A LUZ DO SOL QUE É DEUS!!

A LUZ DO SOL QUE É DEUS!!
PAZ E ALEGRIA!!!

domingo, 30 de setembro de 2012

Os Espíritos não resolvem seus problemas


http://tempoespirita.blogspot.com.br/2010/05/os-espiritos-nao-resolvem-seus.html


Muita gente procura o centro espírita em busca de uma conversa direta com os guias espirituais. Talvez acreditem que, se tiverem oportunidade de conversar, chorar suas mágoas e defender suas idéias de autopiedade, os espíritos se mobilizarão para auxiliá-los e destrinchar suas dificuldades com toda a urgência e facilidade. Meu Deus, como muitos amigos(as) estão equivocados! Espírito nenhum resolve problemas de ninguém. Esse definitivamente não é o objetivo nem o papel dos espíritos, meu filho(a). Se porventura você está em busca de uma solução simples e repentina para seus dramas e desafios, saiba que os espíritos desconhecem quimera capaz de cumprir esse intento.
         No espiritismo, não se traz o amor de volta; ensina-se a amar mais e valorizar a vida, os sentimentos e as emoções, sem pretender controlar os sentimentos alheios ou transformar o outro em fantoche de nossas emoções desajustadas.
         Os espíritos não estão aí para “desmanchar trabalhos” ou feitiçarias; é dever de cada um renovar os próprios pensamentos, procurar auxílio terapêutico para educar as emoções e aprender a viver com maior qualidade.
         Até o momento, não encontramos uma varinha mágica ou uma lâmpada maravilhosa com um gênio que possa satisfazer anseios e desejos, resolvendo as questões de meus filhos(as). O máximo que podemos fazer é apontar certos caminhos e incentivar meus filhos(as) a caminhar e desenvolver, seguindo a rota do amor.
         Não adianta falar com as entidades e os guias ou procurar o auxílio dos orixás, como muitos acreditam, pois tanto a solução como a gênese de todos os problemas está dentro de você, meu filho. Ao menos no espiritismo, a função dos espíritos é maior do que satisfazer caprichos e necessidades imediatas daqueles que concentram sua visão nas coisas do mundo. Não podemos perder nosso tempo com lamentações intermináveis nem com pranto que não produza renovação. Nosso campo de trabalho é a intimidade do ser humano, e a cientização de sua capacidade de trabalhar e investir no lado bom de todas as coisas. Nada mais.
         Tem gente por aí se deixando levar pelas aparências de espiritualidade. A grande multidão ainda não despertou para as verdades espirituais e acha-se com os sentidos embriagados e as crenças arraigadas em formas mesquinhas e irreais de viver a vida espiritual. Persegue soluções que lhe sejam favoráveis, e, em geral, tais soluções dizem respeito a questões emocionais ou materiais que meus filhos(as) não se sentiram capazes de superar. Ah! Como se enganam quanto à realidade do espírito.
         O aprendizado da vida é longo, amplo e exige um esforço mental de tais proporções que não torna fácil romper com os velhos hábitos de barganhas espirituais aprendidos com as religiões do passado.
         Fazem-se promessas, cumprem-se rituais na esperança de que os espíritos ou Deus concedam-lhes um favor qualquer em troca de seus esforços externos, que presumem sobrepor-se aos valores internos. Pensamentos assim resultam de uma educação religiosa deficiente e advêm de hábitos seculares que perduram nos dias atuais e carecem de uma análise mais profunda. Os indivíduos que agem com base nessas premissas evitam reconhecer sua responsabilidade nos acontecimentos que os atingem e pensam enganar a Deus com seu jeito leviano e irresponsável de tratar as questões espirituais. Fatalmente se decepcionam ao constatar que aquilo que queriam não se realizou e que as focas sublimes da vida não se dobraram aos seus caprichos pessoais.
         Os problemas apresentados pela vida têm endereço certo, e não há como transferi-los para os espíritos resolverem. Se determinada luta ou dificuldade chega até você, compete a você vencê-la. Na sede de se livrar do processo educativo ministrado pela vida, meus filhos(as) esperam que , os espíritos, possam  isentá-los de seus desafios. Isso é irreal. Não detem o poder de transferir de endereço a receita de reeducação que vem para cada um. Nenhum espírito minimamente esclarecido poderá prometer esse tipo de coisa sem comprometer o aprendizado individual. Foram chamados pelo Pai para auxiliar meus filhos(as) apontando o caminho ou a direção mais provável para alcançarem êxito na construção de sua felicidade.
         Vejam como exemplo a atuação do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo. Mesmo matando a sede e a fome de multidões, ele não arranjou emprego para ninguém. Curou e restabeleceu a saúde de muitos que nele acreditaram, mas não libertou ninguém das conseqüências de seus atos e escolhas. Sabendo das dificuldades sociais da época, não tentou resolver questões que somente poderiam ser transpostas com o tempo e o amadurecimento daquele povo. Em momento algum o vimos a prescrever fórmulas para dar fim a desavenças de ordem familiar, socioeconômica nem tampouco emocional, recomendando meios de trazer o marido de volta ou fazer a pessoa amada retornar aos braços de quem deseja. Uma vez que ele é o Senhor de todos os espíritos e não promoveu coisas nesse nível, como podemos nós, seus seguidores, sequer cogitar realizá-las?
         O que podemos deduzir das atitudes de Nosso Senhor, meus filhos(as), é que, se ele não se dispôs a realizar tais demandas, que na época certamente existiam, é porque a natureza de seu trabalho era outra. Mesmo debelando os males, prestando o socorro que podia, ele não eximiu a população de enfrentar seus desafios. Quem recebeu o pão voltou a ter fome e inevitavelmente teve de trabalhar para suprir as próprias necessidades; quem foi curado teve de aprender a valorizar a própria vida, pois outras enfermidades viriam mais tarde; quem Jesus ressuscitou dos mortos desencarnou mais adiante. Em suma, o processo de reeducação a que conduzem os embates da vida é tarefa de cada um. Cristo Nosso Senhor apenas indicou a direção, mas cabe a cada seguidor palmilhar o caminho com suas próprias pernas, avançando com passos seguros e resolutos em seu aprendizado.
         Através desse raciocínio, meu filho(a), você poderá compreender a razão pela qual não há proveito em recorrer aos espíritos para livrá-lo do sofrimento ou isentá-lo de dificuldades. Esse é o caminho do crescimento na Terra, e não há como fugir às próprias responsabilidades ou transferir o destino das tribulações. A dívida acorda sempre com o devedor, não há como se furtar a essa realidade.

