quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O casamento na visão espírita


Escrito por Jaqueline Silva   em http://www.serespirita.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=37:o-casamento-na-visao-espirita&catid=9:edicao-05&Itemid=14 
O casamento na visão espírita 
Sem rituais, as uniões espíritas priorizam o amor e as afinidades existentes entre o casal. 

Na Inglaterra da Idade Média, a rainha Vitória nem poderia prever que seus atos repercutiriam tanto e se tornariam uma tradição. O que teria feito Sua Majestade? tomou atitude muito simples: decidiu se casar de véu - naquela época, os soberanos jamais se cobriam para poder comprovar sua identidade -, com flores no cabelo e um vestido branco. A cena parece familiar?
O casamento como se conhece nos dias atuais, é muito mais antigo que a rainha Vitória. Seu ritual iniciava na Roma Antiga, quando era possível encontrar registros de que as mulheres se vestiam adequadamente para a ocasião. Porém, a união de um casal, na visão espírita, vai  além de uma cerimônia, com seus festejos e vestimentas.
Existe ritual de casamento para a doutrina espírita? “Não”, diz o procurador do Estado do Paraná, Joel Samways Neto. “De todas as descrições feitas pelos espíritos sobre casamento, não há menção a ritual de casamento espírita”.  
Então, os espíritas não casam? “Casam!
A diferença é que não temos o ritual religioso. O casamento tradicional, independentemente da religião é um ritual. E como não temos rituais, não há uma cerimônia religiosa em um casamento entre espíritas”, afirma o professor e coordenador de grupos de estudos espíritas Paulo Henrique Wedderhoff. Na realidade, o que importa são as intenções pelas quais o casal decidiu se unir. E aí, deve-se colocar em foco o que seria um princípio básico do Espiritismo: o amor.
Fatores de união 
A pedagoga Maria Aparecida e seu marido, o advogado Everton Ribeiro, acreditam que muitos fatores devem existir para a união de um casal, mas “todos eles pouco valem se o casamento não estiver fundamentado na maior das leis, que é a lei universal do amor, vivenciado na mais pura de suas definições”. Para eles, quando há esse sentimento, as consequências são “no mínimo, boas”.
Segundo Samways, quando a pessoa encontra outra com quem se assemelha, ela se potencializa, ou seja, se torna mais feliz, confiante e protegida. Casados há 33 anos, Maria Aparecida e Everton concordam: “a forma de se relacionar com a sociedade mudou, a relação com os amigos mudou, a possibilidade da paternidade estimulou e mudou a visão de uma nova trilha a ser seguida”. Eles comentam que, entre outras coisas, também deve haver ética, respeito e companheirismo.
Entretanto, há uniões que se tornam instáveis. Em seu livre-arbítrio – que é outro dos princípios básicos da Doutrina Espírita – , muitos casais optam pela separação. E, apesar de a doutrina ser divorcista (“...é uma lei humana que tem por objetivo separar legalmente o que, de fato, já está separado. O divórcio não contraria a Lei de Deus, uma vez que apenas corrige o que os homens fizeram...” Evangelho Segundo o Espiritismo), Samways acredita que o cidadão que possui caráter, reflete duas vezes antes de se divorciar e, até mesmo, antes de se comprometer.
Em mensagem escrita na obra “Como um homem pode enfrentar uma crise”, o espírito Leocádio José Correia diz que “A interação humana significa sempre entendimento e nunca confronto”.

