sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Bases para nossa Reforma Íntima


A maior dificuldade para se fazer a tão falada Reforma Íntima é justamente saber o que devemos nos reformar – o que está de errado em nós? A partir daí então, devemos passar para outra grande dificuldade que é praticar a Reforma em nossa personalidade, em nosso modo de agir e até mesmo no pensar.

Porém essa semana em uma vídeo-palestra de Raul Teixeira pela Federação Espírita do Paraná consegui um roteiro para nossa reforma íntima:
1) Falar sempre de forma INATACÁVEL;
2) Não tomar nada como pessoal;
3) Não fazer suposições ;
4) Fazer o melhor que pudermos com o máximo de nós.
Parece simples, mas não é:
Quantas vezes não comentamos sobre alguém, atacando aquela pessoa com suas más características, más tendências ou condutas; quantas vezes não agredimos diretamente o próximo, geralmente um familiar ou companheiro?
Quantas vezes recebemos críticas que poderiam ser usadas para o nosso melhoramento e levamos para o lado pessoal ficando ainda magoado com aquela pessoa.
Quantas vezes criamos suposições a respeito das pessoas e quando verificamos é algo totalmente diferente.
Quantas vezes deixamos a preguiça adiar projetos, ou entramos em atividades sem a dedicação merecida resultando fracassos profissionais e pessoais!
Independente de crença somos convidados para nossa evolução diariamente em nossas relações na família e no trabalho. Exerçamos nossas vivências diárias para benefício próprio, não atacando ninguém de forma verbal, não tomando nada como pessoal, sem fazer suposições, fazendo sempre o melhor que pudermos sem ultrapassar nossos limites.
“Ante as dificuldades do cotidiano, exerçamos a paciência, não apenas em auxílio aos outros, mas igualmente a favor de nós mesmos.” (Emmanuel. Livro Encontro Marcado.)
LINKS:
Apontamentos:
  • Reforma Íntima – Ato de busca da elevação moral do indivíduo promovido pelo próprio ser.
  • Orgulho – Defeito muito grave de difícil auto-detecção. Geralmente ocorre quando somos intolerantes e não aceitamos nenhuma crítica ou quando revidamos uma agressão para não ouvir comentário do tipo “o que os outros irão pensar se eu não revidar”, por exemplo.
  • Egoísmo – O Maior dos defeitos. Deriva-se dele a maioria dos outros defeitos da humanidade. Dificulta muito a nossa posição mental de estarmos “no lugar do próximo” para diante de nossas ações verificar se agimos corretamente, dentre outras.
  • Religiões – A maior virtude de uma Religião seria promover o melhoramento individual de cada seguidor, fazendo cada um levantar a sua espada contra seus próprios defeitos.
Reforma íntima
R iqueza de atitudes boas
E studo sobre si e o próprio caráter
F erramentas de luz e amor em cada gesto
O ração e vigilância constantes
R esistência ás tentações
M entalização do belo e do que é bom e positivo
A mor a si mesmo
I ntimidade em resguardo das sombras
N ecessária compreensão do que significa o próximo
T rabalho de renovação de valores
I nteriorização do bem em substituição ao mal
M ovimento seguro na direção da luz
A mor, agora, ao próximo
Ademário da Silva


Adicionando:

VINTE EXERCÍCIOS
Executar alegremente as próprias obrigações.
Silenciar diante da ofensa.
Esquecer o favor prestado.
Exonerar os amigos de qualquer gentileza para conosco.
Emudecer a nossa agressividade.
Não condenar as opiniões que divergem da nossa
Abolir qualquer pergunta maliciosa ou desnecessária.
Repetir informações e ensinamentos sem qualquer azedume.
Treinar a paciência constante.
Ouvir fraternalmente as mágoas dos companheiros sem biografar nossas dores.
Buscar sem afetação o meio de ser mais útil.
Desculpar sem desculpar-se.
Não dizer mal de ninguém.
Buscar a melhor parte das pessoas que nos comungam a experiência.
Alegrar-se com a alegria dos outros.
Não aborrecer quem trabalha.
Ajudar espontaneamente.
Respeitar o serviço alheio.
Reduzir os problemas particulares.
Servir de boa mente quando a enfermidade nos fira.
O aprendiz da experiência terrena que quiser e puder aplicar-se, pelo menos, a alguns dos vinte exercícios aqui propostos, certamente receberá do Divino Mestre, em plena escola da vida, as mais distintas notas no curso da Caridade.
pelo Espírito Scheilla – Do livro: Ideal Espírita, Médium: Francisco Cândido Xavier – Espíritos Diversos.
http://joanadarc.wordpress.com/2007/05/15/bases-para-nossa-reforma-intima-num-mundo-sem-educacao
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A Doutrina Espírita



