A LUZ DO SOL QUE É DEUS!!

A LUZ DO SOL QUE É DEUS!!
PAZ E ALEGRIA!!!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

TERRORISMO RELIGIOSO

"O espírita sério crer. Ele crê porque compreende, e só pode compreender recorrendo ao raciocínio"

Todas as afirmações em matéria de Teologia são e sempre o foram arraigadas no cérebro, e dificilmente podem ser removidas; e enquanto aí estiverem a verdade não encontrará lugar. (Swendenborg)

 Introdução:

Todas as práticas de terrorismo visam, invariavelmente, impor à força pensamentos, filosofias e doutrinas aos que não comungam delas. Recorre-se, algumas vezes, às armas, visando estabelecê-las por meio do medo. Exatamente por isso já, de antemão, as podemos considerar inverídicas, porquanto, a verdade sendo algo cristalino não é coisa que se impõe, todos a aceitam pacificamente.

Pelo modo de agir dos adeptos de algumas religiões tradicionais, especificamente a sua liderança, não há outra alternativa senão considerar também como prática terrorista o que vem sendo feito por eles, que implantando um verdadeiro terrorismo religioso, fazem de tudo para encabrestar seus fiéis. Embora não estejam mais recorrendo às armas com que matavam as pessoas, certamente recorrem àquelas que matam a liberdade de pensar delas, aprisionando-as aos seus pensamentos.

 E as armas como por exemplo:

 Fuzis,
 Rifles,
 Canhões,
 Granadas,
 Metralhadoras. etc.

 São substituídos por:

 Dia do juízo,
 Fim do mundo,
 Fogo do inferno,
 Garras de satanás, etc.

Que, conforme já dissemos, apesar de não matarem fisicamente, matam algo tão importante quanto o é a liberdade de pensar das criaturas.
Desarmando o arsenal bíblico utilizado:

Não vemos em nenhuma passagem bíblica a idéia de uma catástrofe anunciadora do fim do mundo, que, como tudo na natureza à nossa volta, está passando pelo ciclo nascer-crescer-morrer, ou seja, ele vai acabar mesmo é de velho. Obviamente, se o homem não o destruir antes disso. Tudo quanto é citado sobre esse assunto é simbólico, por isso é que não se pode pegá-lo ao pé da letra, sob pena de colocar a suprema justiça a um nível muito mais baixo ainda do que a precária justiça humana.

 Aos que acreditam numa só vida e conjuntamente admitem o castigo eterno, perguntamos:

 Como poderemos viver pela eternidade pagando por um erro cometido em, no máximo, uns cem anos?
 Poderá o nosso destino estar selado, para todo o sempre, em virtude de tão pouco tempo?

Seria algo como um pai castigar por toda a vida (e ela não é eterna) uma criança de dois anos que fez alguma peraltice, própria dessa idade. Isso é incompatível com qualquer senso lógico e de justiça. Quem aceita algo assim pensa que é justo, mas, em verdade, é uma pessoa cujo coração está tão cheio de ódio que já transborda em desejo de vingança, nada mais que isso. O amor ainda não se incorporou em seu caráter.

 Ao falarmos em castigo eterno, estamos também incluindo nessa idéia seus correlatos:

 Castigo,
 Satanás,
 Fim do mundo,
 Dia do julgamento,
 E tudo o mais que dizem por aí.

 1 • Apagando o fogo do inferno:

 Aqui literalmente podemos jogar água, que nem precisa ser benta, na fogueira, pois esse tão propalado inferno só existe na mente de pessoas retrógradas, que não possuem o mínimo senso crítico, para ver quão absurdo é tal lugar. Por perderem o bonde da história não se dão conta que a crença no inferno, como é visto atualmente, é cópia, e barata por sinal, do que existia no paganismo.
Vamos provar que isso é mera fantasia alimentada pelos líderes religiosos, já que ele, o inferno, é uma eficiente arma para fazer com que os “pobres cordeirinhos” tremam de medo.

  Obviamente que para existir o inferno Deus há que tê-lo criado, não é mesmo?

Ninguém, até hoje, conseguiu nos provar que Ele tenha feito isso. Nós, ao contrário, é que provamos que o Pai Supremo não o estabeleceu, para desespero dessa liderança, da qual estamos falando. A essência das leis divinas contidas no Antigo Testamento está listada nos Dez Mandamentos, que, certamente, é aquilo que devemos rigorosamente cumprir.

  O questionamento é bem simples:

  Se tais mandamentos representam as máximas divinas, por que a pena para quem não os cumpre não é ir para o inferno?

Pois ao instituí-los, Deus deveria, por questão de justiça
coisa que é impossível d’Ele agir em contrário , ter estabelecido como pena aos infratores o inferno. Aliás, os mais atentos verão que nem mesmo pena para uma vida após a morte existe. Tudo quanto é dito está relacionado com situações terrenas. Fato que poderá facilmente ser comprovado por você, caro leitor, se quiser certificar o que estamos dizendo.

  Assim, provamos que o inferno não foi criado neste momento.

