A LUZ DO SOL QUE É DEUS!!

A LUZ DO SOL QUE É DEUS!!
PAZ E ALEGRIA!!!

domingo, 30 de dezembro de 2012

Mensagem de Lianda - Guia espiritual do NEMB



Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade.

O Planeta terra passa por transformações e este ano vindouro evidenciará estas mudanças. Devemos nos unir, todos os trabalhadores da ultima hora, e buscar a transformação moral que tanto necessitamos e que tantas vezes adiamos em nome do comodismo e da ganância.

Estas mudanças trazem também a necessidade de agirmos com mais fraternidade e mais amor uma para com os outros. Distribuamos o que há de melhor em nós e combatamos as nossas imperfeições. Bato nesta tecla para que os trabalhadores desta casa possam esquecer a materialidade excessiva e buscar a desmaterialização, pois os bens materiais serão dados por acréscimo a cada um.

Não esqueçam que seguram a bandeira do Cristo e necessitamos agir como ele nos exemplificou. O mundo necessitará de todas as boas energias que pudermos jorrar de nossos corações.
Tenham fé e mantenham todos, as esperanças, pois as modificações melhorarão em o nosso orbe.

Fiquem com Deus e acolham Jesus em seus corações,

Lianda
Guia Espiritual do Núcleo Espirita Mensageiros do Bem

Mensagem psicografada na manhã de 30/12/2012 última Reunião Pública do ano no NEMB pela médium Walkiria Camelo.

2013 FRATERNIDADE UNIVERSAL - FELIZ ANO NOVO BUDISTA


Mensagem de Ano Novo Budista

Um certo dia Buda estava viajando com alguns de seus seguidores. Enquanto eles estavam passando por um lago, Buda disse para um dos seus discípulos: "Tenho sede. Traga-me um pouco de água do lago."

O discípulo caminhou até o lago. Naquele momento, um carro de bois começou a atravessar o lago. Como resultado, a água ficou muito turva e lamacenta. O discípulo pensou: "Como eu posso dar essa água barrenta para Buda para beber?"

Então, ele voltou e disse para Buda: "A água está muito lamacenta. Eu acho que não é boa para beber."

Depois de meia hora, Buda pediu para o discípulo voltar para o lago. O discípulo voltou, e descobriu que a água ainda estava com lama. Ele voltou e informou Buda.

Depois de algum tempo, Buda pediu mais uma vez para o discípulo voltar.

Desta vez, o discípulo viu que a lama tinha descido para o fundo do lago, e a água estava limpa e cristalina. Então ele recolheu um pouco de água em uma panela e levou-a para Buda.

Buda olhou para a água, olhou para o discípulo, e disse: "Veja o que você fez para tornar a água limpa, repare que a lama desceu sozinha - E você tem água limpa. Sua mente é assim também! Quando ela está perturbada, deixe-a sozinha. Dê-lhe um pouco de tempo. Ela vai se estabelecer por conta própria. Você não tem que fazer nenhum esforço para acalmá-la. Isso vai acontecer. É fácil."

Neste ano de 2013, trate a todos com educação, mesmo aqueles que são rudes com você. Não porque eles não são bons, mas porque você é bom! Você pode mudar o mundo!

Quando o seu mundo interior muda, o mundo exterior também mudará!

Faça deste mundo um mundo melhor, porque você pode!

FELIZ ANO NOVO 2013!
http://www.mundodasmensagens.com/mensagem/comemorativa-mensagem-de-ano-novo-budista.html

2013 FRATERNIDADE UNIVERSAL - ANO NOVO CHINÊS







Ano Novo Chinês  4711 - 2013: PREPARANDO A CASA PARA O ANO DA SERPENTE DE ÁGUA
por 
LIANA OLIVIER
A partir de agora, é bom começar a aliviar a casa de tudo que foi acumulado em 2012, desde objetos até emoções já vividas e que precisam ser descartadas. A casa precisa ganhar espaço para o novo, ficar mais leve e, para isso, devemos apagar os registros que ela fez ao absorver a energia dos moradores, afinal, ela riu e chorou com eles ao longo de 2012.
Deve-se começar por tirar da casa tudo que não tem mais utilidade, está defeituoso ou manchado e traz más recordações. Esse rescaldo deve ser feito em todos os cômodos. Louça trincada ou manchada; panelas velhas; toalhas e panos de prato desgastados, comprar uma nova lixeira para a cozinha. Doar roupas que não são mais usadas e nem terão vez no futuro, assim como sapatos, bolsas, bijuterias, gravatas. Livros e CDs, brinquedos. 
Depois que isso for feito na casa toda, será hora de renovar, de trazer as novidades para o imóvel, ou seja, uma simples mudança de lugar dos quadros já faz a energia vibrar de novo modo positivo. Também trocar a capa das almofadas, jogar um xale sobre o sofá ou mudar o tecido de um estofado, trocar os vasos das plantas ou trocar as plantas, comprar uma bela gravura e colocá-la no lugar de uma que está há tempos pendurada numa determinada parede. Trocar luminárias de lugar ou comprar um novo abajur; trocar a moldura de algumas fotografias expostas. Comprar uma colcha nova ou mudar a cortina. Qualquer mudança é bem-vinda, seja reformando, mudando de lugar ou comprando algo para embelezar o ambiente.
Decorar a casa com muitas flores, frutas, luzes. Usar vermelho, verde e dourado no ambiente. Som ambiente agradável, músicas alegres que não incomodem os ouvidos...
Excepcionalmente, no Ano Novo, a cor ideal recomendada para roupas é o AZUL, porque o Ano da Serpente da Água —animal que vai reger 2013— começa no dia 10 de janeiro, e sua cor é o azul. Mas o branco e o vermelho também podem ser usados no dia 31 de dezembro.
E uma recomendação do feng shui: não varrer o imóvel no dia 1 de janeiro, para não varrer a boa sorte. 
http://caminhospagao.blogspot.com.br/2012/11/ano-novo-chines2013serpente-agua.html

2013 FRATERNIDADE UNIVERSAL - FELIZ ANO NOVO EVANGÉLICO!


Nova Esperança Para um Novo Ano

Vivemos em um mundo bastante desanimador. No início de um novo ano, procuramos em vão por perspectivas de tempos melhores. Se analisarmos a situação internacional, se observarmos as dificuldades econômicas e o baixo nível moral dos povos, não há muitos motivos para esperar por momentos mais luminosos para este mundo. Até mesmo é duvidosa a realização dos anseios que temos para nossa vida pessoal neste novo ano.

Tendo pouca esperança no melhoramento das condições gerais, resta-nos somente uma alternativa: procurar a renovação individual das pessoas. É preciso encontrar um caminho que permita que você seja elevado acima das circunstâncias, de modo que esteja sobre elas e que elas até mesmo sejam controláveis.
Será que isso realmente é possível? Milhões de pessoas experimentaram tal transformação e obtiveram um fundamento inteiramente diferente para suas vidas ao aceitarem Jesus como seu Salvador pessoal pela fé. Seus corações ficaram repletos de paz profunda e permanente, que não pode ser abalada por nenhuma tempestade em suas vidas. Elas descobriram o segredo da alegria e da verdadeira felicidade, que consiste da confiança em Deus e da obediência a Ele, e obtiveram novo valor para suas vidas. Para elas, todas as coisas realmente "se fizeram novas"! O apóstolo Paulo descreve essa maravilhosa transformação da seguinte maneira: "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2 Co 5.17).

