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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Etapas da Transformação Interior do Espírita - 5ª Etapa - 06/04/11




A renovação de atitudes acontece de forma expressiva quando soubermos gerenciar com habilidade o que está dentro de nós, assunto abordado na etapa anterior.
Querer fazer reforma no comportamento sem aprender lidar com a sombra é querer queimar uma etapa natural no processo de crescimento espiritual. Quanto mais aprendemos sobre as forças inconscientes, mais poder de renovação adquirimos.
Quando estamos em paz com nossa sombra, surge a serenidade e, através dela, reunimos melhores condições para três atitudes básicas para nos transformar:
1)    Fazer escolhas mais conscientes;
2)    Adiar gratificações sem tombar nas ilusões que nos atraem;
3)    Ser mais adequado em nossa conduta em cada situação que a vida nos apresenta.
A atitude renovada é fruto de uma coerência entre PENSAR, SENTIR e FAZER.
Uma pessoa em paz interior está mais protegida das atitudes de irritação, impulso, desonestidade, infidelidade, desrespeito, abuso, vingança, ambição e outras tantas ações que são manifestações perturbadoras de nosso equilibrio.
Kardec foi brilhante ao conceituar: “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.” – O Evangelho Segundo o Espiritismo – capítulo XVII – item 4.
A transformação interior é individual, processual e singular. Violentar esses quesitos é abrir caminho para a hipocrisia. Por essa razão será muito valoroso que nossas comunidades se organizem com muito respeito e sinceridade uns com os outros, para não darmos mais valor a padrões de ser espírita do que à autenticidade que cada um é portador.
Vamos ilustrar o assunto tomando por base cada etapa já descrita nos ARTIGOS ANTERIORES. Acredito que será a melhor forma de entender essa 5º etapa e aproveitar para rever as demais.
Suponhamos que uma pessoa renasce com uma forte carência afetiva e toma contato com o Espiritismo. Vamos ver essa situação em cada etapa até à renovação de atitudes?
1º ETAPA – PROJEÇÃO TÓXICA E AUTO-OBSESSÃO
Habitualmente, essa pessoa carente chega à doutrina muito sofrida. Foi mau amada ou desamada pelos pais ou por um dos dois. Já desde criança sente-se rejeitada, agredida e vítima. Ao encontrar a doutrina, fará fortes projeções nos pais, nos colegas de trabalho e nos relacionamentos afetivos acerca de sua dor. Por meio das palestras, começará a cogitar que foram pessoas que ela lesou no passado e que hoje voltam ao seu lado, mas mesmo aqui há uma projeção, isto é, elas voltam ao lado para cobrar ou para vingar na sua percepção. Essa criatura ainda não se vê dentro do processo e nem tem sua mágoa e sentimento de rejeição amenizados por esse conhecimento espírita que lhe é transmitido.
2º ETAPA – IDENTIFICAÇÃO INTELECTUAL DAS IMPERFEIÇÕES
Essa pessoa sofrendo de carência afetiva começa a entender mais sobre seu drama e admite intelectualmente que também ela, de alguma forma, pode ter feito algo para merecer suas dificuldades. Ainda assim, por conta da projeção psicológica intensa, joga o assunto para as outras reencarnações e quando consegue um pouco de coragem para falar de sua responsabilidade no presente, assume sua postura de vítima da vida.
3º ETAPA – RECONHECIMENTO EMOCIONAL DAS IMPERFEIÇÕES
Importante frisar que as conjecturas intelectuais que a pessoa faz com o novo conhecimento espírita nem sempre ameniza sua dor que, em verdade, é totalmente emocional. A doutrina pode lhe ter explicado as razões da dor mas ela ainda não aprendeu o que fazer com sua dor. Uma coisa é você saber o PORQUE DA DOR e outra muito diferente é saber PARA QUE A DOR, ensina-nos Ermance Dufaux, em seu livro “Prazer de Viver”. Nesse estágio a pessoa já está esgotada de ser agredida, lesada e com um ardente desejo de ser amada e de amar. Por fim, exaurida, ela começa a desejar dar um fim em sua situação. Ela começa a dizer: “chega! Ou eu mudo isso, ou já vi que ninguém fará isso por mim!” É aqui se inica a reforma. A criatura assume pelo coração que está em sua mão dar direção consciente à sua existência. Chama para si a tutela do seu destino. E isso acontece em nível emocional. Quando há essa postura, abre-se um caminho novo de vivências rumo à libertação. Ao mesmo tempo, intensifica o sofrimento porque está fazendo o autoenfrentamento. É aqui o momento certo para uma terapia e o pedido urgente de socorro.
Apenas um dado importante que tenho observado como terapêuta: cada pessoa em sua vida tem um trajeto pessoal, mas costumeiramente essa  3ª etapa, em boa parte das pessoas, acontece lá pelos 30 a 40 anos, tenha ela ou não o conhecimento da doutrina. Por isso, essa idade cronólogica se torna a idade dos medos. A pessoas está cortando o “cordão umbilical” com o que ainda a impossibilita de ser quem é. Isso da muito medo. Medo de estar tomando decisões erradas ou de estar obsidiada. Medo de ferir quem ama. Medo de mudar e tantos outros medos. No caso do espírita, esse medo está, sobretudo, em olhar com autenticidade para aquilo que sente e se perguntar o que quer fazer com aquilo. Há uma repressão assustadora em nossas ações de esclarecimento doutrinário em torno deste assunto. É uma pena! Isso é que estimula e favorece a falsidade...
4º ETAPA – DESENVOLVIMENTO DA HABILIDADE DE CONTATO COM A SOMBRA
Se a pessoa carente resolve determinadamente manter sua busca, mesmo em meio à dor intensa, ela vai aprendendo como agir consigo mesma. Desenvolve a habilidade do autoconhecimento e, por consequência, a capacidade de entender seus sentimentos e as motivações que lhe fazem sentir tanta carência. Ela se tornará mais serena e isso lhe permitirá vigiar mais as suas escolhas. Ela perceberá que precisará de um período de “silêncio afetivo”, isto é, parar de se entregar ào suposto amor que os outros lhe oferecem. Pessoas carentes tem uma campo energético propício para atrair agressores, exploradores, inseguros e acomodados que usam a palavra amor para esconder interesses infelizes. Não é por outro motivo que tantos relacionamentos deterioram de uma hora para outra.
5º ETAPA – RENOVAÇÃO DE ATITUDES
Depois de muita dor e orientação emocional, o carente passa a farejar esse tipo de energia em si e nos outros. Isso mudará completamente sua atitude. Aqui sim começa a renovação de atitudes.
Via de regra, o grande trabalho que uma pessoa carente terá que construir é o do amor que necessita expressar a si mesmo, em primeiro lugar. Quando uma pessoa carente se achar uma boa companhia a si mesmo, começa esse autoamor.
Gostar de si será a mudança de conduta que liberta da carência afetiva, porque uma pessoa que mendiga o amor dos outros detesta a si própria.
Se você tiver alguma pergunta sobre sobre o tema, vá ao MENU PERGUNTE-ME aqui em meu blog. Vamos aprender juntos e intercambiar nossas vivências. Um abraço.

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