sábado, 30 de março de 2013

O AUTO-AMOR, ESCUTANDO OS SENTIMENTOS


Por Carlos Pereira

Jesus Cristo, indagado por um doutor da lei judaica sobre o maior mandamento, assim respondeu:“Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito. Este é o maior e primeiro mandamento. E eis o segundo, que é semelhante a aquele: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Toda a lei e os profetas estão contidos nestes dois mandamentos”. Qual deles é o mais importante? Evidentemente que eles se interagem entre si, mas como se pode amar a Deus e ao próximo sem primeiro se amar?

O ato de amar a si próprio é passível de se aprender e o mais genuíno ato de amor a si consiste na laboriosa tarefa de fazer brilhar a luz que há em nós. Isto, porém, não ocorre do dia para a noite, o auto-amor é um aprendizado de longa duração, até porque amar é uma lição para a eternidade.

O amor a si não se confunde com o egoísmo, porque quem tem atitude amorosa consigo está centrado no self. Conseguiu deslocar o foco de seus sentimentos para a fonte de sabedoria e elevação, criando ressonância com o ritmo de Deus. Amar-se é ir ao encontro de si mesmo, como denominava Carl Gustav Jung.

Ao amarmo-nos, começamos a vencer o individualismo e partimos para conquistar a nossaindividuação, isto é, o processo paulatino de expressar nossa singularidade, a “Marca de Deus” em nós; o ato de talhar a individualidade, aquele ser distinto e único que está latente dentro de nós. Para chegarmos a nossa individuação, é necessário aprender a escutar a nossa alma.

Escutar a alma é aprender a discernir entre sentimentos e o conjunto variado de manifestações íntimas do ser, sedimentadas na longa trajetória evolutiva, tais como instintos, tendências, hábitos, complexos, traumas, crenças, desejos, interesses e emoções. Ao escutar a alma, haveremos, inevitavelmente, de encontrarmos a nossa luz, mas também a nossa sombra, que somente se tornará uma ameaça se não for reconhecida. A nossa sombra só pode ser prejudicial quando negligenciamos identificá-la com atenção, respeito e afabilidade. Como se relacionar, então, com a nossa sombra?

Apenas um caminho: desenvolver crescentemente a nossa luz interior para que ela ocupe o espaço de sombra existente. A etapa inicial para a expansão da luz em nós é a aceitação. Aceitar os nossos sentimentos, desejos, ações, impulsos e pensamentos. Aceitar é entrar em contato sem reprimir. É criar uma conexão sem julgamento, uma vez que aceitação não significa condenação ou adesão passiva, mas entender, investigar e redirecionar esse patrimônio sem rigidez e desamor.

Se nós não nos aceitamos, magoamos a nós mesmos, por isso, o auto-amor é também o autoperdão. Perdoar é ter uma atitude de compaixão que nos distancie dos julgamentos e críticas severas e inflexíveis.
Há algo, porém, que nos impede de aceitarmos como somos: o orgulho. O orgulho é o sentimento de superioridade pessoal que nos faz criar ilusões sobre nossa verdadeira situação. O orgulho traz consigo a arrogância. O sentimento de arrogar significa a exacerbada estima a si mesmo, o autoconceito superdimensionado, o desejo compulsivo de se impor aos demais. O pior, ainda, é a nossa arrogância de acreditar convictamente no julgamento que fazemos acerca do nosso próximo, atitude esta que destrói profundamente a convivência humana.

A superação do orgulho se consegue através do exercício da humildade, ou seja, descobrindo-se quem se é. Nem mais, nem menos. Com a humildade, é possível se reconhecer e começar a se aceitar. Com a humildade, nasce o desejo de servir ao próximo, saindo-se de si e indo ao encontro do outro.

Após a aceitação do que temos e do que somos, superando o orgulho, devemos buscar desenvolver a autonomia dos sentimentos, que é a habilidade de gerir bons sentimentos em relação a nós mesmos; é a capacidade de libertar-se dos padrões idealizados, assumindo a sua realidade de busca do melhor possível; é libertar-se da correnteza da baixa auto-estima proveniente do subconsciente. As quatro principais vivências que conduzem a autonomia de sentimentos são: a auto-estima, a resistência emocional, saber o que se quer e escutar os sentimentos.

