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segunda-feira, 1 de junho de 2015

A VIAGEM


por Eliseu Florentino da Mota Junior

Quando vai realizar uma simples viagem a um país estrangeiro, uma pessoa dotada e um mínimo de ordem e previdência tomará algumas medidas e precauções para evitar contratempos e dissabores. Assim, após providenciar o passaporte e o necessário visto de entrada naquela nação, ela vai procurar saber qual a estação do ano e a temperatura reinante, a língua ali falada, a moeda circulante e outras informações dessa natureza.
De posse desses dados, ela cuidará das passagens, da sua bagagem e de deixar todos os compromissos na pátria de origem devidamente organizados, para que os seus parentes e amigos não sejam perturbados por credores e outras contrariedades.
Tudo isso ela fará sem ter certeza de que concretizará a viagem, porquanto um obstáculo imprevisível poderá impedi-la de viajar.
Entretanto, para a grande viagem, a viagem que todos faremos, ou seja, para a morte, poucas pessoas estão preparadas, raras são as que procuram saber as condições de tempo e de espaço, o clima, a língua, a moeda, os meios de transporte, a alfândega e todos aqueles detalhes necessários para a viagem ao mundo espírita, ou mundo dos Espíritos, de onde viemos e para onde vamos retornar a qualquer momento.
Foi pensando nisso que resolvemos convidar o leitor para uma viagem imaginária ao mundo espírita, fazendo uma analogia com uma viagem aqui no mundo físico. Vamos nessa?

Os preparativos
Antes de mais nada, convém não esquecer que essa viagem terá início sem aviso prévio, de modo que a bagagem deverá estar sempre pronta, porquanto quando nascemos já recebemos a passagem de volta. Assim, é bom deixar todos os nossos papéis, contas e demais compromissos em ordem, para não amolar os que não irão conosco.
A moeda circulante no mundo espiritual é constituída pela inteligência, pelos conhecimentos e pelas qualidades morais, de acordo com o Espírito Pascal ("O Evangelho segundo o Espiritismo", Cap. XVI, Item 9). Serão estes recursos que nos garantirão um alojamento em um hotel de cinco, quatro, três, duas, ou apenas de uma estrela, ou um aposento de péssima categoria, ou, o que é ainda pior, o abandono pelas ruas, debaixo de pontes e entre malfeitores.
Esta será também a nossa única bagagem, pois de nada mais iremos precisar no nosso destino. Desse modo, cada um levará o que possuir daqueles valores.
Como os Espíritos se utilizam do pensamento para a comunicação, será ótimo que desenvolvamos o hábito de pensar muito, não esquecendo que desde já os nossos pensamentos são lidos pelas entidades desencarnadas, que são atraídas de acordo com a qualidade desses pensamentos. Serão estes Espíritos, afinizados conosco, que estarão nos esperando na chegada ao mundo espiritual. Como será ela? Vejamos a seguir.
A chegada
Vamos comparar a nossa chegada no mundo dos Espíritos a uma chegada em um movimentado terminal aqui da Terra, seja ele uma estação rodoviária, ferroviária, do metrô ou ainda um aeroporto; as circunstâncias em todos eles são muito semelhantes. Com efeito, quando vamos embarcar ou quando acabamos de desembarcar em uma grande cidade, na qual estivemos apenas uma vez ainda na infância, se não tivermos alguém à espera e que conheça o local, vamos ter muitas dificuldades com as informações sobre os meios de transportes, hotéis, e se for em um país estranho, teremos ainda as complicações decorrentes da linguagem e da utilização da moeda.
Algo análogo acontece nessa nossa viagem. Neste exato momento (olhe o seu relógio), milhões de pessoas estão desencarnando, isto é, estão desembarcando no mundo dos Espíritos, e ali estamos nós, na nossa viagem imaginária. Olhamos para cá e para lá: ninguém conhecido se aproxima... Espíritos em tudo semelhantes a pessoas encarnadas, usando a roupagem perispiritual, circulam, passam por nós, afastam-se, cada um cuidando de sua própria vida. Ah! Por que não nos preparamos melhor para a viagem? Onde está o balcão de informações? Lá vem agora o oficial da alfândega! Certamente vai nos perguntar quem somos, de onde viemos e o que estamos fazendo aqui! E agora?
Nesse exato momento se aproxima uma pessoa gentil, que se oferece para nos ajudar e se identifica. É o nosso anjo guardião, aquele mesmo de quem tantas vezes ouvimos falar e a quem pouco valor demos. Mas ele não parece importar-se com a nossa ingratidão. Conversa com o oficial alfandegário, que se afasta meio desconfiado. Agora o guardião fica a sós conosco e tenta nos acalmar.
Ele tem enorme dificuldade para nos explicar que já estamos no plano espiritual, que atravessamos a "fronteira de cinzas" e que deveremos nos ambientar na nova vida. Diante da nossa perplexidade, ele nos toma pelo braço, a fim de nos afastarmos do ponto de chegada, onde vários Espíritos já nos olham com curiosidade. Eles sabem que somos recém-chegados! O que vai nos acontecer em seguida?

