MIRANDA,
H. C. Diálogo com as sombras: teoria e prática. 24 ed. Rio de
Janeiro: FEB, 2009.
I. A postura no período entre as reuniões
[...]
Mesmo durante o espaço de tempo que vai de uma reunião à próxima, de certa
forma todos estão envolvidos nas tarefas. Inúmeras vezes, os Espíritos em
tratamento nos dizem claramente que nos seguiram em nossa atividade normal. (p.
49)
[...] É
preciso que se tenha o cuidado para não pregar uma coisa (durante a reunião
mediúnica) e fazer outra inteiramente diversa (na vida diária).
[...] Se,
no decorrer da semana, oferecemos brechas causadas por impulso de cólera, de
maledicência, de intolerância, de invigilância, enfim, estaremos admitindo, na
intimidade do ser, emanações negativas que os companheiros infelizes estão
sempre prontos a emitir contra nós, na esperança de nos neutralizar, para que
possam continuar no livre exercício de suas paixões e desvarios. [...] Nos
momentos em que sentirmos que vamos fraquejar, recomenda-se uma parada para
pensar e uma pequena prece [...].
[...]
aquele que resolver dedicar-se ao trabalho [...] de desobsessão, precisa
convencer-se de que deve estar em permanente vigilância consigo mesmo, com seus
pensamentos, com o que diz e faz. (p. 55)
[...] a
mente [...] pode levar-nos a escorregões de imprevisíveis consequencias [...]:
o envolvimento numa conversa maledicente; o distraído olhar de cobiça para uma
mulher atraente, na rua; uma piada grosseira e pesada; um pensamento de rancor
ou de revolta, [...] ou de inveja; a leitura de livro pornográfico; a
assistência a um filme pernicioso.
II. Recomendações para o dia da reunião
1. No dia
marcado para as tarefas de desobsessão [...] os integrantes da equipe precisam,
a rigor, cultivar atitude mental digna, desde cedo. (p. 58).
2. [...]
Fugiremos ao envolvimento em discussões e desajustes de variada natureza.
3. Alimentação
sóbria, leve.
4. [...] pelo
menos nesse dia, abster-se de carne;
5. [...]
prescindir do álcool e do fumo.
6. [...] um
pouco de repouso físico e mental, com relaxamento muscular e pacificação
interior.
7. Enfrentemos
com disposição e coragem os empecilhos naturais que possam obstar o
comparecimento à reunião.
8. [...]
Cuidado, atenção, serenidade, firmeza. (p. 59).
III. Sobre as faltas ás reuniões
[...] os
mentores espirituais escolhem, para cada manifestante, o médium que lhe seja
mais indicado pelas características da mediunidade ou pela natureza do trabalho
a ser realizado. Feita a ligação, o Espírito, ao voltar, nas vezes
subseqüentes, virá usualmente pelo mesmo médium. Se o médium falta, o trabalho
junto ao sofredor fica como que em expectativa, suspenso, aguardando a próxima
oportunidade. (p. 50).
IV. Quanto ao relacionamento dos componentes do grupo
[...] é
vital que os unam laços da mais sincera e descontraída afeição. O bom
entendimento entre todos é condição indispensável, insubstituível [...]. não
pode haver desconfianças, reservas, restrições mútuas. Qualquer dissonância
entre os componentes encarnados do grupo pode servir de instrumento de
desagregação. (p. 59).
O
dirigente do grupo não é o que se senta à cabeceira da mesa e dá instruções –
ele é apenas um companheiro, um coordenador, um auxiliar, em suma, dos
verdadeiros responsáveis pela tarefa global, que se acham no mundo espiritual.
(p. 60).
[...]deve
predominar entre os encarnados um clima de liberdade consciente, franqueza sem
agressividade, lealdade sem submissão, autoridade sem prepotências, e perfeita
unidade de propósitos.
[...] o
trabalho das equipes encarnada e desencarnada deve ser colocado acima das nossas
posições pessoais.
[...] Os
benfeitores espirituais, ligados à tarefa, dificilmente nos darão ordens para
admitir este ou desligar aquele. (p. 61).
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