sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Alegrias do Carnaval


por Francisco Cajazeiras

A Doutrina Espírita, por favorecer o entendimento das condições e finalidades da vida, bem como dos motivos por que sofremos, ao mesmo tempo em que nos amplia as possibilidades de felicidade, redimensionando-nos o pensar no porvir em horizontes dilatados e hiperbólicos, longe de formar adeptos taciturnos e tristonhos, os faz pessoas otimistas com a existência terrena e com a Humanidade, esperançosas de um futuro harmonioso e, por isso mesmo, alegres, como aliás deveriam ser todos os cristãos que bem compreendem a mensagem de Jesus.

Quando se nos depara a crítica ácida, apregoante do inverso a isso, fácil é concluir pelo completo desconhecimento do seu autor sobre o que verdadeiramente é o Espiritismo.

Se, no entanto, a Doutrina faculta-nos esse estado perene de compreensão e boa vontade para com o existir, com mais justa razão franqueia-nos uma análise assaz criteriosa e justa da problemática anímica e psicológica de todos os que habitamos a superfície deste planetinha de expiações e provas. Assim sendo, compreendemos que o homem traz, represadas em seu íntimo, inúmeras fantasias, das mais diversificadas ordens, tendo freqüentemente distorcidos vislumbres da vera felicidade.

Essas ansiedades e fantasias, esses desejos incontidos, costumam ser exteriorizados em momentos de maior permissividade, pois o indivíduo não se permite mostrar intimamente, em função do medo do julgamento popular ou mesmo por conta do cerceamento promovido pela legislação humana em tempos ditos normais.

O carnaval, festa copiada pelos "cristãos"(?) aos pagãos (realizadas por estes em homenagem aos seus deuses), costuma prestar-se a esse "desaguar" dos anseios mais íntimos de grande número de pessoas.

Dessa forma, é usual o abuso de bebidas alcoólicas (até como um agente "encorajador"), a atividade sexual infrene e irresponsável, assim como o uso de diversas substâncias estupefacientes, o que transforma esse período num "vencedor" disparado, em matéria de estatística do terror e do morticínio brutal: acidentes automobilísticos, assassinatos, suicídios, estupros e outros fatos lamentáveis comportam-se em um crescente nessas ocasiões.

E essas estatísticas não costumam considerar outros infortúnios ocultos aos olhos da mídia em geral, como as gravidezes indesejadas desaguando freqüentemente em abortos provocados, a disseminação das doenças sexualmente transmissíveis (inclusive a AIDS) e as ulcerações morais marcando profundamente certas almas desavisadas e imprevidentes.

O fato é que se torna corriqueira a associação do desregramento sexual ao alcoolismo e outros tipos de toxicomania e destes com as desgraças mais mediatas ou mais tardias.

O carnaval não deve ser rejeitado simplesmente, mas vivenciado com um mínimo de responsabilidade e bom senso. Aquilo que não é bom nos outros momentos da vida não pode tornar-se positivo apenas porque é carnaval. Deve-se indubitavelmente procurar a alegria, as manifestações passíveis de felicidade, mas é importante questionar-se sobre o que realmente é capaz de gerar essa felicidade e se determinadas alegrias não são aparentes e unicamente geradoras de sofrimentos futuros para nós mesmos e/ou para o nosso próximo. Também aqui é válida a clássica Regra Áurea do Cristianismo: "Fazer aos outros somente o que faríamos para nós mesmos". Até porque, quando o sofrimento recai sobre o outro por nossa culpa, ainda que, momentaneamente, nossa consciência se encontre anestesiada, faz-se sobre nós a inexorável reação da Lei Divina. É apenas questão de tempo.

Mais um período momino se aproxima e vale refletir no que ele representa para você: será que ele poderá oferecer-lhe realmente o que é do seu anseio?. Terá ele condições de subtrair-lhe as agruras da alma, as dúvidas existenciais?. Valerá a pena correr um risco maior ante os que não estão preocupados com os resultados de suas ações impensadas ou pensadas, mas irresponsáveis?.

Se sua resposta for sim, tenha um bom carnaval, mas procure não se deixar envolver pela ilusão dos tóxicos nem pela "inocente" bebedeira (que muitos infelizmente não consideram como tóxico). Fique atento na direção e nunca esqueça de orar: ao sair, ao chegar. ou mesmo em momentos difíceis (porque o templo de Deus é a própria natureza!). 
em  http://www.panoramaespirita.com.br
 
 

A peçonha da língua, ante os três filtros socráticos

por Jorge Hessen
Jesus advertiu sobre a contaminação oriunda das substâncias que saem da boca humana. Quem promove a disseminação da maledicência, invoca o distúrbio para si mesmo. Por isso, urge vigiar e domar o vício do falatório, do comentário maldoso – por que não dizer: “fofoca”? Quem se afirme espírita, não pode esquecer que os censores do comportamento alheio acabam, quase sempre, praticando as mesmas ações censuradas.