Também você pode começar o novo ano como uma nova criatura em Jesus Cristo! Então sua tranqüilidade e seu êxito na vida não dependerão mais das circunstâncias, pois você terá uma nova vida, que se manifestará em novos anseios e em novos rumos da sua vontade. Novas forças estarão à sua disposição! O "novo homem", nascido do alto pela fé em Jesus Cristo, poderá dar passos confiantes no novo ano. Esta é uma maravilhosa mensagem para você! Será possível encontrar a Deus na condição de pessoa que foi perdoada, que foi purificada dos seus pecados. Você terá sido renovado através de Jesus Cristo, tornado aceitável diante de Deus através dos méritos de Jesus Cristo, seu Redentor.

Por isso, não hesite mais! Aceite a Jesus Cristo como seu Salvador pessoal e deposite sua confiança inteiramente nEle neste novo ano.


|  Autor: Artigo recebido por email  |  Divulgação: estudosgospel.com.br |
http://www.estudosgospel.com.br/datas-comemorativas/ano-novo/                                                   nova-esperanca-para-um-novo-ano.html

2013 FRATERNIDADE UNIVERSAL ! FELIZ ANO NOVO - ESOTERICO!


Para Começar o Ano Novo

 
 
Tomando Decisões Corretas Em Relação ao Futuro
 
 
Carlos Cardoso Aveline
 
 
 
Cada vez que se aproxima um novo ano, deixamos de lado a rotina apressada. É uma época de transição, de descanso, e de sonho. É um momento adequado para avaliar o passado e fazer planos em relação às próximas etapas.   
 
Começa um novo ciclo: o tempo futuro é uma página em branco, mas o passado está vivo e velhas cenas ressurgem diante de nós. É possível que situações antigas se desfaçam no ar à medida que despertamos para as novas possibilidades à nossa frente. O potencial inesgotável da vida nos abre um horizonte renovado. Temos uma percepção aguda de que o tempo passa. A vida individual não é eterna. É melhor aproveitar as oportunidades enquanto elas estão diante de nós. 
 
Cada momento é único, e cada potencial desperdiçado tem um preço a pagar no futuro. Carpe diem, diz o ditado clássico: “aproveita o dia de hoje”. E não se trata de um convite ao prazer de curto prazo. É um lembrete de que mais adiante prestaremos contas, à nossa alma imortal, sobre cada instante jogado fora.
 
Surgem, então, perguntas nem sempre cômodas.  O que fizemos de mais importante em nossa vida até hoje? Quais são os erros que não queremos cometer de novo? O que pretendemos realizar de positivo no futuro? Nossas metas pessoais são claras e realistas? O que estamos dispostos a sacrificar, de fato, para alcançá-las?
 
A principal bênção dos dias calmos que rodeiam o Ano Novo é essa possibilidade de reavaliar descansadamente as lições do passado e as possibilidades do futuro.  Ao invés de especular sobre “o que o futuro nos reserva”, como se fôssemos espectadores da nossa própria vida, o mais correto é assumir a direção do processo.  Depois de avaliar o que aprendemos até hoje, devemos perguntar-nos:
 
“Levando em conta as condições do presente e as tendências para o futuro, o que é possível e desejável criar e realizar nos próximos anos? Quais metas são ao mesmo tempo realistas e audazes?”
 
Com uma caneta na mão, fazemos planos. Colocamos no papel algumas ações capazes de aumentar radicalmente a qualidade da nossa vida. Entre elas:
 
*Estar mais atentos a cada instante;
*Abandonar esse ou aquele hábito negativo;
*Cuidar melhor da saúde;
*Dedicar mais tempo à filosofia esotérica;  
*Gastar menos recursos materiais;  
*Preservar a energia vital;
*Melhorar os relacionamentos pessoais;
*Abandonar atividades que parecem urgentes, mas não são importantes;
*Priorizar atividades que são importantes para nós, embora não pareçam urgentes;  
*Agir com altruísmo, o que nos aproxima mais da nossa própria alma imortal.
 
O passo seguinte é evitar que essas promessas caiam na fossa comum do esquecimento. Será útil avaliar cuidadosamente as nossas forças. Talvez possamos remar contra a correnteza, vencendo a preguiça e outros desafios. Mas há o perigo de que sigamos o caminho mais fácil, abandonando as nobres decisões de um momento inspirado e sendo arrastados águas abaixo pela força da rotina.   O teosofista  Robert Crosbie escreveu:
 
“Promessas e resoluções nunca nos farão qualquer bem se nós não as sustentarmos. Um mero desejo nunca nos levará a lugar algum. Temos que sustentar o desejo; temos que manter a decisão. Devemos exercitar a nossa vontade e abrir caminho em direção à meta da nossa vontade, o tempo todo.” [1]
 
Cada pessoa tem seu carma pessoal, isso é, sua própria rede complexa de ações e reações, de causas e conseqüências, a curto, médio e longo prazo. Quando olhado de modo rígido, esse conjunto emaranhado de possibilidades e limitações é chamado de Destino. Na verdade, o carma é um processo aberto a mudanças e depende da maneira como nós reagimos diante dele,  a cada momento e com base em nosso livre-arbítrio.
 
A filosofia oriental ensina que há três tipos de carma. O carma maduro, que estamos colhendo a cada momento nas situações que nos rodeiam, é Prarabdha. O carma acumulado, que já plantamos mas ainda não amadureceu e não está pronto para ser colhido, é Sanchita. O carma novo, que estamos plantando a cada momento com nossas ações e pensamentos, é Kriyamana.  
 
Dos três, o mais importante é o carma que estamos plantando agora. Porque este é o carma que depende de nós e do nosso livre arbítrio. Não é possível evitar as conseqüências do passado. Mas escolhemos livremente o que plantamos para o futuro, e isso inclui o modo como colhemos o carma maduro. Somos capazes de ver as oportunidades ocultas sob os aparentes obstáculos?
 
As obrigações e responsabilidades do dia-a-dia correspondem ao nosso carma maduro,  prarabdha. Mas sempre é possível abrir caminhos novos, enquanto cumprimos nosso dever. O carma kriyamana – criado de acordo com nosso livre-arbítrio – tem dois aspectos centrais.  De um lado, ele é a escolha das ações que começam por livre iniciativa nossa. Mas, por outro lado, ele é a escolha de como enfrentaremos ou aproveitaremos as obrigações,  desafios, e  oportunidades que o carma maduro –  prarabdha, o “destino” – coloca diante de nós.  
 
Quando fazemos votos de Ano Novo, estamos decidindo sobre aquelas áreas da nossa vida sobre as quais temos uma efetiva liberdade de escolha, e elas são mais numerosas e maiores do que parecem à primeira vista.  Algumas dessas áreas são óbvias, outras são sutis. É conveniente examinar com atenção o que fazemos durante o nosso tempo livre. Porque é nas horas de lazer que temos a oportunidade de criar novas tendências cármicas, mais  positivas e renovadoras. Lazer não é sinônimo de ociosidade. Nosso tempo livre tem um potencial sagrado: é o espaço livre para o carma kriyamana .   
 
O que fazer, então, para que as suas promessas de início de ano se transformem em realidade?
 
