quinta-feira, 22 de novembro de 2012

As paredes de um Centro Espírita não são sagradas.


As paredes de um Centro Espírita não são sagradas. A crença de que esta ou aquela sala é protegida, é folclore. Dizer ou acreditar que os Espíritos ficam fazendo assepsia no ambiente é acomodar-se e ignorar as Leis de atração e repulsão dos fluidos ambientais pelo pensamento. 
Do lado de cá, somos sempre nós os comandantes, ou seja, os responsáveis pela qualidade ambiente do Centro Espírita que frequentamos. Tudo está em nossos pensamentos; vem de nós e não dos Espíritos. Os Espíritos secundam as nossas tendências conforme nos ensina Allan Kardec em O Livro dos Médiuns (cap. 23). Nós é que devemos prezar pela harmonia da casa espírita que frequentamos a fim de mantermos a sintonia com os bons Espíritos e fazermos prevalecer a sua ajuda, repelindo a influência dos maus. 

O hábito de crer sem pensar gera resultados insatisfatórios e faz da Doutrina uma religião mística, o que foge absolutamente de sua proposta. Os Espíritos desencarnados só podem agir sobre a matéria com a ajuda de um encarnado que lhe cede as energias necessárias a esta interação, através do seu períspirito; sem isso, não encontram meios de manifestação. São as energias dos encarnados que criam a ponte de interação dos Espíritos com o mundo material. 

A ajuda que recebemos dos bons Espíritos está absolutamente em relação com a sintonia que mantemos com eles e quando falamos em sintonia, não nos referimos a um pensamento vago que cria mantras ou ações externas como a desejar obter, com isso, a atenção dos Espíritos superiores. Esta sintonia vem da sinceridade de coração e isso dispensa qualquer tipo de rituais ou rezas ou roupas e acessórios especiais. É o que sai do coração, como nos ensina o Cristo e não o que entra, ou seja, são os sentimentos sinceros que carregamos em nós e não ações externas que haverão de determinar a qualidade de nossas relações com os Espíritos superiores. 

Salas reservadas a estas ou aquelas atividades, como se nada mais pudesse ocorrer naquele cômodo, é uma crença destituída de bom senso, pois se um Centro Espírita só possuir um cômodo e se essa crença fosse lógica, equivaleria dizer que este Centro só poderia ter essa ou aquela atividade e nada mais! E quantas casas espíritas de um cômodo só existem pelo mundo afora! Se essa ideia fosse racional, o Centro de um cômodo só não poderia ter duas atividades distintas, muito menos fazer uma festa do pastel. Se usasse a sala para o passe, não poderia fazer mediúnicas; se usasse para mediúnicas, não poderia ter palestras; se tivesse palestras, não poderia ter o passe nem as mediúnicas e por aí vai.

Deixemos de reverenciar o externo e mergulhemos em nosso mundo íntimo onde tudo acontece. Os bons Espíritos estão sempre ao nosso lado e não somente quando adentramos a casa espírita. A assepsia do ambiente não é feita pelos Espíritos da forma que se crê, mas um trabalho em conjunto com a equipe encarnada que se trata não de um dia de faxina, mas de uma ação constante que se inicia do lado de cá e recebe o apoio do lado de lá. Essa assepsia (limpeza) é determinada pela nossa intenção e vontade, ou seja, pela qualidade das nossas ideias e dos nossos pensamentos. Assim, repelimos os maus fluidos e fazemos prevalecer os bons. Se esse fosse um trabalho dos Espíritos desencarnados somente, onde estaria o nosso compromisso neste sentido? 

A nossa parte ainda não é toda mental, pois a casa espírita pede nosso concurso no atendimento às pessoas, na elucidação, na aplicação magnética, nas palestras, na oração. Não basta entrar no centro acreditando que tudo está pronto; não basta crer que os Espíritos superiores já prepararam o ambiente; que não existem maus Espíritos dentro do Centro. O que repele ou atrai os bons ou os maus Espíritos é sempre o nosso pensamento, seguindo a regra de que "semelhante atrai semelhante". 