Lamentamos o clima de comprovada invigilância deixada pelas peripécias do ânimo impiedoso dos caluniadores, com suas mentes doentias, sempre às voltas com a emissão impetuosa do fuxico generalizado. Confrades, esses, que engendram entusiasmos íntimos, ante as dificuldades e eventuais deslizes do próximo. Assestam a volúpia da detração, com acusações infames, de realidades que desconhecem em profundidade, sempre em direção das angústias e lutas íntimas dos que tentam se erguer de um erro cometido.

Comprazem-se no mexerico e na satisfação de verem um irmão sofrendo uma experiência mais difícil. Dissimulam, no velho chavão "vamos orar por eles!!", o aguçamento dos quesitos de suas perfídias.

Esquecem-se que o falatório induz à fascinação, secundando o desequilíbrio emocional, impelindo-os aos processos obsessórios. Muitos irmãos lhes são alvo de açodadas e contundentes críticas, onde os princípios evangélicos são arremessados para as calendas. Se praticassem o bem, escutariam, no recesso da consciência, a advertência inserta no cap. 1, versículo 26, de Tiago: “Se alguém cuida ser religioso e não refreia sua língua, sua religião é vã".

O Apóstolo dos gentios registra, aos romanos, a seguinte admoestação: “Sua garganta é um sepulcro aberto; com a sua língua trata enganosamente, peçonha de áspides está debaixo dos seus lábios.”

Certo orador, médium psicofônico, gostava de trabalhar em um determinado Centro. Realizava todas as suas tarefas doutrinárias com tal cuidado, com tal senso de responsabilidade, que não tardou ser eleito Dirigente de um Departamento da instituição. Novos desafios a vencer, algumas coisas para aprender, outras tantas para reformular... Ao final de uma etapa de trabalho, foi visitar o Presidente do Centro. Após breve diálogo, apresentou seu Relatório das atividades. O Presidente agradeceu e já ia abrindo, quando o novo Dirigente do Departamento começou a falar:

- Sr. Presidente, tenho que fazer algumas modificações na minha equipe de colaboradores, porque o Assistente que me indicaram, imagine o Sr, contaram-me...

Antes que terminasse a frase, o Presidente, lembrando o filósofo Sócrates, interrompeu:

- Espere um pouco, meu irmão. O que pretende me contar, já passou pelos três filtros?

- Filtros! Que filtros, Presidente?

- Primeiro, o filtro da VERDADE. Você tem certeza de que esse fato é, absolutamente, verdadeiro?

- Não, não tenho. Como posso saber? O que eu sei é o que me contaram. Mas eu acho muito grave que...

O Presidente interrompe novamente:

- Então, a sua história já perdeu substância, ou seja, não passou no primeiro filtro.

- É... mas...

- Vamos para o segundo filtro, que é o da BONDADE. O que você deseja me informar, traz algum benefício a alguém? Você gostaria que dissessem o mesmo a seu respeito?

- Claro que não, Presidente, Deus me livre! Nem poderiam falar uma coisa dessas de mim, que sou...

- Então, meu filho, sua história fica um pouco mais fraca, porque não passou no segundo filtro, por suas próprias palavras.

- Porém, ainda resta o terceiro filtro, que é o da NECESSIDADE. Você acha, mesmo, que há necessidade de me contar o que pretende? Esta história – que ignoro - sobre o seu Assistente, que é seu confrade de fé, seu companheiro de trabalho, merece ser comentada, ou você pretende conquistar público que o aplauda, ao comentá-la? Pense bem, meu caro. Uma vez tenha, eu, tomado ciência de algum fato que me obrigue a agir, visando o bem da Instituição e de todos, tenha certeza de que não hesitarei em tomar as providências cabíveis.

- Não!... Sr. Presidente, passando pelo crivo destes três filtros, concluo que nada sobra do que eu iria lhe falar, diz o Dirigente, surpreso consigo mesmo.

As pessoas seriam mais felizes se todas utilizassem esses três filtros, antes de divulgarem suas suspeitas a respeito de alguém. Antes de obedecerem ao impulso da difamação, reflitam, porque serão, inexoravelmente, reconhecidos desta forma, ou seja, como cruéis difamadores.

Quando não filtramos nosso parecer a respeito do próximo, é evidente que os elementos psíquicos que verbalizamos são potencialidades que atuam contra nós mesmos. Do campo mental aos lábios, podemos manter absoluto controle. Um pensamento negativo pode ser substituído, de imediato, ao passo que a palavra solta é sempre um instrumento ativo em circulação. Não se pode, nesse contexto, compreender uma atitude espírita conivente com um comportamento que é atentatório ao conteúdo moral do Espiritismo.