O primeiro passo é reconhecer que o propósito da vida é produzir autoaperfeiçoamento, criatividade  e paz interior.  
 
O segundo passo é escolher metas bem definidas que dependam de você mesmo. Não decida, por exemplo, que tal ou qual coisa agradável ocorrerá.  Isso seria apenas um desejo em relação a fatos que não dependem de você, e, talvez, a fantasia de colher aquilo que você não plantou.
 
Não tome a decisão de que as outras pessoas serão simpáticas com você, mas resolva que, da sua parte, será amável com elas. Não decida que seu chefe deve lhe dar um aumento salarial, mas tome a decisão de trabalhar com mais afinco e aproveitar melhor as oportunidades profissionais.
 
Na infância espiritual, ou quando somos psicologicamente infantis, temos uma forte dependência de um “pai salvador” e esperamos que algum deus ou uma figura de autoridade faça tudo por nós. À medida que adotamos uma atitude adulta, aceitamos nossa nossa auto-responsabilidade diante da vida. . Então nossa religiosidade já não se apóia na crença ou na obediência cega, mas na compreensão da unidade e num sentimento de independência solidária. Para o budismo da Terra Pura, por exemplo – um dos mais populares no Japão – Buda Amida não é um mestre individual. Ele é a Luz Eterna e a Vida Infinita. Em uma meditação tradicional dessa seita, cada praticante se considera parte de uma corrente de amor universal que integra o cosmo:
 
“Sou um elo da Cadeia de Ouro do amor de Buda Amida, que se estende pelo mundo. Devo conservar o meu elo brilhante e forte. Tentarei ter pensamentos belos e puros, dizer palavras belas e puras, e praticar ações belas e puras, porque sei que a minha felicidade ou infelicidade, assim como a felicidade dos outros seres, depende de tudo quanto agora faço. Possa todo elo da Cadeia de Ouro do amor de Buda Amida tornar-se brilhante e forte. Possamos todos nós alcançar a Paz Perfeita.”
 
Nesta oração, o meditador reconhece que sua felicidade – e, em parte, a felicidade dos outros – depende de tudo quanto ele próprio faz no momento presente.  Esta é a lição inevitável do carmakriyamana.  Devemos semear agora aquilo que esperamos colher um dia. O que não se planta, não se colhe. A idéia está intimamente ligada à filosofia de Epicteto, o pensador estóico que viveu no mundo romano, nos séculos 1 e 2 da nossa era. Esse ex-escravo ensinou:
 
“A felicidade e a liberdade começam com a clara compreensão de um princípio: algumas coisas estão sob nosso controle, e outras não estão. Só depois de aceitar essa regra fundamental e aprender a distinguir entre o que podemos controlar e o que não podemos controlar é que a tranqüilidade interior e a eficácia exterior tornam-se possíveis. Sob nosso controle estão nossas opiniões, aspirações, desejos e a decisão sobre as coisas que nos causam repulsa ou nos desagradam. Essas áreas são justificadamente da nossa conta porque estão sujeitas à nossa influência direta. Temos sempre a possibilidade de escolha quando se trata do conteúdo e da natureza da nossa vida interior.  Fora de nosso controle, entretanto, estão coisas como o tipo de corpo que temos, se nascemos ricos ou se tiramos a sorte grande e enriquecemos de repente, a maneira como somos vistos pelos outros  ou qual é nossa posição na sociedade. Devemos lembrar que essas coisas são externas e, portanto, não dependem de nós. Tentar  controlar ou mudar o que não podemos só resulta em aflição e angústia.”
 
De fato, a grande fonte de infelicidade, no plano psicológico, está no hábito de gastar energias reagindo contra o que não pode ser alterado, ou manipulando artificialmente aquilo que não está ao nosso alcance e que não podemos controlar de modo natural. Com isso perdemos a oportunidade de fazer aquilo que só depende de nós.
 
Epicteto acrescenta:
 
“As coisas sob o nosso poder estão naturalmente à nossa disposição, livres de qualquer restrição ou impedimento. As que não estão, porém, são frágeis, sujeitas  a dependência ou determinadas pelos caprichos ou ações dos outros. Lembre-se também do seguinte: se você achar que tem domínio total sobre coisas que estariam, naturalmente, fora do seu controle (...) sua busca será distorcida e você se tornará uma pessoa frustrada, ansiosa e com tendência para criticar os outros.” [2]
 
Ao definir metas pessoais para o próximo ano, devemos também levar em conta os diversos aspectos da nossa personalidade. O ser humano é um todo complexo. Somos freqüentemente contraditórios. Haverá em nós centros emocionais capazes de promover um “boicote inconsciente” contra as novas decisões? De que modo venceremos a preguiça e o apego à rotina? Como enfrentaremos o desafio da coerência?
 
O avanço deve ser firme. Evite tomar decisões tão radicais que contrariem o bom-senso, ou que você não consiga manter.  É melhor tomar resoluções que você possa colocar em prática desde o primeiro momento, mesmo em pequena escala. “Devagar se vai ao longe”, diz um antigo ditado popular. Pequenos passos viabilizam a caminhada e, com o tempo, irão produzir oportunidades para que passos maiores sejam tomados. As transformações graduais são mais fáceis de administrar.
 
É oportuno criar práticas diárias simples, viáveis, que reforcem as decisões tomadas. Veja alguns instrumentos utilizados por diferentes pessoas, conforme seu temperamento e inclinação individual:
 
* Refletir ou meditar diariamente em seu processo de auto-aperfeiçoamento;
* Observar,  ao longo do dia, alguns momentos de silêncio e recolhimento mental;
* Manter um caderno de anotações em que são registradas as principais lições da caminhada;
* Reafirmar mentalmente o seu propósito de vida, logo ao acordar, pela manhã, e antes de adormecer, à noite.
 
A decisão de mudar a rotina exige coragem, determinação e sacrifício. Temos que abrir mão de velhos “rituais” inconscientes de perda de tempo e desperdício de energia, aos quais nos apegávamos.
 
A renúncia aos velhos hábitos requer austeridade, uma prática espiritual, que pode ser definida como “indiferença em relação à comodidade pessoal”. O nome sânscrito que corresponde a austeridade étapah (pronúncia: tapas). Este é um dos conceitos mais importantes da tradição esotérica, porque é a sua prática que produz o fortalecimento da vontade própria, sem a qual nada poderíamos fazer de útil na vida.
 
Tapah não é uma atitude dura ou insensível. A verdadeira austeridade é um sinal externo de que temos uma vontade madura de autoconhecimento, e de que um fogo divino queima o que é negativo em nós, enquanto ilumina o conjunto da nossa consciência. Etimologicamente, a palavra tapah significa “aquilo que brilha como o fogo ou o sol”. A vida ensina que uma pequena dose de austeridade nos liberta de grandes fontes de sofrimento.
 
Qual é o segredo, então, para cumprir as promessas de Ano Novo?
 
Devemos definir com clareza e re-examinar regularmente as nossas metas para o futuro a curto e longo prazo. Devemos trabalhar com calma e criatividade em função delas. Devemos lembrar que a existência de obstáculos é indispensável para o aprendizado.  Ao enfrentar e vencer os desafios, começamos a conhecer, gradualmente, o segredo do êxito na arte de plantar bom carma.
 
