sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Reencarnação (conferência)
Por Blog de Espiritismo http://blog-espiritismo.blogspot.com/



Nesta última sexta-feira a palestra no Centro de Cultura Espírita, em Caldas da Rainha, abordou o tema da Reencarnação.

Uns acreditam, outros questionam ou duvidam, mas a verdade é que a reencarnação é sempre um tema apelativo. Tão apelativo que muitos cientistas pesquisaram esta área, e chegaram a conclusões de que muitos dos casos que pesquisaram evidenciam a reencarnação. Mas, não só pela via cientifica se pode comprovar, mas sim também pelas comunicações mediunicas em que os Espíritos dão determinados detalhes, que depois são pesquisados e se confirmam.

A reencarnação evidência outra coisa: a imortalidade da alma.

Todos temos uma vida, dado que fomos criados, simples e ignorantes por Deus, e continuaremos nossa caminhada, no aperfeiçoamento, até que um dia façamos parte do mundo onde habitam os Espíritos Puros. Para chegar até esse ponto, vamos tendo várias reencarnações, nascendo em novos corpos de carne, tendo novas etapas na vida, com novas famílias, novos trabalhos, novas oportunidades. Esta explica as diferenças entre os Homens, o porquê de nascerem com condições diferentes entre si, quer no intelecto, ou moral, ou económico, de saúde, etc...

Só assim percebemos o porquê dessas diferenças, pois que a Justiça Divina não desampara ninguém, e a todos dá as mesmas possibilidades.
A palestrante destacou que somos constituídos por Espírito, Perispírito, e ainda Corpo Físico.

É no perispírito que estão arquivadas todas as nossas lembranças vividas no pretérito, e assim todo o conhecimento vivido e adquirido, sem que, o percamos a cada nova existência. Assim, todas as nossas tendências actuais, todo o conhecimento, todas as provas por que passamos, fazem ligação com o passado, e assim se demonstra a importância do perispírito. Este é o corpo do Espírito, que o acompanha na sua caminhada, e com a evolução do espírito este fica mais etéreo, até chegar ao ponto se confundirem os dois.

Foram projectadas, na sala onde decorria a palestra, 7 perguntas, sobre reencarnação, que foram feitas ao Dr. Ricardo Di Bernardi, médico homeopata geral e pediatra, espírita, palestrante e autor de diversos livros.

- Qual o número de vezes que já reencarnamos? Dizem que são 7, é verdade?

(*)Di Bernardi salientou que a reencarnação varia de individuo para individuo, pois tem a ver com o esforço deste na sua caminhada nas diversas existências. Não existe, portanto, nº fixo de reencarnações.

- De quanto em quanto tempo o Espírito reencarna?

Não existe uma tabela que defina o espaço entre reencarnações.

Para os Espíritos mais primitivos a reencarnação dar-se-á de forma mais rápida, no que ao tempo diz respeito. Sabe-se que tudo tem a ver com as necessidades do Espírito, pelas provas e aprendizagem porque tem de passar.

- Quem é que escolhe o tipo de vida que vamos levar na Terra quando reencarnamos?

Quando se trata de um Espírito que se recusa reencarnar, ou que ainda não tem noção das provas por que tem de passar, são os Espíritos Superiores que o orientam, pois estes sabem quais as provas pelas quais terá de passar. Assim, podemos observar que muitas vezes o Espírito reencarna de forma compulsória e durante a sua vida terrena pode mostra-se, em muitas situações, de forma contrariada.

Quando o Espírito tem noção dos seus actos, ele mesmo escolhe o tipo de provas pelas quais pretende passar, pois sabe que estas são precisas ao seu adiantamento.

- O esquecimento das vidas passadas é necessário? e porquê?

Sim, porque nem tudo nos é permitido saber.

Todos já cometemos actos que se hoje fossem do nosso conhecimento decerto nos envergonharíamos de os ter cometido.

Assim Deus oculta-nos esse conhecimento, e só assim é possível convivermos no círculo familiar, pois que faríamos se soubéssemos que o nosso parente, ou amigo, foi o nosso algoz numa vida passada? De certo isso nos condicionaria o livre-arbítrio, bem como o colocar em prática o que Jesus nos ensinou: o Amor.

- Seria possível um ser humano renascer como animal?
Não. Isso seria retroceder na escala evolutiva.

"A reencarnação, como os Espíritos a ensinam, se funda, ao contrário, na marcha ascendente da Natureza e na progressão do homem, dentro da sua própria espécie (...)", em O Livro dos Espíritos.

- O que o Sr. acha que foi em vida passada?

