo passado, e isso permite que nos libertemos dele. Perdoar ajuda os aviões a pousar para que sejam feitos os ajustes necessários. O perdão serve para relaxarmos e não significa que o agressor “se dê bem”, nem que aceitamos algo injusto. Ao contrário, significa não sofrer eternamente pela ofensa ou pela agressão.
“Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos quem nos tem ofendido” 
Jesus de Nazaré no Pai Nosso
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ESPIRITISMO E ECOLOGIA




Diretrizes para implementar


Porque nem sempre a terra produz bastante para fornecer ao homem o necessário?”, ao que a espiritualidade responde: “É que, ingrato, o homem a despreza! Ela, no entanto, é excelente mãe. Muitas vezes, também, ele acusa a Natureza do que só é resultado da sua imperícia ou da sua imprevidência. A terra produziria sempre o necessário, se com o necessário soubesse o homem contentar-se …”
Livro dos Espíritos, cap. V, q.705
Por que Saber Ambiental?
Segundo o Enrique Leff, o saber ambiental desemboca no terreno da educação, questionando os paradigmas estabelecidos e abastecendo as fontes e mananciais que irrigam o novo conhecimento, vai descobrindo as relações de poder que atravessam as correntes do saber em temáticas emergentes, para despontar na qualidade de vida como fim último do desenvolvimento sustentável e do sentido da existência humana.
A construção deste novo saber remete a uma pergunta sobre o mundo, sobre o ser e o saber, implicando em uma transformação do conhecimento e das práticas educativas para uma nova racionalidade que orientam a construção de um mundo de sustentabilidade, de equidade, de democracia. “É um re-conhecimento do mundo que habitamos” [Enrique Leff, 2003].
rograma Saber Ambiental
Quando buscamos o entendimento e a vivência espírita, surge-nos, consequentemente, a consciência planetária, pois estamos aqui e agora neste planeta onde todos que o habitam passam pelo processo regenerador. Temos, também, muito clara a responsabilidade de cuidarmos de um cenário e de um espaço que acolherá as nossas futuras encarnações, bem como as de milhares de espíritos que seguem o fluxo do aprendizado reencarnatório. Diante disso, o Espiritismo tem um dever fundamentalmente de contribuir para uma reflexão profunda sobre nossa ação em relação aos bem naturais que nos foram oferecidos como recursos para nossa sobrevivência; por outro lado, poderá sugerir a proposição de comportamentos, pensamentos e atitudes que impulsionem a vida harmônica do planeta.
O Programa Saber Ambiental vem contribuir com a Federação Espírita do Rio Grande do Sul, nessa reflexão e consequentemente, na sociedade contemporânea em que está inserida.
Objetivo Geral
Sensibilizar o movimento espírita para a sua missão de contribuir na transformação da Realidade Ambiental do Planeta Terra, aportando e disseminando seus conhecimentos doutrinários, e ampliando os paradigmas de compreensão da necessidade de cuidarmos dessa Casa que nos acolhe na trajetória de experiências rumo ao progresso espiritual pela via da reencarnação. 
Alguns dos Objetivos Específicos
  • orientar os centros espíritas para a necessidade de cuidarmos do meio ambiente com a finalidade de cooperarmos com uma vida sustentável no planeta para nós e para as gerações futuras;
  • estudar e debater mais em detalhe os temas ambientais sob a ótica espírita;
  • desenvolver campanhas e eventos que visem melhorar as condições socioambientais.;
  • reduzir as impressões e correspondências, enfatizando o aspecto ecológico do correio eletrônico.
  • estimular a pesquisa nas obras básicas e demais obras de excelência da Doutrina Espírita para melhor compreendermos a necessidade de cuidar do planeta e fundamentarmos as ações e as campanhas de sensibilidade ecológica;
  • promover uma ética ambiental alicerçada na fraternidade preconizada pelo Cristo e no sentido mais amplo de família universal que se pode apreender do Espiritismo.
Na prática, nos centro espíritas…
No intuito de auxiliar em ações que contribuam na implementação do Saber Ambiental nos centros espíritas, destacamos a seguir aspectos importantes a serem considerados e exemplos de ações. Há de se considerar sempre o contexto em que cada centro espírita está inserido – social, ambiental, geográfico, mobilizações e prioridades locais, entre outras.
1.        Respaldar e disseminar a proposta na instituição
As proposições e desdobramento de ações do Saber Ambiental deve ser reconhecido e acreditado pelas lideranças do Centro Espírita, permitindo espaço de diálogo a respeito do assunto, identificando uma ou mais pessoas que se identifiquem e estudem alternativas de ações. Enfim, apoiar e orientar conforme as diretrizes administrativas é fundamental.
  • Oportunizar espaço para dialogar junto aos departamentos e setores, refletindo coletivamente quanto ao envolvimento de cada tarefa conforme especificidade – administração, comunicação, doutrinário, promoção social, família, evangelização…
  • Impulsionar equipe, setor, assessoria, abrangendo a representatividade da casa, buscando apoio técnico de voluntários – pessoas físicas, instituições correspondentes, legislações, políticas públicas