Capítulo do livro Pai João pelo médium Robsom Pinheiro, da Casa dos Espíritos Editora(livro Alforriar editado)
http://www.rcespiritismo.com.br/

Obsessão Oculta



ando alguns apontamentos, em torno da obsessão oculta, cabe-nos recordar que sugestão, a rigor, é a influência que a ideia positiva do magnetizador desenvolve sobre a mente passiva do hipnotizado, criando nele estados alucinatórios, dos quais podem partilhar todas as potências do seu cosmo orgânico.
        Justo ponderar, contudo, que o fenômeno não é privativo de escolas especializadas ou dos grandes magnetologistas do passado ou do presente.
        Qual acontecia em recuadas épocas, nos templos da iniciação egípcia, a sugestão ainda hoje se reveste de inconcebível importância, em todos os planos de nossa vida, mesmo porque toda a vida, no fundo, é processo mental em manifestação.
  • Desde a mais remota antiguidade, a Goétia ou magia negra, filha da ignorância, dela se vale para estabelecer entre os homens o domínio dos seres que se bestializam nas trevas.
  • E o culto à Suprema Divindade ou a Religião, filha dos mais altos ideais da Humanidade, da sugestão se aproveita para garantir o serviço de sublimação das almas, por intermédio da comunhão com as forças da luz.
        Como é fácil apreender, repetimos, o papel da sugestão é de incalculável alcance em todos os episódios de nossa marcha nas províncias da evolução, particularmente nas faixas da experiência terrestre, de vez que o tempo da alma encarnada se divide em duas fases distintas:
  • a vigília (sensório desperto - acordado)
  • e a hipnose, ou seja, sono físico.
        Não desconhecemos que o homem, examinado em seu_aspecto_puramente_fisiológicopode ser definido como sendo uma bateria complexa, associando e desassociando cargas de eletricidade, porquanto traz consigo, em expressiva porção, ácidos e álcalis, metais e ametais, em diversos valores químicos, cujas trocas asseguram o metabolismo eficiente dos recursos hormonais.
        Indiscutivelmente, o_regime_alimentar e a respiração, a temperatura e a ginástica são fatores que podem provocar sensíveis alterações na harmonia elétrica da criatura humana, entretanto, a causa da renovação para o bem ou da perturbação para o mal reside em cada um de nós, de maneira mais íntima, nas correntes de ideias que assimilamos.
  • Qual ocorre à matéria, que se transforma incessantemente, ao impacto de raios múltiplos, nos reinos inferiores da Natureza, 
  • o Espírito se adensa na sombra ou se sutiliza na luz, sob o império dos raios mentais que elege para combustível de suas emoções mais profundas.
        Reportamo-nos a semelhantes considerações para salientar o impositivo de nossa vigilância em todos os estados passivos de nossa alma, porque, através da meditação e do sono, nos identificamos, muita vez de modo imperceptível, com os pensamentosque nos são sugeridos pelas Inteligências desencarnadas ou não, que se afinam conosco e, se não nos guardamos na fortaleza das obrigações retamente cumpridas, caímos sem dificuldade nas malhas da obsessão oculta, transformando-nos em agentes da irresponsabilidade e da cegueira de espírito, por despenhar-nos, inconscientemente, em desequilíbrios imanifestos, cujos resultados somente se expressarão, mais tarde, pelos princípios de causa e efeito, nos torturados labirintos da patogenia obscura, em nosso campo individual.
        Lembremo-nos, assim, de que se o obsidiado confesso é alguém armado pela aflição e pelo sofrimento, para o combate às forças da treva, a vítima da obsessão oculta, quase sempre, é a loucura mascarada de bom-senso, acarretando, por onde passe, desastres e problemas morais para si e para os outros.
        É por esse motivo que, convidando-vos ao nosso permanente programa de oração e estudo lie, de fraternidade e serviço constante, a fim de que estejamos sob a regência das Sugestões de Cima, encerramos nossas breves anotações, rememorando as inesquecíveis palavras do apóstolo Paulo, no versículo 14 do capítulo 5, de sua carta aos Efésios: — «Desperta, ó tu que dormes, e, levantando-te dentre os mortos, o Cristo te esclarecerá.»

Fontes:
www.guia.heu.nom.br; pelo Espírito Dias da Cruz;
Livro "Vozes do Grande Além", de Chico Xavier.
 

