A LUZ DO SOL QUE É DEUS!!

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PAZ E ALEGRIA!!!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Lucidez Espiritual

por http://www.harmoniaespiritual.com.br/2011/11/lucidez-espiritual.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+com%2FRGNE+%28Harmonia+espiritual%29

Saúde, Enfermidade e Auto-Amor
Além da Matéria - Joseph Gleber – Robson Pinheiro

As enfermidades são o resultado da desarmonia dentre o espírito e o corpo, a vida e a forma. A consciência encerra toda a expressão da vida em sua própria intimidade. É o espírito imortal. Quando essa consciência assume o campo da forma através da reencarnação, passa a expressar-se no mundo fenomênico com uma parcela de sua lucidez espiritual.

Mas o homem encarnado não traz em si, nessa interação espírito-corpo, toda a manifestação de sua consciência. A expressão máxima da vida e da lucidez espiritual encontra-se no espírito. Semelhante verdade é de grande importância para que se compreenda as relações de equilíbrio e desequilíbrio, harmonia e desarmonia ou de saúde e enfermidade.

Entre o campo consciencial e o corpo físico existe um mundo de energias, cuja existência está demonstrada na revelação espírita, como nas modernas descobertas da ciência terrena. Nesse campo energético, também representado pelo duplo etérico e pelo psicossoma, é onde se originam, muitas vezes, os conflitos que geram as enfermidades.

A doença é, por isso mesmo, efeito do acúmulo ou do desgaste de energias que atingem os corpos superiores. É preciso desenvolver certos sentidos espirituais a fim de compreender a linguagem do corpo. Cada manifestação de enfermidade traz uma mensagem com endereço certo e com a linguagem necessária para o aprendizado do homem.

Sendo a doença o resultado de um conflito no campo energético ou emocional, ela pode ser vista como um processo de evolução ou de expurgo dos fluidos densos. Tais fluidos ou energias poderão, através da doença, liberar o organismo espiritual da carga tóxica que o oprime.

Como fator evolutivo, a enfermidade que desarmoniza o homem transforma-se em objeto de despertamento da consciência para a solução de conflitos íntimos. Uma vez solucionado o conflito com a reeducação dos impulsos da alma, a enfermidade perde a sua razão de ser. Com o cessar do desequilíbrio íntimo, a energia mórbida que impregna o psicossoma é redirecionada e paulatinamente deixa de fluir; assim, é restabelecido o equilíbrio interior.

É dessa forma que a postura evangélica do amor resolve por completo os bloqueios energéticos da alma em trânsito evolutivo.

As posturas equivocadas,  as emoções descontroladas, podem emergir do passado espiritual em forma de conflitos psicológicos ou enfermidades físicas, mas, uma vez que o homem se reeduca de acordo com as leis da vida, no desenvolvimento do auto-amor, tais energias em desequilíbrio encontram novamente a harmonia.

A fonte dos males ou das desarmonias que são conhecidas como enfermidades pode ser encontrada em qualquer dos corpos de manifestação da consciência. Quando à desarmonia nasce no “campo emocional” mais facilmente se transfere para o corpo denso através dos chacras, que automaticamente distribuem o fluido mórbido nos locais mais sensíveis do corpo somático.

Quando é o “corpo mental” que está desorganizado, as enfermidades se manifestam no campo psicológico ou mental, exigindo também grandes dispêndios de energia, a fim de reequilibrar o indivíduo.

Como o homem terreno tem seus campos etérico e psicossomático mais desenvolvidos que os corpos superiores, é natural que as enfermidades que atualmente assolam a humanidade encontrem sua gênese exatamente no perispírito ou psicossoma.

As emoções e os desejos contidos de modo irrefletido e desordenado dão origem a profundas angústias; os desequilíbrios emocionais e as paixões desenfreadas, muitas vezes reprimidos apenas pelas imposições sociais, deixam marcas profundas nas células sutis do corpo espiritual.

Isso requer longo tempo no trabalho de reajuste. Normalmente, nestes casos, os chacras inferiores e os seus plexos correspondentes encontram-se desajustados pelo acúmulo de energia ou fluido mórbido. Essa vibração desarmônica transfere-se para o corpo somático em forma de enfermidades.

A integração entre espírito-perispírito e corpo-físico é tão grande e se manifesta em tal intensidade que o sistema nervoso responde de forma automática aos impulsos advindos do espírito.

As energias e emoções vividas pelo espírito encarnado influem profundamente nas funções vegetativas, atingindo o sistema simpático e parassimpático com a densidade característica desses focos de desarmonia.

O acúmulo de energia densa pode gerar distúrbios e toda forma de enfermidades inflamatórias, envolvendo o órgão afetado com uma carga de fluido denso e uma aura densa e sem brilho, que é absorvida pelo órgão, causando a enfermidade local.