A pior conseqüência da falta de autonomia dos sentimentos é medir o valor pessoal pela avaliação que as pessoas fazem de nós. Por medo de rejeição, em muitas situações, agimos contra os sentimentos apenas para agradar e sentir-se incluído, aceito. Neste caso, a aprovação alheia passa a ser mais importante do que a própria aprovação interior.

Quem se ama, escuta os seus sentimentos e aprende a discernir o que quer da vida, a sua intenção-básica de existir, pois quem não sabe o que quer não toma decisões afinadas com seu íntimo e tampouco vive em paz. Quanto mais consciência se tem de suas reais intenções, mais a criatura visualiza seu futuro, sustenta seus ideais, melhora a relação consigo, alcança o clima de serenidade, dilata a sua responsabilidade e sintoniza-se com seu planejamento reencarnatório.

Quem se ama, imuniza-se contra as mágoas, guarda serenidade perante acusações, desapega-se da exterioridade como condição para o bem-estar, foca as soluções e valores, cultiva indulgência com o semelhante, tem prazer de viver e colabora espontaneamente com o bem de todos e de tudo.

Quem se ama, aprende o sentido impermanente e transitório da vida e se desprende de tudo aquilo que possa lhe aprisionar e impedir sua evolução.

Quem se ama, dispensa a imponência das máscaras e é feliz por ser quem é.

Brilhe a vossa luz!

Texto construído baseado no livro “ESCUTANDO SENTIMENTOS – A ATITUDE DE AMAR-NOS COMO MERECEMOS”, de Ermance Dufaux, por Wanderley Soares de Oliveira.

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Pensamentos, o Alicerce da nossa Personalidade




Se quisermos ter uma vida em plenitude, é preciso darmos especial valor ao teor dos nossos pensamentos, pois são eles que constituem a base de nossa personalidade. O encadeamento de informações deste texto reforça esta tese, o que significa que, para bem viver, a qualidade dos nossos pensamentos tem peso fundamental.

Pesquisadores do comportamento humano afirmam que nossa personalidade pode ser definida como um conjunto de hábitos. Desse modo, é de fundamental importância termos hábitos adequados. Mas será que existe receita para transformarmos nossos hábitos para que eles sejam adequados? O sábio filósofo Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) indicou-nos uma maneira de proceder e caminharmos nessa direção. Segundo o filósofo, nossos hábitos são criados a partir da nossa iniciativa de passarmos a ter novas atitudes. Reforçando o óbvio, passarmos a ter atitudes que até então não tínhamos. Segundo Aristóteles se persistentemente repetirmos novas atitudes, adquiriremos novos hábitos. Mas, vale ressaltar: adquirir hábitos adequados ou inadequados vai depender, exclusivamente, dos tipos de novas atitudes que escolhermos. Boas atitudes, hábitos adequados. Más atitudes, hábitos inadequados.

Sobre a importância de nossas atitudes, William James (1898-1944), um dos mais proeminentes psicólogos norte-americanos, disse: “A maior descoberta da minha geração é que o homem pode mudar sua vida, simplesmente mudando suas atitudes”. Mas como mudar para melhor nossas atitudes? Lembre-se que as atitudes são geradas pelos nossos sentimentos. Exemplificando, se eu estou sentindo amor por uma pessoa, minhas atitudes serão conduzidas em direção ao amor. Por outro lado, se tenho sentimento de ódio, minhas atitudes serão voltadas para o ódio. Chegamos à conclusão de que nossos sentimentos são o norte “do bem” ou “do mal” viver, pois, são nossos sentimentos que irão gerar boas ou más atitudes. No entanto, falta ainda descobrir:“Como cultivar bons sentimentos”? É a resposta a esta pergunta que inicia a construção do prédio de nossa personalidade. Saber a resposta, mas também nos conscientizarmos de sua importância, fará com que tenhamos uma personalidade saudável. Vamos à resposta.

No começo deste texto, afirmamos que nossos pensamentos sustentam nossa vida, pois constituem a base de nossa personalidade. Qual a razão dessa afirmação? O motivo é que nosso pensamento gera sentimento. O que deve induzir a questionarmo-nos periodicamente: “Qual é a qualidade dos meus pensamentos atuais?” É importante fazermos continuamente essa reflexão, pois se são nossos pensamentos que geram sentimentos, estes por sua vez geram atitudes que, conseqüentemente, formam novos hábitos que, por fim, modelam nossa personalidade.