A Doutrina Espírita

O Editor Dentu acaba de publicar uma obra deveras notável; diríamos mesmo bastante curiosa, mas há coisas que repelem toda qualificação banal. O Livro dos Espíritos, do Sr. Allan Kardec, é uma página nova do grande livro do infinito, e estamos persuadidos de que um marcador assinalará essa página. Ficaríamos desolados se pensassem que acabamos de fazer aqui um anúncio bibliográfico; se pudéssemos supor que assim fora, quebraríamos nossa pena imediatamente. Não conhecemos absolutamente o autor, mas confessamos abertamente que ficaríamos felizes em conhecê-lo. Aquele que escreveu a introdução que inicia O Livro dos Espíritos deve ter a alma aberta a todos os sentimentos nobres.

Aliás, para que não se possa suspeitar de nossa boa-fé e nos acusar de tomar partido, diremos com toda sinceridade que jamais fizemos um estudo aprofundado das questões sobrenaturais. Apenas, se os fatos que se produziram nos causaram admiração, pelo menos jamais nos levaram a dar de ombros. Somos um pouco dessas pessoas que se chamam de sonhadores, porque não pensamos absolutamente como todo o mundo. A vinte léguas de Paris, à noite sob as grandes árvores, quando não tínhamos em torno de nós senão choupanas esparsas, pensávamos naturalmente em qualquer coisa, menos na Bolsa, no macadame dos bulevares ou nas corridas de Longchamp. Diversas vezes nos interrogamos, e isto muito tempo antes de ter ouvido falar em médiuns, o que haveria de passar no que se convencionou chamar o Alto. Outrora chegamos mesmo a esboçar uma teoria sobre os mundos invisíveis, guardando-a cuidadosamente para nós, e ficamos muito felizes de reencontrá-la quase por inteiro no livro do Sr. Allan Kardec.

A todos os deserdados da Terra, a todos os que caminham e caem, regando com suas lágrimas o pó da estrada, diremos: Lede O Livro dos Espíritos; isso vos tornará mais fortes. Também aos felizes, aos que pelos caminhos só encontram os aplausos da multidão ou os sorrisos da fortuna, diremos: Estudai-o; ele vos tornará melhores.

O corpo da obra, diz o Sr. Allan Kardec, deve ser reivindicado inteiramente pelos Espíritos que o ditaram. Está admiravelmente classificado por perguntas e por respostas. Algumas vezes, estas últimas são sublimes, e isto não nos surpreende; mas, não foi preciso um grande mérito a quem as soube provocar?

Desafiamos a rir os mais incrédulos quando lerem este livro, no silêncio e na solidão. Todos honrarão o homem que lhe escreveu o prefácio.

A doutrina se resume em duas palavras: Não façais aos outros o que não quereríeis que vos fizessem. Lamentamos que o Sr. Allan Kardec não tenha acrescentado: e fazei aos outros o que gostaríeis que vos fosse feito. O livro, aliás, o diz claramente e a doutrina, sem isto, não estaria completa. Não basta não fazer o mal; é preciso também fazer o bem. Se apenas sois um homem de bem, não tereis cumprido senão a metade do vosso dever. Sois um átomo imperceptível desta grande máquina que se chama mundo, onde nada deve ser inútil. Sobretudo, não nos digais que se pode ser útil sem fazer o bem; vernos- íamos forçados de vos replicar por um volume.

Lendo as admiráveis respostas dos Espíritos na obra do Sr. Kardec, dissemos a nós mesmos que haveria um belo livro a escrever. Bem depressa reconhecemos que nos havíamos enganado: o livro já está escrito. Apenas o estragaríamos se tentássemos completá-lo.

Sois homem de estudo e possuís a boa-fé, que não pede senão para se instruir? Lede o Livro Primeiro sobre a Doutrina Espírita.

Estais colocado na classe dos que só se ocupam consigo mesmos e que, como se diz, fazem os seus pequenos negócios muito tranqüilamente, nada vendo além dos próprios interesses? Lede as Leis Morais.

A desgraça vos persegue com furor, e a dúvida vos envolve, por vezes, com o seu abraço gelado? Estudai o Livro Terceiro: Esperanças e Consolações.

Todos vós que abrigais nobres pensamentos no coração e que acreditais no bem, lede o livro do começo ao fim.

Se alguém nele encontrasse matéria para zombaria, nós o lamentaríamos sinceramente.

  G. du Chalard

Revista Espírita - janeiro de 1858

De Marx a Kardec- Carlos Vereza


Minha História - Carlos Vereza, 72

de Marx a Kardec


(...) Tive que conviver pelos três anos seguintes com um zumbido agudo persistente, angustiante, alto -dormia e acordava com ele.