A chave do segredo, para a filosofia oriental, está na combinação correta dos significados profundos de cinco palavras: 1)altruísmo; 2) perseverança; 3) auto-estima; 4) autoconhecimento; e 5) autocontrole.
 
NOTAS:
 
[1] “A Book of Quotations From Robert Crosbie”,  Theosophy Co., Mumbai, 108 pp., Índia, p. 5.
 
[2] “A Arte de Viver”Epicteto,  versão de Sharon Lebell, Ed. Sextante, RJ, 2000, 160 pp., ver pp. 20-21.
http://www.filosofiaesoterica.com

FELIZ ANO NOVO!










sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Feliz olhar novo - Carlos Drummond Andrade






"O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história.
O grande lance é viver cada momento como se a receita de felicidade fosse o AQUI e o AGORA.

Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, o pneu fura, chove demais..., mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia? Tem sentido ficar chateado durante o dia todo por causa de uma discussão na ida pro trabalho?

Quero viver bem! Este ano que passou foi um ano cheio. Foi cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões. Normal. As vezes a gente espera demais das pessoas. Normal. A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que acabou. Normal.
O ano que vai entrar vai ser diferente. Muda o ano, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas e aí? Fazer o quê? Acabar com o seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?

O que desejo para todos é sabedoria! E que todos saibamos transformar tudo em boa experiência! Que todos consigamos perdoar o desconhecido, o mal educado. Ele passou na sua vida. Não pode ser responsável por um dia ruim... Entender o amigo que não merece nossa melhor parte. Se ele decepcionou, passe-o para a categoria 3. Ou mude-o de classe, transforme-o em colega. Além do mais, a gente, provavelmente, também já decepcionou alguém.

O nosso desejo não se realizou? Beleza, não estava na hora, não deveria ser a melhor coisa pra esse momento (me lembro sempre de um lance que eu adoro): CUIDADO COM SEUS DESEJOS, ELES PODEM SE TORNAR REALIDADE.

Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano. Não adianta lutar contra isso. Mas se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam bem diferentes.

Desejo para todo mundo esse olhar especial.

O ano que vai entrar pode ser um ano especial, muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso. Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro. O ano que vai entrar pode ser o bicho, o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular... ou... Pode ser puro orgulho! Depende de mim, de você! Pode ser. E que seja!!!

Feliz olhar novo!!! Que o ano que se inicia seja do tamanho que você fizer.

Que a virada do ano não seja somente uma data, mas um momento para repensarmos tudo o que fizemos e que desejamos, afinal sonhos e desejos podem se tornar realidade somente se fizermos jus e acreditarmos neles!"