É cômodo crer que basta estar dentro de um Centro Espírita para estarmos livres da interferência dos maus Espíritos, pois assim nada mais resta a fazer. A realidade, porém, é outra. “O Espírito sopra onde quer” como nos ensina o Cristo. Se dentro dos Centros Espíritas o acesso aos maus Espíritos fosse bloqueado; se houvessem Espíritos com lanças e cães nas portas dos Centros Espíritas, afastando os maus; se uma barreira de luz estivesse sempre protegendo os encarnados, dentro do Centro, contra a interferência dos maus Espíritos, então como explicaríamos os grupos fascinados, obsedados, os oradores suspeitos, os assédios, os palavrões, as incoerências éticas, etc. que ocorrem dentro das casas espíritas mais sérias? Quantos Centros Espíritas fecham literalmente por intrigas, discussões, chefias e outros comportamentos que fogem totalmente da proposta do Espiritismo? 

e o fato de estarmos dentro do Centro nos livra da interferência dos maus, então tais cenas não deveriam existir dentro das casas espíritas. Ocorre que a tendência dos encarnados mantém a sintonia com tais Espíritos; o Centro Espírita é feito de tijolos e tijolos não repelem nem criam barreira aos Espíritos, nem aos bons, nem aos maus. Se os nossos pensamentos estão conectados aos maus Espíritos, receberemos deles a sua influência. Outro ponto a considerar é o da análise das comunicações constantemente observada por Allan Kardec. Se o Centro Espírita tem proteção absoluta contra a investida dos maus Espíritos, a análise das comunicações é ilógica, pois basta entrar no Centro Espírita para libertar-se da influência dos maus e assim só se obter comunicação dos bons. Se assim fosse, Allan Kardec perdeu o seu tempo ensinando a filtrar as comunicações através do estudo da linguagem dos Espíritos.

Deixemos de lado estas crenças exteriores e lancemos um olhar ao que realmente importa que é o nosso interior. É dentro de nós e não fora, onde tudo se inicia. Ampliar o nosso conhecimento acerca do Espiritismo nos livra de crenças que nos limitam, ao invés de aperfeiçoar o nosso crescimento. É o que nos ensina Santo Agostinho em O Livro dos Espíritos, ao afirmar que o meio prático mais eficaz para se melhorar nesta vida e resistir aos arrastamentos do mal é o Autoconhecimento (919).

O Centro Espírita é escola abençoada que reúne pessoas com o interesse comum de aprender sobre Espiritismo e de melhorar a si mesmo, mas se não começarmos de dentro para fora, será apenas um amuleto que não terá nenhuma influência satisfatória sobre nós. 

andreariovaldo

  • Mundo de Regeneração
  • *
  • A vontade é mais forte que o amor.

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Filmes e documentarios, Espiritas e Espiritualistas

ACESSE

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Relação dos filmes:


 DOCUMENTÁRIOS:





Top 10: filmes mais marcantes sobre vida após a morte
Desde que o cinema brasileiro decidiu apostar em filmes sobre espiritualismo, descobriu um grande público interessado no tema. Mas não é de hoje que este assunto desperta a atenção, tanto na vida real quanto no mundo da ficção. 

É baseada em um livro do mais famoso médium brasileiro, Chico Xavier, o novo sucesso do cinema nacional este ano: Nosso Lar (2010), que retrata a trajetória de uma pessoa pelo mundo espiritual a partir do momento que desencarna. Conta a história de André Luiz (Renato Prieto) em sua passagem pelo purgatório, por uma “colônia espiritual” e pela cidade que dá nome ao longa, onde ele busca o sentido da “vida após a vida”. 

9. Minha Vida na Outra Vida
Minha Vida na Outra Vida (2000) é baseado em uma obra literária autobiográfica, que a autora Jenny Cockell afirma tratar-se de fatos reais. A personagem (Jane Seymour)começa a ter lembranças de sua vida anterior, quando era Mary, uma irlandesa que morreu na década de 30. Ao perceber que todas as suas visões são reais, vai em busca dos filhos que teve no passado. 

8. Um Olhar no Paraíso
Uma menina preocupada em zelar por sua família mesmo depois de morrer. Essa éSusie (Saoirse Ronan), a personagem principal de Um Olhar no Paraíso (2009), que é assassinada brutalmente aos 14 anos. Presa em um espaço entre o céu e o inferno, ela precisa lidar com um paradoxo de sentimentos: o desejo de vingança contra seu assassino e a vontade de ver sua família superar sua morte traumática. 