Que importância nós estamos dando ao teor dos nossos pensamentos?

Para que nossa reflexão relativa a este auto-questionamento tenha ainda mais consistência, ressalto que, dentre inúmeros pensamentos que temos ao longo do dia, dois deles são os que se destacam em importância. Por essa razão, merecem nossa especial atenção. Quais são estes dois pensamentos tão importantes? Bem, o primeiro deles, é o pensamento que temos no momento em que nos levantamos, e o segundo é aquele o que domina nossa mente antes de dormirmos. Sintetizando, os pensamentos basilares são o primeiro e o último de cada dia. Esses dois pensamentos são vitais para o nosso bem ou mal viver. Ter autodomínio para bem direcioná-los, é a fonte de uma vida com real significado e sentido.

Numa auspiciosa época em que - quebrando paradigma - pesquisa da revista Fast Company(EUA) dirigida ao mundo empresarial, coloca Jesus Cristo como um dos dez maiores líderes de todos os tempos, assume especial valor o comentário a seguir do autor espiritual Emmanuel. Ele nos mostra um caminho excepcional para termos bons pensamentos. De forma simples e objetiva Emmanuel aponta-nos o caminho da excelência no cultivo de bons pensamentos. Orienta-nos ele:
“Lava os teus pensamentos em esforço diário, nas fontes do Cristo”(*).

(*) Capítulo 120 do livro Caminho, verdade e vida (FEB), Emmanuel/Francisco Cândido Xavier. Obs.: Os livros do autor espiritual Emmanuel ultrapassaram a tiragem de dois milhões de exemplares.


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Perdoando mesmo que em silêncio


"Imagino que para lidar com as diferenças entre nós e as outras pessoas, temos que aprender compaixão, autocontrole, piedade, perdão, simpatia e amor – virtudes sem as quais nem nós, nem o mundo, podemos sobreviver."(Wendell Berry)

Uma das virtudes mais difíceis de alcançar é a capacidade de perdoar! Perdão de verdade, que não seja da boca para fora, mas vindo do coração, mesmo que não seja verbalizado. Perdão que tira do peito todo ressentimento e afasta as amarguras. Perdão que sara as feridas provocadas por alguém ou por acontecimentos do dia-a-dia. Perdão que alivia a vida e nela restaura a paz. Perdão que refaz o estado anterior à dor. Perdão que tranqüiliza a mente e acalma a alma. Perdão que permite abrandar as reações e apaziguar as relações. Perdão que desfaz manchas de mágoas e cicatriza os sofrimentos.

Existem muitas maneiras de definir o perdão, porque o perdão é muitas coisas ao mesmo tempo. É uma decisão, uma atitude, um processo e uma forma de vida. Algo que oferecemos a outras pessoas e algo que aceitamos para nós mesmos.

O perdão é uma decisão, a de ver além dos limites da personalidade de outra pessoa, de seus medos, particularidades, neuroses e erros. A decisão de ver a essência pura, não condicionada por histórias pessoais, que tem uma capacidade ilimitada e sempre é digna de respeito e amor. O perdão é a opção de “ver a luz da lâmpada e não a tela”.

O perdão é uma atitude, que pressupõe estar disposto a aceitar a responsabilidade das próprias percepções, compreendendo que são opções, não fatos objetivos. É a atitude de optar por olhar para uma pessoa que talvez alguém tenha julgado e perceber que na realidade, é algo mais que a pessoa “terrível” ou insensível que vemos.

O perdão é um processo, que exige que mudemos nossas percepções uma vez ou outra. Não é algo que aconteça de uma vez por todas. Nossa visão habitual está obscurecida pelos juízos e percepções do passado projetados no presente. Nisto, as aparências nos enganam com facilidade. Quando optamos por mudar nossa perspectiva por uma visão mais profunda, mais ampla e abrangente, podemos reconhecer e afirmar a maior verdade a respeito de quem somos nós e quem são os demais. Como resultado desta mudança, surgem de um modo natural uma maior compreensão e compaixão por nós mesmos e pelos demais.

