segunda-feira, 1 de junho de 2015

Espiritismo e sofrimento


corredor escuro
O caminho não é assim tão árduo…
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Sempre me disponho a esclarecer dúvidas sobre o Espiritismo ou dar orientações que estejam ao meu alcance. Quase sempre são questões importantes, envolvendo sofrimento, que exigem uma resposta rápida. Ocorre, algumas vezes, de surgirem dúvidas ou pedidos de conselho que me parecem banais. Preciso relê-los com calma para perceber que, para a pessoa que vive essas situações, elas parecem sérias e importantes.
Às vezes aparece alguém criticando tudo e todos, despejando revolta e inconformismo. Querem respostas. Mas não querem respostas para ponderar, refletir. Querem discutir, e eu não discuto. Não sou de participar de longas discussões e intermináveis polêmicas.
Essas pessoas querem explicações para as suas vidas, para os seus problemas. Mas não aceitam serem responsabilizadas por seus próprios atos. Não aceitam a reencarnação, acham Deus injusto, acham a vida cruel. Não se dão ao trabalho de estudar, não conseguem se esvaziar dos preconceitos, das ideias pré-concebidas, das opiniões formadas sobre tudo.
Um mergulho no Livro dos Espíritos quase sempre é suficiente para dissipar a maior parte das dúvidas acerca da existência. Mas é preciso estar disposto a aprender, a apreender novos conceitos.
São essas pessoas que, num estágio posterior, quando conseguem acreditar em algo, associam esse algo a alguém. Não conseguem aceitar a ideia isoladamente da pessoa que a gerou ou forneceu. Se aceita uma verdade, acolhe junto com ela a pessoa que lhe repassou essa verdade. São as pessoas que cultuam ídolos, que idolatram gurus, que precisam de mestres infalíveis.
Quando percebem que o ídolo é humano, que o guru é também aprendiz e que o mestre falha, se decepcionam, têm crises, recaem na descrença e no azedume.
Todos precisamos de alguém que nos aponte caminhos, que nos dê pistas a seguir, que divida conosco seus conhecimentos e experiências. Mas cada um deve caminhar por si mesmo. O máximo que alguém pode fazer por nós é mostrar a estrada, talvez afastar duas ou três pedras do caminho pra nos facilitar o começo da caminhada. Mas temos que caminhar com as nossas próprias pernas. Um passo de cada vez.
Em lugar algum vamos encontrar algo de produtivo para a reforma íntima, ou mesmo para a resolução de problemas mais imediatos, em pseudoverdades que nos satisfaçam o ego. Por que tanta dificuldade em aceitar a própria responsabilidade sobre o que se faz da vida? Como o orgulho é capaz de cegar dessa maneira?
Quem contata com o Espiritismo em busca de soluções fáceis nem se dá o tempo necessário para perceber que o caminho não é assim tão árduo. O Espiritismo não impõe grandes sacrifícios, não pede ou proíbe, apenas orienta e indica.
Acho uma pena quando aparece em meu caminho um revoltado. A revolta é ainda anterior ao sofrimento. Só depois de gastar muita energia com a revolta contra tudo e contra todos é que a pessoa revoltada vai amainando o coração e sofre. Então é a culpa, o remorso e, se houver um pouco de humildade, o arrependimento. É nesse estágio de sofrimento que muitos chegam ao Espiritismo. Essa é uma das causas do Espiritismo ter a sua imagem erroneamente associada ao sofrimento.
Há os que chegam ao Espiritismo por amor, por bondade, por necessidade de fazer o bem. Há os que chegam movidos pelo apelo científico, pela infinita área de pesquisa e conhecimento que o Espiritismo oferece. Mas você pode observar, no seu círculo de convívio, que a maior parte, ainda, vem trazida pelo sofrimento.
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