7. O Mistério da Libélula
Um filme que traz sutis sinais de uma pessoa que quer mostrar aos amados que permanecem na Terra que está bem. É assim O Mistério da Libélula (2002), no qual o médico Joe Darrow (Kevin Costner) fica viúvo e começa a perceber que sua mulher,Emily (Susana Thompson), quer se comunicar. Ela faz isso por meio de simbólicas libélulas e de seus antigos pacientes que, entre a vida e a morte, conseguem fazer contato com ela e podem ajudar o casal a resolver as pendências que não os deixam seguir em frente. 

6. A Casa dos Espíritos
Casa dos Espíritos (1993) gira em torno das relações conflituosas da família deClara (Meryl Streep), que, com uma visão espiritualizada sobre a vida, tem sempre uma palavra reconfortante para levar equilíbrio àquele ambiente. Ela ainda tem a missão de usar o dom da mediunidade para ajudar o marido e a filha a resolverem suas desavenças. Baseado em romance de Isabel Allende. 

5. Cidade dos Anjos 
Anjos que, em vez de fantasiosas asas, usam roupas pretas e vagam pela Terra protegendo os humanos. Um deles, Seth (Nicolas Cage), se vê obrigado a lidar com sentimentos mundanos, como o amor que sente por Maggie (Meg Ryan), e passa a considerar a de voltar ao mundo mortal para viver ao lado dela. Esse é Cidade dos Anjos (1998) que, espiritualmente, deve ser visto mais como um filme no qual uma médica racional é tocada por um sinal divino e passa a acreditar que existe algo além da terra firme. 

4. Amor Além da Vida
Em Amor Além da Vida (1998), o céu não é um espaço necessariamente branco e cercado por nuvens, ao desencarnar cada um encontra o ambiente que mais lhe agrada. É, então, em um cenário que lembra os traços de uma pintura fresca para onde Chris Nielsen (Robin Williams) vai após sua morte. Tudo perfeito para ele, até ficar sabendo que sua mulher, Annie (Annabella Sciorra), não aguentou a dor de ficar sozinha e se matou. Como suicida, ela é enviada a um local obscuro, distante dele, e não será mais capaz de reconhecê-lo caso o encontre,o que não o impede de ir atrás de seu grande amor. 

3. Os Outros
Uma mãe vive em uma mansão isolada com seus dois filhos, enquanto espera que seu marido retorne da II Guerra Mundial. Como as crianças sofrem de uma doença rara de hipersensibilidade à luz solar, a família vive na quase completa escuridão. Apesar da rotina incomum e cercada de manias passam os dias tranquilos. Mas tudo começa a mudar em Os Outros (2001) quando Grace (Nicole Kidman) contrata novos empregados, que começam a quebrar suas regras e a levam a encarar um problema que acomete muitos espíritos. 

2. O Sexto Sentido

Abalado pelo trauma de ver um de seus pacientes se suicidar na sua frente, o psicólogo Malcolm Crowe (Bruce Willis) se dedica ao caso do menino Cole Sear (Haley Joel Osment) para tentar se redimir. Aos 8 anos, o pequeno médium é contatado por espíritos que pedem sua ajuda para resolver problemas terrenos que os impedem de evoluir. Mas como Cole não entende a intenção deles, torna-se uma criança aflita, amedrontada e com dificuldades de convivência. O médico o ajuda asuperar seus medos, mas também é auxiliado pelo garoto a entender parte de seus conflitos pessoais em O Sexto Sentido (1999). 

1. Ghost 

Ghost (1990) é um dos filmes mais bem sucedidos do gênero, pois a história de amor de Sam (Patrick Swayze) e Molly (Demi Moore) encanta quem é ou não adepto da doutrina espírita. A história começa com a morte de Sam, que não consegue ir para o outro plano porque ainda tem pendências na Terra, como proteger sua mulher de seu melhor amigo, que planejou sua morte. Para isso, conta com a ajuda da médium Oda Mae Brown (Whoopi Goldberg), que precisa aprender a lidar com seu dom, ajudar Sam a entrar em contato com Molly e ainda participar do plano que planeja levar o criminoso para a cadeia. 

Fonte: Revista Veja
30/09/2010
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NÃO FOI NO CENTRO ESPÍRITA!