A falta de energia que ativa a vitalidade pode ser o resultado de um bloqueio que impede a circulação do fluido vital, deixando o órgão correspondente atrofiado ou sem o campo energético que o mantém ativo. Observa-se então um certo enfraquecimento do órgão, com um embaçamento da aura ou campo energético que o circunda.

Isso tudo nos leva a reavaliar certos conceitos modernos a respeito da saúde e das enfermidades. O organismo físico apenas reflete o estado dos outros campos de manifestação da consciência espiritual. O estado psicológico está sempre em relação com o estado físico, interagindo com este de forma perfeita e gerando situações que podem ser classificadas de saúde ou doença.

Quando o individuo é hiper-ativo, utilizando-se em demasia do fluido vital, provoca um desequilíbrio externo, que, com o tempo, passa para outras pessoas que o rodeiam, contaminando aqueles que entram em contato com ele. É o excesso de energia que o ser não sabe direcionar. Tal excesso se manifesta na hiperatividade, na sexualidade desregrada, nas agitações íntimas que se alastram como vírus.

Por outro lado, quando o individuo passa a dirigir suas energias exclusivamente para o seu íntimo, não consegue adaptar-se à realidade em que se situa, gerando traumas e fugas, que são outras causas de enfermidades do corpo e da alma.

Tais focos de desarmonia requerem um ponto de equilíbrio, que a terapia evangélica aconselha acontecer através da reeducação. Reeducar-se é procurar o ponto de equilíbrio entre a matéria e o espírito.  Nunca a reeducação significa fuga ou excesso. Sempre o Evangelho nos aconselha o método do amor ágape e do auto-amor.

Saúde, Enfermidade e Auto-Amor
Além da Matéria - Joseph Gleber – Robson Pinheiro

Lucidez espiritual: Segundo algumas pesquisas, o homem utiliza apenas uma pequena porcentagem de sua capacidade mental.

Considerando o ser espiritual, compreende-se que apenas uma parcela de todo o seu potencial se faz perceptível para a consciência encarnada, já que o corpo físico e, portanto, o cérebro, amortece as impressões que o espírito envia ao corpo. O organismo físico funciona como um transformador vivo que diminui lembranças e a freqüência vibratória do ser.

Linguagem do corpo: O corpo é um espelho altamente revelador do inconsciente. Ele mostra flashes da personalidade, expõe crenças, valores, preconceitos, forças e fragilidades do caráter.

As mensagens que emitimos por meio do nosso corpo constroem aquilo que temos demais verdadeiro e substancial. A linguagem corporal, quando bem utilizada, ajuda a dizer o indizível, a dar forma a um sentimento e a concretizar as imagens das emoções mais verdadeiras.

Envolvemos, além da palavra, o jogo fisionômico, a postura cênica, a flexibilidade dos músculos, o domínio das expressões faciais, dos movimentos de braços, pernas e  quadris.

Energia mórbida: É a qualidade dos fluidos mais densos, que impregnam o duplo etérico e o perispírito, causando um aumento de vibração de natureza doentia.

Ordinariamente, esse fluido mórbido apresenta-se como uma fuligem que se adere às células do corpo espiritual e extravasa para o corpo físico em forma de enfermidade.

Quando o homem adoece, em geral, é o resultado do descenso vibratório desse fluido, que se somatiza e faz fluir para o corpo o resíduo de cargas tóxicas aderidas ao perispírito.

Chacras: A palavra chacra significa roda. Sua principal função é absorver e distribuir o prana ou energia vital para o corpo etérico e, através deste, para o corpo físico.

Atuam como transmissores e transformadores de energia, que é distribuída por canais etéricos – as nadis – que correm paralelos ao sistema nervoso.

Focos de desarmonia: Esses focos de desarmonia poderão ser identificados como emoções desequilibradas, excesso de energia que produz irritabilidade, nervosismo e hiperatividade sexual. Também podem ser identificados como estados alterados de permanente alheamento da vida social, introspecção, tristeza, melancolia, depressão, etc.

harmoniaespiritual@hotmail.com

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O RESGATE DA ESPIRITUALIDADE

Quem foi Maria?


