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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

DOUTRINA ESPIRITA


Doutrina espíritaEspiritismo ou Kardecismo,[1][2] é a doutrina codificada pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, usando o pseudônimo Allan Kardec. Esta é baseada em cinco obras básicas, escritas por ele, através da observação de fenômenos que o mesmo atribuía a manifestações de inteligências incorpóreas ou imateriais, denominadas espíritos.
Em sua publicação, definida como "uma ciência que trata da natureza, da origem e da destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo corporal".[3] Contudo, em sentido estrito, é consenso científico que todas as buscas por evidências que corroborassem a existência de espíritos não foram afirmativas aos rigores do método científico — questão cientificamente válida em princípio e certamente merecedora de atenção e escrutinação, principalmente considerada a época em que estas se deram com intenso fervor. Com isso, a doutrina espírita não é uma cadeira científica em stricto sensu, como são por exemplo a biologia, a física, a química, ou outra área científica qualquer. Mesmo assim, cientistas renomados são conhecidos por suas pesquisas sobre a comunicação com entidades incorpóreas, entre eles: Alfred Russel WallaceAugustus De MorganCesare LombrosoCromwell Varley, Ernesto Bozzano, Frederico Myers, Julian OchorowiczMichael FaradayOliver LodgeWilliam Fletcher Barrett e William Crookes.[4][5]
Mesmo a doutrina valendo-se de métodos da ciência de observação, como o método dedutivo, sua contribuição não pode ser considerada exclusiva sob este caráter, sendo seu legado também significativo no caráter filosófico e religioso, este, cristão.[3]
A doutrina muito tem expandido, e hoje conta com adeptos em diversos países, como, AlemanhaArgentinaCanadá[6]EspanhaEstados Unidos,FrançaJapãoPortugalReino Unido, e, especialmente, alguns países americanos como, CubaJamaica e Brasil, este, tendo uma das maiores proporções, com um considerável número de seguidores em sua população.[7]
Alguns nomes são tidos como continuadores da doutrina, e de fundamental importância para sua expansão, entre os quais pode-se citar: Arthur Conan DoyleCamille FlammarionChico XavierDivaldo Pereira FrancoErnesto Bozzano, Johannes Greber[8]Léon Denis e Waldo Vieira.

Etimologia e uso

O termo Espiritismo (do francês Spiritisme) surgiu como um neologismo, criado pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail (conhecido por Allan Kardec) para nomear especificamente o corpo de ideias por ele sistematizadas em "O Livro dos Espíritos" (1857).[9]
Contudo, a utilização do termo, cuja raiz é comum a diversas nações ocidentais de origem latina ou anglo-saxônica, fez com que ele fosse rapidamente incorporado ao uso cotidiano para designar tudo o que dizia respeito à alegada comunicação com os espíritos. Assim, por espiritismo, entendem-se hoje as várias doutrinas religiosas e/ou filosóficas que crêem na sobrevivência dos espíritos à morte dos corpos, e, principalmente, na possibilidade de se comunicar com eles, casual ou deliberadamente, via evocações ou espontâneamente. Essa apropriação do termo cunhado por Kardec, por parte de adeptos de outras tradições espiritualistas, é criticada pelos seguidores contemporâneos do pedagogo francês, que o reivindicam para designar a sua doutrina específica.
O termo "kardecista" é repudiado por parte dos adeptos da doutrina que reservam a palavra "espiritismo" apenas para a doutrina tal qual codificada por Kardec, afirmando não haver diferentes vertentes dentro do espiritismo, e denominam correntes diversas de "espiritualistas"[10]. Estes adeptos entendem que o espiritismo, como corpo doutrinário, é um só, o que tornaria redundante o uso do termo "espiritismo kardecista". Assim, ao seguirem os ensinamentos codificados por Allan Kardec nas obras básicas (ainda que com uma tolerância maior ou menor a conceitos que não são estritamente doutrinários, como aapometria), denominam-se simplesmente "espíritas", sem o complemento "kardecista".[10] A própria obra desaprova o emprego de outras expressões como "kardecista", definindo que os ensinamentos codificados, em sua essência, não se ligam à figura única de um homem, como ocorre com o cristianismo ou obudismo, mas a uma coletividade de espíritos que eles acreditam que se manifestaram através de diversos médiuns naquele momento histórico, e que se esperava que continuassem a comunicar, fazendo com que aquele próprio corpo doutrinário se mantivesse em constante processo evolutivo, o que não se teria verificado, já que as obras básicas teriam permanecido inalteradas desde então.[carece de fontes] Outra parcela dos adeptos, no entanto, considera o uso do termo "kardecismo" apropriado.[11] O uso deste termo é corroborado por fontes lexicográficas como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa[12], o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa[13], o Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa[14] e o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa.[15]
José Lacerda de Azevedo, médico espírita brasileiro, compreendia o kardecismo como uma "prática ou tentativa de vivência da Doutrina Espírita" criado por brasileiros "permeada de religiosidade, com tendência a se transformar em crença ou seita".[16]
As expressões nasceram da necessidade de alguns em distinguir o "espiritismo" (como originalmente definido por Kardec) dos cultos afro-brasileiros, como a Umbanda. Estes últimos, discriminados e perseguidos em vários momentos da história recente do Brasil, passaram a se auto-intitular espíritas (em determinado momento com o apoio da Federação Espírita Brasileira[17]), num anseio por legitimar e consolidar este movimento religioso, devido à proximidade existente entre certos conceitos e práticas destas doutrinas. Seguidores mais ortodoxos de Kardec, entretanto, não gostaram de ver a sua prática associada aos cultos afro-brasileiros, surgindo assim o termo "espírita kardecista" para distingui-los dos que passaram a ser denominados como "espíritas umbandistas".

