quarta-feira, 21 de março de 2012

Quem tem medo dos Espíritos?

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Há a história do rapaz que, embora afeito a orações e práticas religiosas, tinha muito medo dos Espíritos. Dotado de alguma sensibilidade, pressentia, não raro, a presença de seu pai desencarnado. Apavorava-se.
Um amigo espírita lhe dizia:
- Não tenha medo. É seu pai.
- Pode ser, mas virou assombração.
- É seu pai.
- Valha-me Deus! Que nunca o veja!...
Ele residia perto do cemitério, por onde era obrigado a passar para chegar à sua casa. E o fazia tenso, temeroso, principalmente à noite, quando o manto de mistério faz recrudescerem todos os temores.
Certa feita deixou uma festa por volta de meia-noite. Nas imediações do campo santo o medo o paralisou. Jamais se atreveriaa transitar sozinho pelo malfadado trecho, em hora tão tardia quando, segundo suas convicções, as almas andam soltas...
Abrigando-se num poste de luz ficou à espera de um salvador, alguém que fosse na mesma direção. Em breves momentos passou simpático velhinho.
- Boa noite!
- Boa noite, meu filho.
- Pode parecer-lhe estranho, mas posso acompanhá-lo até o outro lado do cemitério?
- Embora eu não seja nenhuma gentil donzela, tudo bem. Gosto de conversar.
Seguiram juntos, falando de trivialidades.
Ao passarem junto ao pesado portão que dava acesso ao cemitério, o rapaz explicou:
- Devo uma explicação. Pedi sua companhia porque tenho muito medo dos mortos...
O velhinho sorriu com benevolência.
- Compreendo bem o que é isso, meu filho. Eu também tinha muito medo dos mortos quando era vivo.

A história não diz se nosso herói caiu duro, desencarnado de susto ou simplesmente fugiu em velocidade de recordista.
De qualquer forma foi uma reação lamentável.
Ele enriqueceria muito sua existência se pudesse desenvolver e usar adequadamente sua sensibilidade, superando milenários temores que inibem nossas possibilidades de gratificantes experiências pessoais, no intercâmbio com o Além.

 
 
 
 
Quem Tem Medo dos spíritos

De Richard SimonettiCEAC EditoraSinopse:
"
A pouca familiaridade com o assunto, faz as pessoas temerem os Espíritos, sem atentarem à sua própria condição de seres espirituais encarnados.
Tratando da origem e destinação dos Espíritos, com os temas que lhes são decorrentes, o autor contribui para a superação desse atávico temor.
Fiel à orientação contida em “O Livro dos Espíritos”, discorre sobre os objetivos da jornada da jornada humana, ressaltando as oportunidades de edificação que ela oferece.
"

 
POSTADO POR MEL GAMA EM http://mensagenscadentes.blogspot.com.br/2010/05/quem-tem-medo-dos-espiritos.html

NOTA SOBRE A SAUDE DE ARTHUR TEIXEIRA

EM http://www.raulteixeira.org.br/

Quando a espiritualidade quiser isto se resolverá

Quando a espiritualidade quiser isto se resolverá
Isto é confiança na espiritualidade ou é preguiça mesmo?

