sexta-feira, 5 de agosto de 2011

AS ENFERMIDADES ESPIRITUAIS


Marta Antunes Moura
http://amigoespirita.ning.com/group/saudeeespiritismo/forum/topic/show?id=2920723%3ATopic%3A319036&xgs=1&xg_source=msg_share_topic


 As enfermidades  espirituais produzem distúrbios ou lesões no corpo físico
decorrentes de desarmonias psíquicas originadas das condições pessoais do enfermo, da influência de entidade espiritual, ou por ação conjunta de ambos. Podem ser consideradas como de  baixa, média ou de alta gravidade .
As de baixa gravidade, mais fáceis de serem controladas,  costumam surgir em momentos específicos da vida, quando a pessoa passa por algum tipo de dificuldade: perdas afetivas ou materiais; doenças físicas; insucesso profissional, entre outras. São situações  que as emoções afloram impetuosamente, gerando diferentes tipos de somatizações: ansiedade, angústia, dores musculares, enxaqueca, distúrbios na digestão (náuseas, cólicas, azia, má absorção alimentar etc.). Ocorrem distúrbios do sono, da atenção e do controle emocional. Nessa situação, a  prece representa um poderoso instrumento de auxílio pois eleva o padrão vibratório do necessitado. A mudança vibratória permite que a assistência dos benfeitores espirituais favoreça  o reajuste  psíquico, emocional e físico. A pessoa recupera, então,  as rédeas sobre si mesma,  rompendo com as idéias perturbadoras, próprias ou de outrem.
As doenças espirituais de média gravidade podem prolongar- se por anos a fio, mantendo-se dentro de um mesmo padrão ou evoluindo para algo mais grave. Com o passar do tempo,  podem apresentar  um quadro sintomatológico característico de um tipo específico de patologia: insônia persistente; gastrite e ulceração gástrica; infecções microbianas repetidas; crises alérgicas costumeiras; dores musculares penosas, formadoras de nódulos ou pontos de tensão;  dificuldades respiratórias seguidas das desagradáveis “falta de ar”; hipertensão; obesidade ou magreza; crises de enxaqueca prolongadas, não controláveis por medicamentos; humor claramente afetado, oscilante entre crises de irritabilidade e impaciência incomuns  e  momentos de indiferentismo e submissão emocionais; episódios depressivos repetidos seguidos de euforia exagerada.  Se não ocorre a desejável assistência espiritual em benefício do necessitado,  nessa fase da evolução da  enfermidade, os doentes  podem desenvolver comportamentos, caracterizados, sobretudo, por “manias” e  pelo isolamento social.  As idéias e os desejos do enfermo  ficam girando  dentro de um círculo vicioso, conduzindo à criação de formas-pensamento, alimentadas pela vontade do  próprio necessitado  e  pela dos Espíritos desencarnados, sintonizados nesta faixa de vibração.  As orientações espíritas, se aceitas e seguidas,  proporcionam imenso conforto, podendo reduzir ou eliminar o quadro geral de perturbações, sobretudo se associada às ações médicas e  ou psicológicas.  Assim, faz-se necessário desenvolver persistente trabalho de renovação mental e comportamental da pessoa necessitada de auxílio. A prece, o passe,  a água fluidificada, o estudo do Evangelho no lar, a assistência espiritual (atendimento e diálogo fraterno, freqüência  às reuniões de explanação do Evangelho e de irradiações espirituais), o estudo espírita, entre outros, representam instrumentos de auxílio e de renovação psíquica, em geral disponibilizados pelas nossas Casas Espíritas.
As enfermidades espirituais, classificadas como graves, são encontradas em pessoas que revelam  perdas temporárias  ou permanentes da consciência. A perda da consciência, lenta ou repentina, pode estar associada a uma causa fisiológica (velhice) ou a uma patologia (lesões cerebrais de etiologias diversas). Nessa situação, o enfermo vive períodos de alheamentos ou alienações mentais, alternados com outros de lucidez. Esses períodos são particularmente difíceis pois a pessoa passa a viver numa realidade estranha e dolorosa,  sobretudo quando o espírito enfermo ver-se associado a outras mentes enfermas, em processos de simbioses espirituais.  O doente requisita atendimento médico especializado, no campo da psiquiatria. A  fluidoterapia espírita suaviza a manifestação da doença, auxiliando o tratamento médico. A assistência espiritual, oferecida pela Casa  Espírita, age como bálsamo, minorando o sofrimento dos encarnados – doente, familiares e amigos – e dos desencarnados envolvidos na problemática. O atendimento ao perturbador espiritual nas  reuniões de desobsessão, assim como as irradiações mentais em benefício  do obsessor e do obsidiado, produzem resultados significativos, fundamentais ao processo de libertação espiritual.