Maria de Nazaré, a Educadora de Jesus
Parte I
Quem foi Maria?
Falar de Maria de Nazaré, a mãe de Jesus, não é fácil devido a falta de informações que temos dela, e entre as que temos poucas são confiáveis, isentas e imparciais do ponto de vista religioso.
Estão no Novo Testamento, apesar de raros, os melhores esclarecimentos que temos da mãe de nosso Senhor Jesus.
Nós, os espíritas, ainda temos o privilégio de termos algumas anotações vindas do Plano Espiritual que nos ajudam a esclarecer sobre a grande evolução e a missão deste nobre Espírito.
Não temos informação de como foi sua infância, nem de sua adolescência; a tradição crista nos informa que Maria era filha de Joaquim e Ana. Seus pais eram judeus e pelo que podemos depreender dos textos do Evangelho formavam uma família simples e praticantes fieis de seus princípios religiosos.
Provavelmente nasceu entre os anos 18 e 20 a.C., e como era habitual àquele tempo, deve ter casado por volta de seus 14 anos.
Os historiadores do cristianismo apontam como data provável do nascimento de Jesus o ano 6 a.C., o Espírito Humberto de Campos através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier define o ano 5 a. C. como sendo o correto para a vinda do Cristo à carne. O casamento de Maria deve ter acontecido de seis meses a um ano do nascimento de seu primogênito.
Outra questão que não temos como certa é se Maria teve ou não outros filhos além de Jesus. O Evangelho não é totalmente claro a respeito; Mateus fala que ele teve irmãos e irmãs, e até dá o nome de seus irmãos1. Entretanto, em hebraico ou em aramaico, os primos também eram chamados de irmãos.
Muitos estudiosos contestam esta questão de os supostos irmãos de Jesus serem seus primos. Afirmam estes que era uma realidade que o termo hebraico designava tanto irmão quanto primo, porém ressaltam que o Evangelho foi escrito em grego, e no grego temos duas palavras distintas, adelphos, para irmão, e anepsios que é literalmente primo. Portanto, insistem, se os autores do Novo Testamento, que à época sabiam se eram primos ou realmente irmãos, quisessem falar em primos, usariam anepsios e não adelphos.
Outro argumento a favor de serem irmãos é que na maioria das vezes em que eles são citados no Evangelho estão acompanhados de Maria; por que, perguntam, eles estariam sempre acompanhados da tia?
Há uma terceira hipótese, menos comentada e menos provável, a de que José ao casar com Maria já teria outros filhos de casamento anterior, e estes é que seriam os irmãos de Jesus.
Como este não é o objetivo principal deste estudo, não vamos mais nos ocupar com este tema. No judaísmo era comum o casal ter muitos filhos, era uma benção de Deus, o que faz crer a alguns que José e Maria seriam pais de uma prole maior; todavia, não há esta necessidade, a família de Jesus era sem dúvida uma família especial, e poderia, portanto, ser diferente das demais sem nenhum desmerecimento para eles.
O certo, é que Maria era um Espírito de altíssima evolução, um dos mais puros que encarnou neste Orbe governado espiritualmente por Seu Filho Jesus.

Continua...
1 Cf. Mateus, 12: 46 e Mateus, 13: 55 e 56. Ver também Marcos, 6: 3

Autor: Claudio Fajardo de Castro (Juiz de Fora/MG)
e-mail: fajardo1960@gmail.com
 Publicado por José Aparecido em 23 novembro 2011 às 12:49 em Espiritismo e Evangelho

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

PERDA DE AFETOS


PERDA DE AFETOS


 

Quando a morte arrebata do convívio um ser amado, algumas pessoas perdem a vontade de viver.
De uma forma até egoísta, esquecem os que convivem no mesmo lar e se enclausuram na própria dor.
Não se dão conta que, agindo assim, maltratam os corações que os amam e que, exatamente como eles, sofrem a ausência daquele que partiu para a Pátria verdadeira.
Assim aconteceu com Hamilton, um trabalhador dos Correios. Ele era muito feliz. Pai dedicado, costumava chegar em casa e ler hist6rias para seus filhos.
À noite, antes de adormecerem, beijava-os e com eles orava, rogando a proteção dos seres imortais.
Um dia, a morte veio e ceifou a vida do seu menino de sete anos. A partir desse dia, ele começou a realizar com desleixo o seu trabalho, não mais sorriu, não contou mais histórias. Tornou-se triste e cabisbaixo. O ambiente no lar foi ficando sempre mais difícil.
Certo dia, separando a correspondência para entrega, descobriu uma carta sem envelope. O destinatário era Jesus. O endereço: Céu.
Curioso, abriu e leu:
Querido Jesus
Resolvi Lhe escrever para pedir uma coisa muito especial. Aqui em casa todos estamos muito tristes: papai, mamãe e eu.
O meu irmãozinho Felipe morreu há alguns meses. Quando ele estava conosco, adorava brincar com seu trem, sua bola e seu caminhãozinho.
Pois é Jesus, eu queria que o Senhor levasse todos esses brinquedos para ele no Céu. Tenho certeza de que ele vai querer continuar a brincar com eles.
Acredito que ele sinta falta, principalmente do trem, com que mais brincava.
Outro pedido é que o Senhor traga meu pai de volta. Não que ele tenha ido embora, mas é como se tivesse ido.
É que desde a morte de Felipe, ele não sorri, não conta histórias, nem ora mais comigo.
Eu gostaria muito que meu pai me tomasse nos braços e contasse histórias, como fazia antes.
Eu queria ver meu pai sorrir de novo. É tão bonito o sorriso do meu pai!
Eu queria que, de novo, ele viesse me dizer boa noite, orasse comigo e esperasse eu adormecer.
Era tão bom, Jesus.
Eu ouvi meu pai dizer para minha mãe que só a Eternidade poderia curá-lo.
Será que o Senhor poderia trazer um pouquinho disso para ele melhorar? Se for possível, eu ficarei muito feliz.
Assinado: Rita.
        O trabalhador dos Correios sentiu os olhos marejarem de lágrimas. Deu-se conta de como, em sua dor, fora egoísta. Esquecera esposa e filha, que também sofriam.
Naquele dia, voltou para casa diferente. Ao chegar, chamou a filha, tomou-a nos braços, estreitou-a ao peito demoradamente, beijou-a e lhe perguntou:
Quer ouvir uma história?
*   *   *
Quando a dor da separação pela morte nos ferir o coração, não nos recolhamos em concha, desistindo da vida.
A dor deve nos motivar à continuidade da luta diária, principalmente porque guardamos a lição da Imortalidade. Os que partiram estão mais próximos de nós do que possamos imaginar. E não nos esqueçamos dos que partilham conosco da mesma dor e de idêntica saudade.
Em nome do amor, não nos tornemos egoístas. Não nos isolemos, nem firamos ainda mais os que, ao nosso lado, aguardam pela migalha do nosso carinho, o sorriso da nossa ternura, nutrindo-se do nosso afeto.
Redação do Momento Espírita, com base no livro Remotos cânticos
de Belém, de Wallace Leal Rodrigues, ed. O Clarim.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 2, ed. Fep.