Certamente você já deve ter ouvido várias pessoas dizerem frases mais ou menos assim:
- “Não se preocupe, quando a espiritualidade quiser, esse problema será resolvido”.
- “Fique tranqüilo, Jesus está no comando”.
- “Quando a espiritualidade achar que seja o momento, ela agirá”.
Há muitos espíritas que adoram dizer isto.
Vamos questionar em cima disto também?
Quer dizer, então, que não devemos nos preocupar com nada, não devemos tomar atitudes e ações para tentar solucionar os problemas, simplesmente cruzando os braços, entendendo que eles só serão resolvidos quando a espiritualidade achar que é o momento?
Será que é assim mesmo que a doutrina espírita entende a realidade da vida e a nossa razão de existir, enquanto encarnados?
Será então que a espiritualidade acha que não é o momento de acabar com as tempestades que alagam cidades e destroem os bens de famílias, com os terremotos, com os crimes e assassinatos, com a corrupção, com as doenças incuráveis e com inúmeros males que há na Terra?
Milênios, antes de Jesus, já existiam pessoas boas e justas na Terra, mas os males já existiam também, o que, nesta linha de raciocínio implica que a espiritualidade superior já achava que aquele não era o tempo dos problemas serem resolvidos.
Aí veio Jesus, em sua época, fazendo aquela maravilha que fez, trazendo aqueles ensinamentos que trouxe, contidos no Evangelho. A espiritualidade achou que ainda não era o momento.
Depois veio Allan Kardec, com a equipe do Espírito da Verdade nos trazendo os ensinamentos espíritas e, ainda, a espiritualidade achou que não era o momento.
Mais de 150 anos se passaram do surgimento do Espiritismo e a espiritualidade acha que ainda não é o momento.
Afinal de contas, eu pergunto a essas pessoas que ficam com essa conversa: Quando é que a espiritualidade vai achar que é o momento da extinção dos males da Terra?
A Doutrina Espírita nos deixa bem claro que não há milagres, não há privilégios, não há interferência de Deus e dos bons espíritos na vida de gente preguiçosa e acomodada que não faz o menor esforço em crescer e evoluir, inclusive a doutrina nos ensina que a simples opção de não fazermos o mal não nos evolui em nada, deixando bem claro que é indispensável fazer o bem, tomar iniciativas no bem, produzir alguma coisa em benefício nosso e do nosso semelhante.
Como pode um espírita, que tenha o mínimo de lucidez sobre o que realmente ensina o espiritismo, vir, travestido de uma suposta calma, tranqüilidade e evolução espiritual, recomendar para que os outros se aquietem, não se preocupem com nada, não tomem iniciativa nenhuma sob a insensata e comodista argumentação de que “Jesus está no comando” e que “quando a espiritualidade quiser, tudo se resolverá”?
Quando isto? No ano de 5100 ou alguns milênios adiante?

O que existe é muita preguiça e comodismo

Confiemos sempre na Espiritualidade Superior, estejamos sempre sintonizados com os espíritos que são afins conosco porque, certamente, eles não nos negam as boas inspirações, atuam nas nossas vidas “muito mais do que imaginamos”, estarão sempre dispostos a nos ajudar mas... vejam bem, dispostos as nos ajudar e não a fazer as coisas por nós.
Está claro nos ensinamentos espíritas que todos temos que agir, que atuar pra valer, que trabalhar, que lutar e que nos empenhar ao máximo para resolver os nossos problemas, lutar contra os males da terra e enfrentar as terríveis ações negativas que prejudicam a nós e ao nosso próximo.
Essas frases feitas, citadas acima, nada mais significam do que mania de ostentação de evolução espiritual de fachada, disposição de alguns em passar a impressão de que mergulharam na onda espiritual do bem e que estão quase no nível do Clarêncio e dos amigos coordenadores do “Nosso Lar”.
Quando um espírita começa a dizer que nós não devemos nos preocupar com a política, por exemplo, ele não é um espírita prudente e sim um omisso e irresponsável, pois, se nós não utilizarmos as nossas inteligências, os nossos protestos, as nossas ações para colocar gente de bem na condução da coisa pública, fiscalizando as ações políticas, denunciando os males, lutando para coibir as ações dos safados e dos corruptos, com certeza absoluta a argumentação de que “Jesus está no comando” não vai resolver, porque no comando ele está há muito tempo e já deu todas as amostras daquilo que ele resolve e do que é de competência do homem encarnado.
Veja bem, gente:
Eu e todo mundo estamos vendo que um determinado salafra, que está à frente da prefeitura da minha cidade, está roubando descaradamente, está ficando milionário, está beneficiando a si e aos seus familiares escancaradamente; daí eu vou ter que arrotar a minha “evolução” espiritual e na minha santidade doutrinária, para mandar que os outros se acalmem, “aquietem os seus corações”, deixem isto pra lá, porque temos que entender o nível moral que ele está e que quando a espiritualidade achar que ele deve ser afastado, ela vai afastá-lo naturalmente?
Estou vendo um ente dentro do meu próprio lar, envolvido no vício, agredindo todo mundo dentro de casa, fazendo o que quer e o que bem entende, ameaçando todo mundo e fazendo chantagem, será que vou ter que ficar caladinho, cheio de paciência, tolerância e compreensão, deixando tudo como está, sob a argumentação de que a família provavelmente tem débitos terríveis com ele de encarnação passada, e deixo a desgraça crescer no lar, deixo as agressões acontecer, sob a argumentação de que “Jesus está no comando”?
Ora, tenham a santa paciência.
Insisto em afirmar que tem muita gente que sofre porque é besta mesmo. Não é porque é evoluído, pacífico e compreensivo não, é porque é idiota mesmo.
Repito, novamente, que postura enérgica não tem nada a ver com agressão. Quando ouvimos alguém dizer “não gosto do estilo dele, porque acho muito agressivo”, na realidade está confundindo alhos com bugalhos, está confundindo helicóptero com beija-flor, vive numa ingenuidade gigantesca em relação a como deve ser, de fato, o comportamento humano lúcido, equilibrado, sensato, autêntico e coerente, da mesma forma como foi exemplificado por Jesus, em todos os momentos que se viu diante das pessoas abusadas e hipócritas.
Pessoas superficiais acham que ser bom, compreensivo e caridoso para com o próximo necessariamente é dizer SIM, todas as vezes, quando na realidade em muitas vezes o NÃO é muito mais caridoso, mais educativo, mais oportuno e indispensável.
Você diria SIM para um ente, por mais querido que seja, que peça para você ser avalista de uma dívida que ele quer fazer, comprometendo-se a pagar uma mensalidade de um valor que você tem certeza que está muito além do que ele ganha e que, com certeza também, ele não vai poder pagar e vai sobrar pra você?
Vai ter que dizer SIM só porque ama, considera e porque é uma pessoa querida?
Só se você for besta.
Então é exatamente isto que eu quero dizer em relação a muitos espíritas bestas, que existem por aí.
Em nome da “caridade”, em nome da “humildade” e em nome de todos esses valores, concebidos absolutamente de forma equivocada, tem muito espírita omisso, praticando irresponsabilidades de conseqüências terríveis.
Jesus está no comando, sim, ele nos ama, sim, mas não é um irresponsável e sabe muito bem que nós temos que fazer a nossa parte. Ele apenas nos ajudará, não fará por nós.