Obsessão Entre Entes Queridos


Um caso de excesso de apego de esposa e filhos encarnados a um ente querido no plano espiritual
        Alonso, um colaborador, de maneiras simpáticas, dirigiu a palavra ao nosso orientador, com grande interesse; tratava-se de um velhinho de humilde expressão, que lhe falava com mostras de justo respeito.
        — E o senhor recebeu as notícias?
        — Sim, nossos mensageiros certificaram-me dos detalhes mínimos. Sua viúva continua muitíssimo acabrunhada, os filhinhos gozam saúde, mas permanecem na mesma ansiedade por motivo de sua ausência.
        O velho, que parecia muito bondoso, esboçou um gesto de confirmação e acrescentou:
        — Tenho sentido tanta falta deles! Nos olhos transparecia a tristeza resignada, de quem deseja alguma coisa, medindo a extensão dos obstáculos.
        — Você, porém, Alonso, não deve angustiar-se. Sei que está trabalhando agora pelo futuro da família.
  • Na Terra, na qualidade de pais, conseguimos movimentar muitas providências a favor dos filhos;
  • entretanto, aqui, no plano espiritual, podemos realizar certas medidas em benefício deles, com maior segurança. Nem sempre agimos no mundo com a necessária visão; mas aqui é possível sentir, de mais perto, os interesses imperecíveis daqueles que amamos.
  • sentimento elevado é sempre um caminho reto para nossa alma; todavia, não podemos dizer o mesmo, a respeito dosentimentalismo cultivado no círculo da Crosta.
        é preciso que você tenha muito cuidado em não desorganizar a mente. A saudade que fere, impedindo-nos atender à Vontade Divina, não é louvável nem útil. É enfermidade do coração, precipitando-nos em abismos insondáveis do pensamento.
        Alonso deixou de sorrir, mostrou os olhos rasos dágua e falou em voz súplice.
        — Reconheço, senhor Alfredo, a oportunidade de suas observações. Graças a Jesus, venho melhorando minha vida mental, nos deveres novos que me concedeu e, de fato, sinto-me renovado espiritualmente. Sei que sua palavra não me advertiria sem razão, mas, ousaria pedir licença para visitar a esposa e os filhos à noite, quando me concentro nas preces habituais, sinto, em torno de mim, os seus pensamentos.
  • Esses pensamentos me penetram fundo, atraindo-me toda a atenção para a Terra.
  • Às vezes, consigo repousar um pouco, mas com muita dificuldade. Sei que a esposa e os filhos estão chamando, dolorosamente, por mim. Esta certeza me perturba de algum modo.
  • Não tenho sentido a mesma firmeza para o trabalho diário e desejaria remediar a situação.
        Reconheço que minhas obrigações, presentemente, são outras e que devo estar conformado; no entanto, confesso que minha luta espiritual tem sido bem grande. Estou certo de que me perdoará a fraqueza. Que chefe de família não se sentiria atormentado, ouvindo angustiosos apelos do lar, sem meios de atender, como se faz indispensável?
        E, revelando o enorme anseio da alma, enxugou os olhos e prosseguiu:
        — Quisera rogar aos meus, calma e coragem, esclarecendo que meu coração inda é frágil e necessita do amparo deles; estimaria pedir-lhes esse auxílio para que eu possa atender as atuais obrigações, sem desfalecimentos. Quem sabe me concederá, agora, a permissão precisa? Temos bem perto de nossa casa um grupo de amigos espiritistas; talvez não me fosse difícil transmitir algumas palavras, breves que fossem, tentando tranqüilizar a esposa e os filhos!...