Em 31.01.2010

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

ALGUMAS DICAS PARA SE TORNAR UMA PESSOA MELHOR (Auto-ajuda)



Dizia ele: "Uma boa vida tem como base o sentido do que queremos para nós em cada momento e daquilo que, realmente vale como principal".


Assim sendo, ele traçou 20 regras de vida que foram colocadas em destaque no Instituto Francês de Ansiedade e Stress, em Paris.

Dizem os "experts" em comportamento que, quem já consegue assimilar 10 delas, com certeza aprendeu a viver com qualidade interior.

Ei-las:

1) Faça pausas de dez minutos a cada duas horas de trabalho, no máximo.Repita essas pausas na vida diária e pense em você, analisando suas atitudes.

2) Aprenda a dizer não sem se sentir culpado ou achar que magoou. Querer agradar a todos é um desgaste enorme.

3) Planeje seu dia, sim, mas deixe sempre um bom espaço para o improviso,consciente de que nem tudo depende de você.

4) Concentre-se em apenas uma tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus quadros mentais, você se exaure.

5) Esqueça, de uma vez por todas, que você é imprescindível. No trabalho, casa,no grupo habitual. Por mais que isso lhe desagrade, tudo anda sem a sua atuação, a não ser você mesmo.

6) Abra mão de ser o responsável pelo prazer de todos. Não é você a fonte dos desejos,o eterno mestre de cerimônias.

7) Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso de pedir às pessoas certas..

8) Diferencie problemas reais de problemas imaginários e elimine-os porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.

9) Tente descobrir o prazer de fatos cotidianos como dormir, comer e tomar banho, sem também achar que é o máximo a se conseguir na vida.

10) Evite se envolver na ansiedade e tensão alheias enquanto ansiedade e tensão. Espere um pouco e depois retome o diálogo, a ação.

11) Família não é você. Está junto de você. Compõe o seu mundo,mas não é a sua própria identidade.

12) Entenda que princípios e convicções fechadas podem ser um grande peso, a trave do movimento e da busca.

13) É preciso ter sempre alguém em que se possa confiar e falar abertamente ao menos num raio de cem quilômetros. Não adianta estar mais longe.

14) Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o sentido da importância sutil de uma saída discreta.

15) Não queira saber se falaram mal de você e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.

16) Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois, é ótimo ... para quem quer ficar esgotado e perder o melhor.

17) A rigidez é boa na pedra, não no homem. A ele cabe firmeza, o que é muito diferente.

18) Uma hora de intenso prazer substitui com folga 3 horas de sono perdido. O prazer recompõe mais que o sono. Logo, não perca uma oportunidade de divertir-se.

19) Não abandone suas 3 grandes e inabaláveis amigas: a intuição, a inocência e a fé!

20) E entenda de uma vez por todas, definitiva e conclusivamente: Você é o que se fizer ser!

EVOCAÇÃO DOS ESPÍRITOS




O estudo abaixo tem por objetivo demonstrar a importância das evocações em tratamentos espirituais realizados no centro espírita.