Reflexão atual
Wedderhoff faz uma reflexão a respeito das vidas conjugais nos dias de hoje. “Será que as uniões que têm maior chance de sucesso não são aquelas em que o cônjuge casa para fazer feliz a pessoa que ama? Quando os cônjuges pensarem assim, será muito difícil a união se desfazer”.
Relacionamentos conjugais são edificações que devemos realizar todos os dias. “Casar é se comprometer com a felicidade de quem a gente ama”, diz o professor.   E este pensamento é coerente com algumas observações trazidas pelo espírito Leocádio José Correia; segundo ele, “casamento é renúncia”, o que não significa peso ou desgaste quando se tem amor pela outra pessoa.
De acordo com “O Livro dos Espíritos”, o casamento é um dos instrumentos para a evolução humana. “O casamento, ou a união permanente de dois seres, é contrária à lei natural? É um progresso na marcha da humanidade” (Capítulo 4 – Lei da Reprodução). No Evangelho, também é enfatizada a idéia do ser humano constituir uma família para o seu próprio progresso. Porém, viver com outra pessoa não é uma obrigação; é uma escolha.
Em suas palestras, o espírito Leocádio José Correia alerta que nenhuma pessoa é obrigada a se casar. Ele cita ainda que muitos de nós escolhem “se casar” com a Medicina, com a Educação, com a Ciência ou com os projetos sociais. São caminhos diferentes, mas que igualmente proporcionam oportunidade evolutiva ao espírito durante sua trajetória na Terra.

União comemorada
O fato de a doutrina não registrar os rituais de casamento não impede que os noivos comemorem sua união. Paulo Wedderhoff cita um exemplo de comemoração simples e simbólica a que compareceu. “Recentemente um casal de espíritas decidiu revelar sua decisão de compartilhar a vida a dois. Num dia foram ao cartório e no outro receberam alguns amigos e parentes para anunciar sua decisão e dividir a alegria. O noivo e o pai da noiva quiseram manifestar o sentimento de contentamento; um amigo do casal falou sobre o significado do casamento para a Doutrina Espírita. Ao final, um belo beijo nos fez testemunhas de um lindo momento”, conta.
“A simpatia que atrai um espírito ao outro é o resultado da perfeita concordância de suas tendências, de seus instintos; se um tivesse que completar o outro, perderia a sua individualidade”, está escrito em O Livro dos Espíritos – Capítulo 6, Vida Espírita. Nessa citação é possível desmistificar o termo comumente conhecido como “alma gêmea”.
Samways lembra que não existem espíritos iguais. O que ocorre com a maioria das pessoas é a semelhança, as chamadas “afinidades”. Por isso, é possível ter afinidades também com amigos e parentes. Na opinião do procurador, “nós só convivemos bem com quem se parece conosco”.
A rainha Vitória, personagem da História que iniciou a reportagem, causou repercussão em sua época não só por ter introduzido hábitos, mas principalmente porque foi uma das poucas soberanas que se casou por amor. Fato também inusitado para a época, pediu a mão do seu primo, o príncipe Albert de Saxe-Cobourg-Gotha, em casamento.  

A família na visão espírita


em http://www.searadomestre.com.br/afamiliaespirita.htm

            O conhecimento que o Espiritismo proporciona causa profundo impacto em todas as áreas do conhecimento e dos relacionamentos humanos. A visão que ele apresenta da família é um exemplo dessa afirmativa. Essa influência é notadamente percebida na desierarquização das funções e requalificação de responsabilidades.

            Mesmo enquanto na função de pais, filhos, netos, cônjuges, os Espíritos que compõem o núcleo familiar são essencialmente irmãos em trajetórias evolutivas individuais, cada qual com sua bagagem, herança do passado, e com missões a serem desempenhadas no presente, com vistas ao futuro. Estão reunidos neste pequeno grupo social consangüíneo com muitos objetivos em comum, unidos por laços de simpatia ou não.

            Nessa visão, o modelo de autoridade e a importância da função se diluem no respeito a cada individualidade e compromissos assumidos por cada um. Mesmo sob esta ótica, os pais (ou quem faça este papel) jamais perdem a responsabilidade e a função de educar, orientar, conduzir os Espíritos que vieram como filhos para o caminho do bem, procurando dirimir as tendências negativas, reforçando seus aspectos positivos.

            Com a compreensão da reencarnação, somos conduzidos a vivenciar um relacionamento de entendimento. Como é possível a adversários do passado reencarnar sob o mesmo teto familiar, a convivência familiar se torna uma oportunidade valiosa de reajustes. Isso explica, muitas vezes, a aversão que pode surgir entre pais e filhos ou entre irmãos, e deve servir como um estímulo a mais para que, com dedicação e renúncia, possam promover a reconciliação pelo amor e pelo perdão.