História

Allan Kardec, o codificador e sistematizador da Doutrina Espírita.
Durante o século XIX houve uma grande onda de manifestações mediúnicas nos Estados Unidos e na Europa. Estas manifestações consistiam principalmente de ruídos estranhos, pancadas em móveis e objetos que se moviam ou flutuavam sem nenhuma causa aparente. Entre eles destacou-se o suposto caso dasIrmãs Fox, nos EUA.
Em 1855, o professor Denizard Rivail, que depois adotou o pseudônimo de Allan Kardec, pretendia investigar o fenômeno que muitas pessoas afirmavam ter experimentado na época, das mesas girantes ou dança das mesas, em que mesas e objetos em geral pareciam animar-se com uma estranha vitalidade. Apesar de inciais afirmações aparentemente céticas"Eu crerei quando vir e quando conseguirem provar-me que uma mesa dispõe de cérebro e nervos, e que pode se tornar sonâmbula; até que isso se dê, deem-me a permissão de não enxergar nisso mais que um conto para dormir em pé", assegura-se que após dois anos de pesquisas, não tinha visto constatação de fraudes e nem um motivo para englobar todos os acontecimentos dessa ordem no âmbito das faláciase/ou charlatanices. Pessoalmente convencido não só da realidade do fenômeno, que considerou essencialmente real apesar das mistificações existentes, mas também da possibilidade de ele ser causado por espíritos, Rivail, em lugar de dedicar o resto de sua vida à busca por "provar cientificamente" a explicaçãomediúnica para esses pretensos fenômenos, sagrou-se a explorar as consequências da hipótese de que fossem causados pela ação de espíritos.
Quanto à sua formação, pretendia ser discípulo de Pestalozzi, discípulo por sua vez de Rousseau, apesar da sua teórica pesquisa não seguir métodos estritamente científicosnaturalista. O seu intuito era dar algum suporte à espiritualidade humana numa época em que a ciência avançava a passos largos e asreligiões perdiam cada vez mais adeptos. Kardec julgava ter encontrado um novo modo de pensar o real, que uniria, de forma ponderada, a ascendente Ciência e a decadente Religião. Assim, Kardec defendia que fazia uso do empirismo científico para investigar os fenômenos, da racionalidade filosófica para dialogar com o que presumiu serem espíritos e analisar suas proposições, e buscou extrair desses diálogos consequências ético-morais úteis para o ser humano. Surgia aí, mais precisamente em 18 de abril de 1857, a doutrina espírita, sistematizada na primeira edição de O Livro dos Espíritos.