A finalidade essencial do Espiritismo é a melhoria das criaturas
Orson Peter Carrara

     Se você indagar de qualquer pessoa que exerça a função de caixa num supermercado, farmácia, padaria, etc. sobre onde aprendeu o procedimento de registrar a compra do cliente e sua quitação com dinheiro vivo, cartão de crédito ou cheque, cada modalidade com suas características próprias de encaminhamento e processamento, ele não dirá que foi na escola, mas sim na própria rotina de trabalho, através de alguém que lhe repassou o conhecimento.
     O mesmo exemplo pode ser ampliado para outras práticas profissionais, onde o aprendizado ocorre na própria prática da atividade.
     O mesmo raciocínio ocorre na prática espírita nas instituições. Sempre houve alguém que repassou o conhecimento, orientou e encaminhou, com sua experiência, alguém que inicia e começa a trabalhar na seara espírita.
     Essa transmissão de conhecimento, todavia, está sujeita aos condicionamentos, vícios e ponto de vista alcançado na compreensão dos postulados do Espiritismo.
     Assim como a escola deveria possuir estrutura para transmitir a experiência da preparação profissional, ao invés de deterem-se apenas na transmissão do conhecimento (nem sempre devidamente assimilada), as instituições espíritas possuem objetivos definidos e claros de serem construtores e geradores do conhecimento, mas nem sempre esta é a realidade que se apresenta.
     Muitas vezes, limita-se à transmissão de informações com base em pontos de vista pessoais, sempre sujeitos aos equívocos de entendimento, vícios e condicionamentos a que todos, alunos em aprendizado que somos, estamos sujeitos.
     Por esta razão surgem as deturpações e práticas incoerentes, frutos diretos da inexata compreensão do Espiritismo, de seus fundamentos e objetivos, misturando-se misticismos, hábitos estranhos à Doutrina Espírita, disputas, vaidades e seus consequentes desdobramentos.
     Embora pareça paradoxal, referidas crises existentes nas instituições são naturais e benéficas porque elas proporcionam crescimento a aprendizado, levando à busca dos verdadeiros parâmetros.      Mas é fato real que muitas afirmações e práticas não foram transmitidas no centro espírita, embora sua tribuna e estrutura possivelmente tenham sido utilizadas. Foram transmitidas na ausência do conhecimento, através de nossos equívocos de entendimento.
     A construção do conhecimento solicita debates, questionamentos, troca de informações, análise ponderada de conceitos, dispensa de preconceitos, entendimento correto de palavras, parágrafos, gramática e mesmo, é óbvio, a exata compreensão do Espiritismo e seus fundamentos. Referidos conhecimentos, para serem adquiridos e assimilados, e, portanto, construídos interiormente, requerem firmeza e perseverança dos grupos e seus integrantes, pois a mera transmissão de informações assemelha-se a alguém que abrisse o próprio cérebro e colocasse sua massa cerebral para distribuir...
     Vejamos, todavia, com bons olhos, esse conflito e aparente disparate na diversidade de entendimento e práticas. Isso é salutar.
     Faz-nos pensar, convida à reflexão e oferece a multiplicidade das experiências para que igualmente sejam analisadas.
     Mas, há que se ater ao momento aflitivo com que se depara a Humanidade. O instante presente solicita que “menos competição e mais cooperação, deve ser a preocupação de todos espíritas sinceros, a fim de transferir a Doutrina para as futuras gerações, conforme a receberam do Codificador e dos seus iluminados trabalhadores das primeiras horas”, como acentua o Espírito Vianna de Carvalho e outros Espíritos-espíritas, na oportuna mensagem “Campeonato da Insensatez”, publicada pela revista “Reformador”,páginas 8 a 10 da edição de Outubro de 2006, na psicografia de Divaldo Franco.
     É que, acentua o Espírito: “Estais comprometidos, desde antes da reencarnação, com o Espiritismo que agora conheceis e vos fascina a mente e o coração. Tende cuidado! Evitai conspurcá-la com atitudes antagônicas aos seus ensinamentos e imposições não compatíveis com o seu corpo doutrinário.
     Retornar às bases e vivê-las qual o fizeram Allan Kardec e todos aqueles que o seguiram desde o primeiro momento, é dever de todo espírita que travou contato com a  Terceira Revelação judaico-cristã porque o tempo urge e a hora é esta, sem lugar para o campeonato da insensatez”.
Pois (e vale muito transcrever mais este parágrafo), continua o Espírito: “Não se dispõe de tempo (...) para a assistência aos sofredores e necessitados que aportam às casas espíritas, relegados a segundo plano, nem para a convivência com os pobres e desconhecedores da Doutrina, que são encaminhados a cursos, quando necessitam de uma palavra de conforto moral urgente... Os corações enregelam-se e a fraternidade desaparece.”
     Não é, pois, no centro que surgem tais dificuldades. É dentro de nós mesmos, espíritos-espíritas, encarnados mesmo (embora integrantes das instituições), necessitados todos da autêntica compreensão dos autênticos objetivos do Espiritismo, que não são outros senão como indicado no item 292 de O Livro dos Médiuns: “Não esqueçais que o fim essencial, exclusivo, do Espiritismo é a vossa melhora...”
     Tratemos, pois, com a máxima urgência, de nos adequarmos ao Espiritismo e não tentar adequar o Espiritismo ao nosso estreito, limitado e imperfeito ponto de vista pessoal, nem sempre coerente com o autêntico conhecimento à nossa disposição.                                                           