Aos devotos da fuxicaria contumaz, os impertinentes ajuizadores de valores morais alheios, atentemos para uma lição de Chico Xavier: “Numa viagem de mil quilômetros, não nos podemos considerar vitoriosos senão depois de chegarmos à meta almejada, porque nos dez últimos metros, a ponte que nos liga ao ponto de segurança pode estar caída e não atingiremos o local para onde nos dirigimos.”

Finalmente, não esqueçamos que a palavra constrói ou destrói facilmente e, em segundos, estabelece, por vezes, resultados gravíssimos para séculos.

E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Dez mandamentos seculares

Helen Keller (*)

Domine sua fala.
Diga sempre menos do que pensa. Cultive uma voz baixa e suave.
Pense...
Antes de fazer uma promessa e depois não a quebre, não importa o quanto lhe custe cumpri-la.
Nunca...
Deixe passar uma oportunidade para dizer uma coisa meiga e animadora a uma pessoa ou a respeito dela.
Tenha...
Interesse nos outros - em suas ocupações, em seu bem-estar, seus lares e família. Seja sempre alegre com os que riem e lamente com os que choram. Aja de tal maneira que as pessoas com quem se encontrar sintam que você lhes dispensa atenção e lhes dá importância.
Seja alegre.
Conserve-se sorrindo. Ria das histórias boas e aprenda a contá-las.
Conserve...
A mente aberta para todas as questões de discussão. Investigue, mas não argumente. É próprio das grandes mentalidades discordar e ainda conservar a amizade do seu oponente.
Deixe ...
Que suas virtudes falem por si mesmas e recuse a falar das faltas e fraquezas dos outros. Condene murmúrios. Faça uma regra de falar só coisas boas dos outros.
Tenha...
Cuidado com os sentimentos dos outros. Gracejos e críticas não valem a pena e freqüentemente magoam quando menos se espera.
Não...
Faça questão das observações más a seu respeito. Viva de modo que ninguém as acredite.
Não...
Seja excessivamente zeloso dos seus direitos. Trabalhe, tenha paciência, conserve-se calmo, esqueça-se de si mesmo e receberá a recompensa.
"A passagem do tempo deve ser uma conquista e não uma perda."
 (*) Helen Keller (1880-1968) foi uma professora que se interessou por ensinar surdos e mudos, escritora, filósofa e conferencista, personagem famosa que se dedicou à defesa dos direitos de mulheres pobres e deficientes.
Cremação
O medo de ser enterrado vivo induz muita gente a cogitar da própria cremação. Queima-se o cadáver evitando o problema. Mas há uma dúvida que inspira a pergunta mais freqüente nas palestras sobre a morte:
- Se no ato crematório eu ainda estiver preso ao corpo, o que acontecerá?
Nessas oportunidades, costumo dizer:
- Bem, no interior do forno a temperatura atinge mil e quatrocentos graus centígrados. Considerando que a água ferve a cem graus, podemos imaginar o que é isso. Fica tão quente que o próprio cadáver entra em combustão. Então, em meio às labaredas, se o falecido estiver imbuído de concepções teológicas medievais, imaginará, horrorizado: "Meu Deus!Estou no Inferno!"
Trata-se, evidentemente, de uma brincadeira para descontrair os presentes, ante tema tão fúnebre. Qualquer pessoa esclarecida, de qualquer religião, sabe que o Inferno de fogo, onde as almas ardem, em tormentos eternos, sem se consumirem, é uma fantasia desenvolvida em tempos recuados, quando os princípios religiosos impunham-se muito mais pelo medo do que pela lógica. Sabemos hoje que Céu ou Inferno não são locais geográficos. Existem na intimidade de cada um, em decorrência de nossas ações.
Objetivamente poderíamos responder à pergunta informando que se o Espírito estiver ligado ao corpo não sofrerá dores, porque o cadáver não transmite sensações ao Espírito, mas obviamente experimentará impressões extremamente desagradáveis, além do trauma decorrente de um desligamento violento e extemporâneo. Oportuno destacar algumas considerações de Emmanuel, no livro "O Consolador", psicografia de Francisco Cândido Xavier:
Na cremação, faz-se mister exercer a piedade com os cadáveres, procrastinando por mais horas o ato de destruição das vísceras materiais, pois, de certo modo, existem sempre muitos ecos de sensibilidade entre o Espírito desencarnado e o corpo, onde se extinguiu o "tônus vital", nas primeiras horas seqüentes ao desenlace, em vista dos fluídos orgânicos que ainda solicitam a alma para as sensações da existência material."
O próprio Chico, em entrevista na extinta televisão Tupi, em 1971, transmite nova informação de Emmanuel(*): Deve-se esperar pelo menos setenta e duas horas para a cremação, tempo suficiente, ao que parece, para o desligamento, ressalvadas as exceções envolvendo suicidas ou pessoas muito presas aos vícios e aos interesses humanos.
Nos fornos crematórios de São Paulo espera-se o prazo legal de vinte e quatro horas. Não obstante, o regulamento permite que o cadáver permaneça em câmara frigorífica pelo tempo que a família desejar. Espíritas costumam pedir três dias. Há quem peça sete dias.
Importante reconhecer, todavia, que muito mais importante que semelhantes cuidados seria cultivarmos uma existência equilibrada, marcada pelo esforço da auto-renovação e da prática do Bem, a fim de que, em qualquer circunstância de nossa morte, libertemo-nos prontamente, sem traumas, sem preocupação com o destino de nosso corpo.
(*) Consta do Livro "CHICO XAVIER - DOS HIPPIES AOS PROBLEMAS DO MUNDO", cap. 18.
http://www.ger.org.br/cremacao.htm