O perdão é uma forma de vida que nos converte gradualmente de vítimas de nossas circunstâncias em poderosos e amorosos co-criadores de nossa realidade. Enquanto forma de vida, pressupõe o compromisso de experimentar cada momento livre de percepções passadas, de ver cada instante como algo novo, com clareza e sem temor. É o desaparecimento das percepções que dificultavam nossa capacidade de amar.

Ao perdoar nós nos desvinculamos da tristeza, embora permaneça o registro do que vivemos. Somos capazes de lembrar sem desgosto, e depois de algum tempo, que é curador, tudo poderá ser apenas uma lembrança, nada mais. Isso é caminho para o esquecimento

O verdadeiro perdão não precisa ser dito. Ele deve ser vivido mesmo que o outro não saiba, porque, às vezes, o outro não quer mesmo saber se perdoamos ou não. Isso pode não importar para a outra pessoa, embora tenhamos marca profunda dela, como bicho que tem dono. Enquanto não perdoamos, somos prisioneiros de alguém ou de uma situação. Sem perdoar não nos libertamos.

O perdão é algo que vai além da nossa emoção, não importa se o outro sabe ou não que perdoamos. Perdoamos aqueles que nos importam e os que não têm, absolutamente, nenhum significado para nós. O amor ajuda a perdoar, e perdoamos muito por causa dele. Esquecemos em nome do amor, se é maior do que a dor que nós vivemos. E se a pessoa que nos feriu não nos importa, podemos perdoar, porque, simplesmente, não tem relevância na nossa vida a ponto de cultivarmos por ela qualquer sentimento, nem raiva, ódio, o que seja. Nós perdoamos quem amamos para desviar do ressentimento e para reconstituir e reforçar os laços que nos unem a essas pessoas. Com aquelas outras não há laços, elas não têm significado para nós. Melhor perdoar e esquecer.

O perdão flui quando conseguimos restaurar o nosso estado de felicidade, quando recuperamos o que tínhamos antes, mesmo que não seja igual ao que perdemos, e que até pode ser melhor. Quando temos de volta em nossas mãos o que nos foi tirado, nós perdoamos a quem nos tirou, ainda que não seja essa a pessoa a trazer de volta o que era nosso. Nós perdoamos quando sentimos que a vida nos devolveu o que estava perdido. É uma sensação de justiça, ainda que tardia e por outro caminho.

Daí a importância da felicidade, que é a melhor de todas as vinganças, senão a única. A felicidade nos mostra que vale a pena perdoar não só os outros, mas a nós também. Afinal, se não nos perdoamos, jamais saberemos como faz bem o perdão que se dá ao outro, mesmo que em silêncio.

http://xiruzada.blogspot.com.br/2012/07/perdoando-mesmo-que-em-silencio-imagino.html