            Cabe principalmente ao adulto, consciente dos postulados espíritas, assumir o papel de educador e orientador dos demais membros da família. Sabe-se que, algumas vezes, o Espírito que reencarna como filho é mais evoluído do que os pais, mas, mesmo assim, as funções não se invertem: ainda que não exista a hierarquia nos moldes antigos, o processo pedagógico-educacional é sempre tarefa dos pais.

            A família, na visão espírita, se torna muito maior, mais importante, mais democrática e fundamental para a evolução do Espírito imortal. Laura, no livro Nosso Lar1 informa que “o lar terrestre é que, de há muito se esforça por copiar nosso instituto doméstico; mas os cônjuges por lá, com raras exceções, estão ainda a mondar o terreno dos sentimentos, invadido por ervas amargosas da vaidade pessoal, e povoado de monstros do ciúme e do egoísmo.”

            Ainda esclarecendo a respeito das diferenças existentes entre o lar terrestre e o do plano espiritual superior, continua a amável senhora: “O lar é o sagrado vértice onde o homem e a mulher se encontram para o entendimento indispensável. É o templo onde as criaturas devem unir-se espiritual antes que corporalmente.(...) Alguns chegam a asseverar que a instituição da família humana está ameaçada. Importa considerar, entretanto, que, a rigor, o lar é conquista sublime que os homens vão realizando vagarosamente.”

            Assim, com o cultivo permanente da harmonia no lar, do amor, da prática do perdão, do respeito mútuo, a família, esta inigualável conquista da evolução humana, será o verdadeiro agente transformador para uma sociedade mais fraterna e justa.

Luis Roberto Scholl
1XAVIER, Francisco C. Nosso Lar. Pelo Espírito André Luiz. Rio[de Janeiro]: FEB, 20 ed. 1978. p.110-111.

Visão Espírita do Idoso - IV


por Leda Marques Bighetti
de Ribeirão Preto, SP  
em http://www.espirito.org.br/portal/artigos/verdade-e-luz/visao-esp-idoso-4.html