CREMAÇÃO

De quando em quando, amigos da Terra nos inquirem com respeito aos resultados possíveis da cremação que tenhamos porventura experimentado após o afastamento do corpo denso.
E efetivamente o assunto se reveste de significação e proveito, pelas repercussões do processo crematório no plano espiritual.
Por muito se examine, no mundo, a presença da morte física, conferindo-se-lhe foros de igualdade em quaisquer circunstâncias, o óbito não é idêntico no caminho de todos.
Qual ocorre no berço, quando o renascimento estabelece condições diferentes, do ponto de vista orgânico, para cada um de nós, a separação do veículo terrestre está revestida de características originais para cada indivíduo. Além da existência comum na Terra, nem todas as criaturas se observam imediatamente exoneradas da inquietação e do trauma, da ansiedade ou do apego exagerado a si próprias.
Temos companheiros que, na desencarnação pelo fogo se liberam de improviso de qualquer conexão com os recursos que usufruíram na experiência material. Entretanto, encontramos outros, em vasta maioria, que embora a lenta desencarnação progressiva que atravessaram, se reconhecem singularmente detidos nas impressões e laços da vida material, notadamente nas primeiras cinqüenta horas que se seguem à derradeira parada cardíaca no carro fisiológico. Fácil observar, em vista disso, que o período de espera, no espaço razoável de setenta e duas horas, entre o enrijecimento do corpo físico e a cremação respectiva, é tempo valioso para a generalidade de todos aqueles que se encontram em trânsito de uma vida para outra.
Isso é compreensível porque se muitos irmãos dispensam semelhante cuidado, desde os primeiros instantes de silêncio no cérebro, outros, aos milhares, se observam vinculados aos tecidos inertes de que já se desvencilharam, no anseio, embora vão, de revivescê-los. À face do exposto, nós, os amigos desencarnados, nada poderíamos aventar fundamentalmente contra a cremação. No entanto, entendendo que os nossos amigos - os homens da Esfera Física - ainda não dispõem de instrumento para analisar os graus de extensão e de intensidade do relacionamento entre o espírito recém-desencarnado e os resíduos sólidos que lhes pertenceram no mundo, consideramos justo que se lhes rogue o citado período de repouso, a favor dos chamados mortos, em câmara fria que lhes conserve a dignidade da forma. Depois disso o sepultamento ou a cremação nada mais representam, para a alma, que a desagregação mais lenta ou mais rápida das estruturas entretecidas em agentes físicos, das quais se libertou.

Do livro: Caminhos de Volta
Pelo Espírito: Emmanuel
Psicografia: Francisco Cândido Xavier