Como é a vida no mundo espiritual
Os Espíritos dizem que, para nos informarem acerca das condições de vida no mundo em que estão, encontram o obstáculo de um indígena que, tendo realizado uma visita à civilização, tenta, ao retornar à tribo, explicar aos seus parentes e amigos as conquistas que viu, como, por exemplo, a televisão, o telefone, o fax, etc. Ou, ainda, de algo semelhante a descrever a um cego de nascença a luz e as cores.
Não obstante, temos que aguçar a nossa imaginação, porque já estamos, em nossa viagem, no mundo espírita. Aqui as condições ambientais não dependem da atmosfera ou do heliotropismo, mas do fluido cósmico universal. É ele que, por exemplo, serve de veículo ao pensamento, como o ar conduz o som na Terra. As trevas existem apenas para os Espíritos a elas condenados, que pensam inexistir a luz. A poluição reinante decorre dos maus pensamentos, assim como o saneamento depende da sua elevação.
A duração do tempo também é relativa à posição individual, pois para este Espírito um século pode parecer um segundo nosso, enquanto que para aquele o contrário é que se dá.
Existem praças, avenidas, ruas, casas, escolas, hospitais, Prefeitura, Cadeia, Fórum e outras repartições, com profissionais e servidores semelhantes aos nossos. Os meios de transporte são velozes e silenciosos, posto que os Espíritos possam locomover-se usando apenas o pensamento.
Por falar nisso, eis que se aproxima um agente oficial, querendo saber do nosso destino. O guardião já nos alertara de que isso aconteceria a qualquer momento. Esse agente é a nossa consciência, que, a partir de agora, passa a rebobinar o filme de nossa vida. Lances dela que já havíamos esquecido, ou que deixáramos para um exame futuro, chamam-nos para o ajuste de contas tantas vezes adiado, perante uma Justiça cuja balança é mais precisa do que a dos laboratórios científicos. Neste tribunal não adianta ajustar advogado de fora; seremos nós mesmos os nossos próprios juízes, proferindo a sentença relativa ao nosso modo de viver na Terra, e na decisão as circunstâncias atenuantes e agravantes serão consideradas nos mínimos detalhes, a ponto de qualquer delas, ainda que do peso de uma asa de colibri, influir no julgamento.
Quando a sentença transitar em julgado e dela não couber mais nenhum recurso, vamos ser levados para o local que merecermos, em perfeita consonância com aqueles valores já antes mencionados: a inteligência, os nossos conhecimentos e, sobretudo, as nossas qualidades morais. Somos ricos ou pobres deles? Cada um sabe exatamente a sua situação, bastando para isso uma profunda reflexão acerca do modo pelo qual vem rolando a sua vida. Mas, que tal voltamos rapidamente à Terra para essa reflexão?

Era tudo um sonho!
Você acordou! Tudo não passou de imaginação, de um sonho. Mas de um sonho que se tornará realidade a qualquer instante. Com efeito, já compramos realmente o bilhete de volta no avião para o Além, de sorte que convém deixar a viagem preparada.
Eis aqui algumas sugestões para o grande retorno: uma leitura da segunda parte do livro "O Céu e o Inferno''", de Allan Kardec, onde estão 67 depoimentos de Espíritos nas mais diversas condições no mundo espiritual, sendo que uma delas será, sem nenhuma dúvida, a nossa, dependendo da semelhança com o modo de vida que o Espírito em comparação teve aqui na Terra; do Capítulo 3, do livro "Cartas e Crônicas", do Espírito Irmão X, pela psicografia do querido Chico Xavier, intitulada Treino para a morte, que nos dará muita informação sobre a vida de lá; do já mencionado Item 9, do Capítulo XVI, de "O Evangelho segundo o Espiritismo", para conhecermos a verdadeira propriedade, valendo para o mundo físico e para o mundo espiritual. E muita caridade, pois fora dela não há salvação.
Depois, é só apertar o cinto e boa viagem!
Fonte: revista Reformador, da FEB, de dezembro de 1994
http://www.trabalhadorespirita.com.br/desencarnacao.html


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Palestra Gratidão na Visão Espírita - Nazareno Feitosa

6 DE JANEIRO, DIA DA GRATIDÃO Aprenda como cultivar esse sentimento no seu dia-a-dia

6 DE JANEIRO, DIA DA GRATIDÃO

Aprenda como cultivar esse sentimento no seu dia-a-dia
Hoje comemora-se o Dia da Gratidão. É um momento para celebrar a sua existência, as paixões, parentes, amigos e todas as pequenas coisas que trazem alegria à sua vida.           O que você valoriza? Quem você aprecia? Como você expressa sua gratidão aos outros?
A gratidão é um conjunto de vários sentimentos: amor, ternura, amizade... É o reconhecimento de que não somos os únicos responsáveis pela nossa própria condição. Ser grato é reconhecer que outras pessoas também participaram na produção de nossa vida. Um pouco de humildade que obriga a reconhecer o outro como parte de nossa alegria. É poder dedicar, compartilhar a graça recebida.
Mas é importante não confundir gratidão com bajulação ou lisonjas, com servilismo. Não há hierarquia na gratidão, não há diferenças. Sentir-se grato, com um sentimento constante de dívida impagável, pode não ser muito saudável. A gratidão é sempre boa na medida da alegria que a acompanha. E a angústia de uma dívida constante carece de alegria.

CULTIVE A GRATIDÃO

  • A gratidão te lembra das coisas positivas da vida. Faz você feliz com as pessoas e situações em sua vida, sejam eles pessoas queridas, uma pessoa que conheceu que foi atenciosa com você, ou mesmo um bem-te-vi que canta em sua janela.
  • A gratidão te lembra do que é realmente importante. É mais difícil reclamar sobre as pequenas coisas quando você é grato por seus filhos estarem vivos e saudáveis. É difícil se estressar com as contas a pagar quando você é grato pelo teto sobre sua cabeça.
  • A gratidão faz você agradecer aos outros. O simples ato de dizer "obrigado" a alguém pode fazer uma grande diferença na vida dessa pessoa. As pessoas gostam de serem apreciadas por quem elas são e pelo que fazem. Não custa nada, mas faz alguém feliz. E fazer outra pessoa feliz vai fazer você feliz também.
  • A gratidão transforma o negativo em positivo. Seja grato por ter desafios. Seja grato pois você pode aprender com estes desafios. Seja grato pelos desafios fazerem de você uma pessoa mais forte.