        Alfredo, imperturbável, não respondeu negativamente. Parecia compreender toda a inquietação do servidor simpático e humilde. Observei-lhe no olhar, muito lúcido, o desejo sincero de atender, e, com extrema simpatia por sua conduta generosa, ouvi-o ponderar:
        — Não será impossível satisfazê-lo, meu caro. Nossos emissários poderão conduzi-lo, nas viagens comuns; entretanto, creia que, como amigo, ficaria preocupado com você, pela manutenção de sua paz. Não posso abusar da autoridade e sei que cada um tem a experiência que lhe cabe, mas creio seja de seu vital interesse o fortalecimento do coração. É imprescindível conformarmo-nos com os desígnios do Eterno. Você e sua mulher não ficariam separados se não necessitassem de experiências novas. As dificuldades que ela vem amargando com a sua ausência, sofre-as também você com a separação dela. Tenho a impressão, Alonso, de que Deus nos deixa sozinhos, por vezes, a fim de refazermos o aprendizado, melhorando o coração. A soledade, porém, quando aproveitada pela alma, precede o sublime reencontro. Além disso, você não deve ignorar que os filhos pertencem a Deus, que cada um deles precisa definir responsabilidades e cogitar da própria realização. Por enquanto, vivem chorosos, desalentados. A revolta lhes visita a alma invigilante. Estabeleceu-se a desordem doméstica, depois da sua vinda. Entretanto, que fazer senão pedir para eles e para nós a bênção do Eterno? Precisam eles da conformação com a realidade justa, e você, que já lhes deu o que era razoável, necessita, igualmente, evolver e aperfeiçoar-se na senda nova a que fomos chamados. Em que ficaria, meu caro, se permitisse a invasão total do sentimentalismo doentio em seus pensamentos? Tão dedicado é você à família do sangue, que, por agora, não o sinto com bastante preparo a tudo ver no antigo lar, sem sofrer desastrosamente.
  • Há tempos, autorizei a visita de dois colegas nossos à esfera da Crosta, a fim de reverem as viúvas e abraçarem de novo os filhinhos; mas foram tão violentamente surpreendidos pela situação, que não puderam voltar aos seus deveres aqui, lá ficando agarrados ao ninho que haviam abandonado. Não vigiaram o coração, convenientemente. Ouviram, em demasia, os prantos familiares terrestres, envolveram-se nos pesados fluidos do clima doméstico e, passada a semana de licença, não conseguiram erguer-se para o regresso. Estavam como pássaros aprisionados pela visão das tentações. Os encarregados do noticiário particular voltaram ao Posto sem eles, com grande surpresa para mim. E, francamente, não sei quando poderão reassumir as funções que lhes cabem, o prejuízo de ambos é muito grande.
        Depois de pequena pausa, Alfredo rematou:
        — Os vôos de grande altura pedem asas fortes. Alonso, que ouvia de olhos arregalados, considerou resignado:
        — Desisto do pedido. O senhor tem razão.
        O administrador abraçou-o e murmurou:
        — Deus ilumine o seu entendimento.
Fontes:
www.guia.heu.nom.br; de Marcos Andrade;
Livro "Os Mensageiros", de André Luiz, por psicografia de Chico Xavier.