MORRIS KACHANI
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
FOLHA DE SÃO PAULO

RESUMO O ator Carlos Vereza gravava um episódio da série "Delegacia de Mulheres" (Globo) quando uma explosão de pólvora o levou a uma labirintite extrema. Era 1989. Entregou-se ao espiritismo e se restabeleceu em menos de sete meses. Tornou-se um adepto laborioso dessa corrente. Aos 72, escreve uma autobiografia, a ser lançada em 2012. Em seu apartamento, no Rio, recebeu a Folha. É de sua janela, que dá para a pedra da Gávea, que conta ter visto óvnis em ação.

Nunca acreditei que o mundo fosse obra do acaso. Sempre fui nas reuniões do Partido Comunista com cordão de são Jorge. Mas, 22 anos atrás, um acidente de trabalho mudou a minha vida.
Por algum motivo, o efeito especial que estava no bolso superior do meu paletó explodiu em meu ouvido. Naquele momento, veio aquela coisa profissional e ainda concluí a cena.Mas tive que conviver pelos três anos seguintes com um zumbido agudo persistente, angustiante, alto -dormia e acordava com ele.Fiquei impossibilitado de trabalhar e, quando isso acontece, a gente entra em depressão. Mas, tenho que ser honesto, a Globo jamais deixou de me apoiar.

A CURA
Fiz vários exames, visitei as melhores clínicas, tentei de tudo, mas os médicos convencionais diziam na época que aquilo era irremediável e não tinha cura.
Até o dia em que visitei o Lar de Frei Luiz [casa que já acolheu artistas como Milton Nascimento, Tom Jobim e Elba Ramalho, entre outros], em Jacarepaguá, no Rio.É um centro espírita que atualmente recebe 4.000 pessoas por semana e tem mais de mil médiuns, um educandário e um ambulatório. Tudo de graça, o que também me toca.Comecei o tratamento espiritual, durante o qual vi coisas inacreditáveis, como as sessões de materialização, em que os espíritos aparecem como estamos conversando agora. E de branco, trazendo do plano astral equipamentos médicos que não existem na Terra -parecem laser. São espíritos médicos que já desencarnaram, como os doutores Bezerra de Menezes e Frederick von Stein.
A cura é engraçada. Sempre receitam homeopatia, rarissimamente alopatia.

Mas começa pelo teu espírito compreender aquela dor, que esse acidente pode ser consequência de algo que eu tenha feito em outras encarnações. Aí o quadro fica mais claro e aceitável.
Hoje meu ouvido não incomoda, aquele zumbido desapareceu, ouço bem.
Sou espírita sem ser fanático, tanto que leio Sartre, Camus, Cioran... Gosto deles, pelo ceticismo e até niilismo.E respeito as outras religiões. Não vejo contradição em você louvar Yogananda [iogue guru indiano] e Nossa Senhora da Conceição.

EXTRATERRESTRES

O ser humano está em evolução, e quem o ajudou a fazer esse link foram as raças evoluídas, por que não extraterrestres. Creio absoluta e radicalmente na existência deles, assim como o Vaticano acredita.
A meu ver, quase todos os chefes de Estado já tiveram contato com alienígenas. E não acho a resposta: se tantos fatos escandalosos são revelados à humanidade, como a corrupção no caso brasileiro ou o tsunami, por que as grandes potências não abrem para o público esses segredos extraterrestres?

DESCONFIADO

Abandonei a convicção marxista, que é uma utopia. Generosa, mas utopia. E sempre desconfiei do PT, que foi criado pela ditadura militar para dividir a esquerda do país.
No meu livro ["Efeito Especial - Estilhaços Biográficos", que sai pela Ibis Libris em 2012], faço um paralelo [da esquerda brasileira atual] com a pessoa do [Karl] Marx.
Ele lia William Shakespeare para as filhas, era exilado de país em país, tinha furúnculos, teve uma filha fora do casamento com a babá de sua filha e principalmente morreu na miséria, ao contrário dos comunistas contemporâneos do Lula, que vivem em mansões em Brasília.

ARTISTAS EM ESPÍRITO

Há uma teoria de que todos os artistas são intuídos mediunicamente. Imagine Mozart com quatro anos tocando, se não tem algo espiritual intuindo e se não tem uma história de reencarnações pretéritas.
Mas, como ator, não sou de incorporar personagens, como alguns colegas.No final das sessões de vidências, são citados os espíritos que compareceram. Regularmente estão Dina Sfat, Jardel Filho, por incrível que pareça, Luís Carlos Prestes, Daniella Perez, Lauro Corona, Janete Clair, Procópio Ferreira.
Não sou vidente, sou médium intuitivo. Minha função é ler textos, poemas espiritualistas, tudo o que seja a favor da luz.