Todos fomos menos evoluídos, quer no intelecto quer moralmente; todos fomos mais egoístas, mais intolerantes.

Allan Kardec perguntou aos Espíritos se podíamos saber o que fomos em vidas passadas, ao que estes responderam para vermos nossas tendências actuais. Assim, pela nossa forma de agir, pelos obstáculos que temos, pelas limitações, quer também pela fé, esperança que temos, podemos fazer um juízo sobre o que teríamos sido no pretérito.

- Em termos de reencarnação, como vocês espíritas vêem a posição da Terra no contexto do Universo?

Podemos observar a escala dos mundos que os Espíritos ditaram a Kardec. Estes apontam 5 grandes classes de mundos (Primitivos; Expiação e provas; Regeneração; Ditosos ou felizes; Puros). A Terra, encontra-se na categoria de Expiação e provas, onde o mal ainda se supera ao bem, e onde o Espírito tem de expiar sua conduta, pelos erros que cometeu. No entanto, no planeta Terra o Espírito também pode ter missões, que o engrandecem, e que lhe atestam a perseverância e evolução.


A reencarnação possibilita a evolução do Homem, pois a cada existência ele fica mais próximo de Deus. A reencarnação não é uma punição, mas antes uma oportunidade que Deus dá a todos, de forma a repararmos nossas faltas, aprender com elas, e caminharmos na evolução que nos está destinada.



(*) As respostas não são transcrições das respostas dadas pelo Dr. Ricardo Di Bernardi, mas sim um resumo entre o que ele respondeu e o que se debateu na presente palestra.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

JEMB. QUE BRILHE A LUZ DO SOL QUE É DEUS ! REUNIÃO AMANHÃ!


                Qual a IMPORTÂNCIA da AMIZADE?


Desde os tempos bíblicos a amizade foi tida como algo precioso. Ela é enaltecida no livro do Eclesiastes, sendo comparada a um tesouro.

Para todos aqueles que desfrutam de boas amizades, não é novidade afirmar que é ótimo estar com os amigos.

Agora, no entanto, provas científicas sólidas afirmam que a amizade é capaz de prolongar a vida.

Shelley Taylor, psicóloga pesquisadora da Universidade da Califórnia, em Los Ângeles, diz que a amizade “desempenha um papel muito mais importante na manutenção da saúde e da longevidade do que a maioria das pessoas imagina.”

Diz que os “laços sociais são o remédio mais em conta que existe.”

Desde 1979 vêm se intensificando pesquisas em torno da ação da amizade. Ainda na Califórnia, durante nove anos, cinco mil moradores do Condado de Alameda foram submetidos a pesquisas.

Foi constatado que as pessoas que tinham o maior número de relações sociais apresentaram menos da metade da probabilidade de morrer, comparados aos que tinham o menor número de relacionamentos.

Mais de uma centena de estudos confirma os benefícios que a amizade traz para a saúde.

Quem tem amigos, tem mais chances de sobreviver às doenças de alto risco, possui um sistema imunológico mais forte e com maior capacidade de regeneração, melhora sua saúde mental e vive mais do que as pessoas sem esse suporte social.

Segundo os pesquisadores, o fato de ter amigos confiáveis significa menos hormônios de estresse fluindo pelo organismo, mesmo diante de problemas. É menor o risco de a pressão arterial e os batimentos cardíacos aumentarem de modo brusco.

Este importante detalhe ajuda a prevenir danos arteriais. Ao longo de toda uma vida, essas diferenças sutis podem resultar numa grande proteção contra as agressões do tempo e das doenças.

Pesquisas em vários Estados americanos, no Japão e na Escandinávia são unânimes em afirmar que é ótimo ter amigos.

Por isso, mesmo que a sua agenda esteja superlotada, não esqueça de dedicar um pouco de atenção para o florescimento e a manutenção das suas amizades.

Marque um encontro para um lanche. Ou uma caminhada pela manhã, antes de ir para o trabalho.

Reserve uma noite, ao menos, por mês para se encontrar com os amigos.

Esteja presente nos acontecimentos importantes na vida de seus amigos, como casamentos, formaturas, aniversários, enterros. Acredite: sua presença vai fazer a diferença.

Programe-se para realizar algumas tarefas de rotina, com os amigos, aproveitando os tempinhos sempre preciosos, enquanto faz compras no mercado, vai ao banco, pratica exercícios, assiste o jogo de futebol de seu filho.

O importante é não perder contato. Se o amigo está distante, telefone, utilize o fax, o correio eletrônico. Faça o que puder para manter o relacionamento de amizade.