DISCURSO DE ALLAN KARDEC

SESSÃO ANUAL COMEMORATIVA DOS MORTOS 

(Sociedade de Paris, 1° de novembro de 1868) 

DISCURSO DE ABERTURA PELO SR. ALLAN KARDEC (1)

(1)    A primeira parte desse discurso foi tomada de uma publicação anterior sobre a Comunhão de pensamentos, mas que era necessário lembrar, por causa da sua ligação com a idéia principal.


O Espiritismo é uma religião? 

"Em qualquer lugar que se encontrem duas ou três pessoas reunidas em meu nome, eu me encontro ali no meio delas." (S. Mateus, cap. XVIII, v. 20.)

 Caros irmãos e irmãs espíritas, 

Estamos reunidos, neste dia consagrado pelo uso à comemoração dos mortos, para dar àqueles de nossos irmãos que deixaram a Terra, um testemunho particular de simpatia; para continuar as relações de afeto e de fraternidade que existiam entre eles e nós quando vivos, e para chamar sobre eles as bondades do Todo-Poderoso. Mas porque nos reunir? Não podemos fazer, cada um em particular, o que nos propomos fazerem comum? Que utilidade pode nisto terem se reunir assim num dia determinado? 

Jesus no-lo indica pelas palavras que reportamos acima. Esta utilidade está no resultado produzido pela comunhão de pensamentos que se estabelece entre pessoas reunidas com um mesmo objetivo. 

Mas compreende-se bem toda a importância desta palavra: Comunhão de pensa-mentos? Seguramente, até este dia, poucas pessoas dela se fizeram uma idéia completa. O Espiritismo, que tantas coisas nos explica pelas leis que nos revela, vem ainda nos explicar a causa, os efeitos e o poder desta situação do Espírito. 

Comunhão de pensamento quer dizer pensamento comum, unidade de intenção, de vontade, de desejo, de aspiração. Ninguém pode desconhecer que o pensamento seja uma força; mas é uma força puramente moral e abstrata? Não; de outro modo não se explicariam certos efeitos do pensamento, e ainda menos da comunhão de pensamento. Para compreendê-lo, é preciso conheceras propriedades e a ação dos elementos que constituem a nossa essência espiritual, e é o Espiritismo que no-lo ensina. 

O pensamento é o atributo característico do ser espiritual; é ele que distingue o espírito da matéria: sem o pensamento, o espírito não seria espírito. A vontade não é um atributo especial do espírito, é o pensamento chegado a um certo grau de energia; é o pensamento tornado força motora. É pelo pensamento que o espírito imprime aos membros e ao corpo os movimentos num sentido determinado. Mas se ele tem o poder de agir sobre os órgãos materiais, quanto esta força deve ser maior sobre os elementos fluídicos que nos cercam! O pensamento age sobre os fluidos ambientes, como o som age sobre o ar; esses fluidos nos trazem o pensamento como, o ar nos traz o som. Pode-se, pois, dizer com toda a verdade que há nesses fluidos ondas e raios de pensamentos que se cruzam sem se confundirem, como há no ar ondas e raios sonoros. 