Autor: Carlos Drummond de Andrade 

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

COMPROVANDO A REENCARNAÇÃO



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O delegado João Alberto Fiorini vem fazendo um trabalho exemplar de pesquisa científica na área da reencarnação, coletando casos e evidências em todo o país, e submetendo-as a análise criteriosa.
O delegado João Alberto Fiorini – cujo trabalho foi apresentado na edição anterior de Espiritismo & Ciência – continua desenvolvendo seu trabalho de pesquisa científica na área da reencarnação, levantando uma série de casos que, na pior das hipóteses, representam enigmas interessantes e que merecem maior atenção.
Já apresentamos a linha principal dessa pesquisa, e agora vamos observar mais de perto alguns dos casos com os quais o pesquisador entrou em contato.
Fiorini se envolveu numa série de investigações, a princípio tentando identificar impressões digitais de seres encarnados com as impressões daqueles que já desencarnaram. Ele está convicto de que será impossível encontrar duas impressões exatamente iguais, mas as possíveis semelhanças encontradas podem indicar um caminho interessante para a pesquisa.
Da mesma forma, outros sinais corpóreos – como marcas de nascença e outros traços marcantes – podem ser uma indicação segura para a pesquisa de reencarnação.
Nesse sentido, o delegado levantou alguns casos interessantes, nos últimos meses. Um desses casos ocorreu em Alagoas – os nomes dos envolvidos não serão citados – e envolve o senhor J., desencarnado em 1997, e seu neto, nascido em 1999. O pai da criança resolveu entrar em contato com Fiorini devido a um sonho que teve. No sonho, apareceu-lhe um velho amigo de seu pai, e ele aproveitou para lhe perguntar sobre seu genitor. A resposta foi que o senhor J. “estava se preparando para voltar”, ou seja, reencarnar. Nessa época, sua esposa sequer estava grávida.
Alguns dias depois, sua irmã também teve um sonho no qual uma voz lhe avisava que “o próximo a nascer na família será o senhor J.”. A criança nasceu na data referida, e apresentou alguns sinais interessantes que podem, de fato, indicar um caso de reencarnação.
Quando o senhor J. tinha cerca de 18 anos, sofreu um acidente com uma espingarda de chumbo para caça, que disparou em sua mão direita. Apesar dos chumbos terem sido retirados, um permaneceu na junta do polegar direito, provocando uma deformação, que ele sequer se incomodou em tentar corrigir.
Mais tarde, já em idade avançada, tentou uma cirurgia – sem sucesso – de modo que seu polegar ficou permanentemente curvado para a palma da mão. O que chamou a atenção de todos foi que, alguns meses após o nascimento da criança, ficou comprovado que ela apresentava a mesma característica que o avô no polegar direito, ou seja, este era levemente curvado para a palma da mão.
Outro detalhe também chamou a atenção de Fiorini ao investigar o caso. Antes do senhor J. falecer, ele teve um aneurisma cerebral, do lado parietal esquerdo do cérebro, o que paralisou todo o lado direito do corpo. Seu neto apresenta sinais de ser canhoto, o que levanta a possibilidade de que o aneurisma tenha influenciado o perispírito. Claro que isso não comprova um caso de reencarnação, mas é mais uma evidência que vem se somar às demais levantadas.
Digitais
Na linha das impressões digitais, João Alberto Fiorini também teve acesso a um caso no Ceará, envolvendo a senhora M.L., desencarnada em 1989, e sua possível reencarnação, o menino J.V., nascido em 1999. Nesse caso, as impressões digitais das duas pessoas foram colhidas e submetidas a exame datiloscópico.
A história chegou ao conhecimento de Fiorini por meio de um grupo espírita cearense, e teve início quando a jovem F.A., que vivia na companhia de uma família desde sua infância, ficou grávida. As pessoas da família ficaram surpresas, entendendo que aquele ser não estava para vir ao mundo por acaso, mas por determinação espiritual.
O passo seguinte, portanto, foi ter acesso aos irmãos instrutores espirituais e solicitar informações a respeito da situação. A resposta deles foi que se tratava, na verdade, da reencarnação da citada senhora M.L., também relacionada à família, e que havia desencarnado há poucos anos. Essa senhora teria uma necessidade de se reajustar com a Lei Divina e, dessa forma, renasceu em um corpo masculino, pois somente assim poderia cumprir adequadamente sua missão.
Uma primeira avaliação das impressões digitais foi realizada, constatando-se que elas são do mesmo padrão. O delegado Fiorini também apresentou as digitais para uma avaliação independente da primeira, e o resultado foi que elas “apresentam coincidências em seu tipo fundamental”, ou seja, têm o mesmo padrão datiloscópico. O perito também comprovou que tanto a desencarnada quanto o encarnado possuem o mesmo número de linhas − doze − nas digitais.
Mais uma vez, é preciso que se diga que não se trata de uma comprovação científica de reencarnação, mas sim, de mais uma evidência levantada nesse sentido. Fiorini destacou que é impossível existir duas impressões exatamente iguais, mas as semelhanças podem ser significativas, e esse trabalho de coletar casos semelhantes vem se somar ao de outros pesquisadores, como o dr. Hernani Guimarães Andrade, e o dr. Ian Stevenson, que há anos vem coletando relatos de crianças que falam sobre vidas passadas, em todo o mundo.
Marcas no Corpo
Fiorini foi convidado por uma família de Avaré, São Paulo, para investigar um caso que teve origem em 1971. Na época, um homem de 31 anos de idade foi vítima de um disparo acidental de arma de fogo, vindo a falecer. A família disse que, após vinte anos, ele teria renascido como seu neto, e que existiam fortes indícios nesse sentido.
“A partir daí”, diz João Alberto, “passei a efetuar várias perguntas de praxe, além de estudar minuciosamente o inquérito policial, bem como suas peças complementares como certidão de óbito, auto de levantamento de cadáver, laudo de exame de corpo de delito, auto de exame do instrumento do crime e, por fim, um exame cardiológico chamado de ecocardiografia, o qual muito me chamou a atenção”.
Pelo exame do auto de levantamento de cadáver, Fiorini percebeu que o calibre da arma em questão era 6.35mm. Coincidentemente, o exame cardiológico da criança apresentava uma fissura interventricular medindo 6mm no ventrículo esquerdo do coração. Ou seja, o calibre da arma era quase o mesmo da fissura no coração. Posteriormente, a criança, que hoje já tem 11 anos, faria uma cirurgia de correção para fechar o orifício interventricular.
Mais que isso, Fiorini também solicitou um exame datiloscópico das impressões do falecido e da criança, e o resultado foi que as impressões eram quase idênticas, de tal forma que foram necessários vários dias para se encontrar pequenas diferenças entre elas. “Não tive mais dúvidas”, diz Fiorini. “Estava diante de uma situação com fortíssimas evidências de reencarnação, embora o tempo de intermissão fosse de vinte anos”.
Inicialmente, o caso foi tido como de um suicídio, mas no relatório da autoridade policial, é dito que a esposa da vítima é de opinião que ocorreu um disparo acidental da arma, uma vez que, na oportunidade, o marido não apenas estava calmo como também fazia planos para o futuro, pensando em adquirir a casa onde residiam.
Esses casos podem somar-se a uma série de outros semelhantes, acumulando evidências fortes no sentido de comprovar a reencarnação, desde que sempre analisados com o critério científico rigoroso proposto pelo delegado João Alberto Fiorini.
Comprovando a Reencarnação
Gilberto Schoereder
Ainda não foi possível comprovar a reencarnação através das impressões digitais, mais a excelente idéia já esta sendo aproveitada por João Alberto Fiorini e, em breve, é possível que tenhamos novidades nesse campo.
As técnicas para se investigar e comprovar possíveis casos de reencarnação já são conhecidas no meio espirita . Nos últimos anos, João Alberto Fiorini, delegado de Polícia atuando na Agência de Inteligência do Paraná, vem desenvolvendo um novo método, especialista em impressões digitais, ele entende que é possível confirmar um caso de reencarnação utilizando essa forma de pesquisa cientifica.
Esse caminho começou a ser seguido em 1999. Na época, João Alberto se recuperava de uma cirurgia realizada em São Paulo e teve a oportunidade de ler um artigo publicado num jornal, em 1935, escrito por Carlos Bernardo Loureiro. A matéria foi reproduzida no jornal da Federação Espirita do Estado de São Paulo e se referia a um menino que já havia falecido há dez ou quinze anos. O autor da matéria era um dos grandes estudiosos do assunto na época e gostava de comparar impressões digitais.
Fiorini sabia que não é possível existirem duas impressões digitais iguais, mas ainda assim, ele levou a sério e resolveu estudar mais : fazer uma pesquisa para saber se não haveria qualquer possibilidade de se encontrar duas impressões semelhantes.
" Eu já era Espírita " , explica João Alberto , " mais ainda não tinha feito qualquer pesquisa cientifica ".
"A partir daí, comecei a fazer um estudo profundo sobre impressões digitais pesquisando tudo o que poderia existir em livros brasileiros e norte-americanos na área da medicina ".
A pesquisa levou-o a conversar com membros do conselho de dermatologia do Paraná e a conhecer o trabalho do Dr. Agnaldo Gonçalves, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Assim ficou sabendo porque as pessoas tem impressões digitais, impressões palmares e as linhas nas mãos e nos pés.
Em seu livro " Anais Brasileiros de Dermatologia ", o Dr. Gonçalves diz que os desenhos formados nas mãos e pés estariam ligados a genética, variando de mão para mão, de raça e de sexo . " Se você verificar as impressões digitais das mulheres ", informa Fiorini " vai ver que ela tem uma tendência maior à presilha, que é um tipo de desenho " . Mas uma parte da formação dessas linhas – e não se sabe quanto ao certo – pode estar relacionada aos movimentos do feto no útero.
Mesmo no caso dos gêmeos univitelinos, as impressões digitais são diferentes".
PESQUISA
Segundo uma pesquisa realizada anteriormente em Cambridge, Inglaterra, Fiorini também observou as digitais de homossexuais. O estudo inglês havia mostrado que os homossexuais apresentavam características de impressões no polegar direito que se aproximavam das características femininas. Com uma pesquisa realizada principalmente com travestis, o pesquisador brasileiro comprovou que as digitais apresentavam a presilha de uma digital feminina, conhecimento que serviu para seus estudos posteriores.
O normal é que os homens não apresentem a presilha, mais sim o verticilo, outro tipo de desenho. Então ele se perguntou, por que os homossexuais não teriam o verticilo. A situação não fazia muito sentido, cientificamente falando. Ele também observou as digitais de mulheres criminosas que deveriam apresentar presilha.
Mas, ao estudar os sinais, percebeu que a incidência maior era o verticilo – a característica masculina . "Isso me surpreendeu muito " diz Fiorini " e comecei a ver nas impressões digitais algo a que as pessoas não deram muita importância, como se não tivesse interesse científico".
Vendo pelo lado espiritual, explica Fiorini, uma pessoa ao desencarnar, fica de 0 a 250 anos no plano espiritual. Em outras palavras, ela tanto pode reencarnar rapidamente, quanto pode demorar um tempo mais longo; mas, o mais comum é que essa reencarnação ocorra dentro de um período de 40 a 70 anos. Se imaginarmos que uma mulher morre e retorna rapidamente em mais ou menos dois anos, porém ocupando o corpo de um homem, ela virá então trazendo ainda as características femininas. Assim, segundo João Alberto, a questão envolvendo homossexualidade nada tem a ver com desvio de personalidade como muitas pessoas ainda insistem em dizer, mas esta relacionada com a vida anterior e com o fato da reencarnação ocorrer muito próxima . "Eu cheguei a essa conclusão " ele conta. "Eu sou o único que está levando a pesquisa para esse lado. O Dr. Hernani Guimarães Andrade também já pesquisou, mas ele fala apenas do tempo de intermissão. "Eu vou além, entendendo que essas impressões digitais não se alteram quando o espírito reencarna".
METODOLOGIA
A seqüência lógica dos estudos e pesquisas do Dr. João Alberto Fiorini foi entrar em contato com o Dr. Hernani Guimarães Andrade, Presidente do Instituto de Pesquisas Psicobiofísicas - em Bauru São Paulo - a quem Fiorini considera um dos maiores cientistas do mundo em assuntos de reencarnação. Ele também é um nome muito respeitado por parapsicólogos, não apenas do Brasil, mas de todo o mundo.
Outro ponto de apoio para suas investigações foi o exaustivo trabalho do Dr. Ian Stevenson, que já investigou mais de três mil possíveis casos de reencarnação.
Baseando-se em depoimentos de crianças, Stevenson (de reputação internacional) começou a coletar depoimentos de crianças de todas as partes do mundo, sempre que elas se referiam a sua existência numa encarnação anterior.
Stevenson e sua equipe coletavam esses depoimentos, arrumavam as informações que as crianças forneciam sobre suas possíveis vidas passadas e iam ao local em que elas teriam vivido para comprovar ou não essas informações.
Os resultados obtidos foram tão impressionantes que grande parte da comunidade cientifica ficou abalada em suas convicções e noções, até então restritas sobre o tema reencarnação.
A pergunta que o Fiorini fez ao Dr. Hernani foi se era possível um espírito retornar com a mesma digital. Ele respondeu que acreditava ser possível, se a pessoa volta com marcas, sinais, cicatrizes e até mesmo doenças, por que não com as mesmas impressões digitais ?
Conversando com ele, estabeleceu um método de pesquisa que consiste em procurar crianças, geralmente entre quatro anos de idade, que tenham o costume de afirmar que viveram em outro lugar, em outra época, que tiveram determinado tipo de ações ou conheceram certas pessoas. Isso ocorre pelo fato do perispírito dessas crianças não estar adaptado ao corpo somático, adaptação que só irá ocorrer aos sete anos. Se o tempo de intermissão for muito curto - geralmente no Brasil essa reencarnação se dá de dois até oito anos – essas crianças começam a falar sobre suas vidas passadas.
Fiorini recomenda aos pais de filhos pequenos – com até cerca de oito anos de idade – que fiquem atentos às informações que essas crianças fornecem sobre suas supostas vidas anteriores. Sempre que não se force a criança a falar sobre o assunto, mas que anote detalhadamente toda e qualquer informação que ela "deixe escapar".
Ocorre que as crianças, até essa idade, ainda estão muito ligadas ao mundo espiritual de onde vieram – explica o perito – Portanto, as lembranças de suas vidas anteriores ainda estão muito vivas em seu consciente. Com o passar do tempo essas lembranças vão se apagando do consciente e transferindo-se para o inconsciente.
Ele sugere, ainda, que nos casos em que se desconfie que uma criança seja reencarnação de determinada pessoa conhecida, que se busque reunir o maior número possível de evidencias: foto, fichas médica e dentária, e - principalmente - documentos em que constem as impressões digitais do falecido. Gilberto Schoereder
http://evangelicosfalsosprofetas.blogs.sapo.pt/18453.html

