Nossa
mente é como uma casa.
Pode ser grandiosa ou pequenina, suja ou cuidadosamente limpa. Depende de nós.
Você já observou como agimos
com relação aos pensamentos que cultivamos?
Em geral, não temos com a
mente o cuidado que costumamos dispensar aos ambientes em que vivemos ou
trabalhamos.
Quem pensaria em deixar sua casa ou escritório cheio de
sujeira, acumulando lixo ou tomado por ratos e insetos?
Certamente ninguém.
No entanto, com a casa mental somos
menos atenciosos. É que permitimos que pensamentos infelizes e maus sentimentos
encontrem morada em nosso coração.
E como fazemos isso?
Agimos assim quando
permitimos que tenham livre acesso às nossas mentes os pensamentos de revolta,
inveja, ciúme, ódio.
Ou quando cultivamos desejo
de vingança, rancor e infelicidade.
Nesses momentos, é como se
enchêssemos de sujeira a mente. Uma pesada camada de pó cobre a alegria e
impede que estejamos em paz.
Além da angústia que traz, a
mente atormentada influencia diretamente o corpo, acarretando doenças e
sofrimentos desnecessários.
E pior: contribui para o
isolamento.
Sim, porque as pessoas
percebem quando não estamos bem espiritualmente.
O azedume de nossas
palavras, o rosto contraído, tudo faz com que os outros desejem se afastar de
nós, agravando nossa infelicidade.
E o que fazer para impedir
que isso aconteça?
A resposta foi dada por Jesus: Orar e vigiar.
A vigilância é essencial
para quem deseja a mente saudável.
Nossa tarefa é observar cada
pensamento que se infiltra, analisar a natureza dos sentimentos que surgem.
E, principalmente, estar
alerta para arrancar como erva daninha tudo o que possa nos prejudicar.
Dado esse primeiro passo que é a vigilância, é importantíssimo
estar atento para a segunda recomendação de Jesus: a oração.
Quando identificamos dentro
de nós os feios sentimentos, as más palavras e os pensamentos desequilibrados,
sempre podemos recorrer à oração.
A prece é um pedido de
socorro que dirigimos ao Divino Pai. Quando nos sentimos frágeis para combater
os pensamentos infelizes, é hora de pedir auxílio a Deus.
É tempo de falar a Ele sobre
a fraqueza que carregamos ou a tristeza que nos abate. É o momento de pedir
força moral.
E o Pai dos Céus nos enviará
o auxílio necessário.
Mas… de nossa parte, é
importante não haver acomodação. É preciso trabalhar para ser merecedor da
ajuda que Deus nos manda.
Como fazer isso? Contrapondo
a cada mau pensamento os vários antídotos que temos à nossa disposição: as boas
atitudes, o sorriso, a alegria, as boas leituras.
Em vez da maledicência, a
boa palavra, as conversas saudáveis.
No lugar da crítica ácida,
optar pelo elogio ou pela observação construtiva.
Se surgir um pensamento
infeliz, combatê-lo com firmeza.
* * *
Não se deixe escravizar.
Se alguém o ofender ou fizer
mal, procure perdoar, esquecer. E peça a Deus a oportunidade de ser útil a essa
pessoa. Não esqueça: todo dia é excelente oportunidade para iniciar a
limpeza da casa mental. Comece
agora mesmo.
Redação do Momento
Espírita.
Disponível no CD
Momento Espírita, v.13, ed. Fep.
Em 13.07.2009.
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