Na alegria ou na tristeza, esteja com seus amigos.

* * *
Amizade é excelente presença de Deus no relacionamento das almas.

Apóie-se nas companhias caras ao seu coração. Deixe-se envolver pelo bem-querer.

Cultive a amizade, permitindo-se o salutar intercâmbio de idéias, sentimentos, alegrias.

Alimente a sua vida com essas horas de agradável convívio ao lado de quem você quer bem e se permita usufruir felicidade.

Você já parou para pensar sobre o valor da amizade?

Às vezes nos encontramos preocupados, ansiosos,

em volta há situações complicadas, nos sentindo meio que perdidos, mas somente o fato de conversarmos com um amigo, desabafando o que nos está no íntimo, já nos sentimos melhor, mesmo que as coisas permaneçam inalteradas.

Quantas vezes são os amigos que nos fazem sorrir quando tínhamos vontade de chorar, mas a sua simples presença traz de volta o sol a brilhar em nossa vida.

A simplicidade das brincadeiras pueris, da conversa informal,momentos de descontração que muitas vezes pode ser numa conversa rápida ao telefone, no vai e vem do dia ou da noite,no ambiente de trabalho ou de escola, enfim, em qualquer lugar a qualquer hora.

Entretanto, não existe só alegria, amor, felicidade nesta relação que como em qualquer outro relacionamento,passa por crises passageiras, por momentos intempestivos, abalos ocasionais.

Ainda que tenhamos muito carinho pelo amigo em questão,às vezes por insegurança, por ciúme, por estarmos emocionalmente alterados ou nos sentindo pressionados,acabamos sendo injustos com ele e isso pode ser recíproco.

Podemos comparar esse elo de amizade ao tempo que passa por alterações climáticas constantemente, mas é dessa forma que aprendemos a nos conhecer, compartilhar momentos, que se desenvolve uma amizade.

Diante do amigo somos nós mesmos, deixamos vir à tona nossos pensamentos a respeito das coisas, da vida, nos mostramos como verdadeiramente somos.

Há amigos que nos ensinam muito, nos fazem enxergar situações que às vezes não percebemos o seu real sentido,compartilham a sua experiência conosco, nos falam usando da verdade que buscamos encontrar.

São eles também que nos chamam a razão, chamando a nossa atenção quando agimos de modo contraditório, que nos dizem coisas que não queremos ouvir, aceitar, compreender.

Ao longo de nossa vida muitos amigos passam por ela e nos deixam saudade, mas também deixam a recordação de tudo que foi vivido.

É na amizade verdadeira que encontramos sinceridade, lealdade, afinidade, cumplicidade, simplicidade, fraternidade.

Amigos são irmãos que a vida nos deu para caminhar conosco ao longo da nossa jornada espiritual, extrapolando os limites do tempo, continuando quando e onde Deus assim o permitir."

Bella Burgos
Ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/pm/?f=sent#ixzz0qx0kpZ7a

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Quem foi Cáritas.‏

A prece de Cáritas é a mais linda e comovente em toda a literatura espírita, mas sua origem não é muito conhecida: se perguntarem à maioria dos espíritas como ela surgiu, e o porquê da denominação de “Cáritas”, poucas pessoas arriscarão dar um parecer.


“Chamo-me Caridade, sou o caminho principal que conduz a Deus; segui-me, eu sou a meta a que vós todos deveis visar”.

O que se apregoa nos meios religiosos, e principalmente no movimento espírita, é que “Cáritas” é um espírito que se comunicava através das faculdades de uma das grandes médiuns de seu tempo: Madame W. Krell, no círculo espírita de Bordeux, na França de Allan Kardec. A prece foi psicografada na véspera do Natal de dezembro de 1873, há mais de cem anos.


Acredita-se que esse espírito foi no passado a figura de Irene, que foi martirizada em Roma no ano 305, quando das perseguições do Imperador Diocleciano. Canonizada por sua religião – a posteriori – veio a ser conhecida como Santa Irene – ela e suas irmãs foram convertidas ao Cristianismo. Diocleciano determinou perseguição aos cristãos, e ela foi acusada de possuir “livros proibidos” e, por isso mesmo, foi condenada à fogueira enquanto suas irmãs foram degoladas à sua frente.