Introdução


No atual contexto do movimento espírita, a evocação dos espíritos está quase totalmente esquecida, dando-se preferência às manifestações espontâneas, privando com isto os grupos espíritas de um importante instrumento para o tratamento dos processos obsessivos.
Kardec informa no Cap.XXV do Livro dos Médiuns, que devemos usar "as duas maneiras de agir" (evocações e espontaneidade), pois as duas "têm suas vantagens e só haveria inconveniente na exclusão de uma delas".
Todo o capítulo XXV do Livro dos Médiuns é dedicado ao estudo da evocação, mostrando que a sua prática era corriqueira, sendo usada normalmente por Kardec e pelos centros espíritas da época.
Pretendemos demonstrar os benefícios e as limitações no uso das evocações, e que sua prática pode ser natural dentro dos trabalhos da casa espírita, como as comunicações espontâneas o são atualmente. Como nos demonstra Kardec no citado capítulo do Livro dos Médiuns, com as evocações poderemos aumentar a nossa capacidade de prestar serviços ao próximo no campo mediúnico.

Quem podemos evocar?


No item 274 do Cap. XXV do Livro dos Médiuns Kardec diz: "Podemos evocar todos os Espíritos, seja qual for o grau da escala a que pertençam: os bons e os maus...". Podemos evocar todos os espíritos, mas isto não quer dizer que todos vão atender os nossos chamados. Eles virão conforme a nossa evolução, a necessidade e a seriedade do trabalho proposto.
Podemos classificar e evocação dos espíritos de duas maneiras, levando em consideração a forma de como é feita:

Evocação direta e pessoal: é aquela em que citamos o nome de determinado espírito, evocando-o de uma forma pessoal. Temos que tomar muito cuidado com este tipo, pois se mal usado ou orientado pode transformar a nossa reunião mediúnica em sala de consultas, objetivando mais o interesse pessoal do que a caridade evangélica.
Evocação indireta: é quando não citamos um determinado nome, mas quando pedimos a presença e a assistência de nossos mentores e guias espirituais. A Codificação nos ensina que toda a prece é uma invocação, e invocar é chamar através da oração, pedir um socorro, um auxílio ou uma proteção; ou seja, é evocar através do pensamento, de uma forma indireta.


Quando e por que evocar?


Na psicografia:


Não aconselhamos o uso da evocação nestes trabalhos, principalmente se ele estiver voltado para o recebimento de mensagens de sofredores, pois nestes casos a espontaneidade é essencial para a credibilidade das mensagens recebidas, onde as informações podem ser checadas de uma forma mais isenta. Chico Xavier nos deixa uma valiosa lição neste sentido, pois quando o seu trabalho de psicografia estava no auge, ele recebia inúmeros pedidos de parentes para receber mensagens dos entes queridos desencarnados. Chico na sua humilde sabedoria, sempre evitou levar nomes para serem evocados para este fim, e se justificava dizendo: "o telefone toca de lá para cá".

Nas mensagens instrutivas:


O que podemos fazer aqui é no máximo uma evocação indireta, chamando sem citar nomes os mentores ou guias da casa. Não há a necessidade de se fazer uma evocação direta, pois podemos receber mensagens instrutivas de qualquer espírito evoluído que estiver trabalhando conosco. O mais importante neste caso é o exame racional e lógico da mensagem recebida, conforme ensina a Codificação, para se evitar a mistificação.

Nas reuniões mediúnicas de desenvolvimento:


No desenvolvimento mediúnico, é necessário, conforme O Livro dos Médiuns, dar ênfase à flexibilização da faculdade mediúnica, ou seja, condicionar os médiuns a trabalharem com vários tipos de espíritos. E isto só será possível se usarmos também a evocação junto com a comunicação espontânea dos espíritos. Podemos evocar de uma forma indireta sofredores, obsessores, suicidas etc; treinando desta forma o médium na flexibilização de sua mediunidade, e junto a isto aproveitando para desenvolver um atendimento mais específico a tais entidades.

Nas salas de passes:


Não é necessária uma evocação direta. Devemos pedir aos bons espíritos para nos assistirem através da evocação indireta, ou seja, somente por uma prece direcionada aos nossos mentores e guias.

Nas reuniões mediúnicas de desobsessão:


Como citamos na introdução, toda reunião mediúnica tem que se valer das evocações e da espontaneidade, conforme nos ensina Kardec. Na nossa experiência, usamos a espontaneidade para o recebimento de instruções dos nossos mentores e abrimos espaços para que eles possam usar um certo número de comunicações livres para atender entidades necessitadas, das quais não temos o conhecimento prévio. Usamos a evocação indireta no tratamento das obsessões que necessitam de um atendimento mediúnico, como explicaremos adiante.

