Perdoar
significa não sofrer
Os benefícios que a resiliência traz
para nossa saúde física e mental
Muitas vezes não perdoamos porque
acreditamos que o perdão contribui para a injustiça. Quem causa dano não merece
perdão, pensamos. Se perdoarmos, voltarão a nos ferir, vão se aproveitar da
“nossa nobreza”. Às vezes, o desgosto com os prejuízos e as ofensas não se
reduz nem com o passar do tempo.
Não perdoamos ninguém. Nem sequer a nós mesmos.
Guardamos a ferida dentro da alma como um tesouro precioso, para tirá-la da memória de vez em quando e fitá-la, absortos, como se fosse um álbum de fotografias, uma jóia de vitrine. Nesse momento, passamos outra vez pela mente o filme triste do episódio imperdoável e o revivemos. O desgosto com o passado se alimenta de grandes porções do presente. Eis aí o rancor.
Guardamos a ferida dentro da alma como um tesouro precioso, para tirá-la da memória de vez em quando e fitá-la, absortos, como se fosse um álbum de fotografias, uma jóia de vitrine. Nesse momento, passamos outra vez pela mente o filme triste do episódio imperdoável e o revivemos. O desgosto com o passado se alimenta de grandes porções do presente. Eis aí o rancor.
Mas, na verdade por que valeria a pena perdoar?
Só por uma questão religiosa, por puro altruísmo? Em um mundo tão absolutamente cruel em tantas ocasiões, há alguma questão que seja impossível de desculpar?
Só por uma questão religiosa, por puro altruísmo? Em um mundo tão absolutamente cruel em tantas ocasiões, há alguma questão que seja impossível de desculpar?
No guia O poder do perdão, de Fred
Luskin, explica que os problemas não solucionados são como aviões que voam dias
e semanas sem parar e sem pousar, consumindo recursos que podem ser necessários
em caso de emergência. “Os aviões do rancor se convertem em fonte de estresse
e, muitas vezes, o resultado é um choque”, “Perdoar é a tranquilidade que se sente
quando os aviões pousam.”
Segundo o especialista, perdoar não é
aceitar a crueldade, esquecer que algo doloroso aconteceu nem aceitar o mau
comportamento. Também não significa reconciliar-se com o agressor. “O perdão é
para nós, não para quem nos ofendeu”
Não desperdiçam energia valiosa
enredando-se em fúria e dor quando nada se pode fazer. Ao perdoar, admitimos
que nada se pode fazer pelo passado, e isso permite que nos libertemos dele.
Perdoar ajuda os aviões a pousar para que sejam feitos os ajustes necessários.
O perdão serve para relaxarmos e não significa que o agressor “se dê bem”, nem
que aceitamos algo injusto. Ao contrário, significa não sofrer eternamente pela
ofensa ou pela agressão.
“Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos quem nos tem
ofendido”
Jesus de Nazaré no Pai Nosso
Jesus de Nazaré no Pai Nosso
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