As enfermidades espirituais  representam uma realidade, impossível de ser ignorada, sobretudo nos tempos atuais quando  sabemos  da existência  de um alerta superior que nos aponta para a urgente  necessidade de avaliarmos a nossa conduta moral, desenvolvendo ações e atitudes compatíveis com a Lei de amor, justiça e caridade.
As enfermidades espirituais deixarão de existir, nos esclarecem os benfeitores espirituais, quando nos renovarmos para o bem. Nesse sentido, são oportunas as elucidações do Espírito André Luiz: (...)  a enfermidade, como desarmonia espiritual (...) sobrevive no perispírito. As moléstias conhecidas no mundo e outras que ainda escapam ao diagnóstico humano, por muito tempo persistirão nas esferas torturadas da alma, conduzindo-nos ao reajuste. A dor é o grande e abençoado remédio. Reeduca-nos a atividade mental, reestruturando as peças de nossa instrumentação e polindo os fulcros anímicos de que se vale a nossa inteligência para desenvolver-se na jornada para a vida eterna. Depois do poder de Deus, é a única força capaz de alterar o rumo de nossos pensamentos, compelindo-nos a indispensáveis modificações, com vistas ao Plano Divino, a nosso respeito, e de cuja execução não poderemos fugir sem graves prejuízos para nós mesmos (¹).


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(¹) XAVIER, Francisco Cândido. Entre A Terra

Magoar-se é Adoecer

Mal dos maiores, a mágoa faculta o surgimento de morbos de ordem psíquica na condição orgânica de quem a agasalha.

Metaforicamente, poder-se-ia comparar a mágoa ao apodrecimento da madeira, a ferrugem do metal, apodrecimento e ferrugem que sempre têm efeito destruidor.

Costuma-se afirmar que a mágoa se instala quando o amor é ferido. Ora, quem ama nunca se fere com atitudes e procedimentos da pessoa amada. A expressão popularizada, portanto, mostra-se destituída de lógica, desde que entendamos o que seja o amor, o que significa o verbo amar.

A mágoa pode ser combatida de imediato, caso a criatura use o recurso da oração. É que também todo estado patológico, no seu início, oferece maior facilidade de ser debelado. Permitindo-se a sua continuidade, ela (a mágoa) se desdobra em várias modalidades, toma posse de compartimentos da emotividade, engendrando, em sua caminhada, pustulentas feridas de fundo moral, muitas vezes irreversíveis. A mágoa com livre curso atinge o caminho da aversão, transmudando-se depois para o campo do ódio, tornando-se aí enfermidade de largo período e de conseqüências imprevisíveis pela complexidade em que se enclausura.

Não somente quem cultiva a mágoa dela se ressente, mas os que estão dentro do círculo de sua atuação, geralmente familiares e amigos. Inimigos nem sempre, porque estes têm o revide pronto para desfechar sobre o magoado as suas queixas e seu mau humor.

A mágoa é um entulho que entope os caminhos por onde transita a esperança, a esta obstaculizando a execução da tarefa que lhe é específica: consolar.

Quem se magoa costuma cercar-se de argumentos muito bem urdidos, parecendo justificar quem tem o direito de não perdoar, de não esquecer, desta forma, ensejando a trajetória livre da causa da mágoa que, inegavelmente, é o orgulho.

Quantas e quantas desarmonias fisiológicas se originam na mágoa! Ela é uma geradora de cargas tóxicas de origem mental produzindo desequilíbrios no psiquismo, de cujas conseqüências só se pode esperar o pior, porque podem afetar os aparelhos circulatório, digestivo, nervoso...

Joanna de Ângelis assevera que "O homem é, sem dúvida, o que vitaliza pelo pensamento. Suas idéias, suas aspirações constituem o campo vibratório no qual transita e em cujas fontes se nutre." ("Florações Evangélicas", Editora G. Holman Ltda., pag. 91, psicografia de Divaldo Pereira Franco)

Segundo idéia freudiana, o EU seria o inconsciente, enquanto um membro de sua própria escola, Gustav Geley, afirmava que o inconsciente era o próprio espírito. Desde o feto a psicanálise vem encontrando manifestação do inconsciente, estabelecendo bases, desta forma, para que o psiquismo fetal seja uma realidade.