E é impressionante: quando não sigo a intuição, literalmente quebro a cara.
O espiritismo não é uma coisa nova. A primeira obra psicografada foi a tábua dos Dez Mandamentos.
Os passes são fundamentais: limpam sua aura. Na rua, no trabalho, você adquire cargas que os passes retiram.
Um psicanalista espírita me disse: "Se você não amar o próximo, pelo menos não o prejudique".


Círculo Parisiense de Estudos Espíritas



Círculo Parisiense de Estudos Espíritas
Raros documentos kardequianos, de alto valor histórico, são divulgados pelo Conselho Espírita Internacional no IV Congresso Espírita Mundial, em Paris, revelando novas e preciosas informações.
  
   Enrique Eliseo Baldovino   henriquedefoz@uol.com.br


Por ocasião das merecidas comemorações do Bicentenário de Nascimento de Allan Kardec, que teve seu ponto mais alto no IV Congresso Espírita Mundial efetuado em Paris, promovido pelo CEI: Conselho Espírita Internacional e realizado pela USFF: Union Spirite Française et Francophone, de 2 a 5 de outubro de 2004, foram apresentados ali alguns documentos inéditos e pessoais do insigne Codificador, que têm um alto valor histórico e significativo.
Esses raros documentos kardequianos fazem parte do extenso e rico acervo reunido pelo estudioso escritor espiritista, o saudoso Dr. Sylvino Canuto Abreu (Taubaté/SP, 19/01/1892 – São Paulo/SP, 02/05/1980) que, por outra parte, ditou durante o Congressouma comunicação em homenagem a Allan Kardec, através da psicografia do médium Raul Teixeira (quem também recebeu uma mensagem psicográfica do Espírito Gabriel Delanne). Registramos também que no histórico 4º Congresso Mundial, o médium Divaldo Franco recebeu em francês uma mensagem especular (psicografia invertida) do Espírito Léon Denis, e pela via psicofônica ao Dr. Bezerra de Menezes.
Essas Cartas, ainda inéditas, têm sido gentilmente cedidas pelo Instituto Canuto Abreu ao CEI, cujo Secretário General, Dr. Nestor João Masotti (também Presidente daFederação Espírita Brasileira), juntamente com o Primeiro Secretario do CEI, Sr. Roger Perez (atual Presidente da USFF), as divulgou generosamente no último Congresso Mundial, scanneando-as com o objetivo de preservar esses raros e valiosos documentos. Os textos manuscritos inéditos (que são sete), escritos por Kardec e pela sua querida esposa Amélie-Gabrielle de Lacombe Boudet (Thiais [Sena], França, 23/11/1795 – Paris, 21/01/1883), são uma expressiva fonte de investigação bibliográfica. A seguir transcrevemos o original francês escrito do próprio punho do mestre de Lyon de uma dessas sete Cartas Inéditas, traduzindo abaixo para o português a correspondência que faz alusão à Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, onde destaca-se uma nova informação revelada pelo citado Manuscrito do Codificador, que grifamos com letra itálica e negrita:

ORIGINAL FRANCÊS
«A Monsieur le Préfet de Police de la ville de Paris. Monsieur le Préfet: Les membres fondateurs du Cercle Parisienne des Études Spirites qui ont sollicité auprès de vous l’autorisation nécessaire pour se constituer en Société, ont l’honneur de vous prier de vouloir bien leur permettre des réunions préparatoires en attendant l’obtention de l’autorisation régulière. J’ai l’honneur d’être avec le plus profond respect, Monsieur le Préfet, votre très humble et très obéissant serviteur, H. L. D. Rivail dit Allan Kardec. Rue des Martyrs nº 8.».(6)
TRADUÇÃO AO PORTUGUÊS
«Ao Sr. Prefeito de Polícia da cidade de Paris. Sr. Prefeito: Os membros fundadores do Círculo Parisiense de Estudos Espíritas, que solicitaram junto a vós a autorização necessária para constituir-nos em Sociedade, temos a honra de pedir-vos que consintais permitir-nos reuniões preparatórias, enquanto esperamos a autorização regular. Com o mais profundo respeito, Sr. Prefeito, tenho a honra de ser vosso muito humilde e muito obediente servidor, H. L. D. Rivail, dito Allan Kardec. Rua dos Mártires nº 8.» (Nossa tradução.)
COMENTÁRIOS – Note-se, então, o nome provisório – Cercle Parisienne des Études Spirites – que Kardec dá ao Círculo Espírita antes de constituir-se em Sociedade, Grupo que já se reunia todas as terças-feiras à Rua dos Mártires nº 8 – segundo andar, ao fundo do pátio –, residência particular de Rivail em Paris, e cujas reuniões ocorriam desde aproximadamente seis meses antes (1) da fundação da Société Parisienne des Études Spirites, que aconteceu em 1º de abril de 1858. A partir da transformação do Cercle emSociété, esta viria a ter um papel de grande relevância histórica e doutrinária no Movimento Espírita Nacional e Internacional, como sendo a primeira Sociedade Espírita constituída do mundo. Por isso concluímos que todo esse importante Movimento começou com o pioneiroCírculo Parisiense de Estudos Espíritas, núcleo de vanguarda, também coordenado pelo mestre de Lyon.
Realizando um sintético histórico dos lugares onde a Société estabeleceu-se em Paris, Allan Kardec escreve textualmente (1) nas suas excelentes Œuvres Posthumes: «(...) Então, a Sociedade ficou regularmente constituída e reunia-se todas as terças-feiras no local que havia alugado no Palácio Real, galeria Valois. Ali esteve um ano, de 1º de abril de 1858 a 1º de abril de 1859. Não conseguindo permanecer nesse local por mais tempo, passou a se reunir todas as sextas-feiras em um dos salões do restaurante Douix, no Palais-Royal, galeria Montpensier, de 1º de abril de 1859 a 1º de abril de 1860, época em que instalou-se num local próprio à Rua e passagem Santa Ana, nº 59. Formada no princípio por elementos pouco homogêneos e por pessoas de boa vontade que eram admitidas com demasiada facilidade, a Sociedade enfrentou numerosas vicissitudes que produziram não poucos obstáculos penosos à minha tarefa.» [Tradução nossa.] (Ver também maiores informações na Revista Espírita (RE) de maio de 1858, artigo X: Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas – Fundada em Paris em 1º de abril de 1858, pág. 148; na RE jan. 1859–VIII: Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas – Aviso, pág. 28, juntamente com a RE mai. 1860–IBoletim da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas – Sexta-feira 30 de março de 1860: sessão particular, pág. 130.) (2)
Outra observação digna de nota é a importante e corajosa identificação que o eminente Professor Hippolyte-Léon-Denizard Rivail faz ao assinar a Carta com o seu ilustre sobrenome e com seu digno pseudônimo respectivamente (Rivail-Kardec), oferecendo certamente o seu aval de pessoa séria e respeitada ante a autoridade municipal (Prefeito de Polícia de Paris) e nacional (Ministro do Interior), especificamente para a abertura daSociedade, na qual deveriam dispor por lei de uma autorização legal e oficial para o encontro de um maior número de pessoas das que se reuniam em um Círculo.
CONTEXTO HISTÓRICO-SOCIAL FRANCÊS DO SÉCULO XIX (3)
Pouco antes da data em que foi fundada a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, um revolucionário nacionalista e conspirador [Encyclopædia Britannica] italiano chamado Félix Orsini (Meldola [antigo Estado Papal, hoje Itália], 10/12/1819 – Paris, Francia, 13/03/1858), perpetrava um atentado em 14 de Janeiro de 1858 contra a vida de Napoleão III (Paris, 20/04/1808 – Chislehurst [Kent], Inglaterra, 09/01/1873) que, por pouco, não foi assassinado, e embora Orsini fosse defendido por Jules Favre (Lyon, Francia, 21/03/1809 – Versailes, 19/01/1880) – célebre advogado e político opositor a Napoleão III –, foi condenado à pena de morte, sendo executado na guilhotina. Este episódio provocou a sanção da Lei de Segurança Geral, que facultava ao Ministro do Interior a transladar ou exilar a qualquer cidadão francês que fosse reconhecido culpado de conspirar contra a segurança do Estado. Era uma lei rigorosa, que não se derrogou senão doze anos depois, em 1870. Os tempos então vividos eram de convulsão política; França estava sob a recente lei de segurança de 19 de fevereiro de 1858, sancionada por aquele atentado. O estatuto social da Société Parisienne des Études Spirites (SPEE) devia ser submetido às autoridades (4)sob este severo regime que, ante as novas idéias, colocariam sua atenção sobre o objeto e os nomes dos seus componentes.
A respeito disto, deixemos continuar falando o notável Codificador (1): «(...) Então, foi necessário obter uma autorização legal, para evitar problemas com as autoridades. O Sr. Dufaux, que conhecia pessoalmente ao Prefeito de Polícia, encarregou-se da petição. A autorização dependia também do Ministro do Interior, que era o general X, quem – sem que o soubéssemos – simpatizava com nossas idéias, sem conhecê-las completamente; graças à sua influência, a autorização pôde ser conseguida em quinze dias, que teria levado três meses se seguisse o trâmite usual. (...)» [Tradução nossa do original francês.]
É importante destacar que o Sr. Dufaux deu garantias ao Prefeito que a SPEE tinha caráter apolítico. Por outro lado, o Dicionário Enciclopédico Quillet refere-se a Felice Orsini como um patriota italiano, deputado na Constituinte de Roma de 1849 que, ao cair a República, se refugiou em Paris. Em 1858 atentou contra Napoleão III por haver este restabelecido a autoridade do papa nos Estados Pontifícios. Orsini foi guilhotinado em 13 de março de 1858, isto é, quase vinte dias antes da fundação da Société Parisienne des Études Spirites.
            Eis a importância e o significado histórico desse inédito documento kardequiano. Nossas mais sinceras congratulações ao Instituto Canuto Abreu e ao Conselho Espírita Internacional pela difusão aberta (5) destas valiosas Cartas (6), que permitem compreender mais profundamente a rica História do Espiritismo – e do Movimento Espiritista (7) – para esclarecimento integral das gerações atuais e futuras.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
(1) KARDEC, Allan. Fondation de la Société Spirite de Paris, 1er avril 1858. In: ______.Œuvres Posthumes. Nouvelle édition conforme à la ed. de 1927. 311 pp. Paris: USFF - Union Spirite Française et Francophone. 2ª parte, p. 231 (§§ 2º e 3º) e p. 232 (parágrafos 1º e 2º).
(2) KARDEC, Allan. Société Parisienne des Études Spirites, fondée à Paris le 1er avril 1858. In: ______. Revue SpiriteJournal d’Études Psychologiques. Nouvelle édition. 356 pp. Paris: USFF. Première Année - Mai 1858. P. 148. Disponível em internet:http://perso.wanadoo.fr/charles.kempf (portal da USFF).
3) Contexto extraído da nota do tradutor nº 150 da Revista Espírita: Periódico de Estudios Psicológicos (Año 1858), de Allan Kardec, traduzida ao espanhol por EEB diretamente do original francês, Ediciones CEI: Consejo Espírita Internacional, 2005, pág. XLV. Disponível em: www.feparana.com.br (portal da FEP).
(4) BARRERA, Florentino. La Sociedad de París. In: ______. La Sociedad de París:Société Parisienne des Études Spirites: 1858-1896. 2ª ed. revisada e aumentada, 100 pp., ilus. Buenos Aires: VIDA INFINITA, 2002. P. 14.
(5) HMP Editora. Cartas Inéditas. Universo Espírita. São Paulo/SP, nov. 2004, nº 15, p. 43, art. de Macedo Sarra.
6) LA REVISTA ESPÍRITA Nº 6 en español (Órgano oficial del CEI), com reprodução dos originais franceses do Manuscrito Inédito de Kardec, cedido gentilmente peloConselho Espírita Internacional, donde este artigo foi traduzido do castelhano ao português (com revisão de Regina Baldovino) pelo próprio autor [págs. 18 a 20]. Disponível em: www.spiritist.org (portal do CEI).
7) CEA (Confederación Espiritista Argentina). Carta Inédita de Allan Kardec. Boletín Informativo CEA. Buenos Aires, Argentina, set.-nov. 2004, Nº 7, p. 4, com reprodução do original francês de Kardec, gentilmente cedido pelo CEI.