Casa mental


Nossa mente é como uma casa. Pode ser grandiosa ou pequenina, suja ou cuidadosamente limpa. Depende de nós.
Você já observou como agimos com relação aos pensamentos que cultivamos?
Em geral, não temos com a mente o cuidado que costumamos dispensar aos ambientes em que vivemos ou trabalhamos.
Quem pensaria em deixar sua casa ou escritório cheio de sujeira, acumulando lixo ou tomado por ratos e insetos?
Certamente ninguém.
No entanto, com a casa mental somos menos atenciosos. É que permitimos que pensamentos infelizes e maus sentimentos encontrem morada em nosso coração.
E como fazemos isso?
Agimos assim quando permitimos que tenham livre acesso às nossas mentes os pensamentos de revolta, inveja, ciúme, ódio.
Ou quando cultivamos desejo de vingança, rancor e infelicidade.
Nesses momentos, é como se enchêssemos de sujeira a mente. Uma pesada camada de pó cobre a alegria e impede que estejamos em paz.
Além da angústia que traz, a mente atormentada influencia diretamente o corpo, acarretando doenças e sofrimentos desnecessários.
E pior: contribui para o isolamento.
Sim, porque as pessoas percebem quando não estamos bem espiritualmente.
O azedume de nossas palavras, o rosto contraído, tudo faz com que os outros desejem se afastar de nós, agravando nossa infelicidade.
E o que fazer para impedir que isso aconteça?
A resposta foi dada por Jesus: Orar e vigiar.
A vigilância é essencial para quem deseja a mente saudável.
Nossa tarefa é observar cada pensamento que se infiltra, analisar a natureza dos sentimentos que surgem.
E, principalmente, estar alerta para arrancar como erva daninha tudo o que possa nos prejudicar.
Dado esse primeiro passo que é a vigilância, é importantíssimo estar atento para a segunda recomendação de Jesus: a oração.
Quando identificamos dentro de nós os feios sentimentos, as más palavras e os pensamentos desequilibrados, sempre podemos recorrer à oração.
A prece é um pedido de socorro que dirigimos ao Divino Pai. Quando nos sentimos frágeis para combater os pensamentos infelizes, é hora de pedir auxílio a Deus.
É tempo de falar a Ele sobre a fraqueza que carregamos ou a tristeza que nos abate. É o momento de pedir força moral.
E o Pai dos Céus nos enviará o auxílio necessário.
Mas… de nossa parte, é importante não haver acomodação. É preciso trabalhar para ser merecedor da ajuda que Deus nos manda.
Como fazer isso? Contrapondo a cada mau pensamento os vários antídotos que temos à nossa disposição: as boas atitudes, o sorriso, a alegria, as boas leituras.
Em vez da maledicência, a boa palavra, as conversas saudáveis.
No lugar da crítica ácida, optar pelo elogio ou pela observação construtiva.
Se surgir um pensamento infeliz, combatê-lo com firmeza.
*   *   *
Não se deixe escravizar.
Se alguém o ofender ou fizer mal, procure perdoar, esquecer. E peça a Deus a oportunidade de ser útil a essa pessoa. Não esqueça: todo dia é excelente oportunidade para iniciar a limpeza da casa mental. Comece agora mesmo.
Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v.13, ed. Fep.
Em 13.07.2009.




PERDÃO - Perguntas e respostas com Richard Simonetti



1 – Um dos temas preferidos de Jesus é o perdão. Em inúmeras passagensevangélicas o recomenda. Onde fica a justiça?
A justiça é assunto de Deus. O perdão é necessidade nossa. Não fazemos nenhumfavor ao perdoar o ofensor.  A mágoa, o ressentimento, o rancor, o ódio, corroem nossas entranhas. Se perdoamos, ficamos livres.
2 – Deus perdoa?

Está superado o Jeová, o Deus implacável da tradição mosaica, disposto a vingar-se até a quarta geração daqueles que o aborreciam. Jesus nos mostra o Deus Pai, de infinito amor e misericórdia, sempre pronto a relevar nossas impertinências. Ocorre que o Senhor nos programou para o Bem, de tal forma que quando nos comprometemos com o mal é como se nos agredíssemos, colhendo desajustes e dores que reajustam nossas emoções e corrigem nossos rumos.
3  – Por isso Jesus diz, na cruz, que seus ofensores não sabiam o que estavam fazendo?
O envolvimento com o mal, quando levamos prejuízos ao semelhante, tem consequências danosas para nós. Se as pudéssemos avaliar em toda sua extensão haveríamos de cortar a própria mão antes de agredir alguém, ou a própria língua,antes de nos comprometermos na injúria.
4 – Considerando que o ofendido é uma vítima, não tem o direito de sentir-se magoado e ressentido?
Sem dúvida, mas não é conveniente. Mágoas, rancores, ressentimentos, são desajustantes. Perturbam os mecanismos imunológicos e favorecem a evolução de doenças graves, como o câncer.
5 – E quando a pessoa diz: “perdoo, mas nunca mais lhe dirigirei a palavra?”
Não perdoou. Apenas emitiu uma sentença condenatória. O desafeto pode até gostar, mas não é conveniente, principalmente quando essa situação surge no relacionamento familiar. Quando pais e filhos, marido e mulher, castigam-se mutuamente com o mutismo, a afetividade, a alegria e o bem-estar vão embora.
6  – Perdoar talvez não seja difícil; o problema é esquecer… esquecer, apenas cultiva a volúpia da mágoa. E cada vez que lembra o mal que lhe fizeram, exercitando a vocação para vítima, sofre tudo outra vez. É como jogar ácido num ferimento, ao invés de curá-lo com cicatrizante.
7 – Isso significa que esquecer os prejuízos que nos causaram é o mínimo que podemos fazer em favor de nossa própria estabilidade?
Exatamente. Se os ofensores não sabem o que fazem, algo semelhante ocorre com os que não perdoam. Não têm idéia dos desajustes e sofrimentos a que se submetem, não pelo mal que lhes fizeram, mas pelo mal que estão fazendo a si mesmos.
8 – Qual a atitude mais razoável, diante das ofensas?
Não ter que perdoar. Basta que cultivemos a compreensão. Quem compreende jamais se sente ofendido. Com ela aprendemos que cada pessoa está numa faixa de evolução, de entendimento. Não podemos exigir que  mais do que tem. E ninguém é intrinsecamente mau. Somos todos filhos de Deus