Fomos entrando por esse terreno meio escorregadio onde se localiza o inconsciente para demonstrar que é nele onde mais se fixa o espírito e suas vivências passadas. Onde ele está, também se encontram os desequilíbrios espirituais que conduzem o ser á mágoa, ao desequilíbrio, às distonias de patogêneses demasiadamente complexas.

Ela, a mágoa, não vem de fora, mas é exumada do interior da criatura, malgrado carregue toda a aparência de que vem de fora, que é trazida pelo semelhante.

O magoado traz toda uma história herdada de seu passado existencial, onde preponderou, com toda certeza, a exteriorização do orgulho e seus sequazes.

O espírito somente habita a Terra, mundo de provas e expiações, porque está enfermo moralmente, e ele somente deixará de reencarnar aqui quando estiver curado dessas enfermidades. A transformação que se apresta é antes moral que material, apesar do homem dirigir todos os seus esforços pela mudança e melhoramento do seu mundo físico que é perecível, esquecendo-se do seu aspecto imperecível - o espiritual.

A contumaz persistência da mágoa no indivíduo provoca, naturalmente, certos tipos de lesões cerebrais, as quais, não sendo combatidas a tempo, podem engendrar momentos de insanidade e de lucidez, numa verdadeira manifestação psicótica.

A mágoa deve ser trabalhada pelos pais tão logo a percebam em seus filhos, evitando assim o seu desenvolvimento. Isso poderá ser logrado, com certeza, caso procurem (os pais) fazer brotar e crescer a religiosidade do amor no interior de seus filhos.

As mágoas sejam quais forem as suas etiologias, marcam o eixo das neuroses; já o amor, o perdão, a humildade e a confiança em DEUS marcam a existência da alma sadia, lúcida, feliz...

Esse tipo de patologia da alma estiola a idéia e espalha suspeitas infundadas, isolando quem a cultiva, impossibilitando, inclusive, o auxílio que possa vir do exterior, geralmente de amigos e parentes.

Os agentes psíquicos inferiores, entre eles a mágoa, conspiram contra a serenidade. Os portadores da mágoa são merecedores, deste modo, da nossa compaixão e nunca da nossa indiferença, do nosso desprezo. Não esqueçamos: são enfermos espirituais.

Não há porque valorizar quem se magoa, dispensando-lhes atenções e preocupações, sendo necessário apenas que cultivemos pensamentos salutares, o que nos leva a pairar acima das viciações mentais agasalhadoras desses miasmas morbíficos que se alastram sobre a Terra, enquanto os seus habitantes se mantiverem afastados de DEUS e de quem ELE nos enviou como Guia e Modelo - JESUS.


ADÉSIO ALVES MACHADO em http://cienciafilosofiareligiao.blogspot.com/2011/08/magoar-se-e-adoecer.html

O desafio das doenças espirituais


Medicina e Espiritualidade

     A medicina humana não admite a existência do Espírito, não reconhecendo, conseqüentemente, as doenças espirituais. No passado, porém, durante séculos, o Espírito era considerado causa de doença, principalmente na loucura onde parecia evidente seu parentesco com o mal. Quando a Medicina começou a descobrir a fisiologia mecanicista dos fenômenos biológicos, excluiu dos meios acadêmicos a participação da alma, inclusive na criação dos pensamentos, que passaram a ser vistos como "secreção" do cérebro, e as doenças mentais, como distúrbios da química dos neurônios.
     O médico espírita que pretender retomar, nos dias de hoje, a discussão sobre as doenças espirituais precisa expurgar, em primeiro lugar, a "demonização" das doenças, um ranço medieval que ainda contamina igrejas e repugna o pensamento médico atual.
     A medicina moderna aprendeu a ajuizar os sintomas e os desvios anatômicos, usando sinais clínicos para fazer as classificações das doenças que conseguiu identificar. Para as doenças espirituais, porém, fica faltando conhecer "o lado de lá" de cada paciente para podermos dar um diagnóstico correto para cada necessitado. Já no século XVII, Paracelso atribuía causas exteriores ou perturbações internas aos doentes mentais, destacando oslunáticos (pela interferência das fases e movimentos da Lua), os insanos (pela hereditariedade), os vesanos (pelo abuso de bebida ou  mau uso de alimentos) e os melancólicos (por um vício de natureza interna).
     Para as doenças espirituais também percebemos causas externas e internas. Por enquanto, nossa visão parcial nos permite apenas uma proposta onde constem as possíveis causas da doença  espiritual, sem o rigor que uma avaliação individual completa exigiria, adotando-se para tanto a seguinte classificação: doenças espirituais auto-induzidas (por desequilíbrio vibratório e auto-obsessão), doenças espirituais compartilhadas(por vampirismo e obsessão), mediunismo e doenças cármicas.