A VISÃO ESPÍRITA DOS SONHOS


O Sonho é uma interrogação para muitas pessoas. No livro de Carlos Bernardo Loureiro - “A Visão Espírita do Sono e dos Sonhos”, Casa Editora O Clarim. Matão, SP. 144 páginas, vamos encontrar muitas respostas.
      É possível determinar relações precisas entre essas percepções e os aspectos da realidade ordinária? Como analisar esse psiquismo noturno?
      Erick Fromm afirma que “o inconsciente só o é em relação ao estado normal de atividade”, “são simplesmente estados mentais diversos, que se referem às modalidades existenciais diferentes.” Assim, podemos admitir que a mente consciente constitui apenas parte do psiquismo total. Existe uma vida psíquica chamada de “inconsciência”. Esta atividade psíquica é o principal protagonista quando o sono retira a outra de cena. Na realidade o inconsciente acha-se representado naquela fração do sonho que se registra na memória consciente.
      O que se deve pensar das significações atribuídas aos sonhos?
      Os sonhos não são verdadeiros como o entendem os ledores de buena-dicha, pois fora absurdo crer-se que sonhar com tal coisa anuncia tal outra. São verdadeiros no sentido de que apresentam imagens que para o Espírito têm realidade, porém que, freqüentemente, nenhuma relação guardam com o que se passa na vida corporal. São também um pressentimento do futuro, permitido por Deus, ou a visão do que no momento ocorre em outro lugar a que a alma se transporta. Não se contam por muitos os casos de pessoas que em sonho aparecem a seus parentes e amigos, a fim de avisá-los do que a elas está acontecendo? Que são essas aparições senão as almas ou Espíritos de tais pessoas a se comunicarem com entes caros? Quando tendes certeza de que o que vistes realmente se deu, não fica provado que a imaginação nenhuma parte tomou na ocorrência, sobretudo se o que observastes não vos passava pela mente quando em vigília?” (Livro dos Espíritos, questão 404.)
      A alma é um ser pensante que permanece ativo durante o sono? Existem provas materiais da atividade da alma durante o sono?
      Durante o sono, a alma repousa como o corpo?
     “Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos.” (Livro dos Espíritos questão 401.)
A enciclopédica de Diderot (Denis, 1713-1784), no verbete “Sonambulismo”, relata a história de um jovem sacerdote que se levantava à noite, dirigia-se ao seu escritório e escrevia longos sermões e retornava ao leito. Existem relatos da resolução de problemas matemáticos que não eram resolvidos quando os indivíduos estavam acordados.
     Existe uma memória latente? Os sonhos trazem à tona lembranças julgadas esquecidas para sempre?
      Seis meses depois o indivíduo sonha com o local em que perdera o canivete. Ao despertar procura e acha o objeto (F.H. Myers, La Concience Subliminale, Annales Phychiques).
      Como podemos julgar da liberdade do Espírito durante o sono?
      “Pelos sonhos. Quando o corpo repousa, acredita-o, tem o Espírito mais faculdades do que no estado de vigília. Lembra-se do passado e algumas vezes prevê o futuro. Adquire maior potencialidade e pode pôr-se em comunicação com os demais Espíritos, quer deste mundo, quer do outro...” (Livro dos Espíritos, questão 402.)
      Richet (Prêmio Nobel de Medicina) descreve a memória fotográfica de sonambulos. A eclosão desses registros mnêmonicos subconscientes não deve ser confundida como a intervenção de seres espirituais. Trata-se de fragmentos da vida que são exumados naturalmente ou por estímulos especiais, das profundezas do ser (Pierre Janet).
      Pode-se provocar sonhos por hipnose e induzir uma pessoa a sonhar com outra?
      Sim, responde o Dr. Sherenk-Notzing (Munique-Alemanha) após experiência hipnótica com a sensitiva (clarividente) Lina. Seus resultados são muito importantes para a discussão do homem como um ser de natureza bio-psico-socio-espiritual. O pesquisador deu a sensitiva a ordem pós-hipnótica de sonhar, na noite seguinte, com uma determinada pessoa, não esquecer o sonho e contá-lo no dia imediato. Pela manhã, ao acordar, e em presença dos pesquisadores, contou o que aconteceu durante a noite. A hipótese de uma transmissão, através do pensamento de um dos pesquisadores auxiliares, era inviável por vários motivos, até porque uma visita casual de uma amiga do Sr. F.L., foi relatada pela clarividente e identificada, posteriormente, com base na descrição da sensitiva.
      Pode o homem, pela sua vontade, provocar as visitas espíritas? Pode, por exemplo, dizer, quando está para dormir: Quero esta noite encontrar-me em Espírito com Fulano, quero falar-lhe para dizer isto?