Madame Krell, esquecida no presente, pode ser considerada uma das maiores médiuns psicográficos da história do Espiritismo. A perfeição extraordinária de mensagens psicografadas dos maiores nomes da poesia francesa não poderia jamais colocar o nome da médium em cheque. Na prosa, Madame Kreel recebia constantes comunicações do Espírito de/da Verdade, Dumas, Lacordaire, Lamennais, Pascal, do famoso grego Ésopo, Fénelon e outros que foram publicados no livro “Rayonnementes de la Vie Spirituelle”, em maio de 1875. Ressalte-se que madame Kreel psicografava em transe, tendo colocado no papel o trabalho de Lamartine, André Chénier, Alfred de Musset, Edgard Allan Poe, Saint-Beuve, além de mensagens como “A esmola espiritual” e “Como servir a religião espiritual”:

“A esmola, meus amigos, algumas vezes é útil, porque alivia os pobres. Mas é quase sempre humilhante tanto para quem dá, quanto para quem a recebe. A caridade, pelo contrário, liga o benfeitor e o beneficiário e, além disso, se disfarça de tantas maneiras! A caridade pode ser praticada mesmo entre colegas e amigos, sendo indulgentes uns para com os outros, perdoando-se mutuamente suas fraquezas, cuidando de não ferir o amor-próprio de ninguém.”

domingo, 12 de setembro de 2010

DOENÇAS

DOENÇAS


1 - ENFERMOS E ENFERMIDADES

Vamos investigar as causas fundamentais que dão origem às enfermidades do CORPO e da MENTE, que tanto fustigam os habitantes do nosso planeta, e que são, de uma forma ou de outra, A FONTE PRINCIPAL DOS NOSSOS SOFRIMENTOS E PESARES.

Os homens de ciência, desde a mais remota antiguidade, vêm promovendo incansavelmente uma guerra sem tréguas na tentativa de identificar as origens, entender o desenvolvimento e descobrir o modo de tratar cada um dos males que atacam a espécie humana. Nessa luta, quase desesperada, muitas batalhas foram vencidas. Hoje grande parte das enfermidades pode ser debelada e muitas outras evitadas.

De um modo até certo ponto desconcertante, observamos, contudo, que ao se conseguir controlar uma determinada doença grave, uma outra prontamente vem tomar seu lugar no papel de flagelo dos homens. Se meditarmos um pouco, vamos observar que é exatamente isso que tem ocorrido no decorrer dos tempos.

No início foi a lepra, depois a peste, a tuberculose, a paralisia infantil, o câncer e as doenças cardiovasculares, e finalmente, hoje, o desafio maior parece ser o controle da AIDS (Síndrome da Deficiência Imunológica Adquirida). A medicina, teimosamente fazendo questão de ignorar os aspectos ligados ao Espírito, tem estudado o homem apenas pela metade, já que tem limitado suas pesquisas exclusivamente ao corpo físico. Por isso mesmo tem amargado muitas derrotas.

Sem se admitir a existência do Espírito, da lei do carma, da reencamação e das permutas fluídicas em que permanentemente estamos envolvidos, fica muito difícil entender e lidar com a maioria das enfermidades que nos acometem. O passista responsável não pode de forma alguma cometer, também, esse equívoco dos cientistas e, já que o seu objetivo maior é ajudar a restaurar o equilíbrio orgânico do paciente, deve dedicar-se continuamente ao estudo das situações que conduzem e influenciam tais desequilíbrios. Imbuído dessa convicção, o qual tem por objetivo facilitar a compreensão dos mecanismos das ações benéficas e deletérias que os fluidos podem causar. Este capítulo tem também o objetivo de expor a forma pela qual os componentes cármicos afetam o nosso equilíbrio orgânico.

Mesmo nos casos tão comuns de infestações microbianas, o estado fluídico do organismo e as predisposições cármicas representam fatores absolutamente determinantes. Bezerra de Menezes, segundo relato contido no livro "Grilhões Partidos", revela-nos que "toda enfermidade, resguardada em qualquer nomenclatura, sempre resulta das conquistas negativas do passado espiritual de cada um."

De conformidade com suas origens, as enfermidades humanas podem ser classificadas, pois, em três grandes grupos que são:

— Patologias fluídico-ambientais;

— Patologias obsessivas; e

— Patologias cármicas.

Esta classificação, ora proposta, evidentemente, nada tem de absoluta, pois é muito comum nos depararmos com mais de um destes fatores associados, apresentando-se como origem de uma determinada enfermidade, num determinado indivíduo. Por outro lado, concordamos também que todo processo obsessivo e as predisposições a patologias ambientais têm, sempre, em última análise, um componente cármico.

O que pretendemos com essa classificação é apenas simplificar o estudo das causas segundo as quais cada um desses aspectos é desencadeado, bem como estudar seus mecanismos gerais de ação. Com esse objetivo em mente, passaremos a estudar, individualmente, cada um desses grupos.