PEQUENAS SUGESTÕES PARA UM DIA-A-DIA COM MAIS GRATIDÃO

  • Medite com gratidão. Somente uns 2 ou 3 minutos pela manhã para lembrar por quem ou pelo que você é grato. Você só precisa fechar seus olhos e silenciosamente pensar nas coisas e pessoas que tem a agradecer por fazerem parte da sua vida.
  • Diga obrigado. Quando alguém faz algo de bom para você, ainda que algo pequeno lembre-se de agradecer. E realmente seja agradecido.
  • Enxergue diferente o "negativo" em sua vida. Há sempre duas maneiras de olhar para alguma coisa. Muitas vezes passamos por algo negativo, estressante, perigoso, triste, difícil. Os problemas podem ser vistos como oportunidades para crescer, para ser criativo, para aprender, para mudar. A mesma coisa pode ser olhada de uma forma mais positiva. É uma ótima maneira de se lembrar que há o lado bom em quase tudo.
  • Veja qualidades nas pessoas. Tente se concentrar nas qualidades das pessoas ao invés de seus traços negativos. Se você percebe as qualidades de alguém, isso serve de incentivo para essa pessoa. Essa mudança de atitude pode ajudar a melhorar o seu relacionamento com os outros, permitindo-lhes saber que você os aprecia como são.
  • Liste as coisas boas que aconteceram durante o dia. Antes de dormir, lembre-se de tudo que aconteceu de bom no seu dia. Leva um minuto ou dois, muito pouco para ter um sono mais tranquilo e feliz.
de 
É terapeuta holística e autora do livro "Pedras e Cristais - Em Busca do Equilíbrio". Ministra cursos de Geoterapia (em SP e via internet) e de todos os níveis de Reiki. Saiba mais »
contato: simonekn@gmail.com

do site : http://www.personare.com.br/6-de-janeiro-dia-da-gratidao-m1122

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Estudo da mente: não há futuro sem o estudo do espírito


