Quase todos os dicionários da língua
portuguesa, e até de outras línguas, definem a “obsessão” como sendo idéia
fixa, mania de perseguição, intenção exclusiva de prejudicar o outro, mas se
analisarmos com calma e serenidade esse fenômeno de origem espiritual, podemos
observar que se trata de uma: “simbiose espiritual”, ou seja, uma associação de
hábitos, tendências, vícios, desejos e paixões. Quer dizer que, mesmo que um
espírito deteste o outro e queira lhe fazer mal, isso só poderá acontecer se
houver afinidade, se a possível vitima oferecer condições de aproximação, de
imantação e subjugação.
Quando, no
mesmo nível moral, é mais que certo que as preferências também sejam iguais,
temperamentos fortes e destemidos atraem forças equivalentes; preguiçosos e
inertes se juntam a elementos do mesmo teor; egoístas, orgulhosos, invejosos e
ciumentos também atraem companheiros iguais, e são essas viciações conhecidas
da vida comum que facultam essas ligações fluídicas perniciosas da obsessão”.
Muitas
obsessões, estruturadas e iniciadas durante a vida física, não se interrompem
depois da “morte” e, muitas vezes, são ainda mais acirradas, porque a entidade
obsessora passa a ter a vitima a sua mercê, pois ambos estão no mundo fluídico
sema roupagem carnal, onde podem se enfrentar cara a cara, sem o obstáculo do
corpo físico. Não foi à toa que Jesus recomendou: “Antes de qualquer oração ou
oferenda, vá primeiro à casa do seu adversário e reconcilia-te com ele,
enquanto estão caminhando juntos aqui na Terra”, numa alusão clara e
insofismável que, depois da “morte”, a situação se torna ainda mais grave e de
difícil solução.
As obsessões
estão por toda parte, e é tão comum nos dias de hoje, que as pessoas convivem
naturalmente com elas, fugindo da realidade e dando a esses sintomas
espirituais os nomes de “depressão, síndrome do medo, estresse”, e outras
formas de identificação, sem, no entanto, passar pelo crivo dos males
espirituais, que hoje proliferam principalmente
nas grandes cidades, onde recebem o incentivo constante do trânsito
congestionado, das filas intensas para se fazer tudo, do consumo desenfreado,
da dívidas acima do orçamento doméstico, da violência vulgarizada por toda
parte, dos programas televisivos de nível baixíssimo, dos desquites e divórcios
por motivos fúteis, da falta de religiosidade, da falta de conhecimento de uma
vida fora da matéria, da falta de fé e esperança nas promessas de Jesus.
Muitas das
“obsessões” em curso na vida das pessoas são frutos de vidas passadas, em que
invadiram fronteiras alheias, atassalharam a vida dos outros, se comprometeram
com faltas e crimes graves, assumiram compromissos que não cumpriram, criando
com isso uma espécie de “carma” temporário que, com certeza, volta sempre,
principalmente quando o devedor já possui condições de saldar a dívida. O
obsessor quase que sempre é também uma vitima, que precisa ser orientada a
oferecer o perdão, pois, caso contrário, também não se libertará nunca,
carpindo os mesmos sofrimentos de sua possível vitima.
Enquanto o
homem terreno não for estudado na sua íntegra, como um ser espiritual que é,
será sempre difícil fazer avaliações no campo físico e mental, porque, em
síntese, o homem é o que ele imagina e pensa, e enquanto o seu pensamento for
desequilibrado e autoritário, dificilmente terá condições de conviver
pacificamente, e, em conseqüência, de se livrar dos fenômenos obsessivos. Só o
a mor cura a obsessão. E Jesus veio para nos demonstrar esse amor,
incondicional e puro, que os homens devem ter uns pelos outros, como antídoto
para alcançar a paz que todos desejamos.
Autor: Djalma Santos
Fonte: Livro: Segredos e Mistérios da Mente Humana
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