Orson Peter Carrara (Matão/SP)
Escritor e orador espírita. Constultor Editorial residente em Matão/SP, Articulista da imprensa espírita, tem colaborado com diversos órgãos da imprensa espírita, entre revistas e jornais do país, além de boletins regionais.  Autor dos livros "Causa e Casa Espírita" "Espíritos - Quem são? O que fazem? Onde estão? Por que nos procuram?", seus textos caracterizam-se pela objetividade e linguagem acessível a qualquer leitor, estando disponibilizados em vários sites de divulgação espírita.
http://api.ning.com/files/H6I48SW*-ngdv1FhUGeM-hUwl8p066rtg9sbCgykrHrkg2eXxlWi3gVeBmJ70Ps3OOlgJkIzoD5f1WjtAgmQUhBtYcgQwsx1/tituloartigospublicados.gif?width=235
 em http://www.redeamigoespirita.com.br/group/artigosespiritas/forum/topic/show?id=2920723%3ATopic%3A868376&xgs=1&xg_source=msg_share_topic

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Apaguem as Luzes, Quero Ver!

Sem o passo inicial, ninguém vence as distâncias.
(Joanna De Ângelis)
*
O título desta mensagem é intrigante.
Em princípio, parece um contra-senso que alguém peça:

“Apaguem as luzes; quero ver!”

No entanto, vale a pena acompanhar com atenção os argumentos do pensador que a escreveu, para entender que luzes são essas que, apagadas, podem favorecer a nossa visão.
A mensagem foi escrita por um ilustre professor, e diz o seguinte:
A beleza da consciência não costuma se mostrar no clarão das luzes que brotam do calor dos acontecimentos.
Assim como os olhos exigem alguma proteção para olhar diretamente em direção ao sol, nossa razão pede a proteção do tempo para poder contemplar com serenidade a verdade em todo o seu esplendor.
É preciso distanciar-se dos fatos, das experiências vividas, para finalmente poder-se contemplar a beleza da verdade.
O tempo é o único colírio capaz de limpar os olhos da nossa razão, com os quais realmente enxergamos.
É mister despir-se das ilusões, miragens que não ocorrem apenas para os perdidos nos desertos de areia.
É essencial livrar-se dos falsos valores que levam a julgamentos igualmente falsos; abandonar tolas crendices filhas da angústia e do medo do desconhecido.
Existe ainda o perigo do deslumbre que cega a mente e ilude nossa capacidade de julgar; a vaidade tola e a megalomania, caminhos que levam a bezerros de ouro, à paixão pela conquista do poder pelo poder, ou como forma de submeter o próximo.
Nossos olhos, muitas vezes, emprestam lentes de narciso, capazes de distorcer nossa real imagem e os julgamentos que fazemos dos nossos atos.
Só o tempo permite àqueles que dele fazem bom uso, cultivando o saber e examinando a vida em profundidade, perceber as coisas realmente importantes e belas.
Nós humanos, como as flores, os pássaros e tudo que é vivo, temos um ciclo que se inicia com o nascimento, prossegue com o florescer da maturidade e termina com a morte.
Morremos todos, sem a beleza ou o vigor físico; de nada adiantam nossas conquistas terrestres, todas são fugazes.
Se algo for eterno, será apenas a consciência que adquirimos neste viver.
Esse enorme mistério da vida e da morte é o mais tranqüilo, límpido e belo espetáculo ao qual nenhum outro se compara, mas que só pode ser observado e compreendido com o tempo, com o passar do tempo; esse é um privilégio reservado aos que usaram bem seu tempo de vida.
É contraditório, mas é preciso morrer para se entender e vislumbrar toda a beleza da vida.
Daí, talvez, a sabedoria popular do velho ditado que diz:
“Neste mundo, quem mais olha menos vê, quem não morre não vê Cristo”.
Acredito que, no ditado popular, a palavra cristo significa “ter consciência do processo da vida”.
Se fôssemos capazes de menores ilusões e maior consciência, certamente seríamos muito mais felizes.
Teríamos maior prazer no trabalho, trataríamos o próximo com mais amor e respeito; seríamos mesmo capazes de amá-lo, não por nossos interesses, mas sim por ele mesmo.
Não teríamos a maioria das nossas preocupações, dormiríamos melhor, administraríamos melhor nossas energias e não permitiríamos que tolas fantasias e angústias desnecessárias se apossassem de nosso ser.
Viveríamos em paz, teríamos mais tempo para as crianças, as flores e os pássaros.
Não necessitaríamos do consumo de drogas ou de bens supérfluos, usaríamos nosso tempo e nossa energia para coisas muito mais prazerosas; pensar e examinar a vida, livrar-nos de falsos valores, fantasias e miragens, encontrar a essência da vida, ver com os olhos da alma.
Pense nisso!
Apague as luzes, dilate as pupilas da alma, e veja.
*
Redação do Momento Espírita.