      “O que se dá é o seguinte: Adormecendo o homem, seu Espírito desperta e, muitas vezes, nada disposto se mostra a fazer o que o homem resolvera, porque a vida deste pouco interessa ao seu Espírito, uma vez desprendido da matéria. Isto com relação a homens já bastante elevados espiritualmente. Os outros passam de modo muito diverso a fase espiritual de sua existência terrena. Entregam-se às paixões que os escravizaram, ou se mantêm inativos. Pode, pois, suceder, tais sejam os motivos que a isso o induzem, que o Espírito vá visitar aqueles com quem deseja encontrar-se. Mas, não constitui razão, para que semelhante coisa se verifique, o simples fato de ele o querer quando desperto.” (Livro dos Espíritos, questão 416.)
      Podem duas pessoas que se conhecem visitar-se durante o sono?
      “Certo e muitos que julgam não se conhecerem costumam reunir-se e falar-se. Podes ter, sem que o suspeites, amigos em outro país. É tão habitual o fato de irdes encontrar-vos, durante o sono, com amigos e parentes, com os que conheceis e que vos podem ser úteis, que quase todas as noites fazeis essas visitas.” (Livro dos Espíritos, questão 414.)
O hanseniano Jésus Gonçalves, descrente, era um materialista e dizia não acreditar em nada disso. É autor de “Falta", onde diz assim: Onde andará um “não sei quê”, um Bem, em cuja busca sou judeu errante? Por onde eu passo, já passou também... E quando chego já partiu há instante... Não sei se está na vida, ou mais adiante, dentro da morte, nas mansões do Além... Se está no amor... se está na fé, perante os dois altares que esta vida tem. Mas, se esta vida é um sonho, a morte o nada; o amor um pesadelo; a fé receio; por que manter-se em luta desvairada? No entanto, eu sigo... acovardado, triste... a procurar em tudo em que não creio, a coisa que me falta e não existe!
      Sob o ponto de vista biomédico podemos perceber que uma pessoa está sonhando por estranhos movimentos oculares produzidos em certa etapa do sonho. O período REM (rapid eye movements) é “paradoxal” porque no ápice do relaxamento vamos encontrar uma atividade intensa de numerosas estruturas cerebrais, com variação da freqüência das ondas cerebrais e traçado próximo ao do estado de vigília. Há nessa fase anulação do olfato e paladar, mas as células nervosas enviam estímulos ao ouvido, aos olhos e ao sentido do equilíbrio. Quando acordadas neste período as pessoas eram capazes de contar um sonho.
Como interpretar o sonho que tivemos com um ente querido já desencarnado? A tarefa não é muito fácil porque estamos mergulhados numa matéria muito densa. No entanto, o espírito André Luiz (médico desencarnado) nos oferece um exemplo muito bom e que é encontrado no “Os Mensageiros” (FEB) capítulo 38, quando ela sonha com a avó desencarnada e faz a interpretação da mensagem recebida.
      Outro médico (psiquiatra ainda encarnado) mostra a importância dos sonhos para o diagnóstico da melancolia involutiva, destacando-a como uma síndrome com características próprias dentre as doenças conceituadas como depressão maior. Sua conclusão, nos Arquivos Brasileiros de Medicina, 71(3): 111-114, 1997, se baseia na análise de 118 casos.
      Uma pessoa que dorme pode ter consciência de que está sonhando?
Sim, responde o psiquiatra holandês Dr.Frederick Willem van Eeden, que teve a confirmação feita peloDr Stephan Laberge, na Universidade de Stanford(EUA). A mesma resposta era dada por Santo Agostinho e São Tomás de Aquino (sonhos lúcidos).
      Podemos estender o conceito de sonho a todos os estados alterados de consciência dos quais o psiquismo profundo tende a subir em primeiro plano, até subjugar o EU da superfície?
      Podemos participar de mensagens oníricas diurnas? Podemos sonhar acordados?
Esta dimensão diurna do sonho é um convite à pesquisa .
Dr. M. Kleitmam da Universidade de Chicago (“Sleep and Wakefulness”) demonstrou que, também de dia, a atenção consciente se afrouxa em períodos, de acordo com o ritmo que corresponde perfeitamente ao alternar noturno do sono profundo ao leve.
      O estado de plena “vigilância consciente” não dura mais do que um minuto ou dois por hora, o que é uma condição indispensável para uma certa eficiência criadora do intelecto, conforme F. Myers, P. Bunton e ainda John Pfeiffer (The Human Brain).
      Uma mulher, diante de uma mensagem onírica diurna, interrompe seus afazeres domésticos, chama um táxi e vai encontrar o filho caído quase morto ao lado da moto. “O paranormal é o normal que ainda não compreendemos!
      Podem os Espíritos comunicar-se, estando completamente despertos os corpos?
      “O Espírito não se acha encerrado no corpo como numa caixa; irradia por todos os lados. Segue-se que pode comunicar-se com outros Espíritos, mesmo em estado de vigília, se bem que mais dificilmente.” (Livro dos Espíritos, questão 420.)
O fenômeno a que se dá a designação de dupla vista tem alguma relação com o sonho e o sonambulismo?
      “Tudo isso é uma só coisa. O que se chama dupla vista é ainda resultado da libertação do Espírito, sem que o corpo seja adormecido. A dupla vista ou segunda vista é a vista da alma.” (Livro dos Espíritos, questão 447.)
      Qual a visão espírita desses fenômenos?