Dentro do nosso plano de estudo, surge na caminhada do Espírito, a importância do núcleo familiar como fator preponderante. O ser humano em geral, necessita, no seu processo de evolução, da família, do clã, dos indivíduos que são conhecidos, nas raízes que caracterizam os valores que os tipificam.
É aí, que renascem, se reencontram, sentimentos de afinidades, hostilidades, afeições, desamores a serem distendidos, ampliados, harmonizados, resolvidos. Espíritos simpáticos ou antipáticos entre si unidos pela consangüinidade, expressam-se de inúmeras formas, criando o clima próprio de cada núcleo e voltam, necessitam buscar-se, conscientemente ou não como anseio inexplicável para superação e crescimento, em elos que representam verdadeira e recíproca nutrição.
Esse clima é tão envolvente, contagiante, que o Espírito embora recalcitre, hostilize, maldiga, dali não se afasta totalmente. Mesmo fisicamente se distanciando, conservará lembranças, impressões que não se apagam, a avivar-se na identificação dos detalhes, expressões, cheiros, hábitos, comparações que estabelece diante da realidade de agora. No campo mental mesmo sem o perceber, usa como padrão avaliador do hoje, os valores primeiros adquiridos no convívio com os pais, irmãos, com a família enfim. Transparece isso ainda, no exterior, no modo de ser, que de alguma forma reflete conteúdos das situações auridas no núcleo familiar. Um dia no tempo, quase sempre retorna, na busca de melhor entender relacionamentos e porquês, uma vez que traz em si o instinto da própria superação buscando harmonia.
Tudo isso, mesmo que se exteriorizem em relacionamento conflitados, embora não percebamos, trabalham a afetividade em mecanismos de evolução. Esse clima é importante ao idoso? Como se insere nele? Seria melhor ausentar-se de tais conflitos? Nesse enfrentamento dos problemas, no atrito das emoções, é que se treinam as valiosas expressões do Amor.
Recorde-se que a vida do espírito não se alicerça em fases como a vida física. Temos que entendê-la no sentido de radiosa eternidade marchando para a plenitude da grandeza espiritual, onde a experiência edifica a sabedoria e o amor.
É comum, num agrupamento familiar sob o mesmo teto ou em relacionamento ativo conviverem três ou quatro gerações.
De um modo geral, os indivíduos interagem de diferentes formas, em reações que refletirão os componentes morais do grupo, na sua estrutura individual, social e religiosa.
Os pais, que até certo tempo, constituíram-se como centro do grupo, vão (por posições pessoais, fatores externos, acomodação, doenças, etc.) perdendo ou deixando escapar essa posição.
Se a estrutura familiar é rígida, e se sobretudo aí também residem os avós, podem surgir problemas graves, choques acentuados, atritos nos relacionamentos onde se advoga a idéia de separar os "velhos", inadequados agora ao ritmo familiar.
Pela importância e função da família estudada acima, será que o melhor para esse Espírito imortal é confiá-lo a estranhos, ao asilo alijando-o de tudo quanto se lhe afigura como importante, como "seu", como constituinte formador da sua própria realidade?
Não será essa a visão da família flexível, onde pais, filhos e avós buscam entrosar-se cada qual entendendo-se como elo de algo muito forte e que constitui realmente a família?
Mesmo com essa visão e objetivo o processo será simples?
Não, pois haverá sempre fatos pessoais, emocionais, espirituais, afinidades ou não, entendimento e preparo maior ou menor para esse chegar na idade, valor que se dá ao tempo, à vida, noção íntima da responsabilidade, dever, amor que influenciarão sobremaneira no contexto familiar, nas posições de cada um.
Se essa convivência, acontecer num núcleo, em que a formação de seus componentes, além dessas premissas acima, basear-se em propostas transcendentes, na Imortalidade que se prossegue, as diferenças serão menores, mais fáceis trabalhadas, pois ter-se-á presente não o momento atual mas a busca do que é melhor para o Espírito imortal.
Além disso, o que mais se poderia desejar?
Que o homem, em geral futuro idoso se entendesse nessa proposta ou raciocínios que esta série desenvolve, onde o uso da vida no dia-a-dia pleno de interesses gera um mundo de amanhãs, esperados, cheios de trabalhos e sonhos. Compreensão das características normais de uma das etapas da vida mantendo-se no papel sócio-familiar, reconhecendo e sendo reconhecido pelos demais membros da família e da sociedade.
Aos membros da família, far-se-á necessário estar atento, sem tolher, impedir, cercear, o exercício da liberdade, dos gostos, preferências, hábitos que constituíram toda uma vida de interesses. Sem esses cuidados, sofrerá a coerção impositiva e proibitiva dos mais novos, onde a troca de idéia, o respeito das diferentes opiniões, os raciocínios carinhosos, o diálogo fraterno inexistem na dureza das limitações e ordens. Atenção ainda a mudanças significativas de ordem física, emocional, espiritual, onde o carinho deve se fazer acompanhar do auxílio de profissionais especializados.
Nessa vivência dos zelos do Amor (poderíamos afirmar que até na falta dele) a família será ainda e sempre, a melhor garantia do bem-estar material, físico, espiritual de todos os seus constituintes.
Como agir diante àqueles que se exteriorizam insensíveis à tais cuidados?
Frente àqueles que se recusam mudar, perceber, ainda é possível desenvolver a tolerância na compreensão das dificuldades, desculpando-o pelo estágio primário em que ainda se detém. No exercício do Amor, é aí que se aprende que o mesmo não pode ser imposto, porém não estacionará ante o obstáculo ou a recusa, distendendo-o em auxílio calado, exteriorizado, nas diferentes formas da ternura e da gentileza.