  Sabemos, os que estudam, que é produto da cultura persa absorvida pelos judeus?
  Pelos judeus?

  Não!
  Foram os cristãos quem o fizeram, o que torna o fato mais estranho, pois quem tinha tudo para assimilar isso dos persas, eram os primeiros, não estes últimos.

Se Deus não criou o inferno nessa época, em outra também não o poderia ter criado, já que se o fizesse não estaria agindo com eqüidade, que é um princípio baluarte da justiça, uma vez que quem viveu entre a instituição dos Dez Mandamentos e a provável criação do inferno não poderia ir para lá.

  Pois ninguém pode ser condenado por uma pena não prevista em lei, estabelece a frágil justiça humana, que dirá a divina? E nós agora não podemos ser condenados ao inferno, porquanto, outras pessoas não o foram. Como Deus “não faz acepção de pessoas” (At 10,34; Rm 2,11; Ef 6,9) e se suas leis são imutáveis, porquanto se as mudassem não as teria criado perfeitas.

  Conclui-se que Ele não criou o inferno, pois se o criasse, não o mudaria, já que seria perfeito. E disso nós concluímos, então, que o inferno não é criação divina e sim dos homens.

  Entretanto, quem o criou? Temos a resposta na ponta da língua: a liderança religiosa, como forma de amedrontar seus fiéis. Não há uma outra alternativa senão essa.

  2 • A mentira sobre o pai da mentira, Lúcifer:

Deus, O SUPREMO BEM, não poderia ter criado o mal.

  Sendo assim, indagamos novamente:
  Como se explica a existência de Lúcifer e cia?

  Respondem-nos os crentes, pensando acertar o alvo:
  É um anjo que decaiu.

Em razão dessa resposta, voltamos a questionar:

  O que é um anjo?
  Um anjo é um ser perfeito criado por Deus.

  Ótimo!
  Então nos explique como um ser perfeito pode decair?

  Esta pergunta é fatal e os deixa estonteados à procura de uma resposta que não têm. Mas alguns, não querendo dar o braço a torcer, arriscam justificar essa do anjo decaído citando, sorriso nos lábios, o profeta Isaías (Is 14,12), confiantes em que “a palavra de Deus” vai lhes dar guarida.

  Como se diz: “ô coitado”!
  Nem mesmo eles têm capacidade de analisar uma passagem bíblica.

Quem quiser poderá ver que o contexto de Is 14,12 fica evidenciado nos versículos 3 e 4 onde, segundo a narrativa, Deus pede ao profeta Isaías para proferir um motejo (sátira) contra o rei da Babilônia, que à época subjugava o povo hebreu, quando fosse liberá-lo desse rei, que queria dominar o mundo. Portanto, nada de Lúcifer, como entendem os apressados.

Tendo em vista que provamos acima que o inferno não existe, e sendo ele um lugar, segundo afirmam, onde Lúcifer vive, então, a conseqüência lógica disso é que esse ser também não existe. Aqui, do mesmo modo, por questões da influência dos persas que tinham o deus do mal
Ariman , que rivalizava com o deus do Bem Ormuzd , essa entidade do mal foi incorporada à cultura dos que, tradicionalmente, têm a Bíblia como fonte de suas práticas religiosas.
  3 • Há eleitos de Deus?

  Biblicamente falando, quem poderia se arrogar em afirmar ser eleito de Deus seriam os judeus, não os cristãos, já que é assim que “a palavra de Deus” diz:

Quem prega a exclusividade da salvação por pertencer a determinado segmento religioso não entendeu patavinas da parábola do bom samaritano (Lc 10,25-37), onde aquele que era considerado ateu é o exemplo de quem Jesus nos recomenda seguir.

Na passagem da separação dos bodes e das ovelhas (Mt 25,31-46) o critério para ser escolhido para ir para a direita não foi o de pertencer a alguma igreja. Por outro lado, se Deus “faz chover sobre os bons e maus” (Mt 5,45) é sinal que trata todos do mesmo modo, e como Jesus disse". O Pai que está no céu não quer que nenhum desses pequeninos se perca” (Mt 18,14) então todos nós seremos salvos, entretanto, o tempo para que isso aconteça não é o mesmo para todos, pois aí vale o “ a cada um segundo suas obras” (Mt 16,27).

Há uma passagem muito singular sobre a qual quase ninguém fala dela, mas é fatal contra essa idéia sectária de salvação.
4. Quem não pagar dízimo vai pro inferno?

 Esta é a mais deslavada mentira que pregam aos seus fiéis.

Porquanto, em canto algum da Bíblia se encontra tamanho absurdo. O item anterior serve para demonstrar por qual meio haverá separação dos bons e dos maus, entretanto, ninguém vai para uma condenação eterna, porquanto, só é justa a pena cujo período esteja limitado ao montante da dívida, ou seja, exatamente conforme nos asseverou Jesus “até que se pague o último centavo” (Mt 5,26).

A passagem bíblica que instituiu este tributo foi Lv 27,30.32, na qual lemos:

 Todos os dízimos do campo, seja produto da terra, seja fruto das árvores, pertencem a Javé, é coisa consagrada a Javé.