NOTA DO BLOG:

1- Este artigo foi publicado em primeiração mão pela revista La Revista Espírita nº 6 (do CEI - Conselho Espírita Internacional) no primeiro trimestre de 2005, pelo Jornal Mundo Espírita em setembro de 2005 e pela Revista Internacional do Espiritismo (RIE) em março de 2008.

2-  Galeria de Valois, primeiro endereço da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.

AGRADECIMENTO

Uma vez mais, agradecemos ao amigo Enrique Baldovino por autorizar a publicação deste artigo.

Apreciação do Livro dos Espíritos



Apreciação do Livro dos Espíritos
O texto seguinte é uma apreciação do Livro dos Espíritos escrita supostamente por um repórter do Courrier de Paris e que está reproduzida no livro Jesus e o Espiritismo escrito por Carlos A. Baccelli e Inácio Ferreira (espírito). Segundo Baccelli "tal carta foi recebida mediunicamente por nós e incluída, inclusive, como uma das páginas iniciais do livro 'Espiritismo em Uberaba', de nossa autoria, publicado sob os auspícios da Secretaria Muncipal de Educação e Cultura do Município e prefaciado pelo Chico. Infelizmente, o espírito que a ditou não se identificou - ela foi psicografada, aproximadamente, no começo da década de 1980, e, por sugestão do Dr. Inácio Ferreira, inserida no livro 'Jesus e o Espiritismo'."