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Perdoar é esquecer?



Não. Perdoar independe de esquecer. Uma coisa nada tem a ver com a outra, são coisas distintas – até porque não somos alienados. Temos no cérebro uma memória que registra todos os fatos, por isto quem perdoa não tem que, necessariamente, esquecer do agravo sofrido. O que é preciso, na verdade, é esquecer no sentido de diluir a mágoa, a raiva ou o ressentimento que o fato gerou, caso contrário o perdão é superficial ou até mesmo ilusório.
Esse tipo de esquecimento é extremamente benéfico para quem sofreu algum tipo de agressão, porque a energia gerada, a cada instante em que se revive o fato infeliz, aumenta a ferida que se formou e numa verdadeira roda viva acumula novo e desnecessário sofrimento. Tanto isto é uma verdade que a própria ciência da psicologia diz a todo instante, atestando que o esquecimento da mágoa por si só vale como uma excelente psicoterapia, pois que...
O apego à ofensa propicia ao ofendido a oportunidade de carregar sozinho a chaga em que ela se constitui.
A diferença está naquele que realmente perdoa e consegue liberta-se daquela parte pesada da lembrança a ponto de não mais sofrer ao relembrá-la. Daí, como diz Divaldo Pereira Franco: “Perdoar é bom para quem perdoa.”, ou seja, quem perdoa livra-se do fardo triste que carregava e quem foi perdoado nem sempre alcança a mesma graça de vez que assumiu um ônus pelo qual responderá, ainda que perdoado.
Alguém diria: “mas então prevalece a Lei de Talião*?” E responderíamos: Absolutamente que não! Prevaleceria e prevalecerá sempre a misericórdia divina, a Lei de Causa e Efeito, segundo, a qual Deus nos propicia o ensejo de resgatar nossos erros, ou dívidas, como querem alguns, valendo lembrar que esse pagamento não acontece necessariamente pela dor, especialmente quando o ofensor se arrepende do at que praticou, podendo assim anular seu débito pela força do amor e doação que dispensar a outrem.Vemos isto no Evangelho de João, quando ele afirma que: “O amor cobre uma multidão de pecados”.
Quanto a Lei de Talião, embora absurda e abominável a nossos olhos, era uma necessidade daquela época em que o homem era bárbaro, época em que o homem tinha muito pouca consciência do que era Amor e Respeito, e que só era contido pelo medo dos castigos, tão ou mais horríveis que o ato praticado.
Foi essa uma das grandes razões da vinda de Jesus ao nosso Planeta. Uma das partes mais lindas de sua missão foi justamente mudar a concepção de um Deus tão bárbaro quanto o homem, ensinando sobre um Deus justo... Mas infinitamente bom. Severo... mas infinitamente misericordioso. Um Deus que a tudo perdoa, mas que deixa ao sabor do livre arbítrio de cada um a responsabilidade de suas atitudes e o aprendizado que elas possam trazer.
Ainda enfocando as benesses de que é alvo aquele que perdoa, lembramo-nos que Emmanuel, Espírito de grande sabedoria, numa psicografia do nosso bom e inolvidável Chico Xavier, nos esclarece em “O Consolador”, questão 337:
“Concilia-te depressa com o teu adversário” – essa é a palavra do Evangelho, mas se o adversário não estiver de acordo com o bom desejo de fraternidade, como efetuar semelhante conciliação?
- Cumpra cada qual o seu dever evangélico, buscando o adversário para a reconciliação precisa, olvidando a ofensa recebida. Perseverando a atitude rancorosa daquele, seja a questão esquecida pela fraternidade sincera, porque o propósito de represália, em si mesmo, já constitui uma chaga viva para quantos o conservam no coração. ”
Vemos aí, embutida nas palavras de Emmanuel mais um alerta a considerar; aquele que busca sinceramente o perdão já está fazendo dignamente a sua parte, ainda que o ofendido se recuse. Quando aquele que concede o perdão não deve se ater ferrenhamente ao que vai ser feito do perdão que concedeu, pois já fez a sua parte, também aí, o que se seguir é problema do perdoado.
Sabemos que mesmo com todo estes conhecimentos muitas vezes perdoar é um aprendizado difícil, que, não raro, requer um esforço muito grande. Mas por isto mesmo é divino, é o caminho da porta estreita que vale a pena enfrentar, pois se o próprio Cristo nos disse que devemos perdoar “setenta vezes sete”é porque em sua divina sabedoria sabia que não só o ofensor, mas também o ofendido possui fragilidade de caráter e igualmente ser perdoado setenta vezes sete.

