sexta-feira, 9 de setembro de 2011

II JORNADA PERNAMBUCANA DE SAÚDE E ESPIRITUALIDADE

O PERDÃO COMO TERAPIA


“Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados;  perdoai e sereis perdoados.” (Lucas, 6:37) 

A Natureza ensina-nos a praticar o perdão através do exemplo: as árvores que têm os seus troncos decepados pela moto-serra, que são consumidas ou agredidas pelo fogo, voltam a oferecer-nos a beleza das suas vestes pouco tempo depois, quando os rebentos despontam aqui e ali, na raíz presa à terra. 

Também nós estamos presos a este planeta pelos compromissos assumidos e só com a força da renovação espiritual alcançaremos novas esferas, mais puras e iluminadas. 

Perdoar é transformar os ambientes de discórdia em harmonia, e por isso Jesus incentiva-nos a não julgar e a não condenar. Vai ainda mais além, estimulando-nos a perdoar de um modo total, inclusivamente aos que nos julgaram e condenaram indevidamente. 

Quem esquece a falta de um ofensor, sabe quão grande é o tesouro de tranquilidade que amealha. 

Quem não se ofende com as injúrias, já se livrou do pesado fardo da vingança e respira a atmosfera do amor. 

Quem julga, condena; e quem condena, não perdoa. Mas quando temos o prazer de perdoar, começamos a entrar pela porta da felicidade! 

Quem conhece a ciência do perdão, nunca deixa o ofensor sem ajuda ainda que, ao princípio, este auxílio apenas se dê através da prece. 

Quem se deixa levar pela mágoa, acumula energias nocivas à sua volta, assimilando-as e, desse modo, colabora para que essas energias procurem os órgãos físicos mais debilitados do seu corpo e, por sintonia, ali se alojem, provocando doenças e desequilíbrios físicos graves. Quantos tumores, úlceras, polipos, disenterias, alergias, descontroles da pressão arterial, etc. poderiam ser atenuados se quem está doente desse o seu perdão! 

Perdão é sinónimo de felicidade, pela confiança que cresce em quem perdoa na coragem e na fé, na amizade e na fraternidade. 

Trabalhemos para nos limparmos do orgulho e do egoísmo, renovando-nos sempre, tentando aumentar o nosso círculo de amizades através da força do perdão. Se ainda não nos for possível perdoar frente a frente (às vezes o agressor ainda não aceita o perdão), então façamo-lo pelos pensamentos e atitudes, a fim de que o amor possa sair de nós, irradiando para toda a humanidade. 

Perdoar é esquecer as ofensas. E para o espírito ainda ignorante, é um dever. 

Aquele que pela sua elevação moral não se ofende, não precisa de perdoar, porque no  seu coração já não existem as paixões inferiores. 

Se começarmos a pensar na harmonia, se a estudarmos e nela meditarmos, os nossos pensamentos e sentimentos cederão perante a evidência e começaremos a avançar para as manifestações de amor legítimo. E, assim, já não teremos de perdoar, pela simples razão de que não nos ofendemos. 


E, como a inversa também é verdadeira, igualmente não precisaremos de ser perdoados pelos nossos equívocos porque, sob a luz da perseverança e da humildade, estaremos a tentar ofender os outros cada vez menos. 

Juselma Coelho.
EM http://celeirodeluz2.blogspot.com/2011/09/o-perdao-como-terapia.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+BlogEspiritaCeleiroDeLuz+%28Blog+Esp%C3%ADrita+Celeiro+de+Luz%29