Estudo da mente: não há futuro sem o estudo do espírito  Dr. Nubor Facure

O que há de mais significativo na atualidade é que o avanço tecnológico que nos permitiu conhecer mais intimamente a fisiologia cerebral permitiu trazer o estudo da mente para o campo da ciência depois de séculos de especulações filosóficas.(1)Nunca se ignorou que processamos fenômenos mentais como o pensamento, a imaginação, a noção de tempo, o calculo mental e as nossas memórias, especialmente aquelas que nos aborrecem e não desgrudam de nós.(2)
Curiosamente, a pergunta para a qual mais respostas temos é, exatamente, como funciona a mente — várias escolas do pensamento filosófico e científico se propuseram a respondê-la. Podemos questionar, em primeiro lugar, se existe realmente um mentalismo, uma atividade mental que seria ligada a, ou independente de, outras atividades fisiológicas, especialmente cerebrais como são a visão, o movimento, a dor ou o simples palpitar do coração após um susto que nos emociona. Ainda hoje não existe uma unanimidade sobre a existência ou não da mente, o que torna o tema sempre muito instigante.
Filósofos clássicos e médicos-filósofos coma Hipocrates e Galeno demonstraram uma convicção na existência imaterial da Alma e na sua competência em pôr em funcionamento nosso organismo. A Alma ou Psique seria, necessariamente, responsável per nossas percepções e sensações. Havia, na discussão filosófica clássica uma série de preocupações, em particular, com a localização da Alma, sua permanência após a morte do corpo físico e, até mesmo, sua existência previa, antes do nascimento(3).
Mesmo sem negar a existência da Alma, Alcameon de Crotona e Hipócrates atribuíam ao Cérebro a causa de todas as nossas sensações e percepções. No período romano ninguém supera as lições de Galeno, que introduziu a noção de uma substância imaterial que daria a todo o nosso corpo sua dinâmica de funcionamento. No cérebro, ocorreriam nossas atividades motoras, sensitivas e racionais.
Na visão eclesiástica da mente, esse conjunto clássico de proposições "médicofilosóficas" foi de extrema conveniência para a Igreja da Idade Média, que o apoiou sem contestação, fazendo apenas ajustes para adequá-los ao pensamento teológico vigente.(4) Mas, rompendo com o passado. René Descartes sabiamente criou uma dualidade conveniente, separando a Alma (e suas paixões) do Corpo. Em 1804, Franz Gall relacionou as funções mentais com saliências do crânio, dando início a interpretação localizacionista das funções cerebrais, fato que veio a se sedimentar em 1867 com a apresentação pública de Paul Brocá da descoberta da localização cerebral da palavra falada, no pé da circunvolução frontal esquerda. (5)
No entanto, permaneceu o dilema dualista. Qual a competência e a extensão de cada componente, o corpo ou a Alma? Qual a maior ou a menor influência, a do ambiente ou a da hereditariedade? O quanto são ideias inatas e o quanta é fruto do aprendizado? Provém do Espírito o nosso livre-arbítrio ou somas compelidos a reagir a condicionamentos? Para Baruch Spinosa o cérebro está comprometido em nossas decisões e nosso aprendizado deixa marcas permanentes no cérebro. Não se estranha, portanto, que Antônio Damásio afirme que o cérebro constrói o homem.(6)
No final do século XIX, surge a psicologia como ciência, com duas correntes principais: o estruturalismo, que estuda os elementos constitutivos da mente, e o funcionalismo, que estuda as múltiplas funções da mente: como percebemos o mundo, ou tomamos decisões, ou registramos o que ouvimos e vemos, ou separamos sensações agradáveis de outras incômodas e nocivas. Freud inaugurou o estudo moderno sobre o funcionamento da mente a partir da atuação de uma força inconsciente que dirige nossas ações. Somos impulsionados por essa força inconsciente e inteiramente controlados por ela. Freud enxergou na mente um aparelho psíquico com três componentes: O Id, o Ego e o Superego. Com esses fundamentos Freud construiu a Psicanálise, revolucionando a abordagem e o tratamento das neuroses.(7)
Segundo o movimento da Gestalt, a mente não é formada pela soma de seus componentes e de suas funções. Pela sua complexidade ela é, no seu todo, sempre maior que a soma dos seus elementos. Em suas propriedades a mente inclui o contexto onde os fenômenos ocorrem - imagine um banco de jardim, ali ele tem uma função, se colocado no banheiro da casa ele fará um papel totalmente diferente. Na Gestalt considera-se que sempre realizamos um trabalho mental interno para solucionar um problema. Enquanto o behaviorismo considera que simplesmente reagimos a estímulos para agir, na Gestalt o “insight” é fundamental na construção dos nossos comportamentos. Devo pensar e fazer minhas escolhas antes de decidir.
O fisiologista russo Ivan Pavlov demonstrou que podemos produzir comportamentos novos em um animal, associando um estimulo natural como a presença de um pedaço de carne, a um sinal neutro do tipo do ruído de uma sineta, condicionando uma resposta especifica que seria a salivação. Já o psicólogo norte-americano John Watson condicionou comportamentos humanos desenvolvendo a teoria do Behaviorismo, aperfeiçoada por Skinner, que sugere um ser humano moldado por estímulos, dispensando a existência das funções cognitivas como pensamento, percepção, memórias e principalmente postula que não existe uma mente em nós. Assim: o que interessa são as circunstancias e as consequências das ações que nos motivam; o Self é apenas um repertório de comportamentos adequados para determinada serie de contingências; não existe urna atividade mental entre o estímulo e a resposta; para entendermos o comportamento, os processos mentais são irrelevantes e ao mesmo tempo inacessíveis; basta-nos considerar: o ambiente em que a resposta ocorre, a resposta em si (tipo), as consequências das respostas.
O recente campo das Neurociências apresenta-se com acertos e também com sua falácia. Estudos clínicos em pacientes vitimas de ferimentos cranianos, de lesões, tumores ou doença vascular cerebral permitiram acumular um precioso conhecimento sobre as funções das diversas áreas cerebrais. Desenvolveram-se duas grandes vertentes desse conhecimento, uma baseada no localizacionismo, na qual cada área cerebral revelou que função se relaciona, e outra construiu sistemas de funcionamento, como, per exemplo, para a linguagem e para as atividades motoras. A mente passou a ser reconhecida como um epifenômeno da complexa atividade cerebral.(8)
No campo da fisiologia, Erick Kandel realizou estudos com neurônios isolados da Aplisia, uma lesma do mar, demonstrando dois fenômenos da fisiologia dos neurônios: a sensibilização e a habituação. Essa atividade neurofisiológica, de aparência simples, conseguiu esclarecer nossos mecanismos de aprendizagem e de memória em toda a sua complexidade.(9)
No estudo dos neurotransmissores, a química cerebral, a partir da descoberta da acetilcolina, já inclui cerca de 30 neurotransmissores que estão nitidamente ligados aos fenômenos mentais, sejam os nossos desejos, como os nossos comportamentos, tanto agressivos quanto românticos, e assumem um papel de extrema importância no manejo das doenças mentais.