Primeiras observações

A médium Eusápia, num experimento controlado porAlexandre Aksakof em 1892.
Segundo alguns seguidores da doutrina espírita, os fenômenos mediúnicos seriam universais e teriam sempre existido, inclusive com fartos relatos na Bíblia, mas os espíritas e muitos outros defensores da explicação mediúnica para os chamados "fenômenos sobrenaturais" ou "paranormais" adotam a data de 31 de março de 1848 como o marco inicial das modernas manifestações mediúnicas, alegadamente mais ostensivas e frequentes do que jamais ocorrera, o que levou muitos pesquisadores a se debruçarem sobre tais fenômenos. Afirmam, contudo, que acontecimentos envolvendo espíritos (pessoas que já morreram) existem desde os primórdios da humanidade.[carece de fontes]
Entre outros, citam como exemplo os comentários de Platão ao falar sobre o dáimon ou gênio que acompanharia Sócrates; a proibição de Moisés à prática da "consulta aos mortos", que seria uma evidência da crença judaica nessa possibilidade, já que não se interdita algo irrealizável; e a comunicação de Jesus comMoisés e Elias no Monte Tabor, citada em Mt, 17, 1-9.

Estudo sobre as mesas girantes

Segundo os biógrafos, Allan Kardec foi convidado por Fortier, um amigo estudioso das teorias de Mesmer, a verificar o fenômeno das mesas girantes com a disposição de observar e analisar os fenômenos que despertavam curiosidade no século XIX.
As primeiras manifestações tidas como mediúnicas aconteceram por meio de mesas se levantando e batendo, com um dos pés, um número determinado de pancadas e respondendo, desse modo, sim ou não, segundo fora convencionado, a uma questão proposta.
Kardec, analisando esses fenômenos, concluiu que não havia nada de convincente neste método para os céticos, porque se podia acreditar num efeito daeletricidade, cujas propriedades eram pouco conhecidas pela ciência de então. Foram então utilizados métodos para se obter respostas mais desenvolvidas por meio das letras do alfabeto: o objeto móvel, batendo um número de vezes corresponderia ao número de ordem de cada letra, chegando, assim, a formularpalavras e frases respondendo às perguntas propostas.
Kardec concluiu que a precisão das respostas e sua correlação com a pergunta não poderiam ser atribuídas ao acaso. O ser misterioso que assim respondia, quando interrogado sobre sua natureza, declarou que era um espírito ou gênio, deu o seu nome e forneceu diversas informações a seu respeito.

