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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Etapas da Transformação Interior do Espírita - 4ª ETAPA - 30/03/11


Antes de qualquer palavra, vamos deixar bem definido o conceito de sombra, um termo técnico da psicologia junguiana.

“É a parte da personalidade que é por nós negada ou desconhecida, cujos conteúdos são incompatíveis com a conduta consciente.” -(trecho extraído da obra “Psicologia e Espiritualidade” do escritor espírita e psicólogo Adenáuer Novaes)

A sombra é a aquela parte de nosso inconsciente que desconhecemos, para a qual são destinados todo o conteúdo psíquico que não conseguimos elaborar conscientemente. A sombra tem também valores, talentos, vocações e não significa algo “tenebroso ou escuro”, mas algo desconhecido.

Apesar de encontrar-se no inconsciente, seu poder de influência e ação na nossa vida consciente é maior que podemos imaginar. É nessa sombra que está nosso “homem velho”, nossas tendências e nossos hábitos que necessitam ser superados.

Agora, voltemos a sequência de nossos artigos.

Na 1ª etapa temos a necessidade de mudança que comanda o interesse em fazer algo diferente (isso cria desconforto). Na 2ª etapa é o conhecimento que predomina incentivando a crítica na busca do que fazer (isso gera cobrança e conflito). Na 3ª etapa é a angústia de reconhecer seu interior diante do autoenfrentamento (angústia de se entender). E, agora, na 4º etapa surge a habilidade decorrente do autoenfrentamento. Essa habilidade consiste no COMO eu preciso fazer para que a minha angústia de renovar se torne uma realidade ou como transformar minha angústia em mudança.

Como as etapas são todas encadeadas e dinâmicas, com interação entre si, é importante destacar que a habilidade desenvolvida nessa 4ª etapa é comprovada por meio da renovação de atitudes criando um sentimento de bem-estar, alcançando, portanto, a 5ª etapa. Quando surge esse sentimento percebemos que estamos lidando bem com o que acontece em nosso interior e vamos entendendo melhor esse COMO fazer.

A angústia presente na 3ª etapa torna-nos uma pessoa muito cinestésica, ou seja, muito focada no que sentimos. Isso é fundamental aqui na 4ª etapa, porque de tanto se esforçar por entender a nós mesmos desenvolvemos a habilidade de gerenciamento da sombra.

O conjunto desse desenvolvimento interior denominamos inteligência emocional.

Vamos anotar de forma bem prática algumas habilidades que são indicadoras de inteligência emocional, para que tenhamos uma noção sobre como é importante essa capacidade de gerir a vida interior:

  • Saber DENOMINAR as emoções. Conhecimento ampliado do que significa e como denominar cada sentimento em si mesmo.
  • Uma AUTOPERCEPÇÃO real de si mesmo resultante do autoenfrentamento.
  • AUTOMOTIVAÇÃO persistente diante de frustrações e obstáculos da vida. A pessoa encontra força dentro de si para caminhar sem desânimo e com bom humor.
  • CONTROLE consciente sobre impulso antes não detectados e nem sob domínio.
  • Foco mental no PRESENTE sem ânsia pelo resultado ou gratificação pelas realizações pessoais ou sociais.
  • Capacidade de destacar os talentos alheios. Uma grata disposição para ver somente o lado bom da vida e de todos com muita EMPATIA na relação.
  • Abertura para críticas. Um acolhimento afetuoso diante de reprovações porque a pessoa tem um JUÍZO SÓLIDO de si.

Essas e muitas outras características de inteligência emocional nos capacitam para saber O QUE e COMO fazer com o “homem velho”, a nossa sombra interior.

Recordando um aspecto importante, a sombra não contém apenas elementos inconscientes prejudiciais. Nela também encontramos qualidades, talentos e vocações.
A reforma íntima não significa apenas tirar algo ruim de nós e colocar algo melhor no lugar, mas descobrir o que de bom já está em estado adormecido na intimidade profunda. Ter consciência de valores que podemos educar.
Com inteligência emocional seremos compassivos com nossas tendências, usaremos de autoamor para construir o homem novo. E amor a si é a primeira condição de saúde mental e espiritual para realizar qualquer movimento de crescimento. Com estima a si, avançamos dentro da realidade. Quando brigamos conosco “avançamos” com ilusões.
O que fomos um dia faz parte do patrimônio de nossa evolução. Se eu abortei, matei, traí, fui desonesto, enfim, se perdi oportunidades, tenho que olhar com sabedoria e perdão para esse meu passado. Entender que naquele momento era o que eu queria ou podia fazer. Agora que tenho um novo conhecimento surge a culpa e ela existe para que saibamos como nos posicionar em relação às crenças que temos, inclusive as crenças sobre o nosso passado.
Se eu renasço com carência afetiva, isso, sem dúvida é um carma. Todavia, o carma existe para fazer progredir e não para passar por uma dor que fizemos alguém passar. Essa noção tóxica de carma é idolatrada pelos inimigos do bem nas organizações da maldade no astral (vide “Os Dragões” de Maria Modesto Cravo – Editora Dufaux). Eu venho então com uma prova como a carência para APRENDER E EDUCAR na sua superação. Cada um de nós terá um ponto central a desenvolver e uma vocação particular a aprimorar.
Somente quando reunimos melhores habilidades para gerir esse mundo emotivo e todas as suas peculiaridades é que também arregimentamos poder transformador das atitudes, tema que será a nossa 5ª etapa na série de artigos.

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