· Sonhos fisiológicos - por influência orgânica vive-se situações alucinatórias.
· Sonhos pantomnésicos - recordações do passado.
· Sonhos premonitórios - apreensão do futuro, sonho profético.
· Sonhos espirituais - vivência no plano espiritual.

      Freud não poderia explicar o sonho profético como realização de um desejo recalcado no inconsciente.
      Como podemos julgar da liberdade do Espírito durante o sono?
      “Pelos sonhos. Quando o corpo repousa, acredita-o, tem o Espírito mais faculdades do que no estado de vigília. Lembra-se do passado e algumas vezes prevê o futuro. (Livro dos Espíritos, questão 402.)
      “A árvore trará novas sementes, das quais germinarão novas árvores. Todas estavam escondidas na primeira semente,” (Discurso de Metafísica, Leibniz (1686))
      Lincoln viu, em sonho, cenas de seu próprio velório, uma semana antes de ser assassinado, relatando-o ao amigo Ward Lamon, que escreveu o episódio em seu diário.
      É um monumental determinismo o conhecimento antecipado do futuro! É possível modificar o “Carma”? Existem as coisas futuras ou elas se encontram no NADA, e ainda não existem? O sonho profético é contrário ao livre arbítrio?
      É possível prever acontecimentos derivados do presente. No entanto, como prever os que não guardam nenhuma relação com esse estado presente? Como explicar os que são atribuídos ao acaso?
      Nostradamus previu a decapitação do Duque e deu o nome do carrasco, que foi escolhido “ao acaso”, na hora. Isto 66 anos após a morte do médico francês (1503-1566). O cálculo matemático da probabilidade desta predição estaria na proporção de um para cinco milhões contra o acaso.
      Estando desprendido da matéria e atuando como Espírito, sabe o Espírito encarnado qual será a época de sua morte?
      “Acontece pressenti-la. Também sucede ter plena consciência dessa época, o que dá lugar a que, em estado de vigília, tenha a intuição do fato. Por isso é que algumas pessoas prevêem com grande exatidão a data em que virão a morrer.” (Livro dos Espíritos, questão 411.)
      Mas, como entender este sonho que fala do futuro. Como explicá-lo? Allan Kardec, no Livro “A Gênese” discute o assunto na “Teoria da Presciência”.
(Por: LUIZ CARLOS D. FORMIGA).

Palestra proferida pelo Prof. Formiga no CENPES, Centro de Pesquisas da Petrobrás, em 1998.
Publicado na Revista Internacional de Espiritismo, Ano LXXIV, número 1, Matão, fevereiro de 1999.

FANTASMAS DA AVAREZA

Incursão de André Luiz, com outros espíritos, no limiar das cavernas do umbral. 
Publicado por Romeu Leonilo Wagner em 6 fevereiro 2011 às 8:12 em ARTIGOS ESPIRITAS

  "Não havíamos atravessado grande distância, quando curiosa assembléia de velhinhos se postou ao nosso lado.
        Mostravam todos carantonhas de aspecto lamentável. Esfarrapados, esqueléticos, traziam as mãos cheias de substância lodosa que levavam de quando em quando ao peito, ansiosos, aflitos. Ao menor toque de vento, atracavam-se aos fragmentos de lama, colocando-os de encontro ao coração, demonstrando infinito receio de perdê-los.  Entreolhavam-se apavorados, como se temessem desastre próximo. Cochichavam entre si, maliciosos e desconfiados. Às vezes, faziam menção de correr, mas retinham-se no mesmo lugar, entre o medo e a suspeita.
        Um deles observou em voz rouquenha: - Precisamos de alguma saída. Não podemos com delongas. E nossos negócios? nossas casas? Incalculável é a riqueza que descobrimos...
        E indicava com ufania os punhados de lodo a escorregar-lhe das mãos aduncas.
        — Mas... — prosseguia, pensativo — todo este ouro, que temos conosco, permanece à mercê de ladrões, nesta miserável charneca. Imprescindível é ganharmos o caminho de volta. Isto aqui assombraria a qualquer.
        Escutando a singular personagem, dirigi interrogativo olhar a Calderaro (Instrutor), que me esclareceu, atencioso: - São usurários desencarnados há muitos anos. Desceram a tão profundo grau de apego à fortuna material transitória, que se tornaram ineptos ao equilíbrio na zona mental do trabalho digno, por incapazes de acesso ao santuário interno das aspirações superiores. Na Crosta da Terra, não enxergavam meios de se ampararem com a ambição moderada e nobre, nem reparavam nos métodos de que usaram para atingir os fins egoísticos. Menosprezavam direitos alheios e escarneciam das aflições dos outros. Armavam verdadeiras ciladas a companheiros incautos, no propósito de sugar-lhes as economias, locupletando-se à custa da ingenuidade e da cega confiança. Tantos sofrimentos difundiram com as suas irrefletidas ações, que a matéria_mental das vítimas, em maléficas emissões de vingança e de maldição, lhes impôs etérea couraça ao campo das idéias; assim, atordoadas, fixam-se estas nos delitos do pretérito, transformando-os em autênticos fantasmas da avareza, atormentada pelas miragens de ouro neste deserto de padecimentos. Não podemos predizer quando despertem, dada a situação em que se encontram.
        Lamentei-os sinceramente, ao que Calderaro obtemperou: - Enlouqueceram na paixão de possuir, acabando a sinistra aventura escravos de monstros mentais de formação indefinível.
        Dispunha-me a redarguir, quando um dos anciães alçou a voz no estranho concerto, exclamando: - Amigos, não seremos vítimas dum pesadelo? às vezes, chego a supor que estamos equivocados. Há quanto tempo deambulamos fora do lar? onde estamos? não teríamos enlouquecido?"

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Roteiro para Desobsessão
Publicado por Ari Carrasco Silveira em 6 fevereiro 2011 às 9:36 em REFORMA ÍNTIMA - http://amigoespirita.ning.com/forum/topics/roteiro-para-desobsessao?groupUrl=reformantima&xg_source=activity


Roteiro da Desobsessão


Para aqueles que querem praticar a autodesobsessão, Herculano Pires oferece o roteiro seguro norteando os passos para a nossa busca de uma melhora interior.

