uando pensamos em reforma íntima, a primeira ideia que nos vem à mente é a de que precisamos mudar algo internamente, ou seja, por meio de uma introspecção.
E o que acontece? Assistimos às palestras, recebemos o passe, tomamos água fluidificada ou, ainda, vamos à Igreja e recebemos as bênçãos, seja do Padre ou do Pastor e vamos embora. Somos caridosos apenas dentro da Casa Espírita ou das Igrejas, chegando a fixar no pensamento que essas atitudes irão se repetir por longo tempo. Mas, à medida que vamos estudando e compreendendo melhor os ensinamentos, sentimos que necessitamos nos integrar mais nas ações de reforma moral da Sociedade, e nada melhor para fazermos isso do que iniciando tal reforma por nós mesmos, isto é, que sejamos irmãos na convivência com o mundo, fato que nos levará à nossa reforma moral.
Todo religioso sabe que é necessária a reforma íntima, porque compreende que a bondade, a gentileza e tantos outros preceitos do verdadeiro cristão geram mecanismos para atingir o seu mais nobre objetivo: a reforma moral da criatura.
A maioria dos livros escritos pelas vias mediúnicas são ricos de ensinamentos e são verdadeiros tratados de saúde mental, com base no Evangelho de Jesus (Novo Testamento) e na Codificação de Allan Kardec.
A motivação para esse esforço de reformar-se nasce do confronto da meditação com o cotidiano nem sempre ideal, que muitos adotam. Unindo, pois, a teoria à prática, tem-se por finalidade revelar, de forma mais clara, o ente cristão que há por trás das “armadilhas perigosas” que o materialismo impõe como regra geral, na jornada durante a vida dos encarnados (vivos).
É do conhecimento de todos que, na prática, mais fácil é ler e achar que entende os ensinamentos de Jesus do que exercitá-los e realmente assimilá-los no dia-a-dia, consolidando posturas cristãs e aprimorando qualidades morais. Nada há de estranho nisso, pois se sabe que nosso mundo é ainda de expiação (provas) e, por isso mesmo, todo homem tem muitas imperfeições para serem corrigidas. Pessoas mais esclarecidas sobre os seus defeitos e mais empenhadas no processo de reforma íntima conseguem conviver mais harmoniosamente entre si, alcançando maior êxito em suas realizações.
A dificuldade de praticar a reforma íntima reside no orgulho, na soberba, na vaidade e em tantos outros defeitos morais que contrariam os ensinamentos do Mestre. Entretanto a descoberta da necessidade de "ver" e corrigir os erros praticados converte-se em um passo importante, pois conduz o indivíduo à reforma interior, tão essencial ao aprimoramento do ser. E mais: é certo que a maioria que estuda atentamente os livros espíritas, a partir da Codificação de Allan Kardec, que representa a base do Espiritismo, sente a necessidade de melhor se conhecer e pôr em prática a reforma íntima. Todavia, nem sempre sabe como “fazer” a tal reforma íntima. Eis algumas regras básicas:
1) Falar sempre de forma a não atacar o próximo;
2) Não ver as críticas ou qualquer coisa com caráter pessoal;
3) Não fazer suposições, principalmente quando se referir a alguém;
4) Fazer o melhor que puder, com o máximo de si , se possível em benefício do próximo.
Parece simples, mas não é. E com esforço chegaremos lá.
“Ante às dificuldades do cotidiano, exerçamos a paciência, não apenas em auxílio aos outros, mas igualmente a favor de nós mesmos.” (Emmanuel. Livro Encontro Marcado.)
Edu Medeiros - Um Amigo do Bem
Palestrante Motivacional e Expositor Espírita.
Contato: www.edumedeiros.com
Artigo publicado na Coluna Espírita do Jornal JC Regional de Pirassununga/SP - Edição de 27/11/2010.
Correção ortográfica e gramatical: Professora Conceição Pimenta.
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