Uma assembléia é um foco de onde irradiam pensamentos diversos; é como uma orquestra, um coro de pensamentos onde cada um produz uma nota. Disto resulta uma multidão de correntes e de eflúvios fluídicos dos quais cada um recebe a impressão pelo sentido espiritual, como num coro de música, cada um recebe a impressão dos sons pelo sentido do ouvido. 

Mas, do mesmo modo que há raios sonoros harmônicos ou discordantes, há também pensamentos harmônicos ou discordantes. Se o conjunto é harmônico, a impressão é agradável; se é discordante, a impressão é penosa. Ora, por isto, não há necessidade de que o pensamento seja formulado em palavras; a irradiação fluídica não existe menos, quer ela seja expressada ou não; se todos são benevolentes, todos os assistentes nele experimentam um verdadeiro bem-estar, e se sentem comodamente; mas se é misturada com alguns pensamentos maus, eles produzem um efeito de uma corrente de ar gelado no meio tépido. 

Tal é a causa do sentimento de satisfação que se sente numa reunião simpática; ali reina como uma atmosfera moral saudável, onde se respira comodamente; dali se sai reconfortado, porque se está impregnado de eflúvios salutares. Assim se explicam também a ansiedade, o mal-estar indefinível que se sente num meio antipático, onde os pensa-mentos malévolos provocam, por assim dizer, correntes fluídicas doentias. 

A comunhão de pensamentos produz, pois, uma espécie de efeito físico que reage sobre o moral; é o que só o Espiritismo poderia fazer compreender. O homem o sente instintivamente, uma vez que procura as reuniões onde ele sabe encontrar essa comunhão; nessas reuniões homogêneas e simpáticas, ele haure novas forças morais; poder-se-ia dizer que ali recupera as perdas fluídicas que ele faz cada dia pela irradiação do pensamento, como recupera pelos alimentos as perdas do corpo material. 

A esses efeitos da comunhão de pensamentos junta-se um outro que lhe é conseqüência natural, e que importa não perder de vista: é a força que adquire o pensamento ou a vontade, pelo conjunto dos pensamentos ou vontades reunidas. Sendo a vontade uma força ativa, esta força é multiplicada pelo número das vontades idênticas, como a força muscular é multiplicada pelo número dos braços. 

Estabelecido este ponto, concebe-se que nas relações que se estabelecem entre os homens e os Espíritos, haja, numa reunião onde reina uma perfeita comunhão de pensa-mentos, uma força atrativa ou repulsiva que um indivíduo isolado nem sempre possui. Se, até o presente, as reuniões muito numerosas são menos favoráveis, é pela dificuldade de obter uma homogeneidade perfeita de pensamentos, o que se prende à imperfeição da natureza humana sobre a Terra. Quanto mais as reuniões são numerosas, mais nela se misturam elementos heterogêneos que paralisam a ação dos bons elementos, e que são como os grãos de areia numa engrenagem. Não ocorre o mesmo nos mundos mais avançados, e esse estado de coisas mudará sobre a Terra, à medida que os homens se tornarem melhores. 

Para os Espíritas, a comunhão de pensamentos tem um resultado mais especial ainda. Vimos o efeito dessa comunhão de homem a homem; o Espiritismo nos prova que ela não é menor dos homens para os Espíritos, e reciprocamente. Com efeito, se o pensamento coletivo adquire força pelo número, um conjunto de pensamentos idênticos, tendo o bem por objetivo, terá mais força para neutralizar a ação dos maus Espíritos; também vemos que a tática destes últimos é de levar à divisão e ao isolamento. Sozinho, um homem pode sucumbir, ao passo que se sua vontade está corroborada por outras vontades, ele poderá resistir, segundo o axioma: A união faz a força, axioma verdadeiro no moral como no físico. De um outro lado, se a ação dos Espíritos malévolos pode ser paralisada por um pensamento comum, é evidente que a dos bons Espíritos será secundada; sua influência salutar não encontrará obstáculos; seus eflúvios fluídicos, não sendo detidos por correntes contrárias, se derramarão sobre todos os assistentes, precisamente porque todos os terão atraído pelo pensamento, não cada um em seu proveito pessoal, mas em proveito de todos, segundo a lei de caridade. Descerão sobre eles em língua de fogo, para nos servir de uma admirável imagem do Evangelho. 