2 - PATOLOGIAS FLUÍDICO-AMBIENTAIS

Vivemos todos os momentos da nossa vida literalmente envoltos em emanações fluídicas das mais variadas espécies e, razão da própria categoria evolutiva primária do nosso planeta, em quase todos os locais, predominam ainda os fluidos de qualidade inferior.

Se considerarmos que cada um de nós está continuamente não só a emitir mas também a absorver fluidos do ambiente em que se encontra, e que estes fluidos exercem ações marcantes sobre o nosso organismo, fica fácil perceber quanto ao perigo potencial a que permanentemente estamos expostos.

Em decorrência da absorção de fluidos deletérios ambientais é que, na grande maioria das vezes, desfaz-se a harmonia funcional relativa em que se mantém o nosso organismo, fenômeno que se exterioriza, geralmente, sob a forma de uma enfermidade qualquer. Quando isso ocorre estamos diante de um exemplo típico do a que chamamos patologia fluídico-ambiental.

As patologias fiuídico-ambientais, afortunadamente, nem sempre atingem o seu último e mais grave estágio, que se caracteriza pelo comprometimento perceptível do corpo físico. Se nos mantivéssemos um pouco mais atentos, buscando evitá-las ou mesmo combatendo-as nos primeiros estágios, com certeza teríamos um mundo com menos desequilíbrios e enfermidades. A maior dificuldade, reconhecemos, é que, para a grande maioria das pessoas, não é fácil perceber a instalação de uma patologia fluídica nos seus primeiros momentos, justamente a ocasião em que seria mais fácil combatê-la. Após atingido o corpo físico, os cuidados necessários já são de ordem bem mais complexa, e os prejuízos, mais acentuados.

Aqui, como em qualquer outra enfermidade, o ideal mesmo é a prevenção. Devemos usar sempre de todos os meios possíveis, a fim de evitar a absorção de fluidos de qualidade inferior. A forma mais adequada de evitarmos problemas de ordem fluídica é procurarmos manter um padrão vibratório elevado, cultivando bons pensamentos. Deste modo, estará excluída a possibilidade de entrarmos em sintonia com fluidos de qualidade inferior. Já vimos anteriormente que, se estivermos vigilantes, todo o tempo, contra sentimentos e pensamentos inferiores, também, todo o tempo, estaremos envolvidos numa verdadeira "atmosfera fluídica" salutar, que, por ação da Lei Fundamental dos Fluidos, nos resguardará de qualquer influência perniciosa por parte dos fluidos do ambiente.

Assim procedendo, estaremos criando defesas contra patologias de origem ambiental, mesmo que necessitemos, por uma razão qualquer, frequentar ambientes poluídos, do ponto de vista fluídico. Imperfeitos que somos, naturalmente teremos dificuldades de manter a vigilância permanentemente. Devemos, contudo, promover um esforço mais sério quando nos encontrarmos em locais que, por sua própria natureza, favoreçam um teor vibratório de baixa qualidade. O ideal, é claro, seria evitá-los, mas sabemos que isso nem sempre é possível.

Temos certeza de que o leitor está imaginando estarmos nos referindo a ambientes como bares, casas de jogos, boates, cinemas pornográficos, etc. Há contudo muitos outros a respeito dos quais, também, deveremos estar prevenidos. São locais onde a qualidade predominante dos fluidos não é boa, não sendo este fato, contudo, evidente por si mesmo. Neles será sempre mais fácil sermos apanhados desprevenidos. Muitas vezes trata-se da casa de um amigo ou parente, ou até da sala de trabalho de um colega de repartição. Em qualquer desses locais, podem predominar fluidos de inveja, ciúme, maledicência, ira, etc., etc.

Evitar ambientes fluidicamente poluídos é uma recomendação que se aplica genericamente a todos, embora com maior rigor às pessoas que não estejam em condições razoáveis de equilíbrio e aos passistas, principalmente nos dias dedicados ao trabalho assistêncial. Aos primeiros, a recomendação é feita porque eles se encontram mais vulneráveis, e aos segundos, porque devem promover todo o esforço para chegar à instituição onde executam o seu trabalho nas melhores condições possíveis de equilíbrio. E, é sempre melhor não arriscar.

De qualquer forma se, por invigilância, deixarmos cair o nosso padrão vibratório e, em consequência, captarmos fluidos indesejáveis, deveremos recorrer, tão cedo quanto possível, a um dos mecanismos de limpeza fluídica ao nosso alcance, de modo a evitar as consequências desagradáveis que certamente se apresentarão. Várias opções podem ser utilizadas para que se efetue a limpeza fluídica do nosso organismo, merecendo destaques especiais o passe e a prece.