Mesmo que também se apresente o grupo familiar dispersivo, agressivo, egoísta, insensível, cabe os pensamentos salutares, trabalho mental no Bem a construir e fixar um campo moral fraterno, compreensivo, de doação ao interesse comum, mediante ao qual, numa ação a se diluir no tempo, esses mesmos Espíritos, um dia buscarão agasalhar-se, despertando para novas etapas de renovação pessoal.
Em meio a tudo isso, o que mais teme o idoso?
Reflita-se que, além da falta de vínculo com trabalho, afastamento de amigos e de colegas, baixa renda, dificuldade de locomoção, limitações no ir e vir, problemas de saúde, fatores que levam a sentir-se inseguro e desprotegido, o maior dos medos, é justamente, a possibilidade de ser rejeitado pela família.
Nas cidades menores, nas famílias fraternas, amigas ou mais simples financeiramente falando, esse medo se ameniza, se dilui, é menor ou inexiste. A situação muda, se agrava, quando esse idoso perde a saúde e necessita de cuidados especiais. Ainda aí, o grupo se une, reveza-se, cuida e não abandona o familiar.
Há que se envidar todas as providências necessárias para o bem-estar, ainda e sempre no amor (zelo, respeito, carinho, atenção, paciência, ternura, afeto, etc., etc.) para que o clima de tranqüilidade e paz seja vivido não só em relação a ele, mas entre todos. Sobretudo é desse clima harmônico que se nutre o Espírito, e este se ressente quando, apesar das atitudes externas, das formas corretas, ele inexiste no fundo, na essência.
É o lar a escola viva da alma e o procedimento de cada um, nas atitudes que exterioriza demonstra o estágio que, espiritualmente falando, cada um se situa.
Daí a importância dessas reflexões, do conhecimento da reencarnação nas bases da família, com pleno exercício da lei do Amor, nos recessos do lar para que realmente este abrigue mentes abertas a se fortalecerem reciprocamente no Bem, nos ideais maiores da vida.
Nos grandes centros ou nas famílias mais complexas, em geral, a situação toma outra característica. Isolamento, insegurança, sensação de fracasso, estorvo, peso, muitas vezes se agiganta, sufocando envolvendo em amargura, desespero e dor.
A falta de sensibilidade a essa realidade, pode refletir-se em atitudes aparentemente normal no entra e sai dos membros da família que ocupados com trabalho ou estudo, desatenciosos ignoram o idoso, até de uma simples conversa, como se, não existindo, ainda incomoda nas perguntas ou interesses de quem se sente vivo e interessado, querendo participar ou entender o ritmo em que se processam agora os negócios, as metas, a realidade. Esse colocar de lado, ostensivo ou não, esse tratar como coisa velha, o idoso que se sente com disposição, com motivação para conversar, questionar, querer saber, se distrair, recordar, sair, relega a desagradável solidão, amargurando as horas na acusação velada, de que se ‘agüenta", tolera-se aí um peso.
Não nos esqueçamos que é nesse grupo familiar que está se desenvolvendo, para o Espírito imortal, a função educativa e regenerativa sempre aliada a outras mentes de idêntico interesse afetivo. Desse modo, o auxílio, a ajuda, o intercâmbio com as inteligências superiores que se consagram a resguardar, inspirar e fortalecer no Bem para fins de progresso, burilamento, coragem e incentivo, dependerão do clima espiritual, mental mantido, sustentado pelos componentes desse grupo familiar.
Caminheiros de muitos caminhos das vidas passadas de todos aqueles que a compõem a "(...) família terrestre é formada assim de agentes diversos porquanto nela se encontram comumente afetos, desafetos, amigos, inimigos, para os ajustes e reajustes indispensáveis ante a lei dos destinos (...) na vivência coletiva visa ela (a família) o aperfeiçoamento das almas (...) visando o aperfeiçoamento geral erigir-se-á sempre a família como educandário da alma (...) é nesse instituto doméstico, nessa organização de origem divina que encontramos os instrumentos necessários ao nosso próprio aprimoramento para edificação do mundo maior (...)".
Sob tão incisivas colocações de oportunidades e responsabilidades mútuas, como alijar do lar o companheiro, pais, avós, familiares que, idosos hoje são sentidos como inadequados aos meus planos pessoais?
Além destas reflexões, facilita entender que o idoso tem necessidades, anseios, desejos como qualquer outro componente do clã, por isso, o respeito ao direito/dever recíproco que se mantém na privacidade de todos em relação a todos.
À medida que esses raciocínios passam a ser discutidos, aceitos e vivenciados, os idosos passam a ser vistos sob nova ótica, apoiados nas suas necessidades sem tolhimento da liberdade de expressão e ação.
Atitudes fraternas, construtivas, positivas, bondade, altruísmo, amor que possibilite crescer através do desenvolvimento de atividades que por mais humilde que possam parecer, ajudarão a que esse Espírito imortal se mantenha tranqüilo, confiante, identificado ou percebendo a mensagem cristã à luz da Doutrina Espírita.
Essa tomada de consciência na sensibilização da família frente aos ideais transcendentes da Vida, se faz imprescindível, no sentido de atender aos idosos melhorando-lhes as condições e qualidade de vida, não apenas no sentido material, mas principalmente no espiritual. Frisa-se que mesmo esse idoso até dê a impressão de nada perceber e até mesmo ser hostil - ainda assim - semear, agir no Bem, oferecer-lhes sempre atenção, firmeza, apoio e até fraternidade através dos sentimentos, pensamentos e possíveis ações.
Quem trabalha e vive com a visão de que somos Espíritos imortais "(...) ama com amadurecimento, plenifica-se com a felicidade do ser amado e beneficia-se pelo prazer de amar".