No campo da neuroimagem, com a introdução da Ressonância cerebral e seus aperfeiçoamentos, explodiu uma revolução nos labirintos do cérebro. Área por área, função por função estão sendo escaneadas para criar uma nova ciência da mente. O detalhamento é tão grande e a meu ver exagerado, que se propõe a identificar áreas ligadas a nossa preferência, até por um determinado sabor de sorvete. E é essa extravagância que gerou uma falácia na neurociência.(10) No máximo, essas imagens podem nos dizer que determinada atividade como, por exemplo, pensar na solução de um lance num jogo de xadrez ou fazer uma identificação de um rosto bonito, pode estar ocorrendo em determinada área do cérebro, mas isso não nos permite dizer que é aquela área que faz o lance no xadrez ou determina a escolha do rosto. A neuroimagem não consegue incluir a pessoa humana no comando da atividade cerebral. As mãos de Eurídice em súplica, a mãos que apedreja, os lábios que beijei. O olhar de espanto quando me viu, ou o gesto de adeus, são figuras possíveis na poesia, mas, nada acontece sem que a Alma se manifeste. Seria muito cômodo eu dizer ao meu gerente no banco que mais tarde meus neurônios passam para lhe pagar meu debito em conta.(11)
Sendo o Espiritismo uma Ciência do Espírito e do Mundo Espiritual, não seria de estranhar que ele esclarecesse algo mais sobre a mente e, principalmente, onde e como ela atua. Nesse sentido, os seus fundamentos acrescentam um volume de informações inesgotável e bem superior a tudo que se soube até hoje. Para simplificação, optamos por apresentar alguns de seus princípios, enriquecendo este nosso estudo sobre a mente:
Ø  Existe uma Alma que é agente de todos as nossos comportamentos e faz as opções do nosso livre-arbítrio:
Ø  A mente pode ser tomada como sinônimo de Alma, portanto, não é de se estranhar que possa ser dito que a mente não é uma simples propriedade do cérebro mas é uma entidade corpórea;
Ø  Essa alma/mente não nasce criada em um paraíso bíblico, ela percorre a mesma jornada evolutiva na mesma escala de desenvolvimento da vida na Terra. Em suas memórias estão registradas todas as experiências de reencarnações sucessivas que percorreu, o que, possivelmente, tem a ver com os arquétipos junguianos;
Ø  A cada vida que recomeça, a Alma traz suas tendências e seus compromissos cármicos que lhe permitem o resgate de suas faltas e o recomeço de sua trajetória evolutiva — daí o significado da dor e do sofrimento na história de vida de cada um de nós;
Ø  A Alma não e prisioneira do corpo físico, podendo frequentemente dele se desdobrar e entrar em sintonia com o mundo espiritual. Isso explica as descrições das EQM- experiências de quase morte, das experiências fora do corpo, dos sonhos lúcidos, das alucinações hipnagógicas e da comunicação espírita:
Ø  O pensamento não e um fenômeno etéreo, ele é energia procedente da Alma, que cria uma psicosfera em torno de cada um que o emite, estabelecendo sintonia com todas as Almas que afinam opiniões semelhantes. Isso explica a atração de simpatia e antipatia entre as pessoas;
Ø  Nossos sentidos físicos trafegam informações pelo cérebro onde elas são processadas pela Alma. conforme suas experiências previas — as alterações químicas do cérebro têm repercussões graves nas percepções que realiza a Alma, assim como temos perturbações da própria Alma que desequilibram a fisiologia do cérebro.
Nossa contribuição pessoal e a de uma metaneurologia e o Corpo mental.(12) Existem situações neurológicas diversas que nos permitem constatar a existência de uma estrutura corporificada representando nossa mente — o corpo mental tem uma anatomia e uma fisiologia compatíveis com situações clínicas conhecidas dos neurologistas. Pacientes com síndromes histéricas(13) constroem mentalmente seus sintomas paralíticos ou suas insensibilidades obedecendo a um padrão uniforme compatível com o corpo mental. A narcolepsia, o membro fantasma (14), as memórias e paralisias geradas pela hipnose(15) encaixam-se corretamente no corpo mental. Dai a minha sugestão de construirmos uma metaneurologia baseada no corpo mental — que nos abre a possibilidade de avaliação experimental da mente. Nosso futuro tecnológico trará situações extraordinárias e surpreendentes. Vamos lidar cada vez mais com máquinas que obedecerão ao pensamento, mas, cedo ou tarde, o Espírito terá de ser admitido no estudo da mente. 
Nubor Facure é médico neurocirurgião, especialista em neurologia, fundador e Diretor do Instituto do Cérebro (Campinas, SP).
Referências:
(1)THOMPSON, R.F. O Cérebro: uma introdução à neurociência. 3.ed. São Paulo:Livraria Santos Editora, 2005.
(2)LENT, R. Cem bilhões de neurônios, conceitos fundamentais de neurociência. 2ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2010.
(3)Para Sócrates, está na Psyqué a sede da inteligência e do caráter. Platão ensinava que todo conhecimento é trazido pela Alma do "mundo das ideias", que é preexistente ao nascimento. Ele descreve a existência de 3 Almas: Vegetativa, situada no fígado e responsável pela nutrição, o crescimento e as paixões inferiores como a luxuria e a ganância; Vital, situada no coração, relacionada com a coragem, as paixões e as disputas: e Imortal, que ele localizava no cérebro. Aristóteles considerava que todo conhecimento provém dos sentidos, nada é sabido antes do nascimento, é o pensamento precursor da "tabula rasa" que se encontra em Locke e Pinker.
(4)Podemos resumir os tópicos principais admitidos pela Igreja da época: existe a Alma criada ao nascermos. Responsável pelos nossos sentimentos, memórias e pensamentos; ela nasce ignorante e inocente, tudo aprendendo de acordo com os estímulos que atingem os sentidos. Nossas emoções estão ligadas aos humores que circulam em nosso sangue. A Alma sobrevive à morte do corpo físico com o qual está fortemente ligada.
(5)RATEY, J.J. O cérebro: um guia para o usuário. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.
(6)DAMASIO. A.R. E o cérebro criou o homem. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
(7)GAZZANIGA, M.S.: HEATHERTON, T.F. Ciência psicológica, mente, cérebro e comportamento. 2ªimp.rev.reimp. Porto Alegre: Artmed, 2007.
(8)Rose, S. O cérebro do século XXI: como entender, manipular e desenvolver a mente. São Paulo:Globo.2006.
(9)DALGALARRONDO, P. Evolução do cérebro, sistema nervoso, psicologia e psicopatologia sob a perspectiva evolucionista. Porto Alegre: Artmed. 2011.
(10)BENNET, M.R.; HACKER, M.S. Fundamentos filosóficos da neurociência. Lisboa: Instituto Piaget - Stória Editores LDA., 2005.
(11)BASTOS, L. B. Cientistas e feiticeiros: uma abordagem critica da psiquiatria atual. Rio de Janeiro; Revinter, 2012.
(12) FACURE, Nubor. O "corpo mental" como expressão clínica da mente: Uma hipótese alternativa para o estudo da mente. Revista de Ciências Medicas de Campinas.14(1):97-101,jan/fev.,2005.
(13)HALLIGAN, P. W. New approaches to conversion hysteria. BMJ 2000; 320: 1488-1489 (3june).
(14)MELZACK. R.; ISRAEL, R.; LACROIX, R.; SCHULTZ G. Phantom limbs in people with congenital limb deficiency or amputation in early childhood. Brain 1997; 120 (9) 1603-1620
(15)HALLIGAN. P.W.; ATHVVAL, B.S.; OAKLEY, D.A.; FRANCKOWIAK, R.S.J. Imaging hipnotic paralysis: Implications for conversion hysteria. The Lancet, 2000; 355:986-987.
Revista Cultura Espírita Nº 42 Set/2012
http://tdmmagnetismobatuira.blogspot.com.br/2012/11/estudo-da-mente-nao-ha-futuro-sem-o.html