sexta-feira, 29 de março de 2013

A TAREFA MEDIUNICA

"JESUS ESTEJA COM TODOS NÓS,HOJE,AGORA E SEMPRE!

Amados irmãos a tarefa é um chamado de amor que exige esforço moral de cada um de nós. Precisamos acreditar que o amor de Deus nos envolve,nos espera e crer na nossa capacidade de transformar o amor em uma realidade real.nenhum esforço,nenhuma lágrima será em vão. O encontro com o bem e a paz espíritual é a única fatalidade em nossas vidas.
 Jeronimo.
(Mensagem  psicografada, recebida  na Escolinha Mediúnica do NEMB, por um dos participantes, em 13.03.2013.)

PÁSCOA ESPÍRITA:



Jesus, quando esteve na terra, trouxe uma mensagem totalmente inovadora, baseada no perdão, no amor e na caridade.

Para aquele povo ainda tão materialista e primitivo foi difícil aceitar um novo Messias manso e pacífico, quando esperava um líder guerreiro e libertador da escravidão.

Os governantes da época temeram ser ele um revolucionário que ameaçaria o poder por eles constituído.Por esses motivos, Jesus foi condenado à morte, crucificado, maneira pela qual os criminosos eram executados. Como um ser de elevada evolução reapareceu em espírito - não em corpo material - aos apóstolos e a várias pessoas.Assim ele comprovou a existência do espírito, bem como a sobrevivência após a morte física e incentivou a continuidade da divulgação de sua mensagem, missão essa desempenhada pelos apóstolos e seus seguidores.

A ciência já comprovou a impossibilidade da ressurreição, ou seja, voltar a viver no mesmo corpo físico após a morte deste, pois poucos minutos após a morte os danos causados ao cérebro são irreversíveis, já se iniciando o processo de decomposição da matéria.

Jesus, portanto, só se mostrou com o seu corpo perispirítico, o que explica o fato de só ter sido visto pelos que ele quis que o vissem. Se ele ressuscitasse em seu corpo carnal estaria contrariando as leis naturais, criadas por Deus.

Sabemos que para Deus nada é impossível, portanto poderia Ele executar milagres.

Mas iria Ele derrogar as leis que Dele próprio emanaram?

Seria para atestar seus poderes?

O poder de Deus se manifesta de maneira muito mais imponente pelo grandioso conjunto de obras da criação e pela sábia previdência que essa criação revela, desde as partes mais gigantescas às mínimas, como a harmonia das leis que regem o universo.

Através do Espiritismo compreendemos que não existem milagres, nem fatos sobrenaturais.

A Doutrina codificada por Allan Kardec não possui dogmas, rituais, não institui abstinências alimentares, nem possui comemorações vinculadas a datas comerciais e cívicas. Por isso os espíritas não comemoram a morte nem o reaparecimento de Jesus.

O Espiritismo nos ajuda a entender os acontecimentos da passagem de Jesus no plano terra e esclarece que a Páscoa é uma festividade do calendário adotada em nossa sociedade por algumas religiões.

Para os espíritas a Páscoa, como qualquer outro período do ano, deve ser um momento de reflexão, estudos e reafirmação do compromisso com os ensinamentos do mestre, a fim de que cada um realize dentro de si, e no meio em que vive, o reino de paz e amor que ele exemplificou.

O maior milagre que Jesus operou, o que verdadeiramente atesta a sua superioridade, foi a revolução que os seus ensinamentos produziram no mundo, apesar da exigüidade dos seus meios de ação.

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