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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Etapas da Transformação Interior do Espírita – 3º ETAPA - 16/03/11

Essa é a etapa em que começamos a olhar para dentro com mais intensidade, porque iniciamos a elaboração da vida emocional com mais foco. Mais do que conhecimento, nessa etapa importa-nos o que sentimos. Damos mais valor às vivências internas do que às atividades de movimentação exterior. Começamos a perceber que tarefa, conhecimento espírita, tempo de Espiritismo, cargos ou bagagem doutrinária não são suficientes para nos trazer o bem-estar íntimo por automatismo. 
É uma etapa de muita coragem porque temos que nos desnudar para nós mesmos. Começar a entender bem a razão emocional de nossas ações, de nossos pensamentos e de nossas escolhas. É o momento que sentimos uma dor psicológica muito intensa, a dor do crescimento. E junto dela, na maioria dos casos, vem a dor adicional do martírio porque ainda não sabemos como gerenciar esse mundo emotivo.
Temos uma abertura para sentir nossas imperfeições, porém, ainda não temos a competência para saber o COMO FAZER para direcioná-las a algo melhor. 
As nossas organizações espíritas não estão preparadas e, portanto, não estão preparando-nos para essa experiência. Ainda se trata muito pouco sobre esse o COMO nos nossos estudos doutrinários. Literaturas como as de Joanna de Angêlis, Hammed, Ermance Dufaux e outros autores espirituais tem sido de grande ajuda nesse desafio. 
Vou chamar essa etapa de reconhecimento emocional das imperfeiçoes. Algumas pessoas, ao entrarem para o Espiritismo, saltam muito rapidamente para essa 3º fase. Outros, como disse no primeiro artigo da série, podem passar uma vida inteira nesse reconhecimento emocional das suas imperfeições e gerarem uma terrível baixa autoestima. Aliás,tenho motivos de sobra para acreditar que aqui se situam a grande maioria de nós espíritas. Projetamos muito, sabemos muito e já começamos a progredir interiormente, embora sem habilidades suficientes para sabermos o que fazer com o que descobrimos sobre nós próprios.
Assim sendo, tornamo-nos nossos inimigos. Agredimo-nos por descobrir a nossa sombra interior. Queremos anular uma parte nós por não sabermos o que fazer com ela. Há uma exagerada fixação nas deficiências, nas doenças espirituais.  Há um traço acentuado desse estado emocional em nossa comunidade. É uma fase de cobranças muito violentas e de conflito. Infelizmente, a própria linguagem usada em nossos ambientes fortalece nossa decepção conosco e aumenta o medo que devemos ter de certos comportamentos.
Exemplo disso: as frases que expressam nossas dívidas do passado ou o medo que nos é passado sobre condutas como elogio, dinheiro, beleza e sexualidade.
Não somos educados para saber como ser espíritas de verdade, autênticos. Somos treinados para adotar condutas que foram exemplificadas por grandes líderes espíritas do passado que se aqui estivessem renascidos teriam novas condutas, estou convicto.
Não somos educados para saber o que tirar dos grandes exemplos destes líderes e fazer a nossa adeguação, todavia, somos treinados para ser igual a eles.
Daí surge o senso de imitação doentio que faz com que muitos companheiros de ideal, neguem a sua luz pessoal, para terem exito nos estilos de outros bem sucedidos trabalhadores da causa. São cópias de estilo que estrangulam a singularidade, a criatividade e, sobretudo, a naturalidade.
O futuro acena para a singularidade humana e não para cópias. O importante é florirmos onde e como somos chamados. Quanto mais padrão, menos legitmidade. Quanto mais uniformidade, menos criatividade. Quanto mais normas, menos autenticidade.
Reconhecer as imperfeições através do autoconhecimento é o primeiro grande passo de progresso na reforma interior. Contudo, quando usamos autoconhecimento para nos massacrar isso não está em sintonia com a proposta de desenvolvimento moral e espiritual à luz do Evangelho e do Espiritismo.
Diante deste quadro de nossas necessidades, mais que nunca mexemos com nossas feridas sem saber o que fazer com a dor provocada.
Por essa razão, até que nosso centros espíritas se tornem núcleos de educação para sabermos como desenvolver a nossa parte luminosa, teremos que recorrer à terapia, à ajuda profissional e a outros caminhos que nos auxiliem a avançar para a 4º etapa de nossa renovação, o desenvolvimento da habilidade de contato com a nossa sombra para aprender como dela extrair diamantes luminosos, que foram depositados em nós por Deus.
Se você tiver alguma pergunta sobre sobre o tema, vá ao MENU PERGUNTE-ME aqui em meu blog. Vamos aprender juntos e intercambiar nossas vivências. Um abraço.

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