AMOR E CARMA


Muitas criaturas se ligam a outras por impositivos da Lei de Causa e Efeito, que geralmente faz com que o
credor se una ao devedor de si mesmo.
Nas dificuldades de relacionamento, costuma-se evocar esse princípio como justificativa para as desavenças domésticas, porém, deve-se estar atento para as imperfeições próprias de cada um e que não estão relacionadas com o modo de ser do outro.
O casamento é portal de crescimento, qualquer que seja o passado dos cônjuges.
Ligar-se a alguém é sempre opção de cada um, sem que signifique necessariamente anterior ligação cármica.
Quando o amor está presente numa relação, ele é capaz de suplantar qualquer carma passado, desde que o
indivíduo não projete no outro suas próprias imperfeições.
O amor transcende a matéria da carne renascendo a cada nova etapa da Vida do espírito.
Os vínculos afetivos entre as criaturas se fortalecem a cada encarnação, objetivando o amor puro e sincero.
Os vínculos que firmamos numa encarnação não quebram aqueles que fizemos nas vidas anteriores.
O verdadeiro amor não se acaba nem diminui com a convivência do ser amado com outrem.
Casar com alguém não significa prender-se àquela pessoa nas encarnações futuras.
Os vínculos se fortalecem pelo amor, porém, podemos estar ligados a alguém se o agredimos numa existência e ele não se equilibrou, necessitando novamente de nossa presença em sua vida para o aprendizado mútuo.
Entregar-se ao comando do amor é libertar-se dos atavismos que nos prendem ao sofrimento.
Quem se deixa viver pelo amor alcança a plenitude libertando-se de carmas passados, entendendo o sofrimento como processo educativo salutar.
Transformar seu carma negativo em positivo é colocar a energia do amor a serviço do Bem Maior.
Só o amor pode mobilizar e alterar o destino no sentido do crescimento espiritual.
O amor nunca se acaba.
Por mais inconseqüentes sejam as atitudes do outro, o amor verdadeiro permanece, desculpando e amparando o ser amado que momentaneamente desequilibrou-se.
Quando o amor já vem ferido de outras vidas, costuma reaparecer nas uniões provacionais.
Se você se encontra nessa situação, verifique o que ainda não aprendeu com a nova união.
É importante fazê-lo antes que seja tarde, para sua felicidade.
As uniões ditas cármicas podem se tornar uniões felizes desde que um dos cônjuges se disponha ao amor e
a tornar o outro feliz.
Repense sua união a fim de não ter que retornar nas mesmas circunstâncias.
Se você não mais deseja reencarnar na companhia de determinada pessoa, não a agrida.
Termine a relação sem gerar carma negativo.
Aprenda a conviver, como amigos.
Perceba que o amor de Deus coloca a serviço do ser humano sua misericórdia, para diminuir os efeitos das
atitudes negativas do passado, permitindo-lhe sua recuperação.
Não espere tempo algum para ajudar alguém com seu amor, sob pretexto da necessidade de que haja
sofrimento para o progresso espiritual dele.
Se possível,diminua aquele sofrimento.
Aprende você e aprende o outro.
Ninguém é dono da vida de ninguém.
A desencarnação promove a alforria necessária para muitos indivíduos que se sentem presos na vida a alguém.
Liberte-se libertando o outro da posse excessiva.
Não se obrigue a vincular-se a alguém por pena ou piedade.
Verifique suas necessidades evolutivas e o bem que você poderá fazer ao outro lhe permitindo sentir-se em
igualdade de condições com seus semelhantes.
Se a vida o colocou ao lado de alguém que necessita de cuidados, faça-o com consciência de seu papel e de sua responsabilidade.
O carma do filho deficiente coloca frente a frente antigos amores e, às vezes, antigos desafetos.
A mãe que se dedica ao filho deficiente é duas vezes mãe, pois coloca acima de tudo o amor pelo seu filho que é diferente dos outros.
Não guarde mágoa em seu coração.
Não o manche com a tinta negra do ódio.
O verdadeiro amor não se magoa, pois compreende a atitude do outro, própria de seu nível de evolução.
Jesus reencarnou sem carma para nos ensinar, através de sua mensagem, como
aprender com nossos equívocos do passado.
* * *
Autor: Adenáuer Novaes
POSTADO EM  http://compreendereevoluir.blogspot.com/2011/09/amor-e-carma.html

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

FEB entrega livro espírita à presidente Dilma Russerf


BRASIL - CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHOA Federação Espírita Brasileira, pelas mãos de seu presidente, Nestor João Masotti, presenteou um livro espírita à Presidente da República, Dilma Russef, por ocasião da visita da Sua Excelência à inauguração da XV Bienal do Livro do Rio de Janeiro. E o título escolhido não poderia ser outro senão "BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO", ditado pelo Espírito Humberto de Campos à Francisco Cândido Xavier  uma obra maravilhosa, que conta a História do Brasil e sua destinação espiritual, conforme a visão do Espírito escritor (saiba mais sobre este livro em nossa Sala de Leitura).
O fato não deixa de ser uma esperança para todos, pois de alguma forma, leia ou não, considere ou não, a representante maior do atual poder público brasileiro teve a oportunidade de ser avisada, digamos assim, das responsabilidades que lhe pesam, à luz do Espiritismo.
Partidarismo à parte, vibremos para que a Presidente tenha a boa intuição de abraçar este presente e retirar dele inspiração para sua empreitada política.
 
em http://espiritismoemmovimento.blogspot.com/

RELIGIÕES E A SATISFAÇÃO DO EGOÍSMO

Dentro do tema da mobilidade religiosa que abordei no texto abaixo, verifica-se a intensa transmigração entre os frequentadores das chamadas igrejas neopentecostais. Cerca de 40% dos fiéis migram "internamente" entre as várias denominações do rebanho. E são as migrações que mais falam de uma característica que não pertence apenas a este seguimento : a crença para satisfazer à si mesmo, para serem beneficiados, sobretudo, em coisas materiais. Esse é um problema de várias denominações, que propagam a fé cristã como elemento de salvação pessoal e não como uma construção de uma consciencia ético - moral, capaz de tornar o fiel um agente de transformação da civilização, pelas atitudes de solidariedade humana, edificando a felicidae pelo que oferta aos outros e à vida e não pelo que pode receber dos céus.