Abração
Alamar Régis Carvalho
Analista de Sistemas, Escritor e AINSF Dinastia
alamarregis@redevisao.net
www.redevisao.net
www.alamarregis.com
Algumas atitudes que o Orador Espírita deve evitar

Livro: Estude e Viva
André Luiz & Waldo Vieira
Falar sem antes buscar a inspiração dos Bons Espíritos pelos recursos da prece.
Desprezar as necessidades dos circunstantes.
Empregar conceitos pejorativos, denotando desrespeito ante a condição dos ouvintes.
Introduzir azedume e reclamações pessoais nas exposições doutrinárias.
Atacar as crenças alheias, conquanto se veja na obrigação de cultivar a fé raciocinada, sem endosso a ritos e preconceitos.
Esquecer as carências e as condições da comunidade a que se dirige.
Censurar levianamente as faltas do povo e desconhecer o impositivo de a elas se referir, quando necessário, a fim de corrigi-las com bondade e entendimento.
Situar-se em plano superior como quem se dirige do alto para baixo.
Adotar teatralidade ou sensacionalismo.
Veicular consolo em bases de mentira ou injúria, em nome da verdade.
Ignorar que os incrédulos ou os adventícios do auditório são irmãos igualmente necessitados de compreensão quais nós mesmos.
Fugir da simplicidade.
Colocar frases brilhantes e inúteis acima da sinceridade e da lógica.
Nunca encontrar tempo para estudar de modo a renovar-se com o objetivo de melhor ajudar aos que ouvem.
Ensinar querendo aplausos e vantagens para si, esquecendo-se do esclarecimento e da caridade que deve aos companheiros.
"Ide e pregai o Reino de Deus", conclamou-nos o Cristo. E o Espiritismo, que revive o Evangelho do Senhor, nos ensina como pregar a fim de que a palavra não se faça vazia e a fé não seja vã.

FAZENDO SOL - MEIMEI