Assim, pela comunhão de pensamentos, os homens se assistem entre si, e, ao mesmo tempo, assistem os Espíritos e são por eles assistidos. As relações do mundo visível e do mundo invisível não são mais individuais, são coletivas, e, por isto mesmo mais poderosas para o proveito das massas, como para o dos indivíduos; em uma palavra, ela estabelece a solidariedade, que é a base da fraternidade. Cada um não trabalha só para si, mas para todos, e em trabalhando todos cada um nisso encontra sua conta; é o que o egoísmo não compreende. 

Graças ao Espiritismo, pois, compreendemos o poder e os efeitos do pensamento coletivo; explicamo-nos melhor o sentimento de bem-estar que se experimenta num meio homogêneo e simpático; mas sabemos igualmente que ocorre o mesmo com os Espíritos, porque eles também recebem os eflúvios de todos os pensamentos benevolentes que se elevam para eles, como uma emanação de perfume. Aqueles que são felizes sentem uma maior alegria desse concerto harmônico; aqueles que sofrem dele sentem um maior alívio. 

Todas as reuniões religiosas, seja qualquer culto a que pertençam, são fundadas sobre a comunhão de pensamentos; é aí, com efeito, que ela deve e pode exercer toda a sua força, porque o objetivo deve ser o desligamento do pensamento das amarras da matéria. Infelizmente, a maioria se afastou deste princípio, à medida que fizeram da religião uma questão de forma. Disto resultou que, cada um fazendo consistir seu dever no cumprimento da forma, se acredita quite com Deus e com os homens, quando praticou uma fórmula. Disto resulta ainda que cada um vai aos lugares de reuniões religiosas com um pensamento pessoal, por sua própria conta, e, o mais freqüentemente, sem nenhum sentimento de confraternização em relação aos outros assistentes: ele está isolado no meio da multidão, e não pensa no céu senão para si mesmo. 

Não era certamente assim que o entendia Jesus quando disse: "Quando estiverdes vários reunidos em meu nome, eu estarei em vosso meio." Reunidos em meu nome, quer dizer, com um pensamento comum; mas não se pode estar reunidos em nome de Jesus sem assimilar os seus princípios, a sua doutrina; ora, qual é o princípio fundamental da doutrina de Jesus? A caridade em pensamentos, em palavras e em ações. 

Os egoístas e os orgulhosos mentem quando se dizem reunidos em nome de Jesus, porque Jesus os desaprova por seus discípulos. 

Tocados por esses abusos e desvios, há pessoas que negam a utilidade das assembléias religiosas, e, por conseguinte, dos edifícios consagrados a essas assembléias. Em seu radicalismo, eles pensam que melhor seria construir hospícios do que templos, tendo em vista que o templo de Deus está por toda a parte, que ele pode ser adorado por toda a parte, que cada um pode pedir em sua casa e a toda hora, ao passo que os pobres, os doentes e os enfermos têm necessidade de lugares de refúgio. 