3 - PATOLOGIAS OBSESSIVAS


No decorrer das nossas inúmeras encarnações, temos prejudicado, por ações e, algumas vezes, por omissões, companheiros da longa jornada evolutiva que estamos todos a empreender. Na tentativa de assumir posições de maior destaque e quase sempre com vistas a satisfazer a vaidade pessoal, geralmente comandada pelo sentimento mesquinho do egoísmo, é que temos, tantas vezes, usurpado direitos, subjugado infelizes, praticado violências, pregado a desunião, arquitetado e executado planos nefastos de dominação, enfim, usado de modo indigno as ferramentas benditas de progresso que Deus nos concedeu.

E, dessa forma, no decorrer das nossas múltiplas encarnações, temos transformado em vítimas ou comparsas tantos dos que conosco têm partilhado experiências reencarnatórias que se destinavam, com certeza, ao aprendizado e aperfeiçoamento recíproco. A preservação da individualidade após a morte do corpo físico dá, a muitos desses companheiros vilipendiados, imbuídos de sentimentos de rancor, a oportunidade de buscar o revide. Procuram nos localizar e, quando o conseguem, colocam-se na condição de cobradores ferrenhos, arquitetando planos terríveis de vingança e constituindo-se no que a terminologia espírita denomina genericamente de obsessores cármicos.

Os obsessores cármicos são, portanto, geralmente, ex-vítimas nossas, de um passado mais ou menos remoto e que, hoje, na condição de Espíritos desencarnados, imbuídos de sentimentos rancorosos, procuram nos prejudicar por todos os meios possíveis. Em geral eles operam em grupos, pois assim conseguem resultados mais rápidos e contundentes.

Os processos obsessivos podem também se instalar por razões exatamente opostas às que acabamos de referir. São os casos de obsessão por afinidade. Esta é a situação em que um Espírito desencarnado, normalmente ainda muito ligado às coisas materiais, identifica em um encarnado inclinações e sentimentos semelhantes aos seus e, exatamente por isso, se elege nosso companheiro permanente.

Observe-se que, neste caso, não há motivação deliberada de causar mal, mas, apesar disso, a presença constante do obsessor já é suficiente para desarmonizar completamente o parceiro encarnado. Dizemos "parceiro" porque, na maioria destes casos, se estabelece uma verdadeira simbiose entre obsessor e obsediado, ficando difícil mesmo identificar, verdadeiramente, quem obsidia quem.

Como parte ainda desta última categoria de obsessão, observam-se casos em que o Espírito obsessor ignora completamente a sua própria condição de desencarnado. Ele apresenta-se geralmente um pouco confuso, em vista das situações novas que está vivenciando e que não compreende bem. Não raro, apresenta ainda todas as sensações que experimentava por ocasião do seu desenlace e, por isso mesmo, ao se aproximar de um encarnado, transmite-lhe a sintomatologia completa da enfermidade ou acidente que causou a sua morte. Os prejuízos são evidentes.

Quaisquer que sejam as origens de um processo obsessivo, ou a motivação do obsessor, ou obsessores, o que há de certo é que os incômodos e prejuízos são sempre muitos e graves, não raro levando o obsidiado à condição final de completa loucura. Naturalmente, até chegar a esta condição extrema muito tempo poderá decorrer e muitos estágios intermediários serão observados. Primeiro, pode manifestar-se uma simples dor de cabeça insistente, uma ligeira insônia, depois uma certa irritação nervosa mais ou menos permanente, uma propensão mais acentuada para discutir pelos menores motivos e assim por diante.

Após instalada, a tendência da obsessão é agravar-se continuamente e, se não for devidamente tratada, a situação do paciente tende a agravar-se com o tempo, aparecendo a cada dia novos sintomas. É comum inclusive que o desequilíbrio se estenda também a outras pessoas que convivam com ele. Novamente, aqui, o ideal mesmo é a prevenção, mas, se ela não aconteceu e o processo já se instalou, o enfermo deve ser tratado tão logo o problema seja identificado, a fim de evitarem-se maiores comprometimentos, principalmente do corpo físico. Quando tarda o tratamento adequado, é comum persistirem lesões irreversíveis, mesmo após eliminadas as causas que deram origem ao processo.

Os casos de obsessão com motivações de vingança — obsessão cármica — apresentam-se, naturalmente, como os mais sérios, primeiro porque será mais difícil convencer o obsessor a desistir do seu intento, depois porque, além dos prejuízos normais que a proximidade continuada de um Espírito desencarnado pode causar, temos ainda um fator agravante consequente das emanações fluídicas de ódio, vingança, etc., emitidas continuamente pelo obsessor.