Exemplificar o discurso
Além de apoiar, a administração do Centro Espírita deve dar o exemplo. A expressão “faça o que eu faço” valerá mais que muitas palavras. Isto é, inserir no dia a dia dos trabalhos, cuidados que reduzam o impacto ambiental, gerar novos hábitos e multiplica-los em muitos outros espaços, pois as pessoas que frequentam e trabalham no Centro, compõe lares, ambientais profissionais, lazer, escolas, universidades, levando consigo essa atitude.
  • Observar e consumir de forma consciente – energia, água, materiais para desenvolvimento das atividades, pois tudo que usamos está baseado em recursos naturais.
  • Pensar antes de produzir resíduos, reduzindo o consumo de materiais descartáveis , de papéis, de impressões, etc.
  •  Divulgar informações em meio virtual e murais, reduzindo o consumo de papel.
  • Adotar produtos e serviços que sejam coerentes – produtos de limpeza biodegradáveis, materiais gráficos, banners, faixas, que venham de uma lógica de reaproveitamento, reciclagem.
  • Separar os resíduos produzidos e destinar corretamente, observando as alternativas locais para benefício ambiental, social e econômico.
  • Incluir plantas nos ambientes do Centro Espírita, tornando-os mais agradáveis e influenciando a sensação de bem-estar, desde que observadas as características das plantas (toxicidade).
  •  Considerar o aspecto ambiental no uso de transporte para que possa ser compartilhado entre mais pessoas; de equipamentos que consumam menos energia; de construções que contemplem iluminação e ventilação natural e até mesmo, a partir de materiais que privilegiem o reaproveitamento e a reciclagem de outros materiais.
 Inter-relação doutrinária
Ao demonstrar na prática a atitude de cuidado social e ambiental, o Centro Espírita tem espaços importantes para levar seu público à reflexão da responsabilidade do cuidado com o ambiente em que mora, com sua região, com seu país, com o planeta como um todo, a partir de ações e escolhas diárias.
  • Incluir em palestras, refletindo questões do mundo contemporâneo à luz da doutrina.
  • Convidar facilitadores e dirigentes de grupos de estudos a revisarem e analisarem os programas de estudo – Ciede, ESDE, considerando o processo de reforma íntima, o cuidado com nossas vidas, com o espaço em que todos estamos vivendo.
  • Integrar obras da Doutrina Espírita e que contemplem a temática ambiental na livraria, na biblioteca.
  • Incluir aspectos de cuidado ambiental nas Preces e Irradiadores, contribuindo para psicosfera planetária e o agir mais atencioso aos seres e aos recursos naturais no dia a dia

Toda prece elevada é manancial de magnetismo criador e vivificante e toda a criatura que cultiva a oração, com o devido equilíbrio de sentimento, transforma-se, gradativamente, em foco irradiante de energias da Divindade.”
Missionário da Luz – André Luiz



