Martha T. Capelotto
“Glória a Deus nas alturas, paz na Terra e boa-vontade para com os homens” (Lucas, 2:14)
Mais um ano praticamente transcorrido e eis que estamos novamente às voltas com os preparativos do Natal.
Preocupações de toda ordem começam a surgir, estabelecendo um antagonismo de situações. Compras, idealização de cardápios, roupas novas, para aqueles que têm recursos financeiros; frustrações, tristezas, para aqueles que vivem em dificuldades materiais. Timidamente serão lembrados os desvalidos, os órfãos, os velhos abandonados e os moradores de rua, como se pudéssemos aplacar, ainda que por um dia, todo o nosso sentimento de indiferença para com os nossos irmãos em humanidade.
Assim tem sido, sucessivamente, todos os natais para a grande maioria. Poderíamos dizer, sem medo de errar, que o verdadeiro espírito do Natal ainda não penetrou o âmago das criaturas. Independentemente das discussões frívolas a respeito de ser ou não o dia 25 de dezembro a data exata do nascimento de Jesus, o que vale considerar é o que Ele, na verdade, representa para nós.
Voltemos no tempo, examinemos as condições de Seu nascimento. Não foi num berço de ouro, cercado de serviçais, tampouco anunciado pelos poderosos da época. A escolha da humilde manjedoura, cercado de animais, despojado de qualquer pompa, foi o primeiro ensinamento de humildade Daquele que veio ao mundo para promover a grande renovação espiritual.
Glória a Deus no Universo Divino.
Paz na Terra.
Boa-vontade para com os homens.
Síntese perfeita de uma renovação de conduta. Destruição absoluta da justiça do “olho por olho”, “dente por dente”. Ante a luz nascente na estrebaria, uma força nova caiu sobre a Terra. Não mais a destruição, os castigos, as punições, as hostilidades, os anátemas, as condenações infames aos “pecadores”, mas, a partir de então, o Amor, como condição essencial para o trato de todas as questões da humanidade.
Desse modo, comemorar o Natal adequadamente, é refletir sobre todo o Evangelho de Jesus, reflexões estas que não podem ser fugazes, superficiais, farisaicas.
Basta de hipocrisia! Lembremo-nos do quanto o Mestre a combateu. Somos ainda velhas sepulturas caiadas por fora e podres por dentro.
O sentimento de fraternidade que deve reinar entre nós, ainda se apresenta utópico e distante. Fugimos de nossas responsabilidades espirituais, buscando mecanismos ilusórios para o nosso apaziguamento interior. Somos sectários, individualistas, julgadores contumazes. Ainda barganhamos com Deus a conquista do Seu reino de paz e de amor.
Natal!
Tempo de renovação do ciclo da vida!
Recomeçar deve ser a palavra de ordem. Sempre é tempo para mudanças…
Despojemos-nos de todo o preconceito, de toda atitude de desamor, de ódios, de mágoas, de rancores, de desavenças, de egoísmo e, certamente, festejaremos o Natal como se fosse a primeira vez.
Irmãos, recordemo-nos que o Mestre veio até nós para que nos amemos uns aos outros.
Natal! Boa Nova! Boa-Vontade!
http://aprendizdeespirita.blogspot.com.br/2009/12/o-verdadeiro-sentido-do-natal-para-o.html
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