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A terapia da Vassoura do Dr Inácio Ferreira



Fonte: http://janalauxen.blogspot.com/2008/11/vassoura.html

Na série de livros do Dr. Inácio Ferreira (1904-1988), escrita em parceria com o médium Carlos Baccelli, um detalhe muito especial (e comum, em quase todos os seus livros) é o jeito pouco ortodoxo como Inácio (que era médico psiquiatra e diretor do Sanatório Espírita de Uberaba) enxerga determinados problemas.
Sempre quando foi indagado sobre as possibilidades e alternativas para a recuperação de pacientes insanos, esquizofrênicos e paranóicos em geral, ele respondeu:
- Vassoura.
Vassoura? perguntavam, curiosos, seus ouvintes, que por certo esperavam uma imensa dissertação acerca da psiquê humana e suas infinitas particularidades.
- Quem se ocupa com algum trabalho não tem tempo para ficar pensando bobagens, remoendo mágoas, afundando-se desnecessariamente em sofrimentos e insanidades. Vassoura não cura, mas fortalece.

E é.Definitivamente.
Foi a essa conclusão que eu também cheguei, após colocar o dedo na tomada repetidas vezes, sem aprender que a maldita dava choque.
Porque remédios podem aliviar, especialistas podem escutar, mas o que resolve mesmo é parar de ficar a toa pelo mundo, pensando na morte da bezerra, e colocar a mão na massa.

Eu, por exemplo, sofro da doença mais idiota e modernosa que qualquer latino-americano comum pode sofrer, que é a Síndrome do Pânico.
Bem, para falar a verdade, eu acho esse nome meio catastrófico demais perante o que realmente sinto, mas é como a medicina o definiu, enfim: Síndrome do Pânico. Um transtorno psicológico caracterizado pela ocorrência de inesperados ataques de pânico, seguidos por uma expectativa ansiosa ante a possibilidade de ter novos ataques. As crises consistem em períodos de intensa angústia, geralmente com início súbito e acompanhadas por uma sensação de catástrofe iminente. Os sintomas variam entre taquicardia, tontura, boca seca, tremores e náuseas, além de muitos outros.

É mais ou menos isso que me acontece, só que em menor grau.
Passo horas do meu dia imaginando todas as dezenas de centenas de milhares de tragédias que podem acometer a mim ou aos meus, e já vou sofrendo, com inacreditável antecipação, por coisas que, muito provavelmente, nunca irão acontecer.
Se o cachorro late é porque um ladrão entrou no pátio; se a pessoa não liga é porque ocorreu alguma tragédia; se o avião passa no céu por certo vai cair bem em cima da minha casa.
São sandices, que meu consciente reconhece como sandices.
Mas e o inconsciente? Quem é que manda nele?

Eu não mando no meu, e por isso ele faz o que quer comigo.
O fato é que, desde que apresentei os primeiros sintomas, há quase dois anos, já fiz de tudo um pouco: de remédios até mandingas, não teve o que eu não tentei.

Não nego que melhorei.
Mas basta eu bobear que não dá outra: todas aquelas sensações sinistras e angustiantes voltam, com força total. É como se elas estivessem sempre ali, a me espreitar, me observar e, ao menor descuido meu, aproveitassem para cair matando.
É uma luta diária, sim senhor.
E sabem em que momentos esta batalha se torna mais leve, e eu tenho a nítida sensação de que já ganhei?
Quando estou fazendo alguma coisa.
Se estou lendo, lavando roupa, varrendo o chão, escrevendo, pagando contas, indo no supermercado, enfim: quando estou fazendo hoje as coisas que poderia perfeitamente deixar para fazer amanhã.
Somente nessas horas eu posso dizer que me sinto, plenamente, livre deste sentimento tão canalha.
A desocupação, sem dúvidas, produz monstros.