Vale ressaltar que em 1858 Kardec publica na Revista Espírita um artigo publicado pelo mesmo Courrier de Paris sobre o mesmo tema. Este artigo pode ser lido em O Courrier de Paris publicou artigo sobre O Livro dos Espíritos.

PARIS, 18 DE ABRIL DE 1857
(Ao "Courrier de Paris ")

Sr. Diretor. Saudações!

Não o tendo encontrado em seu escritório e pedindo-lhe desculpas antecipadas por possíveis falhas, tão comuns em matéria elaboradas na véspera, apressei-me a registrar estas explicações, que anexo ao trabalho elaborado por mim para a próxima edição do nosso jornal.

É que hoje Paris não acordou: foi despertada. E, contudo, parece estar vivendo um pesadelo!
Da padaria mais próxima ao bairro mais afastado, não se fala em outra coisa.
Não, não se trata de uma epidemia, apesar de a notícia ter-se propagado como tal.
Quem não conhece, na França, o valoroso Prof. Rivail, discípulo do grande Pestalozzi?
Pois bem. O Prof. Rivail, emérito educador e conhecedor de línguas, com várias obras publicadas sobre a nossa Gramática, acaba de pregar-nos um grande susto, cujo eco, tenho certeza, se fará ouvir no mundo inteiro.
Desde o aparecimento das mesas girantes, um sem-número de curiosos tenta uma explicação séria para o fato que - diga-se de passagem -, financeiramente, tem sido um ótimo negócio para os seus exploradores...
Muitos recorreram a Mesmer, outros ao Ilusionismo, mas ninguém até agora havia pensado nas almas dos mortos como sendo a causa!...
Há bom tempo, coisa de 2 ou 3 anos - dizem -, o Prof. Rivail vinha pesquisando o assunto.
Convidado por amigos, frequentava certas reuniões realizadas em casa da Sra. Plainemaison, onde, a princípio, por pancadas e, depois, pela escrita, entabulava diálogos com o Além.
O curioso nisso tudo é que os supostos espíritos lhe disseram ter ele vivido (noutra existência) entre os druidas, nas Gálias, onde se chamava Allan Kardec.
Bem, o resto o senhor encontrará na reportagem que espero seja manchete na Ia página
Posso adiantar-lhe, todavia, que essa aventura toda culminou com o lançamento, pelo Sr. Dentu, respeitável editor, no dia de hoje, 18 de abril, de uma obra "sui generis ", chamada "O Livro dos Espíritos", a qual, igualmente, eu lhe passo às mãos para exame.
Apesar de não ter tido muito tempo para consultá-lo, observei que, pela introdução, o Prof. Rivail, ou melhor, Allan Kardec (pseudônimo por ele utilizado) diz tratar-se de uma ciência, de uma filosofia e de uma religião, a que chamou de "Espiritismo".
Como poderá constatar, não entrando aqui no mérito da questão, parece-me um trabalho muito bem elaborado, como de resto tudo que traz a marca do Prof. Rivail. Ainda agora, estou de saída para consultar a opinião pública que creio estar um pouco atordoada com essa nova versão de Pentecostes...
Porém, pelo que sei, posso adiantar-lhe que alguns representantes do Clero já se manifestaram nas primeiras horas de hoje, tachando o acontecimento, talvez, como uma nova investida do demônio contra a Igreja...
Há quem diga que o Prof. Rivail enlouqueceu.
O certo é que, momentos após o lançamento do referido livro, inúmeros exemplares já tinham sido vendidos a dezenas de curiosos que se aglomeravam na livraria, no Palais Royal.
Não posso dizer-lhe se será mais uma seita como as muitas que têm surgido atualmente, para desaparecer em seguida.
Sem saber explicar, digo-lhe apenas que há alguma coisa de diferente no ar, e queira Deus que esse "Espiritismo", que parece emergir das cinzas do passado, ressuscitando dogmas milenares, como a transmigração das almas, por exemplo, não fabrique mais loucos do que já temos.
Parece-me que o Prof. Rivail, segundo fui informado, afirma que sua Doutrina guarda estreita ligação com o Cristianismo.
Não sendo versado em assuntos de fé, por mim mesmo nada tenho a dizer.
Há muita confusão, existindo mesmo quem diga estar o Prof. Rivail, de uma maneira inteligente, reescrevendo obras do sueco Swedenborg, na tentativa de recuperar dinheiro mal-empregado em negócios.
Contra tudo isso, porém, se opõe a moral do Professor, que, até aqui, era tido nas mais altas rodas, juntamente com a senhora sua esposa, D. Amélie-Gabrielle de Lacombe Boudet, como pertencente à nata de nossa sociedade.
E, fazendo justiça, quero dizer que, contando quase 53 anos de idade, o Prof. Rivail é um dos caracteres mais íntegros que tenho conhecido, jamais tendo contra si qualquer falta que o desabone.
Grande parte de nossa juventude passou pelas suas mãos de mestre.
Não lhe estou tomando o partido, e o senhor compreenderá o meu ponto de vista.
O homem, apesar de temer, sempre amou o desconhecido e, de fato, 'há mais mistérios entre o Céu e a Terra do que possa sonhar a nossa vã Filosofia"...
Se estamos diante de uma revelação, só o tempo dirá.
Creio, contudo, que antes de atacá-la, devem os inimigos do progresso (e os temos em toda parte) examinar a idéia que sacode os alicerces culturais de Paris.
Se tudo correr bem, mais tarde irei pessoalmente procurar o Prof Rivail para melhor informar-me.
As portas do Montmartre e do Père Lachaise estão abertas, os túmulos estão vazios e os 'mortos' caminham pelas nossas alamedas...
O Sr. Allan Kardec quebrou o silêncio secular que embalava os nossos mortos! Ou será que foram eles que vieram perturbar o nosso sono?!...
Esperando que os "fantasmas" não espantem os nossos assíduos leitores e desejando-lhe, Sr. Diretor, um bom dia de trabalho, sou o amigo e o repórter que jamais pensou em envolver-se com as coisas do outro mundo!...
Fonte: Jesus e o Espiritismo (Carlos A. Bacceli, Inácio Ferreira)