 Os dízimos de animais, boi ou ovelha, isto é, a décima parte de tudo o que passa sob o cajado do pastor, é coisa consagrada a Javé.

 Ou seja, o dízimo aqui instituído é relacionado aos produtos da terra, não a dinheiro. Entretanto, mais tarde foi desvirtuado para recebimento monetário, mas aqui funcionava como um imposto, já que a liderança religiosa é quem detinha também o poder político. Se o Estado foi desmembrado da religião e nós continuamos a pagar imposto ao Estado, então o dízimo é sem sentido. Pois, da forma que o cobram, ele é em verdade um imposto religioso, cuja exigência cabe aos líderes religiosos, que, sem nenhum rubor na cara, o atribuem a Deus como se fosse o dízimo uma ordem divina.

 5  • É proibido ler obras literárias que não as de sua igreja?

Se for verdade que “onde se acha o Espírito do Senhor aí existe liberdade " consequentemente, o contrário também é verdadeiro, ou seja, onde não existe liberdade o Espírito do Senhor não está.

Quem proíbe alguém de fazer alguma coisa está impedindo-a de agir livremente, ou seja, a pessoa não tem mais liberdade. Mas é certo que somente se proíbe por medo.

 Medo?
 Sim, medo de que descubram que a verdade está noutro lugar que não naquele que freqüentam, pois quem tem convicção de estar com a verdade não restringe ninguém a nada.

 Jesus ao afirmar:

Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará,  estava justamente incentivando as pessoas a procurem a verdade, mas essa só pode ser encontrada quando se tem independência para pesquisar e se ler qualquer conhecimento registrado pelo homem, pouco importa qual seja a sua origem, sem nenhuma restrição religiosa.

 Conclusão:

De tudo o que até aqui mostramos, podemos concluir que o “fim dos tempos” já passou, pois, pelas narrativas bíblicas chega-se, facilmente, à conclusão de que esse tempo, na verdade, sempre foi algo próximo à realidade que os personagens bíblicos viviam naquele momento. Reafirmamos, que não existe nenhuma passagem da qual possamos dizer que tal evento seja para um futuro longínquo.

Entretanto, parece-nos que ninguém se preocupa com isso e os fiéis amedrontados apenas seguem o que lhes passaram como “verdade”. Enquanto a liderança religiosa, que usa de interpretações à sua conveniência, os mantém encabrestados à sua maneira de pensar, tendo como base, conforme já o dissemos, o medo.

Certamente, muitos deles, se tiverem oportunidade de lerem esse nosso texto, irão nos mandar para os quintos dos infernos e a seus fiéis dirão que nós estamos possuídos pelo “demo”. Entretanto, esse mesmo juízo divino que dizem ser terrível será usado para julgá-los, já que a justiça de Deus é feita com equanimidade.

Esses pobres coitados amanhã estarão queimando no fogo do inferno consciencial por terem utilizado, a proveito próprio, as revelações divinas.

Aqui vale relembrar a passagem bíblica, há pouco citada, que diz:

 "Onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade”

Do que se pode perfeitamente concluir que onde não existe liberdade, aí não está o Espírito do Senhor.

Paulo da Silva Neto Sobrinho.

Referências bibliográficas:
 Bíblia Sagrada. Brasília, DF: SBB, 1969.
 Bíblia Sagrada. São Paulo: Paulus, 2001.
 Bíblia Sagrada. São Paulo: Paulus, 1990.
 Bíblia Sagrada. São Paulo: Paulinas, 1980.
 Bíblia Sagrada. Petrópolis, RJ: Vozes, 1989.
 Bíblia Sagrada. São Paulo, Ave Maria, 1989.
 Novo Testamento, São Paulo: Loyola, 1984.
 Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2002.
 Bíblia Sagrada. Aparecida, SP: Santuário,1984.
 A Bíblia Anotada, São Paulo: Mundo Cristão, 1994.
 Bíblia Sagrada - Edição Pastoral. São Paulo: Paulus, 2001.
 Bíblia Sagrada - Edição Barsa, Rio de Janeiro: Catholic Press, 1965.

Um comentário:

  1. Apesar de entender que o conteúdo das reflexoes, que questionam as penas e gozos na vida futura, postas pelo o autor são relevantes, expresso aqui, que nao concordo com termos como " coitados". O divino Nazareno nos orientou a ser mansos, pacificos e a caridade na linguagem é um instrumento de vivência evangélica. Cada espírito encontra-se agragado a doutrina ou religião que melhor atende seus anseios de alma, com a qual afinizam pelo grau da escala evolutiva e de entendimento em que estam. Os que abusam da fé em beneficio próprio constroem em vida , os martirios emocionais/espirituais que vivenciarão quando o arrependimento enfim tocar-lhes o coração.
    Bella

    ResponderExcluir

Paz e Alegria! Sua contribuição é muito importante para nosso aprendizado! Compartilhe suas idéias! Sugira novas fontes de pesquisa,filmes, livros,videos sobre o tema!