Na desobsessão:


De acordo com a classificação da Codificação, a obsessão pode ser simples, degenerada, fascinação ou subjugação. Na obsessão simples, não é necessário um tratamento espiritual profundo, pois o próprio paciente, com um pouco de boa vontade, pode, com a freqüência regular a uma casa religiosa, livrar-se deste processo obsessivo.
Mas já nas obsessões degeneradas, fascinações e subjugações se faz necessário um contato mais direto com o espírito obsessor, e só teremos um controle sobre isto se ligarmos a comunicação da entidade ao paciente em tratamento. Isto acontece se fizermos uma evocação indireta, ou seja, se levarmos o nome do paciente para a reunião e orarmos para ele, pedindo aos bons espíritos para ajudá-lo. E que se houver alguma entidade ligada ao caso, sendo necessária a sua comunicação, que possa ser feita desta forma.
Quando um Grupo Espírita tem vários tratamentos de desobsessão e só pratica a comunicação espontânea, fica difícil o controle e a doutrinação destas entidades, pois as comunicações não estarão ligadas diretamente aos casos em tratamento.
Somente desta maneira iremos criar um sistema de tratamento onde poderemos acompanhar com mais facilidade e evolução do tratamento desobsessivo, junto ao encarnado e ao desencarnado.

Textos das obras complementares que desaconselham a evocação


Emmanuel - O consolador - Questão 369

- É aconselhável a evocação direta de determinados espíritos?- Não somos dos que aconselham a evocação direta e pessoal, em caso algum.
- Se essa evocação é passível de êxito, sua exequibilidade somente pode ser examinada no plano espiritual. Daí a necessidade de sermos espontâneos, porquanto, no complexo dos fenômenos espiríticos, a solução de muitas incógnitas espera o avanço moral dos aprendizes sinceros da Doutrina. O estudioso bem-intencionado, portanto, deve pedir sem exigir, orar sem reclamar, observar sem pressa, considerando que a esfera espiritual lhe conhece os méritos e retribuirá os seus esforços de acordo com a necessidade de sua posição evolutiva e segundo o merecimento do seu coração.
- Podereis objetar que Allan Kardec se interessou pela evocação direta, procedendo a realização dessa natureza, mas precisamos ponderar, no seu esforço, a tarefa excepcional do Codificador, aliada a necessidades e méritos ainda distantes da esfera de atividade dos aprendizes comuns.

Emmanuel - O Consolador - Questão 380

- Qualquer comunicado com o invisível deve ser espontâneo, e o espiritista cristão deve encontrar na sua fé o mais alto recurso de cessação do egoísmo humano, ponderando quanto à necessidade de repouso daqueles a quem amou, e esperando a sua palavra direta, quando e como julguem os mentores espirituais conveniente e oportuno.

André Luiz - Desobsessão - Cap.34

- No curso do trabalho mediúnico, os esclarecedores não devem constranger os médiuns psicofônicos a receberem os desencarnados presentes, repetindo ordens e sugestões neste sentido, atentos ao preceito de espontaneidade, fator essencial ao êxito do intercâmbio.

Textos do Capítulo 25 de O Livro dos Médiuns

Item 269
Os espíritos podem comunicar-se espontaneamente ou atender o nosso apelo, isto é, ser evocados. Algumas pessoas acham que não devemos evocar nenhum espírito, sendo preferível esperar o que quiser comunicar-se. Entendem que chamando determinado espírito não temos a certeza de que é ele que se apresenta, enquanto o que vem espontaneamente, por sua própria iniciativa, prova melhor a sua identidade, pois revela assim o desejo de conversar conosco. Ao nosso ver, isto é um erro. Primeiramente, porque estamos sempre rodeados de espíritos, na maioria das vezes inferiores, que anseiam por comunicar. Em segundo lugar, e ainda por essa mesma razão, não chamar nenhum em particular é abrir a porta para todos os que querem entrar. Não dar palavra a ninguém numa assembléia é deixá-la livre a todos, e bem sabemos o que disso resulta. O apelo direto a determinado espírito estabelece um laço entre ele e nós; o chamamos por nossa vontade e assim opomos uma espécie de barreira aos intrusos.

Item 270

Quando se quer comunicar com um espírito determinado, é absolutamente necessário evocá-lo.
Item 271
Quando dizemos que se faça a evocação em nome de Deus entendemos que esta recomendação deve ser tomada a sério e não levianamente. Os que pensarem que se trata de uma fórmula sem consequência farão melhor se desistirem de evocar.

Item 274

Podemos evocar todos os espíritos, seja qual for o grau da escala a que pertençam: os bons e os maus, os que deixaram recentemente a vida e os que viveram nas épocas mais distantes, os homens ilustres e os mais obscuros, os nossos parentes, os nossos amigos e os que foram indiferentes. Mas isto não quer dizer que eles sempre queiram ou possam atender ao nosso apelo. Independente da sua própria vontade ou de não terem a permissão de um poder superior, eles podem estar impedidos por motivos que nem sempre podemos conhecer.