Para concluir lembramo-nos de que... esquecendo ou não, se o perdão é algo muito importante para o perdoado, é ainda muito mais para aquele que tem a felicidade de conseguir perdoar, porque...
Quem perdoa já cresceu no amor... Quem humilde e sinceramente pede perdão... Caminha para o mesmo crescimento.


Doracy Mércia De A. Mota


Bibliografia.
O Consolador – Emannuel e Chico Xavier
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec

* Olho por olho e dente por dente.

http://www.nossolar.org.br/n_tema45.php

Cientistas mapeiam a atividade cerebral de médiuns



Pesquisadores examinaram o cérebro de médiuns brasileiros e descobriram que áreas ligadas à linguagem tiveram atividade abaixo do esperado, o que poderia mostrar um estado de falta de foco e de perda da autoconsciência

Os médiuns mais experientes apresentaram redução na atividade de determinadas áreas do cérebro (iStockphoto)
A atividade cerebral em determinadas partes do cérebro dos médiuns diminui nas sessões de psicografia, revela um artigo científico publicado nesta sexta-feira na revista PLOS ONE. Realizado por pesquisadores da Universidade Thomas Jefferson, nos Estados Unidos, e da Universidade de São Paulo (USP), o estudo mapeou, por meio de tomografias, os cérebros de uma dezena de médiuns brasileiros enquanto eles psicografavam.
As áreas do cérebro que apresentaram redução no fluxo sanguíneo cerebral foram ohipocampo esquerdo, o giro temporal superior direito e regiões do lobo frontal, que são associadas ao raciocínio, planejamento, geração de linguagem, movimento e solução de problemas. Para os autores, entre eles Andrew Newberg, professor da Universidade Thomas Jefferson, e Julio Peres, professor do Instituto de Psicologia da USP, essa pouca atividade pode indicar falta de foco, de atenção e de autoconsciência durante as psicografias. O curioso, no entanto, é que a complexidade das cartas redigidas durante o transe da psicografia deveria estar relacionada com uma maior atividade nessas áreas do cérebro.
"Experiências espirituais afetam a atividade cerebral, e isso é conhecido. Mas a resposta cerebral à prática de uma suposta comunicação com um espírito ou uma pessoa morta recebeu pouca atenção científica. A partir de agora, novos estudos devem ser realizados", diz Newberg.
Para comparar o nível de atividade cerebral durante as psicografias, os cientistas aplicaram exames nos médiuns enquanto eles escreviam textos sem estar em estado de transe. 
Experiência — A redução da atividade no lobo frontal ocorreu em níveis diferentes nos participantes. Eles foram separados entre médiuns experientes e iniciantes, sendo que o tempo de exercício da atividade variava de 5 a 47 anos. Para os noviços, a atividade no lobo posterior foi consideravelmente mais intensa. De acordo com os pesquisadores, isso pode indicar um maior esforço para tentar atingir com sucesso o estado de transe.
Outra questão levantada pela pesquisa é a complexidade dos textos produzidos. Uma análise mostrou que o conteúdo das cartas psicografadas era mais complexo do que as redigidas para outros fins. "Particularmente, os médiuns mais experientes produziram um material mais complexo, o que na teoria deveria requerer mais atividade nos lobos temporal e frontal. Mas este não foi o caso", escrevem os estudiosos. O conteúdo das cartas psicografadas, por exemplo, envolvia princípios éticos e abordava questões de espiritualidade e ciência.