domingo, 8 de abril de 2012

A PÁSCOA E A RESSURREIÇÃO

“E ele [Jesus] disse: Ide à cidade, a um certo homem, e dizei-lhe: O Mestre diz: O meu tempo está próximo;
em tua casa celebrarei a Páscoa com os meus discípulos.” (Mateus, 26:18)

Muitas pessoas acreditam que a Páscoa é uma festa cristã em que se comemora a ressurreição de Jesus. Entretanto, a origem desta festividade é bem diferente, pois as anotações dos evangelistas nosinformam que o próprio Jesus celebrou a Páscoa com seus discípulos. Sabe-se que alguns costumes ligadosao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera, enquanto que outros vêm da celebração da“Pessach” ou “Passover”, a chamada Páscoa judaica e que significa “passagem”. Trata-se de uma das mais importantes festas do calendário judaico, sendo conhecida também por “Festa dos Pães Asmos”. É celebrada por 8 dias em comemoração à libertação dos israelitas do cativeiro no Egito, durante o reinado do faraó Ramsés II. Naquela época acreditava-se que Deus havia ferido de morte todos os primogênitos egípcios, mas que havia poupado os israelitas porque as portas de suas casas estavam marcadas com o sangue de um cordeiro  especialmente sacrificado para isso. Por tal motivo, dentre as festividades da Páscoa, no dia 14 de Nisan (nosso mês de Abril) servia-se uma ceia especial, cujo prato principal era um cordeiro, sacrificado em
homenagem à fuga do Egito. Séculos mais tarde, Jesus foi situado como o “Cordeiro de Deus” sacrificado para salvação dos homens, pensamento este que não encontra embasamento doutrinário nos postulados
espíritas.O Mestre ministrou seus derradeiros ensinamentos naquela noite de quinta-feira em que celebrava a
Páscoa com seus apóstolos, pois já se aproximava o término de sua missão, enquanto encarnado, junto à
humanidade. Jesus, primeiramente, repartiu o pão e o vinho, simbolizando o conhecimento da Verdade e o
trabalho em benefício do nosso próximo, tão bem ensinados e exemplificados por ele. Logo em seguida
surgiu uma discussão entre os apóstolos para saber qual deles era o maior. Aproveitando a oportunidade, o
Mestre lavou os pés de cada um deles, demonstrando, com este gesto de extrema humildade, que “quem
quiser ser o maior, que seja o servidor de todos.” Ainda naquela noite indelével, o próprio Jesus indicou aquele que o trairia e preveniu Pedro a respeito da negação. Não obstante, deixou-nos o inolvidável “que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei e nisto todos conhecerão que sois meus discípulos.” Confortou os apóstolos prometendo o envio de outro Consolador e deixando a sua paz. Afirmou que ele é “o Caminho, a Verdade e a Vida”, é a videira verdadeira. O Mestre havia vencido o mundo e encerrou a palestra com uma oração intercessória por si mesmo e pelos discípulos, os daquela época e os futuros. Após sua prisão, julgamento e execução no episódio conhecido como “Drama do Calvário”, eis queno domingo seguinte Jesus ressuscita e reaparece, primeiramente às mulheres que se encaminhavam ao seutúmulo e, em seguida, aos demais apóstolos que ainda se encontravam incrédulos com as promessas feitas por ele e receosos das perseguições que poderiam sofrer por parte do Sumo Sacerdote Caifás, bem comopelos membros do Sinédrio. A ressurreição de Jesus no domingo de Páscoa passou a ser comemorada por toda a cristandade.Entretanto, o sentido que lhe foi atribuído não corresponde à realidade dos fatos. A ciência nos prova que a ressurreição, conforme ensinada pela Igreja, é impossível de ocorrer, pois após a morte do corpo físico as moléculas que o formavam se desagregam. Isto é fato atestado pela ciência e ratificado pelos Espíritos superiores responsáveis pela codificação do Espiritismo.Mas, e a ressurreição de Jesus? Ela não ocorreu? Sim, porém precisamos entender o significado real de tal palavra. Segundo o Novo Dicionário Aurélio, ressurreição significa o ato ou efeito de ressurgir ou reaparecer. Vejam como as coisas começam a clarear: após a morte no Calvário, Jesus ressurgiu ou reapareceu em espírito, não em carne. Este, inclusive, era o pensamento do apóstolo Paulo que, em sua primeira epístola aos coríntios, escreveu: “Temos dois corpos, um natural e outro espiritual, e ressuscita corpo espiritual” (15:44) e ainda “... a carne e o sangue não poderão herdar o reino de Deus” (15:50).Além disso, o próprio Mestre já havia ensinado o mesmo conceito em João 6:63: “O espírito é que vivifica, a carne para nada aproveita.” Portanto, em perfeita sintonia com o pensamento crístico e evangélico,podemos afirmar que a ressurreição de Jesus nada apresenta de sobrenatural, pois se assenta sobre as bases da Lei Natural ou Divina, e o mesmo acontece com todas as pessoas ao desencarnarem, ou seja, desaparece o corpo físico e o espírito reaparece revestido pelo seu corpo espiritual (também chamado de Perispírito,Psicossoma ou Corpo Astral). É importante salientarmos que esta ressurreição acontece na dimensão espiritual, sendo possível que o espírito desencarnado se apresente a um médium vidente ou se materialize,desde que sejam observadas certas circunstâncias, tais como: presença de um ou mais médiuns de efeitos físicos, objetivos da manifestação, permissão da Espiritualidade Superior, etc.Destaque-se que há alguns anos chegou às livrarias uma obra chamada Repensar a Ressurreição,cujo autor é o maior teólogo católico da atualidade, o espanhol André Torres Queiruga. Em seu livro,Queiruga chama atenção para o fato de que, há mais de dois mil anos, teólogos do mundo inteiro têm interpretado incorretamente a questão da ressurreição de Jesus, pois segundo o próprio autor, a ressurreição ensinada por Jesus e por Paulo é o ressurgimento ou o reaparecimento do espírito e não da carne.Diante desta nova visão, uma pergunta fica no ar: o que teria acontecido ao corpo físico do Mestre?Existe uma infinidade de variáveis: posteriormente poderia ter sido colocado em outra sepultura, pois ele estava temporariamente em um túmulo cedido por José de Arimatéia; o corpo poderia ter sido transmutado ou desintegrado pelo próprio Jesus ou por algum dos Espíritos que o assessoravam em sua missão crística.São numerosas as hipóteses...E qual seria o significado da Páscoa para os Espíritas? Vamos pensar em dois caminhos, de acordo com o significado judaico e o cristão. Para os judeus, a Páscoa simboliza a passagem da escravidão no Egito para a liberdade. Atualmente, todos nós, espíritos ainda imperfeitos e falíveis, trilhamos os caminhos evolutivos buscando fazer a passagem de nosso homem velho, cheio de vícios e mazelas, para o homem novo, renovado pelos ensinamentos do Cristo. Estamos travando o bom combate conosco mesmos para quepossamos sair da escravidão da ignorância espiritual para a libertação que só o conhecimento da Verdade proporciona. Para os cristãos, e de acordo com o dicionário, Páscoa é renascer, é ressurgir. Assim, podemos entender que a Páscoa simboliza o renascimento moral e espiritual do homem para Deus. Não precisamos e não devemos ficar esperando uma próxima reencarnação para nos renovarmos. A renovação pode e deve se iniciar hoje, pois todo dia é dia de nos renovarmos em Cristo Jesus. Entretanto, este renascimento de nós mesmos não ocorre de forma imediata. Trata-se de um processo que nos requer muito esforço, perseverança e vigilância, sendo que para isso torna-se fundamental vivenciarmos as lições da Boa Nova em nosso dia-a-dia, nos aprofundarmos nos estudos evangélicodoutrinários para adquirirmos o conhecimento que liberta, fazer o bem a todas as pessoas, extirpar de nosso íntimo o egoísmo e o orgulho, além de cultivarmos a humildade, a simplicidade, a paciência, o espírito de serviço e, sobretudo, o amor. As palavras do Mestre são para todos nós, em qualquer tempo, local e circunstância. No versículo que escolhemos para servir de base às nossas reflexões, Jesus encaminha a sua mensagem a um certo homemque, na verdade, simboliza cada um de nós. E a sua fala é cristalina: “... em tua casa celebrarei a Páscoa com os meus discípulos”.Há muitas reencarnações estamos apenas ouvindo ou distorcendo o sentido das palavras do Cristo.No entanto, é chegado o momento de fazermos com que estas sementes divinas se transformem em frutos. Épreciso abrirmos a nossa casa mental e o nosso coração para a passagem de Jesus e a renovação espiritualque ele nos propõe. Seus discípulos, representados por todos os bons espíritos que trabalham em seu nome,estão sempre prontos a nos auxiliar, mas para isso precisamos fazer a nossa parte: abrir o nosso espírito parao Cristo.
Valdir Pedrosa – Janeiro/2008 EM http://espiritismo-br.blogspot.com.br/2009/04/pascoa-e-ressurreicao-valdir-pedrosa.html