Item 277

Em resumo o que acabamos de expor resulta: que a faculdade de evocar todo e qualquer espírito não implica para o espírito a obrigação de estar às nossas ordens; que ele pode atender-nos numa ocasião e noutra não, com um médium ou um outro evocador que o agrade e não com outro; quer dizer o que quiser, sem poder ser constrangido a dizer o que não quer; retirar-se quando lhe convém; enfim, que em virtude de sua própria vontade ou não, após haver sido assíduo durante algum tempo, pode subitamente deixar de manifestar-se.

Item 283

Pergunta 36 - Pode-se evocar o espírito de um animal?
Resposta: O princípio inteligente que animava o animal fica em estado latente após a sua morte. Os espíritos encarregados deste trabalho imediatamente o utilizam para animar outros seres, através dos quais continuará o processo de sua elaboração. Assim, no mundo dos espíritos não há espíritos errantes de animais, mas somente espíritos humanos. Isto responde a vossa pergunta.
Pergunta 37 - Como se explica então que certas pessoas tenham evocado animais e recebido respostas?
Resposta: Evoque um rochedo e ele responderá. Há sempre uma multidão de espíritos prontos a falar sobre tudo.
Outras obras kardequianas sobre a evocação

  • O Livro dos Espíritos, 1857: Introdução, Item VI; Pergunta 462; Pergunta 910, Pergunta 935 e explicação de Kardec.
  • Revista Espírita: Março de 1858, Julho de 1859, Setembro de 1859, Janeiro de 1861, Março de 1862, Maio de 1862, Outubro de 1863, Abril de 1865.
  • Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas, 1858.
  • O Céu e o Inferno, 1865. Toda a Segunda Parte.
  • Evangelho Segundo o Espiritismo, 1864. Capítulo 17, item 10.
  • O que é o Espiritismo, 1859.
Conclusão

Conforme a parábola de Jesus sobre os talentos, temos um trabalhador que escondeu o talento que o Senhor da Seara lhe deu para ser usado, por medo de perdê-lo ou usá-lo mal. Quando foi prestar contas do que tinha feito com o talento, este lhe foi tirado e dado àquele que tinha usado e aplicado os talentos recebidos.
Estamos vendo o Movimento Espírita se comportar desta forma perante a evocação, que é nada além de um talento que nos foi dado para usarmos em prol do bem comum. Estamos escondendo e enterrando este talento por medo e omissão, deixando de prestar um serviço valioso ao próximo.
A evocação é simplesmente um instrumento, que pode ser usado para o bem ou para o mal, depende do livre-arbítrio de cada um. A Doutrina Espírita nos orienta de uma forma objetiva e racional na prática deste instrumento, no sentido de trazer os benefícios que ele e nenhum outro pode trazer. Estamos condenando o instrumento pelo mau uso que se pode fazer com ele. Este tipo de posicionamento é semelhante ao de Moisés que condenou a prática da mediunidade pelo mau uso que os Judeus e os Egípcios faziam dela, e até hoje estamos sentindo os efeitos deste comportamento radical.
De acordo com a Codificação, a evocação deve ser usada junto com as comunicações espontâneas, pois cada uma pode prestar valiosos serviços dentro da prática mediúnica. Nenhuma das duas deve ser descartada, pois com isto ficaremos com deficiência de instrumentos mediúnicos principalmente no tratamento racional e sistemático dos processos obsessivos, como também da pesquisa e da investigação mediúnica.

Textos adicionais

Sentir Kardec - Emmanuel - Caminho Espírita, Fonte de Paz.
Lembrado o Codificador da Doutrina Espírita é imperioso estarmos alertas em nossos deveres fundamentais:
Convençamo-nos do que é necessário:
  • Sentir Kardec
  • Estudar Kardec
  • Anotar Kardec
  • Analisar Kardec
  • Comentar Kardec
  • Interpretar Kardec
  • Cultivar Kardec
  • Ensinar Kardec e
  • Divulgar Kardec
Que é preciso cristanizar a humanidade é afirmação que não padece dúvida; entretanto, cristanizar na Doutrina Espírita, é racionalizar com a verdade e construir com o Bem de todos, para que em nome de Jesus, não venhamos a fazer, sobre a Terra, mais um sistema de fanatismo e de negação.