E importante observar que, à proporção que o processo obsessivo vai desarmonizando o obsidiado, ele, em consequência, passa a cair em estados frequentes de irritação e agressividade, assim se colocando cada vez mais em sintonia com as emissões fluídicas do obsessor, passando, desta forma, a atraí-las e absorvê-las fartamente. Esta a razão principal de ser a evolução da obsessão, em geral, muito lenta no início e, a partir de um determinado momento, tudo passa a acontecer como uma verdadeira avalancha. Nos processos obsessivos, o passe pode vir a ser um mecanismo de rearmonização de valor inestimável, embora sempre como terapia de natureza complementar.

4 - PATOLOGIAS CÁRMICAS

Nas encarnações passadas e, não raro, na atual, temos utilizado o nosso organismo de maneira imprópria, comprometendo, com frequência, o seu delicado equilíbrio funcional, chegando mesmo, muitas vezes, a provocar redução do tempo de permanência no plano físico. Em certas ocasiões o uso inadequado a que nos referimos está relacionado com o funcionamento do próprio , organismo. É o caso da utilização abusiva do álcool, do vício do fumo, das drogas, dos excessos alimentares, etc. Em outras ocasiões o problema está vinculado a aspectos puramente comportamentais, isto é, ao modo como fazemos uso das nossas potencialidades, principalmente intelectuais, ou de como tiramos proveito da posição ocupada na sociedade.

Não se pode esquecer também a mais grave de todas as insanidades comportamentais, que é a destruição premeditada da própria vida. Em qualquer caso, sempre que viermos a ser os responsáveis diretos ou indiretos por prejuízos causados ao nosso organismo ou a terceiros, estaremos nos colocando, inapelavelmente, na condição de devedores perante a lei do carma e, mais cedo ou mais tarde, teremos que corrigir os desvios praticados e compensar os prejuízos causados.

De um modo simplificado, os mecanismos de ação da lei do carma, podem ser expostos da seguinte forma: Se o erro cometido tem sua causa primária ligada aos aspectos puramente funcionais do organismo — suicídio, bebida, drogas, etc. —, a ação cármica corretiva desencadeia-se de imediato. Ela se manifesta, de início, através dos padecimentos resultantes das lesões causadas ao corpo físico, não raro agravadas por constrangimentos de ordem social, e tem continuidade após a morte, em razão de que, lesionado o corpo físico, ocorre automaticamente e, quase simultaneamente, lesão correspondente na organização perispiritual do indivíduo. Essas lesões no perispírito são responsáveis pelo sofrimento, presente e real para o Espírito, que se manifesta após o seu desenlace, estendendo-se por um tempo que pode vir a ser bastante longo, com elevada probabilidade, inclusive, de estender-se a encarnações futuras.

Nos casos, em que os aspectos morais são determinantes, o mecanismo punitivo-educativo é distinto e, como veremos, nem sempre se inicia de imediato. O mecanismo de resgate cármico, em tais casos, é desencadeado a partir da percepção do erro cometido, sendo dependente, portanto, da capacidade de discernimento já adquirida pelo indivíduo, quanto ao conceito do certo e errado relativo àquela ocorrência.

A conscientização de haver praticado um delito desenvolve no indivíduo um complexo de culpa, que é o elemento desencadeante do processo de resgate. Podemos, pois, cometer hoje um delito de fundamentação moral e só nos apercebermos da sua natureza delituosa após decorrido um longo tempo. Isso explica o caso de pessoas que resgatam, no presente, débitos contraídos em épocas bastante recuadas no tempo.

Tudo está relacionado, pois, com o estado de evolução moral alcançado pelo indivíduo, ou seja, com a sua capacidade de melhor compreender as leis universais de equilíbrio a que todos nos encontramos sujeitos. Em resumo, pode-se dizer que, ao se aperceber de ter cometido, no pretérito próximo ou remoto, um ato que se choca com o padrão moral que já adquiriu, desencadeia-se no indivíduo um sentimento de culpa que passa a exigir dele as medidas corretivas correspondentes. A própria percepção do erro já é suficiente para desarmonizar a sua organização perispiritual, exatamente na região que tem ligações com o fato delituoso em questão.

Aquele que usou, por exemplo, sua capacidade oratória para induzir pessoas ao erro, irá automaticamente embotar aquele aspecto da sua capacidade intelectual. Aquele que participou, como agente ou paciente voluntário, de abortos criminosos irá comprometer inapelavelmente sua organização espiritual na parte relativa ao aparelho reprodutor.