Mas do fato de que são cometidos abusos, de que se afastou do caminho reto, segue-se que o caminho reto não existe, e que de tudo o que se abusa seja mau? Falar assim é desconhecer a fonte e os benefícios da comunhão de pensamento que deve ser a essência das assembléias religiosas; é ignorar as causas que a provocam. Que materialistas professem semelhantes idéias, se o concebe; porque, por eles, em todas as coisas fazem abstração da vida espiritual; mas da parte de espiritualistas, e melhor ainda de Espíritas, isto seria um contrasenso. O isolamento religioso, como o isolamento social, conduz ao egoísmo. Que alguns homens sejam bastante fortes por si mesmos, bastante e largamente dotados pelo coração, para que sua fé e sua caridade não tenham necessidade de ser aquecidas em um foco comum, é possível; mas não ocorre assim com as massas, a quem é preciso um estimulante, sem o qual elas se poderiam deixar ganhar pela indiferença. Além disto, qual é o homem que possa se dizer bastante esclarecido para não ter nada a aprender no que toca aos seus interesses futuros? bastante perfeita para abster-se de conselhos na vida presente? É sempre capaz de se instruir por si mesmo? Não; ele precisa da maioria dos ensinamentos diretos de religião e de moral, como em matéria de ciência. Sem contradita, esse ensinamento pode ser dado por toda a parte, sob a abóbada do céu como sob a de um templo; mas por que os homens não teriam lugares especiais para negócios do céu, como os têm para os negócios da Terra? Por que não teriam assembléias religiosas, como eles têm assembléias políticas, científicas e industriais? Está aí uma bolsa onde se ganha sempre sem fazer ninguém perder nada. Isto não impede as fundações em proveito dos infelizes; mas dizemos além que quando os homens compreenderem melhor seus interesses do céu, haverá menos gente nos hospícios. 

Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/revista-espirita/discurso-de-abertura-pelo-sr-allan-kardec-(1)/#ixzz280ZiU1yc

A presença de Jesus

  VIVA JESUS!


“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao
Pai senão por mim.” (João 14:6.)

Quando as sábias e inquestionáveis lições de Jesus adentram a nossa mente e, repletando os nossos corações, modificam toda a nossa estrutura íntima, provocando a metamorfose proposta por Paulo de Tarso: que matemos o homem velho que mora em nosso interior para que floresça o homem novo, revestido das virtudes imprescindíveis à nossa caminhada em busca da paz e da felicidade.

A presença de Jesus na vida de uma criatura exalta os seus sentimentos, fazendo nascer nela a solidariedade capaz de compreender que ninguém consegue viver na solidão e que para encontrar a serenidade é preciso ajudar a fazer o próximo também sereno.

A presença de Jesus em nossa vida tem a força de nos fazer mais pacientes e tolerantes para enfrentarmos os desafios e as barreiras naturais que tentam impedir a concretização dos nossos ideais.

A presença de Jesus em nossa vida é capaz de ampliar a nossa visão, ao ponto de conseguirmos observar as dores e as aflições alheias e de nos motivarmos a procurar por recursos e mecanismos capazes de debelá-las.

A presença de Jesus em nossa vida nos fortalece a tal ponto que conseguimos reunir coragem para combater o ódio que nos causa tantos dissabores, substituindo-o pelo amor, esse sentimento de tamanha grandeza que nos possibilita colher frutos de realizações edificantes.

A presença de Jesus em nossa vida incentiva o nascimento da fraternidade, e, a partir de então, nossas ações, atitudes e comportamentos têm o tempero da sensibilidade e do altruísmo, virtudes valiosas que nos asseguram prosperidade espiritual.

A presença de Jesus em nossa vida permite que identifiquemos no irmão de caminhada um aliado, um companheiro, e nunca um concorrente ou um adversário que disputa conosco o bolo da felicidade.

A presença de Jesus em nossa vida tem o poder de afastar os tentáculos deletérios do egoísmo e do orgulho, essas terríveis e devassadoras chagas da humanidade, que separam os homens, que proporcionam a guerra e que destroem a paz.

A presença de Jesus em nossa vida traz consigo as luzes da caridade que conseguem clarear, com imensa nitidez, os caminhos da benevolência, da indulgência e do perdão, sentimentos expressivos que valorizam a jornada de qualquer ser humano.

A presença de Jesus em nossa vida tem a capacidade de nos ensinar que somos criaturas imortais, a caminho da perfeição que será obtida mediante os esforços que empreendermos para desfrutar dela mais cedo ou pouco mais tarde.

A presença de Jesus em nossa vida será capaz de nos tirar da animalidade e abrir as portas para que adentremos a angelitude, pois que fora Ele mesmo quem afirmou: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai senão por mim.” (João 14:6).

Obviamente, sem a presença de Jesus em nossa vida poderemos fazer qualquer coisa no mundo, menos viver com dignidade, certamente.

        Waldenir Aparecido Cuin


Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/existencia-de-deus/espiritismo-sem-jesus/#ixzz280WOuXXH