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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Etapas da Transformação Interior do Espírita – 1º ETAPA


Sem  desejar fechar o assunto, farei algumas anotações práticas sobre os ciclos da transformação pessoal, recordando que para cada pessoa essas etapas vão variar em detalhes e conjugar fatores que são inerentes à singularidade de cada criatura. Por essa razão, podemos encontrar as mais infinitas variações no tema, mesclando elementos de uma com outra etapa ou, até mesmo, “queimar” algumas delas.Lembremos, portanto, que as seis etapas são dinãmicas e interagem entre si.
Minhas anotações serão construídas em 6 artigos aqui no blog até concluir a última das etapas que serão assim divididas:
1º ETAPA – Projeção tóxica e auto-obsessão
2º ETAPA – Identificação intelectual das imperfeições
3º ETAPA – Reconhecimento emocional das imperfeições
4º ETAPA – Desenvolvimento da habilidade de contato com a sombra
5º ETAPA – Renovação de atitudes
6º ETAPA – Singularidade
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Começemos!

A projeção é um mecanismo psicológico que mais frequentemente pode ser observado em pessoas que desenvolvem um forte desejo de mudança e tomam contato com o Espiritismo.
Nesse etapa, quase sempre há uma procura pela doutrina devido ao sofrimento, curiosidade ou despertamento pessoal e, seja por qual for o motivo, ainda não existe uma abertura mental amadurecida para absorver as verdades espirituais com incondicional inclusão de si próprio nos ensinos que são aprendidos.
Vou usar daqui para frente o “nós” para falar com mais naturalidade do tema. 
Nessa etapa é comum nos encantarmos com os ensinos espíritas, com os tarefeiros e com a energia do ambiente do Centro Espírita. Deslumbrados ou simplesmente tocados por tudo isso, começamos a experimentar uma forte motivação para estar nas reuniões, ler os livros, conversar sobre os assuntos, enfim, nos alimentarmos com o que está nos fazendo bem. 
Porém, o vislumbre saudável com a nova odem de idéias acarreta uma sutil experiência para a vida interior. As orientações começam a nos incomodar quando percebemos que estamos distantes das propostas espíritas-cristãs. Sentimos vergonha, medo e, por fim, criamos um clima de tensão emocional resultante do conflito entre o que estamos aprendendo e o que sentimos e vivemos.
Esse quadro mental para cada pessoa pode durar meses, anos, décadas e até mesmo reencarnações. Tudo depende do nível de maturidade individual e da forma como vamos lidar com todas essas situações na vida interior, a partir da intensidade do CONFLITO que se desenvolverá.
A atitude mais habitual de defesa diante dessa turbulência emocional é a camuflagem, isto é, a adoção de máscaras com as quais possamos, consciente ou inconscientemente, continuar nossa socialização no grupo que participamos e conseguir uma mínima taxa de auto-aceitação diante do que estamos experimentando nas emoções.
Com o tempo, porém, tais máscaras perdem o seu efeito de mecanismo protetor para constituirem conflitos exaustivos que podem trazer o desânimo e a aflição. O desânimo por não darmos conta de ser quem gostaríamos de ser e a aflição por sermos quem somos. É com base nesse quadro mental que surgem os mais conhecidos quadros de auto-obsessão.
Devido a essa intensa pressão interior, a projeção torna-se um mecanismo de fuga. É bem mais fácil ver o problema no outro, na família, nos colegas de trabalho, nos ambientes e até nos obsessores. Costuma ser a etapa que temos mais dificuldade para assumir responsabilidade sobre o que parte de nós.
Por conta dessa projeção tóxica começa um outro mecanismo cujo propósito é a defesa da vida psicológica: a idealização. Idealizamos o mundo e as pessoas em padrões fechados e alicerçados nas nossas concepções rigorosas de Espiritismo e de vida. Começamos a dizer para os outros o que é a verdade. Temos a nítida sensação de que achamos o caminho da existência e temos que salvar o mundo... Evidentemente, para cada pessoa isso toma uma proporção chegando muitos aos extremos doentios nessa atitude.
Essa idealização torna-se uma verdadeira fascinação do pensamento e a projeção mais comum é o que Ermance Dufaux chama de “síndrome de além-túmulo”, em seu livro “Mereça ser Feliz”. Projetamos o que há de mais essencial, ou seja, a vida com todas as suas implicações e relações, para o mundo espiritual. Vivemos, escolhemos e fazemos tudo pensando em como vamos chegar do lado de lá. Uma das mais tóxicas e milenares projeções dos religiosos de todos os tempos.
Muitos de nós podemos passar uma reencanração inteira nesse quadro, porque não damos conta ou não queremos avançar. Isso depende do desenvolvimento e da escolha pessoal.
Nesse quadro psíquico a cooperação nas atividades espíritas é superdimensionada e construímos um juízo ilusório sobre a importância pessoal. Quanto mais absorvemos a literatura e as informações sobre a vida espiritual, mais dilata-se a sensação de grandeza e superioridade moral. Entretanto, enquanto essa doença agrava-se, cada vez mais nos distanciamos dos nossos verdadeiros sentimentos. É a isso que os amigos espirituais chamam de “Espiritismo na cebeça e distante do coração”. É uma congestão de conhecimento espírita que não ajuda em nada ou quase nada para nossa paz interior, tão somente pelo fato de não termos sido orientados sobre como usar a informação para alcançar a transformação.
Esse comportamento projetivo é histórico na comunidade espírita. Na verdade, ele faz parte da história da religião na Terra. Sendo assim, o próprio formato como a grande maioria dos núcleos espíritas se organizaram, é um estimulador dessa doença que, infelizmente, cria condições para a falsidade e a arrogância nas relações humanas.
É por isso que uma das experiências mais comuns estão acontecendo na convivência entre espíritas: a mágoa. O castelo de ilusões que são construídos uma hora despenca e surge a decepção, a raiva criando o clima da mágoa pelas expectativas não atendidas.
Aliás, se tem um traço psicológico que marca essa etapa é a ilusão. Iludir-se é acreditar nas coisas ou nas pessoas construindo uma percepção irreal de todas elas. Acreditamos que algo ou alguém é de um jeito e nos apegamos naquilo. Depois, a realidade nos mostra outra perspectiva e isso é bem difícil de aceitar. Surgem muitas ilusões quando entramos para o Espiritismo. Algumas delas permanecem por longo tempo dependendo da maturidade individual.O que fazer para sair dessa etapa?  
Acho que só terei algumas considerações sobre essa pergunta quando for falar da 3º etapa, porque na 2º etapa existe ainda um efeito nocivo dessa projeção que vamos abordar no segundo artigo da série.
Se você tiver alguma pergunta sobre sobre o tema, vá ao MENU PERGUNTE-ME aqui em meu blog. Vamos aprender juntos, intercambiar nossas vivências e tomar aquele cafezinho. Um abraço.

Em http://www.wanderleyoliveira.blog.br/artigos/etapas-da-transformacao-interior-do-espirita-%E2%80%93-1-etapa-23/02/11

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