A
compreensão da vida é tarefa difícil para os empreendedores da sensibilidade.
As pessoas são vulneráveis, falta entendimento em todos os sentidos, uns com os
outros. Tudo é transição neste pequeno tempo em que somos submetidos a provação
terrena. Procuramos com o sopro divino a busca de dias melhores, porém, por
prazeres transitórios que tornam nosso espírito sedentário a coleta planetária.
Virtudes são desperdiçadas pela inflexão de valores. Nada é verdadeiro, só a própria
verdade. De todas as conseqüências mundanas a pior é falta de consciência que
assola o cotidiano e acarreta grande prejuízo a evolução do espírito. Homens
destruindo, arrancando, desmatando, violência proliferando em todos os níveis.
Porém, ainda há tempo para se adotar o amor como meio de se restabelecer o
equilíbrio dos desencantos. Esta poderosa arma é a melhor solução para os
conflitos do mundo moderno. Vive-se na esperança de realizações pequenas,
indultas, em desprezo ao volume das informações salutares. Tudo corre a revelia
do próprio homem. Degeneram-se o conteúdo sensorial que prescinde o
crescimento. Na grande viagem a destinos ignorados somos meros passageiros
obstinados pela torrente do egoísmo a preencher espaços inadequados do
pretérito então desconhecido. Quanto maior a vontade e o desejo na mesma
densidade é a proporção que a inteligência opera para a resolução da
interpretação dos anseios. Corre-se pela busca incansável de aparências exíguas,
indeterminantes, fulminadas pela pequenez da inteligência emocional. O mundo
opera pela ausência de conhecimento, pois conhecer é a capacidade de aprender
para o exercício da vida social. Todos somos responsáveis na interação da
capacidade de amar, com o saber e com a disponibilidade razoável para o
trabalho que induz a soluções criativas na seqüência da reflexão e análise
critica da sensibilidade e postura de cada um. De nada adiante – como se mostra
a experiência – transmissão de artifícios ausentes para fomentar a libertação
do ser humano. O maior poder do homem é a sabedoria e não a inteligência, pois
há divergência entre o ser e o saber. Relativamente é temerário pensar que nada
prescinde sem a devida necessidade, porque a razão é elemento indispensável
para a definição da verdade. Enfim, há meios, contornos e no processo evolutivo
insubstituível de cada um há reserva de decisão superior para compreensão dos
mistérios desconhecidos que impera na avaliação da conduta do ser. Seja como
for, nada é obtido sem resultado. A celeuma da construção existencial é interpretado
na proporção de nossos adimplementos pretéritos através do diálogo e
transposição aperfeiçoável da elaboração conjugada mediante aplicação do
sistema maior que liberta e condiciona o homem a compreensão de si mesmo. Com a
arte e a criatividade amparadas pela égide do saber e paixão o trabalho se
encerra capacitando, via de conseqüência, a dinâmica do viver com a valoração que
antecede o ensaio gratificado pela tarefa recepcionada pelo caminho almejado. Por
tudo isto, exercite agora mesmo a oportunidade por estar neste caminho, pois
certamente, verá adiante, o resultado que a vida lhe proporcionou e você
mereceu.
Umberto
Vettori – 29 de novembro de 2007.
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