As Doenças Espirituais auto-induzidas

Por desequilíbrio vibratório
     O perispírito é um corpo intermediário que permite ao espírito encarnado exercer suas ações sobre o corpo físico. Sua ligação é feita célula a célula, atingindo a mais profunda intimidade dos átomos que constitui a matéria orgânica do corpo físico. Esta ligação se processa pelas vibrações de cada um dos dois corpos - físico e espiritual - cujo "ajuste" exige uma determinada sintonia vibratória. Como o perispírito não é prisioneiro das dimensões físicas do corpo de carne, podendo manifestar suas ações além dos limites do corpo físico pela projeção dos seus fluidos, a sintonia e a irradiação do perispírito são dependentes unicamente das projeções mentais que o espírito elabora, do fluxo de idéias que construímos. De maneira geral, o ser humano ainda perde muito dos seus dias comprometido com a crítica aos semelhantes, o ódio, a maledicência, as exigências descabidas, a ociosidade, a cólera e o azedume entre tantas outras reclamações levianas contra a vida e contra todos. Como o vigiai e orai ainda está distante da nossa rotina, desajustamos a sintonia entre o corpo físico e o perispírito, causando um"desequilíbrio vibratório". Essa desarmonia desencadeia sensações de mal-estar, como a estafa desproporcional e a fadiga sistemática, a enxaqueca, a digestão que nunca se acomoda, o mau humor constante e inúmeras outras manifestações tidas como "doenças psicossomáticas". Ainda nos dedicamos pouco a uma reflexão sobre os prejuízos de nossas mesquinhas atitudes, principalmente em relação a um comportamento mental adequado.

Por auto-obsessão
     O pensamento é energia que constrói imagens que se consolidam em torno de nós. Impressas no perispírito elas formam um campo de representações de nossas idéias. À custa dos elementos absorvidos do fluido cósmico universal, as idéias tomam formas, sustentadas pela intensidade com que pensamos nelas. A matéria mental constrói em torno de nós uma atmosfera psíquica (psicosfera) onde estão representados os nossos desejos. Neste cenário, estarão todos os personagens que nos aprisionam o pensamento pelo amor ou pelo ódio, pela indiferença ou pela proteção, etc. Medos, angústias, mágoas não resolvidas, idéias fixas, desejo de vingança, opiniões cristalizadas, objetos de sedução, poder ou títulos cobiçados, tudo se estrutura em "idéias-formas" na psicosfera que alimentamos, tornando-nos prisioneiros dos nossos próprios fantasmas. A matéria mental produz a "imagem" ilusória que nos escraviza. Por capricho nosso, somos, assim, "obsedados" pelos nossos próprios desejos.

As doenças espirituais compartilhadas

Por vampirismo
     O mundo espiritual é povoado por uma população numerosíssima de Espíritos, quatro a cinco vezes maior que os seis bilhões de almas encarnadas em nosso planeta. Como a maior parte desta população de Espíritos deve estar habitando as proximidades dos ambientes terrestres, onde flui toda a vida humana, não é de se estranhar que esses Espíritos estejam compartilhando das nossas condutas. Podemos atraí-los como guias e protetores, que constantemente nos inspiram, mas também a eles nos aprisionar pelos vícios - o álcool, o cigarro, as drogas ilícitas, os desregramentos alimentares e os abusos sexuais. Pare todas essas situações, as portas da invigilância estão escancaradas, permitindo o acesso de entidades desencarnadas afins. Nesses desvios da conduta humana, a mente do responsável agrega em torno de si elementos fluídicos com extrema capacidade corrosiva de seu organismo físico, construindo para si mesmo os germens que passam a lhe obstruir o funcionamento das células hepáticas, renais e pulmonares, cronificando lesões que a medicina considera incuráveis. As entidades espirituais viciadas compartilham dos prazeres do vício que o encarnado lhes favorece e ao seu tempo estimulam-no a nele permanecer. Nesta associação, há uma tremenda perda de enrgia por parte do encarnado. Daí a expressãovampirismo ser muito adequada para definir esta parceria.