Roteiro da Desobsessão

1. Ao acordar, diga a si mesmo: Deus me concede mais um dia de experiências e aprendizado. É fazendo que se aprende. Vou aproveitá-lo. Deus me ajuda. (Repita isso várias vezes, procurando manter essas palavras na memória. Repita-as durante o dia).

2. Compreenda que a obsessão é um estado de sintonia da sua mente com mentes desequilibradas. Corte essa sintonia ligando-se a pensamentos bons e alegres. Repila as idéias más. Compreenda que você nasceu para ser bom e normal. As más idéias e os maus pendores existem para você vencê-los, nunca para se entregar.

3. Mude sua maneira de encarar os semelhantes. Na essência, somos todos iguais. Se ele está irritado, não entre na irritação dele. Ajude-o a se reequilibrar, tratando-o com bondade. A irritação é sintonia de obsessão. Não se deixe envolver pela obsessão do outro. Não o considere agressivo. Certamente ele está sendo agredido e reage erradamente contra os outros. Ajude-o que será também ajudado.

4. Vigie os seus sentimentos, pensamentos e palavras nas relações com os outros. O que damos, recebemos de volta.

5. Não se considere vítima. Você pode estar sendo algoz sem perceber. Pense nisso constantemente, para melhorar as relações com os outros. Viver é permutar. Examine o que você troca com os outros.

6. Ao sentir-se abatido, não entre na fossa. É difícil sair dela. Lembre-se de que você está vivo, forte, com saúde e dê graças a Deus por isso. Seus males são passageiros, mas se você os alimentar eles durarão. É você que sustenta os seus males. Cuidado com isso.

7. Freqüente a instituição espírita com que se sintonize. Não fique pulando de uma para outra. Quem não tem constância nada consegue.

8. Se você ouve vozes, não lhes dê atenção. Responda simplesmente: Não tenho tempo a perder. Tratem de se melhorar enquanto é tempo. Vocês estão a caminho do abismo. Cuidem-se. E peça aos Espíritos Bons, em pensamento, por esses obsessores.

9. Se você sente toques de dedos ou descargas elétricas, repila esses espíritos brincalhões da mesma maneira e ore mentalmente por eles. Não lhes dê atenção nem se assuste com esses efeitos físicos. Leia diariamente, de manhã ou à noite, ao deitar-se, um trecho de O Evangelho Segundo o Espiritismo e medite sobre o que leu. Abra o livro ao acaso e não pense que a lição é só para você. Geralmente é só para os obsessores, mas você também deve aproveitá-la. No caso de visões a técnica é a mesma. Nunca se amedronte. É isso que eles querem, pois com isso se divertem. Esses pobres espíritos nada podem fazer além disso, a menos que você queira brincar com eles, o que lhe custará seu aumento da obsessão. Corte as ligações que eles querem estabelecer com você, usando o poder da sua vontade. Se fingirem ser um seu parente ou amigo falecido, não se deixe levar por isso. Os amigos e parentes se comunicam em sessões regulares, não querem perturbar.

10. Leia o livro de Allan Kardec Iniciação Espírita; mas de Kardec, não outros de autores diversos, que fazem confusões. Trate de estudar a Doutrina nas demais obras de Kardec.

11. Não se deixe atrair por macumbas e as diversas formas de mistura de religiões africanas com as nossas crendices nacionais. Não pense que alguém lhe pode tirar a obsessão com as mãos. Os passes têm por finalidade a transmissão de fluidos, de energias vitais e espirituais para fortificar a sua resistência. Não confie em passes de gesticulação excessiva e outras fantasias. O passe é simplesmente a imposição das mãos, ensinada por Jesus e praticada por Ele. É uma doação humilde e não uma encenação, dança ou ginástica. Não carregue amuletos nem patuás ou colares milagrosos. Tudo isso não passa de superstições provindas de religiões das selvas. Você não é selvagem, é uma criatura civilizada capaz de raciocinar e só admitir a fé racional. Estude o Espiritismo e não se deixe levar por tolices. Dedique-se ao estudo, mas não queira saltar de aprendiz a mestre, pois o mestrado em espiritismo só se realiza no plano espiritual. Na Terra somos todos aprendizes, com maior ou menor grau de conhecimento e experiência.

Fonte : José herculano Pires


Pensa nas ocasiões em que corações amigos te haverão desculpado as próprias faltas.

Medita nas pessoas queridas para as quais, muitas vezes, terás de impetrar a benevolência dos outros,

algumas vezes, até mesmo desses outros  a quem talvez pretendas constranger com desafios e exigências.

Em qualquer acerto de contas, medita na extensão das nossas dividas para com Deus e Asserena-te,

na certeza de que, acima de todos os conflitos, a paciência vale mais.

(Obra: Calma - Francisco C. Xavier)