Uma das hipóteses para esse fenômeno, segundo os pesquisadores, é que, ao reduzir a atividade do lobo frontal, outras partes do cérebro sejam acionadas, aumentando o nível de complexidade. "Enquanto as razões exatas para isso são ainda desconhecidas, nosso estudo sugere que há uma correlação neurofisiológica envolvida", afirma Newberg.
Essa correlação, no entanto, não é, absolutamente, um indicativo de uma suposta conexão com o mundo espiritual, ou algo do gênero. O mesmo fenômeno observado no cérebro dos médiuns ocorre com o cérebro de pianistas, por exemplo. Enquanto eles estão aprendendo a tocar e é preciso se concentrar em cada nota musical, o cérebro é ativado. Mas às medida que se tornam experts e tocar não requer mais tanta concentração, o cérebro não produz tanta atividade. "Podemos estar vendo um fenômeno parecido, no qual os médiuns treinam seus cérebros para desempenhar uma atividade psicográfica", diz Newberg.

"O estudo contribui para o nosso entendimento da relação entre o cérebro e as experiências e práticas espirituais" 

Andrew Newberg  Diretor de Pesquisa no Myrna Brind Center of Integrative Medicine da Universidade Thomas Jefferson

Por que houve essa diferença na atividade cerebral de acordo com a experiência dos médiuns?
Eu acho que isso reflete como o cérebro pode ser treinado para uma tarefa particular — um efeito de treino. Por exemplo: quando uma pessoa começa a aprender a tocar piano, ou outro instrumento musical, ela precisa, a princípio, focar em aprender cada nota — presumivelmente ativando o cérebro. Mas, na medida em que ela se torna um expert, o cérebro fica mais eficiente e pode até diminuir sua atividade, uma vez que tocar torna-se uma coisa fácil, que pode ser feita sem pensar. Podemos estar vendo um fenômeno parecido, no qual os médiuns treinam seus cérebros para desempenhar uma atividade psicográfica.
O que a redução da atividade em certas partes do cérebro sugere?
Neste caso, o estudo sugere que áreas que normalmente funcionam quando estamos escrevendo ou realizando outras tarefas cognitivas, de certa forma, desligam quando a pessoa entra em estado de transe. Isso é consistente com a experiência (dos médiuns) segundo a qual eles não estão no comando da prática e do que estão escrevendo. Quando a atividade do lobo frontal diminui, a pessoa não sente que está realizando uma tarefa, e sim que essa tarefa está sendo feita para ela.
Qual a relação entre experiências espirituais e a atividade cerebral?
As experiências espirituais são muito diversificadas e incluem processos cognitivos, emocionais, de percepção e de comportamento. Dependendo do tipo de experiência, nós vemos diferentes maneiras no modo como o cérebro responde. Para a psicografia, o lobo frontal diminui sua atividade porque o transe faz com que eles sintam que não estão escrevendo.
Na opinião do senhor, qual a maior contribuição do estudo?
Eu acho que o estudo contribui para o nosso entendimento da relação entre o cérebro e as experiências e práticas espirituais. Também nos leva a pensar se os médiuns de fato estão conectados a um reino espiritual, ou se simplesmente estão usando seus cérebros para construir essas experiências. Esse estudo não nos dá uma resposta definitiva. Mas traz muita coisa para pensarmos.
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