Por obsessão
     No decurso de cada encarnação, a misericórdia de Deus nos permite usufruir das oportunidades que melhor nos convém para estimular nosso progresso espiritual. Os reencontros ou desencontros são de certa maneira planejados ou atraídos por nós para os devidos resgates ou para facilitar o cumprimento das promessas que desenhamos no plano espiritual. É assim que, pais e filhos, reencontram-se como irmãos, como amigos, como parceiros de uma sociedade. Marido e mulher que se desrespeitaram, agora se reajustam como pai e filha, chefe e subalterno ou como parentes distantes, que a vida dificulta a aproximação. As dificuldades da vida de uma maneira ou de outra vão reeducando a todos. Os obstáculos que à primeira vista parecem castigo ou punição trazem no seu emaranhado de provas a possibilidade de recuperar danos físicos ou morais que produzimos no passado.
     No decorrer de nossas vidas, seremos sempre  ganhadores ou perdedores na grande luta da sobrevivência humana. Nenhum de nós percorrerá essa jornada sem ter que tomar decisões, sem deixar de expressar seus desejos e sem fazer suas escolhas. É aí que muitas e muitas vezes contrariamos as decisões, os desejos e as escolhas daqueles que convivem próximo a nós. Nos rastros das mazelas humanas, nós todos, sem exceção, estamos endividados e altamente comprometidos com outras criaturas, também exigentes como nós, que como obsessores vão nos cobrar noutros comportamentos, exigindo-nos a quitação de dívidas que nos furtamos em outras épocas. Persistem como dominadores implacáveis, procurando nos dificultar a subida mais rápida para os mais elevados estágios da espiritualidade. Embora a ciência médica de hoje ainda não a traga em seus registros, a obsessão espiritual, na qual uma criatura exerce seu domínio sobre a outra, é, de longe, o maior dos males da patologia humana.

Por mediunismo
     São os quadros de manifestações sintomáticas apresentadas por aqueles que, incipientemente, inauguram suas manifestações mediúnicas. Com muita freqüência, a mediunidade se manifesta de forma tranqüila e é tida como tão natural que, o médium, quase sempre ainda muito jovem, mal se dá conta de que o que vê, o que percebe e o que escuta de diferente. Outras vezes, os fenômenos são apresentados de forma abundante e o principiante é tomado de medos e inseguranças, principalmente, por não saber do que se trata. Em outras ocasiões, a mediunidade é atormentada por espíritos perturbadores e o médium se vê às voltas com uma série de quadros da psicopatologia humana, ocorrendo crises do tipo pânico, histeria ou outras manifestações que se expressam em dores, paralisias, anestesias, "inchaço" dos membros, insônia rebelde, sonolência incontrolável, etc. Uma grande maioria tem pequenos sintomas psicossomáticos e se sente influenciada ou acompanhada por entidades espirituais. São médiuns com aptidões ainda muito acanhadas, em fase de aprendizado e domínio de suas potencialidades, uma tenra semente que ainda precisa ser cultivada para se desabrochar.

Por "doenças cármicas" (compromissos adquiridos)
     A "doença cármica" é antes de mais nada uma oportunidade de resgate e redenção espiritual. Sempre que pelas nossas intemperanças desconsideramos os cuidados com o nosso corpo e atingimos o equilíbrio físico ou psíquico do nosso próximo, estamos imprimindo estes desajustes nas células do nosso corpo espiritual. É assim que, na patologia humana, ficam registrados os quadros de "lúpus" que nos compromete as artérias, do "pênfigo" que nos queima a pele, das "malformações" de coração ou do cérebro, da "esclerose múltipla" que nos imobiliza no leito ou das demências que nos compromete a lucidez e nos afasta da sociedade.
     Precisamos compreender que estas e todas as outras manifestações de doença não devem ser vistas como castigos ou punições. O Espiritismo ensina que as dificuldades que enfrentamos são oportunidades de resgate, as quais, com freqüência, fomos nós mesmos quem as escolhemos para acelerar nosso progresso e nos alavancar da retaguarda, que às vezes nos mantém distantes daqueles que nos esperam adiante de nós. Mais do que a cura das doenças, a medicina tibetana, há milênios atrás, ensinava que médicos e pacientes devem buscar a oportunidade da iluminação. Os padecimentos pela dor e as limitações que as doenças nos trazem sempre possibilitam esclarecimento, se nos predispormos a buscá-lo. Mais importante do que aceitar o sofrimento numa resignação passiva e pouco produtiva é tentar superar qualquer limitação ou revolta, para promovermos o crescimento espiritual, através desta descoberta interior e individual. (Dr. Nubor Orlando Facure - Neurologista- Artigo inserido no Jornal Espírita de julho de 2004 - www.feesp.com.br).

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