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

ESPIRITISMO COM ALMA

Dissociar o Cristianismo da Revelação Espírita é como retirar-lhe a alma, deixando o corpo perecível a caminho da putrefação.
Toda a história da Doutrina Espírita evoca, na sua beleza pujante, o Cristianismo primitivo, na grandiosidade do holocausto dos seus servidores.

Mesmo quando o bisturi da ciência mergulha a sua lâmina aguçada no corpo da fenomenologia probante da imortalidade da alma, encontramos a resposta ético-moral do comportamento do ser que sobrevive à tumba, que brinda uma filosofia de comportamento em forma de dever para a paz.

Em uma análise, mesmo que perfunctória, das nossas experiências socorristas, defrontamos a ação da caridade como sendo a condição primacial do silêncio que nos devemos impor, na sala mediúnica, que evoca a antiga catacumba, onde os cristãos afervorados calavam as suas ansiedades para o interlóquio de Jesus, o convívio com as suas testemunhas e a comunhão com os imortais.

Deixemos aos companheiros da existência transitória do corpo a persuasão de que o Espiritismo, dissociado da fé cristã pode constituir-se uma ciência, e nós outros, que encontramos em Jesus o Modelo extremo da vida, sigamos-Lhe as pegadas, irradiando nosso sentimento de amor aos encarnados e aos companheiros da imortalidade banhados de lágrimas e acoimados de remorsos, para os ajudar a sair da ignorância no rumo da Grande Luz.

Doutrina abençoada, que projeta as informações da imortalidade no caos das transitórias presunções humanas, é hoje a estrela polar no mundo convulsionado e em trevas aguardando rumo.


Autor: Divaldo P. Franco/João Cleófas
*Fonte:http://pensamentostextospoesias.blogspot.com/2009/05/espiritismo-com-alma.html

terça-feira, 20 de julho de 2010

FUNDAMENTOS DA REFORMA INTIMA

Graça e Paz,


Que sua semana seja abençoada e pela luz do DIvino Amigo Jesus. Que a infinita misericordia seja sua eterna companhia livrando-te dos males, acidentes, violencias, de toda dor e sofrimento.
Em email anterior enviamos um roteiro de sites espiritas interessantes estimando democratizar o acesso as informações e para que cada um, incividualmente, possa selecionar assunto que desperte mais seu interesse pela afinidade.
No inicio do aprendizado espirita, do estudo sistematizado da doutrina conhecido por ESDE - Ensino Sistematizado da Doutrina, tomamos contato com a tarefa da reforma intima.Encaminho a referencia de um excelente material para nortear este belo e ardoroso caminho.
Observo que a referida obra tras a pureza doutrina por principio e segue o ordenamneto da Federação Espirita brasileira.
Da sua irma em Cristo,
Bella



FUNDAMENTOS DA REFORMA ÍNTIMA
http://www.comunidadeespirita.com.br/reformaintima/FUNDAMENTOS/fundamentos.htm

Quando pensamos em REFORMA ÍNTIMA sempre devemos começar com um estudo relativo autocrítica e à conscientização dela decorrente, sempre devemos nos lembrar de Santo Agostinho. Cada pessoa, para estar motivada a se conhecer, admitindo erros ao menos para si mesma, precisa exercitar a força de vontade inerente a todo ser humano, mas muitas vezes adormecida.

A motivação nesse percurso nascerá do confronto da meditação com o cotidiano nem sempre ideal que muitos adotam. Unindo, pois, a teoria à prática, tendo por finalidade descortinar o ente cristão que há por trás das barreiras insensíveis que o materialismo impõe como regra geral na jornada terrena, o indivíduo sentir-se-á mais leve quando praticar a REFORMA ÍNTIMA.

É sabido que, na prática, mais fácil é ler e julgar entender os ensinamentos de Jesus, hoje estudados à luz da Doutrina Espírita, do que exercitá-los e realmente assimilá-los no dia-a-dia, consolidando posturas cristãs e aprimorando qualidades morais.

Nada de estranho nisso, pois sabe-se que nosso mundo é ainda de expiação e provas e, por isso mesmo, todo homem tem muitas imperfeições a sanar. Pessoas mais esclarecidas dos seus defeitos e melhor empenhadas no processo de reforma íntima conseguem conviver mais harmoniosamente entre si, alcançando maior êxito em suas realizações.

Do estudo da autocrítica passou-se à análise do que leva o ser humano a permanecer silente e impassível diante dos erros e desvios que até pode admitir que possui. Se sozinho não está conseguindo vislumbrar luz ao final do túnel, haveria condições de auxiliá-lo de algum modo eficaz? E a resposta resultou positiva bastando que houvesse interiorizado o impulso à melhora de caráter, à escorreita formação da personalidade e, fundamentalmente, existisse, forte e fiel, o desejo de seguir os passos de Jesus.

Descoberta a necessidade da autocrítica, encontrada a premissa de que há seres humanos inertes diante do óbvio, vale dizer, dos erros praticados, o degrau seguinte seria o estudo de formas a conduzir o indivíduo à reforma interior, tão essencial ao aprimoramento do ser. E mais: é certo que a maioria que estuda atentamente os livros espíritas, a partir da Codificação de Allan Kardec, que representa a base da Doutrina dos Espíritos, sente a necessidade de melhor se conhecer e pôr em prática a reforma íntima. Todavia, nem sempre sabe como agir nesse sentido.
Vamos tentar fornecer subsídios nessa direção proporcionando ao internauta interessado elementos de reflexão através dos quais possa, de forma voluntária e consciente, trabalhar os seus sentimentos e a sua razão, seja racionalizando sentimentos por intermédio do bom senso e da lógica, seja iluminando a inteligência e os pensamentos com as luzes dos bons sentimentos.