Bibliografia:

  • O Despertar do Espírito - Joanna de Ângelis - Estudo 8
  • Boa Nova - Humberto de Campos - Estudo 9
  • Família e Espiritismo - Espíritos Diversos
  • Vida e Sexo - Emmanuel - Estudos 2 e 4
  • Momentos de Consciência - Joanna de Ângelis

terça-feira, 9 de agosto de 2011

AGENDA FEB 2012!



DEIXAR A RAIVA SECAR!

 Um amigo me perguntou como eu conseguia  controlar certos sentimentos e reações diante de acontecimentos/pessoas que me causavam de alguma forma desconforto emocional. 
Falei a ele do árduo trabalho de reforma íntima que a Doutrina Espírita propõe a quem quer realmente adota-la . 
Na teoria tudo é muito fácil e colorido. Dar conselhos na vida (ações/reações e atitudes) dos outros é fácil. Dificil é domar estas fragilidades espirituais chamadas: orgulho,melindre,agressividade em nosso dia-a-dia.
É saber que você até tem o direito de sentir raiva mas não tem o direito de descontá-la,derrama-la em ninguém. As vezes, conseguimos,outras não.O importante é não desistir de tentar ser uma pessoa melhor a cada dia.
E  foi com esta história simples que aprendi a deixar a raiva secar.
"A palavra é de prata mas o silêncio é de outro".Se vai dizer algo que possa se arrepender/comprometer , então melhor ficar em silêncio.
Bella Burgos

Deixe Secar!!

Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá, todo  azulzinho, com bolinhas amarelas.
No dia seguinte, Júlia sua amiguinha, veio bem cedo convidá-la para brincar.
Mariana não podia, pois iria sair com sua mãe naquela manhã. Júlia então, pediu a coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá  para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio.
Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga,resolveu  ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme por aquele brinquedo  tão especial.
Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de  chá jogado no chão.
Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada. Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou:
'Está vendo, mamãe, o que a Júlia fez comigo?
Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão'. Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria, ir ao apartamento  de Júlia pedir explicações.
Mas a mãe, com muito carinho ponderou:
'Filhinha, lembra daquele dia quando você saiu com seu vestido novo todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa? Ao chegar em casa você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó
não deixou. Você lembra o que a vovó falou?
Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro.
Depois ficava mais fácil limpar. Pois é, minha filha, com a raiva é a mesma coisa. Deixa a raiva secar primeiro.
Depois fica bem mais fácil resolver tudo.
Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu seguir o conselho da mãe e foi para a sala ver televisão.
Logo depois alguém tocou a campainha.
Era Júlia, toda sem graça, com um embrulho na mão.
Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando: 'Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atrás da gente? Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei. Aí ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado. Quando eu contei para a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você. Espero que você não fique com raiva de mim. Não foi minha culpa.' 'Não tem problema, disse Mariana, minha raiva já secou.' E dando um forte abraço em sua amiga, tomou-a pela mão e levou-a para o quarto para contar a história do vestido novo que havia sujado de barro. Nunca tome qualquer atitude com raiva.
A raiva nos cega e impedem que vejamos as coisas como elas realmente são. Assim você evitará cometer injustiças e ganhará o respeito dos demais  pela sua posição ponderada e correta diante de uma situação difícil.
Lembremo-nos sempre:
Autor Desconhecido.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011