Então é isso o que posso aconselhar para você, que está tristonho, desanimado, preocupado com as contas que não param de chegar e com o dinheiro que não pára de sair.
Você que padece por amor, você que recebeu um grande golpe, que sofreu uma grande perda, que amarga dura decepção.
Você que toma tarjas pretas como se fosse água, e paga fortunas aos psicólogos e aos grandes laboratórios farmacêuticos.
Você aí, sentado no sofá, sem ânimo nem para levantar e fazer um xixi.
Para todos nós: vassoura.
Porque se ela não cura os males da alma, ao menos os coloca em segundo plano.
Afinal, quem é que vai se preocupar com o cachorro latindo e o avião voando se tem aquela louça toda para lavar?
 http://espiritismoemuberaba.blogspot.com.br/2010/04/terapia-da-vassoura-de-dr-inacio.html

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Seja mais Doce


A Morte Devagar



Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.
Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja quem não lê quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Visão Espírita do Natal



A vida moderna, respondendo ao interesse financeiro, transformou o natal numa festa do comércio. Já o Espiritismo propõe um resgate do sentido mais espiritual do nascimento do Cristo, desvendando os símbolos e significados dessa data.
Por Cláudio Fajardo
Natal, Manjedoura
Embora associemos o Natal ao nascimento de Jesus, a tradição da festividade remonta a milênios. As origens do natal vêm desde dois mil anos antes de Cristo. Tudo começou com um antigo festival mesopotâmico que simbolizava a passagem de um ano para o outro, oZagmuk. Para os mesopotâmicos, o Ano Novo representava uma grande crise. Devido à chegada do inverno, eles acreditavam que os monstros do caos enfureciam-se e Marduk, seu principal deus, precisava derrotá-los para preservar a continuidade da vida na Terra. O festival de Ano Novo, que durava 12 dias, era realizado para ajudar Marduk em sua batalha.
A mesopotâmia inspirou a cultura de muitos povos, como a dos gregos, que assimilaram as raízes do festival, celebrando a luta de Zeus contra o titã Cronos. Mais tarde, por intermédio da Grécia, costume alcançou os romanos, sendo absorvido pelo festival chamado Saturnalia, pois era em homenagem a Saturno. A festa começava no dia 17 de dezembro e ia até o 1º de janeiro, comemorando o solstício do inverno. De acordo com seus cálculos, o dia 25 era a data em que o Sol se encontrava mais fraco, porém pronto para recomeçar seu crescimento e espalhar vida por toda a Terra.
Durante a data, que acabou conhecida como o Dia do Nascimento do Sol Invicto, as escolas eram fechadas e ninguém trabalhava. Eram realizadas festas nas ruas, grandes jantares eram oferecidos aos amigos, e árvores verdes – ornamentados por muitas velas – enfeitavam as salas para espantar os maus espíritos da escuridão. Os mesmos objetos eram usados para presentear uns aos outros.

Depois de Cristo

Nos primeiros anos do Cristianismo, a Páscoa era o feriado principal. O nascimento de Jesus não era celebrado.
No século IV, a Igreja decidiu instituir o nascimento de Jesus com um feriado. Mas havia um problema: a Bíblia não menciona a data de seu nascimento. Então, apesar de algumas evidências sugerirem que o nascimento de Jesus ocorreu na primavera, o Papa Júlio I escolheu 25 de dezembro. Alguns estudiosos acreditam que esta data foi adotada num esforço de absorver as tradições pagãs da Saturnalia.
A maior parte dos historiadores afirma que o primeiro Natal, como conhecemos hoje, foi celebrado no ano 336 d.C. A troca de presentes passou a simbolizar as ofertas feitas pelos três reis magos ao menino Jesus, assim como outros rituais também foram adaptados.
Hoje, as Igrejas Ortodoxas grega e russa, celebram o Natal no dia 6 de janeiro, também referido como o “Dia dos Três Reis”, que seria o dia em que os três magos teriam encontrado Jesus na manjedoura.

Data Provável do Natal

Lemos no Evangelho de Lucas: “E aconteceu, naqueles dias, que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse. Este primeiro alistamento foi feito sendo Quirino governador da Síria.” César Augusto reinou de 30 a.C a 14 d.C.
Mas o censo ocorreu em 6 d.C., o que permite ver que a determinação da data está historicamente imprecisa. Há, no entanto, uma tradução proposta, segundo a Bíblia de Jerusalém: “Esse recenseamento foi anterior àquele realizado quando Quirino era governador da Síria.
Jesus nasceu antes da morte de Herodes, morte esta que aconteceu em 4 a.C., provavelmente entre 8 e 6 a.C. A chamada Era Cristã foi estabelecida por Dionísio, o pequeno, apenas no século 6 e é fruto de um erro de cálculo.
Quando Jesus iniciou o seu ministério ele tinha provavelmente 33 anos, ou até 36. E Dionísio, o pequeno, considerou como se ele tivesse 30 anos, embora Lucas (3:23) fale em “mais ou menos 30 anos”.
Neste ponto a revelação espírita pode, como em tantos outros, contribuir com os historiadores.
Humberto de Campos, em mensagem psicografia por Chico Xavier e publicada em Crônicas de Além-túmulo, aponta o ano 749 da era romana como sendo o ano do nascimento de Jesus, o que corresponderia ao ano 5 a.C.
Do mesmo modo, Emmanuel informa-nos em Há 2000 Anos que o ano da crucificação de Jesus foi o 33 a.C. Sendo assim, portanto, Jesus iniciou o seu ministério com 35 anos e desencarnou com 38.

Um Significado Espiritual

Diz, então, a sequência do Evangelho de Lucas: “E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. E subiu da Galiléia também José, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi chamada Belém (porque era da casa e família de Davi)
Belém situa-se a 6 quilômetros de Jerusalém e a 800 metros de altitude, nos montes da Judéia. Por isso a expressão “subiu da Galiléia à Judéia”.
Buscando o sentido espiritual do Evangelho, podemos entender Nazaré como sendo nossas vivências na área da razão. É o racional que hoje, no dia a dia, fala mais alto em nossos procedimentos.
Belém seria assim, a representação de nosso encaminhamento levando em conta o sentimento equilibrado, a intuição, ou o amadurecimento da própria razão pelo equilíbrio desta, através da vivência, com o emocional.
O nascimento de Jesus em Belém significaria, assim, o início de uma nova era em que a justiça se converte em amor, e o racional é espiritualizado através de seu perfeito equilíbrio com o emocional.

Historicamente, não há certeza sobre Jesus ter nascido em Belém ou Nazaré. O que realmente importa, porém, é apropriarmos de seu sentido reeducativo, é saber que, para que o Cristo nasça em nossa intimidade é necessário agir equilibrando sentimento e razão, intelecto e moral, conhecimento e aplicação. Pois, se no plano horizontal necessitamos da ciência em nossas movimentações cotidianas, para verticalizarmos nossas conquistas não podemos prescindir de uma moral elevada consoante os ensinamentos contidos no Evangelho.
Para que o Cristo nascesse, Maria e José tiveram que subir da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi chamada Belém, significando assim a necessidade de subirmos espiritualmente para refletirmos o Cristo em toda sua grandeza.