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INGRATIDAO

Melindre: A Síndrome Do Orgulho Ferido por Francisco Aranda Gabilan



Melindre – Originariamente, um simples e comum substantivo masculino, com o sutil significado de ser a delicadeza no trato, cuidado extremo em não magoar ou ofender por palavras ou obras.
É o que dizem os dicionários…
Mas, curiosamente, no dia a dia de relação entre as pessoas, há mais significados, dependendo da ótica de quem o analisa. Se a visão é de quem provocou o melindre em alguém, fala mais alto seu sentido menor: suscetibilidade exagerada, escrúpulo, com profunda significação como agente das crises da sociedade humana. Se a visão é de quem se melindrou, o “paciente” liga tal sentimento a uma “justa” in­dignação, à injustiça e à ingratidão alheias, com uma acentuada pitada de sentimento melodramático de auto-piedade, de vítima.
Entretanto, sem rebuscamentos, sem volteios, sem rodeios e sem metáforas, melindre quer dizer mesmo orgulho ferido, egoísmo contrariado, vez que não há um autor sequer consultado e que se propõe analisar a questão – fora os dicionários – que não afirme peremptoriamente que o melindre não seja um sentimento filho direto do orgulho, usando da síntese de um ilustre espírito-espírita.1
Tenhamos presente que uma célula da sociedade humana das mais representativas é a Casa Espírita, onde, lastimavelmente, também grassam interesses pessoais, desejos de destaque, arroubos de sabedoria, vaidades e tantos outros sentimentos iguais. Daí porque, quando menos se espera, surge o melindre…
É o médium que não se conforma com a análise direta feita por companheiros estudiosos, quando ele, ao receber os Espíritos, bate os pés, as mãos, fala alto demais, repetitivamente, com linguagem às vezes inadequada, etc. Melindra-se e não aceita as observações e conselhos, retirando-se do trabalho ou isolando-se na crítica à Casa e seus dirigentes. É o expositor que não cumpre os horários, nem o programa, que desvia sempre do assunto da palestra ou da aula, descambando para análises outras, não raro pessoais ou sem importância doutrinária, e que não aceita as recomendações da direção de manter-se fiel ao programa ou à conduta em classe ou na tribuna, melindrando-se com facilidade, afirmando que “nessa etapa da vida” não está mais para ouvir críticas “especialmente de quem sabe menos e é muito mais moço…” É o dirigente de área na Casa que se julga auto-suficiente em tudo e não aceita conselhos e recomendações para melhoria do setor, ameaçando retirar-se, entregar o cargo, exigindo se promova reunião de Diretoria para ouvir suas reclamações. É o diretor que tem sua proposição refugada e se sente desprestigiado, desaparecendo das reuniões e das assembleias. É até mesmo o doador de donativos, cujo nome foi omitido nos agradecimentos, magoando-se e fugindo a novas colaborações.
E assim por diante…
O que se ouve, em todos os exemplos citados, é mais ou menos o seguinte: “Não entendo o porquê de tanta injustiça comigo, tanta ingratidão…, logo eu, que tanto fiz, que tanto dei de mim, que tanto ajudei…”, seguido de lamentações e, não raro, até de choro, entremeado de rasgos de vítima do mundo e de todos.
O erro está, neste caso, em o me­lindrado esperar (e até exigir) gratidão de todos pelo trabalho que ele desenvolveu na Casa, confundindo obrigações com favores. Ora, obrigações não implicam de modo algum em gratidão, muito especialmente se levando em conta que quem as assume, o faz livremente. Daí, quando contrariado, ferido em seu orgulho pessoal, julga-se vítima de ingratidão, de in­justiça… e ameaça retirar-se, quando não se esquiva definitivamente.
Um lembrete rápido para reflexão: Jesus houvera curado dez leprosos numa única tarde; mas, quantos deles se detiveram para agradecer-lhe? Apenas um! Quando o Cristo voltou-se para seus discípulos e perguntou-lhes onde estariam os outros nove curados, todos já tinham desaparecido, sem sequer um agradecimento. E daí: Jesus se melindrou, desistiu da tarefa, julgou-os ingratos?2 Para pensar!
Há mais uma agravante no fato que envolve o trabalhador descuidado: o melindre “propele a criatura a situar-se acima do bem de todos. É a vaidade que se contrapõe ao interesse geral. Assim, quando o espírita se melindra, julga-se mais importante que o Espiritismo e pretende-se melhor que a própria tarefa libertadora em que se consola e esclarece.” (…) “Ninguém vai a um templo doutrinário para dar, primeiramente. Todos nós aí comparecemos para receber, antes de mais nada, sejam quais forem as circunstâncias.”3
Assiste razão integral ao preclaro Irmão X4 , a afirmar que “os melindres pessoais são parasitos destruidores das melhores organizações do espírito.
Quando o disse-me-disse invade uma instituição, o demônio da intriga se incumbe de toldar a água viva do entendimento e da harmonia, aniquilando todas as sementes divinas do trabalho digno e do aperfeiçoamento espiritual.”
Ouçamos, afinal, todos nós, trabalhadores da seara espírita, os simplíssimos – mas altamente judiciosos e adequadíssimos – conselhos de André Luiz, na cartilha de boa condução moral chamada Sinal Verde5, assim vazados:
“Não permita que suscetibilidades lhe conturbem o coração.
Dê aos outros a liberdade de pensar, tanto quanto você é livre para pensar como deseja.Cada pessoa vê os problemas da vida em ângulo diferente.
Muita vez, uma opinião diversa da sua pode ser de grande auxílio em sua experiência ou negócio, se você se dispuser a estudá-la.
Melindres arrasam as melhores plantações de amizades.Quem reclama, agrava as dificuldades.Não cultive ressentimentos. Melindrar-se, é um modo de perder as melhores situações.Não se aborreça, coopere.Quem vive de se ferir, acaba na condição de espinheiro”.
Contra os vermes corrosivos do egoísmo, da vaidade e do orgulho (ferido ou não!), recomenda-se o uso do anti-séptico da Boa Nova, distribuído altruisticamente por Jesus, quando nos exorta: “Se alguém quiser alcançar comigo a luz divina da ressurreição, negue a si mesmo, tome a cruz dos próprios deveres, cada dia, e siga os meus passos.”6
BIBLIOGRAFIA
1 – Cairbar Schutel, in O Espírito de Verdade, cap. 36, psic. F. C. Xavier.                                                                                      2 – Lucas, 17:12-19.                                                                                                                                                                                        3 – Cairbar, idem.                                                                                                                                                                                            4 – Cartas e Crônicas, cap. 29, psic. F. C. Xavier.                                                                                                                                      5 – Sinal Verde, André Luiz, cap. 23- Melindres, psic. F. C. Xavier.                                                                                                                6 – Mateus, 16:24; Marcos, 8:34; Lucas, 9:23.                                                                                                                                Fonte: Revista Internacional de Espiritismo, de Jun 2006