Temas de suma importância nesse campo: egoísmo, orgulho e seus derivados, materialismo, desvios de conduta e vícios, sexualidade, aids, aborto, pena de morte, eutanásia, entre outros. "POR QUE NÃO TENHO FÉ BASTANTE PARA VENCER TODOS OS PERCALÇOS QUE SURGEM À MINHA FRENTE?" É uma indagação que o encarnado habitualmente se faz ao entrar em choque com problemas do cotidiano, que o abalam profundamente.


A chave para esta questão pode ser encontrada no contexto desta obra, que poderá servir de manual auxiliar de reforma íntima para o internauta, contribuindo para o sucesso da sua EVOLUÇÃO ESPIRITUAL. A Reforma Íntima deve ser compreendida como a chave mestra para o sucesso de sua melhoria interior e, consequentemente, de sua felicidade exterior. O internauta pode notar que há mais vantagem em sacrificar-se no presente para que seu futuro seja efetivamente melhor, afinal a reforma íntima é temporária e serve à evolução do Espírito, imortal, permitindo-lhe o ingresso em planos espirituais mais elevados.


Lapidar os próprios sentimentos é tarefa árdua, mormente para o encarnado que não os têm em relativo desenvolvimento, nem tampouco em contínuo exercício. Reforma Íntima sem amor no coração é, no entanto, uma falácia. Aprender a cultivá-la verdadeiramente é um exercício significativo de abnegação e submissão a Deus.


O egoísmo, por seu lado, é a raiz de todos os males morais que existem no humano, fonte de todos os seus desvios e vícios de comportamento e causa primária das suas tendências negativas de toda ordem porque ele é a negativa do mandamento maior: "AMARÁ A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO."


Todos são capazes de vencer o mal que há no âmago individual e coletivo. O amor opera autênticas modificações positivas no ser humano e na humanidade. Portanto, ainda que não exista fórmula mágica para tal, há caminhos práticos a seguir. É justamente o objetivo nosso: demonstrá-los.


O processo de reforma íntima é, por certo, demorado e delicado. Necessita de determinação e interesse permanente daquele que o abraça para que alcance bons frutos. O saldo positivo exige exercício de paciência, tolerância, desprendimento, perdão, compreensão e amor nas relações humanas.


A reforma íntima e seus fundamentos representam verdadeira luz no ímo da alma a todo encarnado que pretende desenvolver-se espiritualmente ao longo da sua trilha pela crosta terrestre. Começar a reforma interior pelos problemas mais simples é uma das fórmulas indicadas. Depois, com naturalidade, os desvios mais complexos vão sendo enfrentados e vencidos, tudo a seu tempo e à sua hora. Sem precipitação mas com determinação o homem alcança seus objetivos.

CAIRBAR SCHUTEL E SUA EQUIPE ESPIRITUAL

..I - INTRODUÇÃO

..II - SENTIMENTOS

.III - EGOÍSMO

..IV - ORGULHO

..V - DERIVADOS DO EGOÍSMO E DO ORG.

..VI - NECESSIDADE DA REFORMA ÍNTIMA

..VII - DIFICULDADES NA PRÁTICA DA R.I.

..VIII - O FATOR OBSESSÃO NO CONTEXTO DA R.I.

..IX - A R. Í. E EVOLUÇÃO DO ESPÍRITO

..X - VANTAGENS IMEDIATAS

..XI - DESVANTAGENS EVID. P/ O EGOÍSTA

..XII - SOLÚVEIS ARESTAS NAS REL. HUMANAS

..XIII - BARREIRAS NO APRIMORAMENTO

..XIV - TEORIA E PRÁTICA

..XV - A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO

..XVI - DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS

..XVII - AS PREVENÇÕES

..XVIII - MODELO MAIOR

..A - SOFRIMENTO

..B - FELICIDADE

..C - FÉ E RESIGNAÇÃO

..D - FORÇA DE VONTADE

..E - RAZÃO E SENTIMENTO

..F - CENTRO DE INTERESSES

MATERIALISMO

..1 - NOÇÕES GERAIS

..2 - ESCAPES E COMPENSAÇÕES

..3 - AMBIÇÃO

..4 - HERANÇA

..5 - RELIGIÃO E MATERIALISMO

..6 - CRIANÇA E MATERIALISMO

..7 - SEXO E MATERIALISMO

..8 - OUTRAS FORMAS DE MATERIALISMO

..A1 - JUSTIÇA DIVINA

..B2 - FÉ

..C3 - INSINCERIDADE NA FÉ

..D4 - A CENTELHA DIVINA EM CADA UM

..E5 - TEORIA E PROGRAMAÇÃO

..F6 - PLANO MÍNIMO DE ACERTOS

..G7 - PROGRAMAÇÃO GENÉRICA E P.E.

..H8 - DESVIOS DE CONDUTA E VÍCIOS

..I9 - SEXUALIDADE

..J10 - HOMOSSEXUALIDADE

..K11 - CELIBATO

..L12 - MASTURBAÇÃO

..M13 - A.I.D.S.

..N14 - ABORTO

..O15 - RESPONSABILIDADE

..P16 - A RESPONS. NO COTIDIANO CRISTÃO

..Q17 - PREGUIÇA

..R18 - DISCIPLINA DA SAÚDE FÍSICA

..S19 - HARMONIA

..T20 - ABERTURA DE CORAÇÃO

..U21 - PUREZA DE CORAÇÃO

..V22 - LEI MOSAICA

..W23 - PENA DE MORTE

..X24 - CARIDADE E ISOLAMENTO

..Y25 - A EDUCAÇÃO DA CRIANÇA

..Z26 - VAIDADE, EUTANÁSIA E SUICÍDIO


PAZ E ALEGRIA!! VAMOS ESTUDAR!!