Princípios

Nascido no século XIX, no dia 18 de Abril de 1857, com a publicação de O Livro dos Espíritos, o Espiritismo se estruturou a partir de pretensos diálogos estabelecidos por espíritosdesencarnados que, se manifestando por meio de médiuns, discorreram sobre temas religiosos sob a ótica da Moral Cristã, ou seja, tendo por princípio o amor ao próximo. Desta forma foi estabelecido o preceito primário da Doutrina, de que só é possível buscar o aprimoramento espiritual através da caridade aos semelhantes (Lema: Fora da caridade não há salvação), além de trazer a luz novas perspectivas sobre diversos temas de grande relevância filosófica e teológica.
O Espiritismo pretende chegar à compreensão da realidade mediante a integração entre as três formas clássicas de conhecimento, que seriam a ciência, a filosofia e a moral. Segundo Kardec, cada uma delas, tomada isoladamente, tende a conduzir a excessos de ceticismo, negação ou fanatismo.[carece de fontes] A doutrina espírita se propõe, assim, a estabelecer um diálogo entre as três, visando à obtenção de uma forma original que, a um só tempo, fosse mais abrangente e mais profunda, para desta forma melhor compreender a realidade. Kardec sintetiza o conceito com a célebre frase: “Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão em todas as épocas da humanidade”[18].
É importante ressaltar ainda que, quem quer que acredite haver em si alguma coisa mais do que matéria é, por definição, espiritualista, independente de sua religião, sendo, portanto, o espiritualismo enquanto oposição ao materialismo, o pilar fundamental da maioria das doutrinas religiosas. No caso do Espiritismo, a principal diferença entre esta doutrina e a maioria das demais religiões é sua crença na possibilidade de comunicação entre o mundo corporal e o mundo espiritual, contudo, a fé nesta possibilidade de comunicação gera grande confusão por parte dos leigos entre o Espiritismo e as religiões afro-brasileiras, contudo, cada uma delas possui origens completamente distintas umas das outras.
Allan Kardec, em "Obras Póstumas", propõe que o espiritismo seja uma doutrina natural, passível de ser interpretada ou não como religião pelos homens, isto é, capaz de colocar o homem – ou o espírito – diretamente em relação com Deus.
Quadro retratando a Evolução espiritual, segundo a ótica da Doutrina Espírita.
A doutrina espírita, de modo geral, fundamenta-se nos seguintes pontos:
  • Na existência e unicidade de Deus, desconstruindo o dogma da Santíssima Trindade;
  • Na existência e imortalidade do espírito, compreendido como individualidade inteligente da Criação Divina (para Kardec, a ligação entre o espírito e o corpo físico, é feita por meio de um conectivo "semimaterial" que denomina de perispírito);
  • Na defesa da reencarnação como o mecanismo natural de aperfeiçoamento dos espíritos;
  • No conceito de criação igualitária de todos os espíritos, "simples e ignorantes" em sua origem, e destinados invariavelmente à perfeição, com aptidões idênticas para o bem ou para o mal, dado o livre-arbítrio;
  • Na possibilidade de comunicação entre os espíritos encarnados ("vivos") e os espíritos desencarnados ("mortos"), por meio da mediunidade (Essa comunicação é realizada com o auxílio de pessoas com determinadas capacidades - os médiuns, como por exemplo a chamada "escrita automática" (psicografia).[19]);
  • Na Lei de Causa e Efeito, compreendida como mecanismo de retribuição ética universal a todos os espíritos, segundo a qual nossa condição é resultado de nossos atos passados;
  • Na pluralidade dos mundos habitados, a ideia de que a Terra não é o único planeta com vida inteligente no universo.
Além disso, podem-se citar como características secundárias:
  • A noção de continuidade da responsabilidade individual por toda a existência do Espírito;
  • Progressividade do Espírito dentro do processo evolutivo em todos os níveis da natureza;
  • Volta do Espírito à matéria (reencarnação) tantas vezes quantas necessárias para alcançar a perfeição. Os espíritas não creem na metempsicose.
  • Ausência total de hierarquia sacerdotal;
  • Abnegação na prática do bem, ou seja, não se deve cobrar pela prática da caridade nem o fazer visando a segundas intenções;
  • Uso de terminologia e conceitos próprios, como, por exemplo, perispíritoLei de Causa e EfeitomédiumCentro Espírita;
  • Total ausência de culto a imagens, altares, etc;
  • Ausência de rituais institucionalizados, a exemplo de batismo, culto ou cerimônia para oficializar casamento;
  • Incentivo ao respeito para com todas as religiões e opiniões.
Embora a Doutrina Espírita não seja oriunda do Brasil, este é o país que possui a maior quantidade de adeptos.[20] A Federação Espírita Brasileira, que integra o Conselho Espirita Internacional, é a principal entidade divulgadora da Doutrina Espírita no Brasil. Outra organização de vulto é a Confederação Espírita Pan-Americana. Esta última não concebe o espiritismo como religião, centrando-se apenas nos seus aspectos filosóficos e científicos.
Com relação à questão da reencarnação, ela também não é pacífica, como ilustrado quando do V Congresso Internacional de Barcelona (1934) onde, depois de extensas discussões, ficou estabelecido que:
"...os espíritas latinos e hindus, representados pelos delegados da BélgicaBrasilCubaEspanhaFrançaÍndiaMéxicoPortugalPorto RicoArgentinaColômbiaSuíça e Venezuela, afirmam a reencarnação como lei de vida progressiva, segundo a frase de Allan Kardec: 'Nascer, morrer, renascer e progredir sempre', e a aceitam como uma verdade de fato. Os espíritas não-latinos, representados no Congresso pelos delegados da InglaterraIrlandaHolanda e África do Sul, consideram não haver demonstração suficiente para estabelecer a doutrina da reencarnação formulada por Kardec. Cada escola, portanto, fica em liberdade para proclamar as suas convicções a respeito de reencarnação."[21]

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