E me parece que aí está a grande distonia entre a cristandade de bilhões de pessoas nos dias presentes e o cristianismo nascente, caracterizado pela consciencia do servir, doar-se em benefício dos outros, auxiliando o próximo para que ele encontre a paz e a feicidade. O altruísmo era o sentimento predominante na justa compreensão da mensagem do Evangelho. Hoje, desejamos ser atendidos em tudo, sem o devido entendimento que é necessário plantar para colher, sobretudo, sem intenção de colheita. Buscamos as religiões para superar desemprego, ficar bom de uma doença, apaziguar o "inferno " que viceja no lar, saber se um relacionamento vai dar certo e por aí vai. Não é de se estranhar tanta gente infeliz nos meios cristãos (e em outras religiões ) exatamente por que fica-se completamente afastado do que ele, o cristianismo, em sua essencia, propaga.

A vida vai trabalhando para que os homens acordem para a religiosidade, elemento fundamental para a saúde integral do ser. E sua prática é o alimento superior à concretização do ser humano feliz e emancipado, caminho apontado pela Boa Nova, nos anos do sopro renovador do cristianismo nascente, hoje abordado pelo espiritismo.
  quinta-feira, 8 de setembro de 2011 RELIGIÕES E A SATISFAÇÃO DO EGOÍSMO 

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Pesquisas recentes realizadas por sociólogos e teólogos e que a revista Istoé publicou em sua edição de 24 de agosto expressam um fenômeno que já há lgum tempo vem ocorrendo mas que intensificou-se nos últimos cinco anos: a mobilidade religiosa, ou seja,cada vez um maior número de pessoas migra para outras denominações religiosas. Alem da já conhecida transferencia de fé de católicos para o ambiente evangélico, dois novos fluxos tem chamado a atenção dos estudiosos. Esses dois fluxos migratórios refletem uma realidade do interior das pessoas que merecem mais acurada observação. Aumenta o número de evangelicos que não frequentam nenhuma das igrejas, semelhantes à muitos católicos que se afirmam como tal mas não frequentam a missa. Nasceram em berço evangélico, se denominam como tal, mas não possuem uma afinidade com qualquer de seus cultos. Há alguns anos isso equivalia à cerca de 0, 25% nas estatísticas e hoje representa algo em torno de 2, 50%, cerca de quatro milhões de fiéis evangélicos sem igreja. O outro fluxo, embora muito incipiente mas consistente, ainda conforme a pesquisa publicada, é a adesão de antigos evangélicos à seguimentos dos cultos afro brasileiros. Segundo ainda o mesmo levantamento, cerca de 35% dos seguidores desse culto já teve experiencia de anos no evangelismo.

Bom, o que poderia ser visto como algo preocupante, na verdade, em meu entender, representa as transformações que hora vivenciamos. É como se o ser humano estivesse insatisfeito com suas buscas espirituais e os depoimentos dos que migraram para outra forma de crença espelham e reforçam este raciocínio. Cada vez mais aumenta o número dos que parecem desejar um caminho de "desinstitucionalização" da própria crença. Ou seja, muitos creem em Deus, sabem que algo existe de transcendente, ainda não encontraram exatamente a resposta, não se veem contemplados com as formas de crença tradicionais e preferem seguir sem religião "formal". Claro que essa é uma fatia dos que tem participado dessa mobilidade. A outra parte tem varioss motivos de migração, como não estar satisfeito na denominação, vazio interior, experiencias pessoais na área da espiritualidade ou questionamento intelectual.

O terreno está aberto. A inquietação interior e a busca de respostas consistentes para os dramas da vida elaboram um caldo de cultura altamente efervescente, provocando novos desafios às várias denominações religiosas que anseiam não só não perder fiéis como desejam conquistar novos adeptos. E onde se insere o espiritismo ?

Primeiro, por não ser uma religião institucionalizada e sim religiosidade acima de formalidades, ainda deverá permanecer com minoria natural nesse processo. Segundo, por voltar seu olhar para a qualidade da fé e ao aperfeiçoamento espiritual dos seres humanos, oferta uma filosofia aberta, abrangente e uma fatia desse fluxo ( mínima ) tem propensão natural a mergulhar em suas águas. É possível que um número talvez triplicado de pessoas passem pelos centros espiritistas, no entanto, como sempre, um número reduzido permanecerá ali, o que não quer dizer que aqueles que se afastam para outros seguimentos não levem a semente do esclarecimento espiritual consigo.

Na verdade, é importante que, com serenidade, as casas espiritas e os vários seguimentos religiosos, se preparem para responder as indagações e inquietações de milhões de almas nos tempos de hoje. O ser humano está em busca de sua identidade, de sua natureza espiritual e a forma de vida puramente material não lhe satisfaz como antes. Pressentem que algo mais deve formar o sentido da vida. Pressentem que o que é sutil faz cada vez mais pressão sobre suas existencias. As religiões serão levadas a depurar-se , a desmaterializar-se, sob risco de de não atender a ânsia da alma. O Espiritismo sabe perfeitamente o que é isso.