BOM DIA ! POR FELIPE ARAUJO




Seja qual for o tipo de problema que você enfrenta nos dias atuais, seja a enfermidade, os problemas de relacionamento, dificuldades financeiras, lembre-se de que a existência física é breve, e o tempo é precioso. Ao invés de blasfemar contra a Providência Divina, eleve o pensamento à DEUS e agradeça pelo momento presente, se apegando sempre aos pontos positivos de sua vida. Não há problema no mundo que mereça mais atenção do que o milagre da Vida.
Para tudo há uma razão de ser e de acontecer. A melhor maneira de se viver na Terra é aceitando os problemas que nos afligem, procurando sempre aprender e a resignar-nos às vontades do Pai Divino que está nos Céus.
Somente Ele conhece as nossas intenções e aspiração, e trabalha incessantemente para que a má tendência seja corrigida através das variadas provas que Ele nos envia. Toda dor e todo sofrimento é, portanto, para evitar que algo bem pior possa acontecer não nesta existência, mas pela eternidade a fora. BOM DIA !

POR  FELIPE ARAUJO https://www.facebook.com/felipe.araujo.7798                                                           EM IRMÃOS ESPÍRITAS https://www.facebook.com/groups/irmaosespiritas/?fref=ts

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

domingo, 4 de novembro de 2012

Cientistas tentam provar existência da alma


Segundo dois cientistas, depois que a pessoa morre a informação quântica dentro de estruturas cerebrais não é destruída

Da Redação noticias@band.com.br
O médico americano Stuart Hamerroff e o físico britânico Sir Roger Penrose afirmaram que podem provar cientificamente a existência da alma.

Em entrevista ao Daily Mail, eles explicam a teoria quântica da consciência, que revela que as almas estão contidas dentro de estruturas chamadas de microtúbulos, os quais vivem dentro de nossas células cerebrais.

Segundo a publicação, a ideia se origina da noção de que o cérebro seja um computador biológico, com 100 bilhões de neurônios, que agem como redes de informação. A teoria foi levantada em 1996 e, desde então, os cientistas estudam a possibilidade.

Os dois alegam que as experiências da consciência são resultado dos efeitos da gravidade quântica dentro dos microtúbulos.

Experiência

Em uma EQM (Experiência de Quase-Morte), os microtúbulos perdem seu estado quântico, mas a informação dentro deles não é destruída. É como se "a alma não morresse, voltasse ao universo".

Hameroff explicou a teoria em um documentário narrado por Morgan Freeman, chamado “Through the Wormhole” (Através do Buraco de Minhoca), que foi levado ao ar recentemente pelo Science Channel, nos Estados Unidos.

"Vamos dizer que o coração pare de bater, o sangue pare de fluir, os microtúbulos percam seu estado quântico. A informação quântica dentro dos microtúbulos não é destruída; ela não pode ser destruída; ela simplesmente é distribuída e dissipada pelo universo“, disse o cientista.

Segundo ele, "se o paciente é ressuscitado, esta informação quântica pode voltar para os microtúbulos e o paciente passa por uma EQM".