Prossegue a Narrativa

O Evangelho de Lucas nos conta, então, que “a fim de alistar-se com Maria, sua mulher, que estava grávida. E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos e deitou-se numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.
Jesus vem à luz por meio de Maria. Assim narra o evangelista: “E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria.
“Virgem” aqui se refere a núbil (mulher em idade para se casar), ou mulher jovem que, em hebraico é almah, Era um termo usado quando se referia a uma donzela ou jovem casada recentemente, não havendo nenhuma referência em particular à virgindade como entendemos hoje.
Gabriel, então, disse: “E eis que em teu ventre conceberás, e dará à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus.” Maria estava preparada, por isso pôde conceber Jesus em seu ventre, isto é, dentro de si.
E nós, o que estamos cultivando, o que estamos construindo dentro de nós mesmos? Quando estaremos preparados para trazer à luz o Cristo imanente em nós? Aquele que, segundo o texto evangélico, “será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim.
No entanto, Maria indaga: “Como se fará isso, visto que não conheço varão?” E respondendo o anjo, disse-lhe: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.
A outra possível tradução para “Espírito Santo” é “sopro sagrado”, dando a entender a presença de Deus em nós quando a Ele estamos ajustados. Àquele tempo a presença de Deus (IHVH) era manifesta por uma nuvem, por isso o uso da expressão “cobrirá com sua sombra”

Nasce a Virtude nos Corações

A descida do “sopro sagrado” representa bem o momento de fecundação da virtude em nós. O valor vem do alto por meio da revelação superior, necessitando ser por nós absorvido e vivenciado para fixação, que se dá com o nascimento do novo ser em que nos transformamos a partir de então. Por isso, o Cristo é sempre fecundado pelo Espírito Santo.
Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.” Perfeitamente justada aos Desígnios Superiores, Maria se entrega totalmente a eles. É aquele momento em que há perfeito entendimento do mecanismo da vida, quando o Espírito sabe que o mais importante é atender a Vontade do Pai e, então cumpre-a fielmente. É a liberdade-obediência. Encontramos assim em Maria as três qualidades básicas para que o Cristo possa nascer: confiança, consciência e obediência sintetizadas na fé.

Mais Lições a Serem Aprendidas

Jesus envolvido em panos nos ensina a lição de simplicidade: enquanto nos preocupamos tanto com os acessórios em nossa vida do dia-a-dia, os Espíritos superiores ocupam-se com o que verdadeiramente é importante para a vida imortal.
A manjedoura é o tabuleiro em que se deposita comida para vacas, cavalos etc. em estábulos. Segundo Emmanuel em A Caminho da Luz, “a manjedoura assinalava o ponto inicial da lição salvadora do Cristo, como a dizer que a humildade representa a chave de todas as virtudes.
Por meio de Jesus colocado em um tabuleiro como alimento para animais, o Evangelho ensina-nos que, se quisermos deixar a condição de animalidade em favor de uma espiritualidade mais autêntica, é preciso que tenhamos o Cristo, ou a Boa Nova, por ele proposta, como alimento definitivo de nossas almas. Condição esta confirmada por ele mesmo quando mais adiante nos afirma: “Eu sou o pão da vida.” Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra.
Outra lição encontrada é a da resignação, “por que não havia lugar para eles na estalagem“. É muito comum este fato, quando nos ajustamos aos desígnios superiores e agimos em favor do amor e da fraternidade, não há para nós lugar onde se instala o interesse imediatista do mundo material.

A Visita dos Magos

Os Três MagosNarrada no Evangelho de Mateus, a visita dos magos e suas dádivas originaram as tradições de presentes no Natal. No entanto, dádivas seriam doações espontâneas de algo valioso, material ou não, a alguém; presente, oferta, mimo, brinde. Não é o que acontece atualmente no Natal.
Os presentes nem sempre são espontâneos, mas fruto de interesses outros. O que não tem valor material não é bem aceito como presente, mostrando assim a faixa de interesses a que estamos ajustados. A expressão “seus tesouros” que se refere aos presentes ofertados, dá a entender que estes já lhes pertenciam, ou seja, que já tinham sido por eles conquistados. Então deveríamos dar valores que já são nossos, nossas conquistas individuais, de nós mesmos e espontaneamente.
Os presentes também contêm significados. O ouro refere-se à autoridade sobre as coisas materiais; o incenso, à autoridade sobre as questões espirituais. A mirra é uma planta de cuja casca sai uma resina aromática. De aroma agradável e gosto amargo, na Antiguidade, segundo oDicionário Houaiss, ela era usada como incenso e remédio.
Pode revelar, desta forma, dois significados. Foi dado a Jesus o poder sobre as enfermidades: “Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si…“, diz Isaias, 53:4. E representa também a necessidade do testemunho (“gosto amargo”), testemunho este que dá o poder e autoridade sobre as enfermidades e sobre as questões materiais e espirituais.

O Personagem Principal

Se historicamente não podemos precisar com certeza onde e quando se deu a noite do nascimento de nosso Mestre Maior, é certo que ela aconteceu. Emmanuel assim a descreve em A Caminho da Luz: “Harmonias divinas cantavam um hino de sublimadas esperanças no coração dos homens e da Natureza. A manjedoura é o teatro de todas as glorificações da luz e da humildade, e, enquanto alvorecia uma nova era para o globo terrestre, nunca mais se esqueceria o Natal, a ‘noite silenciosa, noite santa‘”.
Como já dissemos, o nascimento de Jesus representa o início de uma nova era em que a justiça se converte em amor, e a fraternidade pura, através de sua exemplificação, meta a ser alicerçada em nossos corações. Antes era o homem biológico, depois, o homem espiritual.
Na festa que preparamos ao final de cada ano, Jesus deveria ser personagem principal. Assim também, como devemos nos preparar para ela, qual a melhor vestimenta a usar?

Aqui deixamos duas passagens evangélicas para refletirmos sobre estes temas: uma de Mateus: “Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-me de comer, tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então, os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E, quando te vimos estrangeiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E, quando te vimos enfermo ou na prisão e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.
Que façamos em nome do Cristo um Natal diferente. Que saiamos de nós mesmos, de nossos caprichos e desejos pueris, buscando atender as necessidades de nossos semelhantes mais carentes. Reclamamos do “pouco” que temos, mas quão muito é esse pouco se comparado ao enorme percentual da humanidade que muito menos tem, chegando a faltar até o básico necessário? Lembremos destas palavras: “Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes…
Na outra passagem de Mateus, lemos: “E, quanto ao vestuário, porque andais solícitos? Olhai para os lírios do campo…” Para que possamos estar vestidos com a “túnica nupcial” é preciso estarmos ajustados ao fluxo da vida que é a Lei Superior, que é Amor. Os lírios “não trabalham e nem fiam”, mas cumprem a sua missão de enfeitar mesmo tendo nascido em condições adversas (brejo, lodo etc.).
Ao dizer que nem mesmo o Rei Salomão em toda a sua exuberância se vestiu como qualquer deles, a beleza que Jesus observa é a que vem de dentro, aquela gerada pela consciência tranquila do dever cumprido e do ajuste aos Propósitos Superiores.
Nada dá mais segurança e firmeza do que o Evangelho vivenciado. Assim, firmemo-nos em seus ensinamentos de moral superior e estaremos preparados para que o Cristo nasça em nós, e pelos frutos de nossas ações também possamos ser chamados de Filhos do Altíssimo ou Filho de Deus, por quem quer que seja.
Texto extraído da Revista Universo Espírita Nº 60.
Cláudio Fajardo é escritor com diversos livros publicados, entre eles a série Jesus Terapeuta. Ele também é autor do blog Espiritismo e Evangelho.
http://duplavista.com/arquivo/visao-espirita-do-natal