Sobre o aborto, André Luiz nos assegura que "O aborto provocado, sem necessidade terapêutica, revela-se matematicamente seguido por choques traumáticos no corpo perispiritual (...), mergulhando as mulheres que o perpetram em angústias indefiníveis, além da morte (...)." E, mais adiante, complementa, aquele autor espiritual, que as consequências mais comuns daí resultantes são a ocorrência, em encarnações posteriores, da gravidez tubária, das hemorragias gestacionais, da maior propensão para as infecções do sistema genital, dos tumores de útero e ovários e, muitas vezes, da impossibilidade total para a procriação.

Em geral, os que se encontram hoje em processo de resgate de dívidas cármicas ligadas ao comportamento, é que já desenvolveram um senso moral que, por um lado, os habilitou a se aperceberem daqueles erros que estão a expiar e, por outro, tornou impossível a convivência com a culpa correspondente. A expiação tornou-se inadiável.

Está explicado porque aqueles indivíduos que ainda não se moralizaram adequadamente parecem ter uma existência imune a muitas das aflições que acometem outros cujo comportamento apresenta-se, hoje, muito mais equilibrado. A sabedoria divina é realmente perfeita. Aqueles que não se apercebem da gravidade dos delitos cometidos, também ainda não apresentam a firmeza moral para suportar, com resignação e real aproveitamento, os sofrimentos retificadores de que carecem. Só no futuro é que, ao evoluírem mais, se aperfeiçoarão moralmente e se darão conta da gravidade dos erros cometidos no passado, ocasião em que paralelamente já se encontrarão fortalecidos e possuidores da fibra necessária para suportar a retificação correspondente.

Há, contudo, casos relacionados a Espíritos extremamente endividados que se encontram estacionados nos primeiros degraus da escala evolutiva moral, em relação aos quais o desabrochar do complexo de culpa através da percepção dos aspectos delituosos dos atos cometidos vem sendo retardado demasiadamente, o que naturalmente impede se restabeleça a sua caminhada evolutiva. Deixá-los permanecer neste estado seria faltar-lhes com a caridade e assim é que a Providência Divina acaba por intervir, desencadeando o processo de resgate cármico através de outros mecanismos. Não raro, é utilizada a indução hipnótica para se atingir esse fim.

Esses Espíritos são, pois, levados a encarnações compulsórias, habitando corpos físicos, invariavelmente, portadores de profundas limitações. Apresentam-se, com frequência, deformados, ou mesmo totalmente incapacitados de externar manifestações inteligentes. Aquele que ingeriu substância letal, ou que se tornou viciado em bebidas alcoólicas, ou mesmo abusou da alimentação, reencarnará, certamente, com desequilíbrios sérios no sistema digestivo, caracterizados pelo seu mau funcionamento, ou pela propensão a gastrites, úlceras, câncer do aparelho digestivo, etc. Nos casos de inalação de tóxicos ou vício do fumo, o comprometimento ocorrerá no sistema respiratório, apresentando-se, regra geral, através de alergias respiratórias, bronquites repetidas, asma, enfisema, tuberculose pulmonar, etc.

Os processos de regeneração cármica frequentemente acontecem agravados pela problemática obsessiva, pois quando a percepção do erro cometido desenvolve o complexo de culpa já referido, automaticamente se estabelecem conexões magnéticas que interligam o arrependido de hoje aos prejudicados de outrora. As ex-vítimas, se ainda se encontram em desequilíbrio, são, por este mecanismo, atraídas para junto do antigo algoz, que passam a perseguir com propósitos de vingança. Colocam-se na condição de elementos punitivos do infrator, mas ao mesmo tempo lhe dão, pelo reencontro, a oportunidade para que ele trabalhe no sentido da recuperação de suas infelizes vítimas de outrora.

Se o indivíduo em resgate não se mostra suficientemente hábil e decidido a aproveitar a oportunidade para o reequilíbrio, não apenas seu, mas de todo o grupo, o processo obsessivo pode agravar-se e a recuperação transferida para o futuro. Em termos de assistência fluídica, para casos de enfermidade orgânica de origem cármica, tudo que se pode fazer é aliviar suas manifestações. Tal enfermidade é, certamente, necessária ao processo de reeducação do enfermo, quanto às suas responsabilidades no uso adequado do organismo físico que lhe é cedido por empréstimo, na condição de elemento imprescindível à sua evolução.

Luiz Carlos de M. Gurgel
http://www.comunidadeespirita.com.br/saude/doencas.htm