ÁLCOOL E OBSESSÃO


Uma mensagem a todos os membros de SOCORRO À VIDA

Ame-se amando a vida
                                                  

Irmão Saulo

A obsessão mundial pelo álcool, no plano humano, corresponde a um quadro apavorante de vampirismo no plano espiritual. A medicina atual ainda reluta - e infelizmente nos seus setores mais ligados ao assunto, que são os da psicoterapia - em aceitar a tese espírita da obsessão. Mas as pesquisas parapsicológicas já revelaram, nos maiores centros culturais do mundo, a realidade da obsessão. De Rhine, Wickland, Pratt, nos Estados Unidos, a Soal, Carington, Price, na Inglaterra, até a outros para-psicólogos materialistas, a descoberta do vampirismo se processou em cadeia. Todos os parapsicólogos verdadeiros, de renome científico e não marcados pela obsessão do sectarismo religioso, proclamam hoje a realidade das influências mentais entre as criaturas humanas, e entre estas e as "mentes desencarnadas".
Jean Ehrenwald, psicanalista, chegou a publicar importante livro intitulado: Novas Dimensões da Análise Profunda, corroborando as experiências de Karl Wick-land em Trinta Anos Entre os Mortos. Koogan, na Europa de hoje, acompanhado por vários pesquisadores, efetuou experiências de controle remoto da conduta humana pela telepatia, obtendo resultados satisfatórios. Tudo isso nada vale para os que se obstinam na negação pura e simples, como faziam os cientistas e os médicos do tempo de Pasteur em relação ao mundo bacteriano.
As quadras de Cornélio Pires sobre a obsessão alcoólica não são apenas uma brincadeira poética. Elas nos mostram - num panorama visto do lado oculto da vida - a própria mecânica desse processo obsessivo. Espíritos inimigos, (que ofendemos gravemente em existências anteriores), excitam-nos o desejo inocente de "tomar um trago". Aceitamos a "idéia maluca" e espíritos vampirescos são atraídos pelas emanações alcoólicas do nosso corpo. Daí por diante, como aconteceu a Juca de João Dório, "enveredamos na garrafa" e vamos parar no sanatório. Os espíritos vampirescos são viciados que morreram no vício e continuam no mundo espiritual inferior, aqui mesmo na Terra, buscando ansiosamente os seus "tragos". Satisfazem-se com as emanações alcoólicas de suas vítimas e continuam a sugá-las como vampiros psíquicos.
Nas instituições espíritas bem dirigidas esse processo é bastante conhecido, e são muitos os infelizes que se salvam após um tratamento sério. Nos hospitais espíritas as curas são numerosas. Veja-se a obra do Dr. Inácio Ferreira: Novos Rumos à Medicina, relatando as curas realizadas no Hospital Espírita de Uberaba. Não é só a obsessão alcoólica que está em jogo nos processos obsessivos. Os desvios sexuais oferecem um contingente talvez maior e mais trágico do que o do álcool, porque mais difícil de ser tratado.
Tem razão o poeta caipira ao advertir que "álcool, para ajudar, é cousa de medicina". Só nas aplicações médicas o álcool pode ser usado como remédio. Mas temos de acrescentar, infelizmente, que os médicos de olhos fechados para a realidade espiritual não estão em condições de atender aos casos de alcoolismo. Os grupos espíritas e as associações alcoólicas obtêm resultados mais positivos, quando em tratamentos bem dirigidos.

"Diálogo dos Vivos", Irmão Saulo, Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires, Espíritos Diversos.

Beijos de luz.
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