Chico Xavier - sobre ele mesmo:
- "Entre mim e a Doutrina fiquem com a Doutrina, porque eu posso cair amanhã, mas a Doutrina jamais cairá".
EM http://www.espiritismo.org/Evocacao.htm

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES - ESTUDO ESPÍRITA

http://www.forumespirita.net/fe/estudos-mensais/justica-das-aflicoes/?utm_source=MailingList&utm_medium=email&utm_content=Novembro+2011
ESTUDO MENSAL                                            
TEMA: Justiça das Aflições


1-Objetivos do Estudo:
*Compreender a justiça divina através das aflições

2- DESENVOLVIMENTO:

- O tema ficará dividido em quatro etapas retiradas do Evangelho Segundo o Espiritismo capítulo V item3
- Sendo que em cada semana estudaremos um item, sendo acrescentados a estes itens, vídeos, mensagens, slides, etc..

1-Primeira parte: Por que uns sofrem mais que os outros?
2- Segunda parte: Por que nascem uns na miséria e outros na opulência, sem coisa alguma haverem feito que justifique essas posições?
3-Terceira parte:Por que os bens e males sejam tão desigualmente repartido entre o vicio e a virtude?
4-Quarta parte: Por que os homens virtuosos sofrem, ao lado dos maus que prosperam?


                                     Introdução
As dores e sofrimentos que cada um de nós experimentamos estão diretamente relacionadas com os atos errados praticados por nós mesmos em nossa vidas. Nada, portanto, é gratuito.



Justiça das aflições

3. Somente na vida futura podem efetivar-se as compensações que Jesus promete aos aflitos da Terra. Sem a certeza do futuro, estas máximas seriam um contra-senso; mais ainda: seriam um engodo. Mesmo com essa certeza, dificilmente se compreende a conveniência de sofrer para ser feliz. E, dizem, para se ter maior mérito. Mas, então, pergunta-se:
por que sofrem uns mais do que outros?
Por que nascem uns na miséria e outros na opulência, sem coisa alguma haverem feito que justifique essas posições?
 Por que uns nada conseguem, ao passo que a outros tudo parece sorrir?
 Todavia, o que ainda menos se compreende é que os bens e os males sejam tão desigualmente repartidos entre o vício e a virtude; e que os homens virtuosos sofram, ao lado dos maus que prosperam.
 A fé no futuro pode consolar e infundir paciência, mas não explica essas anomalias, que parecem desmentir a justiça de Deus. Entretanto, desde que admita a existência de Deus, ninguém o pode conceber sem o infinito das perfeições. Ele necessariamente tem todo o poder, toda a justiça, toda a bondade, sem o que não seria Deus. Se é soberanamente bom e justo, não pode agir caprichosamente, nem com parcialidade.Logo, as vicissitudes da vida derivam de uma causa e, pois que Deus é justo, justa há de ser essa causa. Isso o de que cada um deve bem compenetrar-se. Por meio dos ensinos de Jesus, Deus pôs os homens na direção dessa causa, e hoje, julgando-os suficientemente maduros para compreendê-la, lhes revela completamente a aludida causa, por meio do Espiritismo, isto é, pela palavra dos Espíritos

1-Primeira parte do estudo: Por que uns sofrem mais que os outros?

Prevenção aos vícios Caminho para a felicidade - Dr. Luiz Carlos B.Costa

Palestra "Prevenção aos vícios Caminho para a felicidade" com Dr. Luiz Carlos Barros Costa realizada no Centro Espírita Caminheiros do Bem da cidade de Aurif...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Os efeitos morais do perdão

em http://febnet.org.br/reformadoronline/pagina/?id=264

Clara Lila Gonzales de Araújo
“Reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso adversário, enquanto estais com ele a caminho.” (Mateus, 5:25.)
Jesus, na passagem registrada pelo evangelista Mateus, aconselha-nos a desvencilhar-nos dos dolorosos grilhões do passado obscuro, por meio da exemplificação do ato sublime de perdoar os que nos feriram, e solicitar perdão a algum de nossos irmãos que, pelos agravos que lhes tenhamos feito, se transformam em desafetos, muitas vezes, por razões de contraditas estéreis e pueris.

Na prática do perdão, o tema sugere ampla abordagem, mas gostaríamos de centrar essa análise nas dificuldades que surgem dos relacionamentos existentes entre os Espíritos que permanecem encarnados.

Determinadas pessoas, ao serem injuriadas, expressam indignação e revolta promovendo manifestações pessoais de cólera e superioridade na ânsia de agredir o ofensor e colocam-se na mesma posição do oponente ao quererem revidar as agressões recebidas. Nem sempre privilegiam a generosidade e a complacência e torna-se difícil esquecer o mal cometido contra elas ao exigirem retratação das afrontas recebidas, sem saberem perdoar com verdadeira simplicidade de coração. “O perdão sincero é filho espontâneo do amor e, como tal, não exige reconhecimento de qualquer natureza”.1
Esquecem que as ofensas são perdoadas por Deus, na mesma proporção em que houverem perdoado os que as ofenderam.

Ao enunciar o  Pai Nosso,o Mestre nos ensina a pronunciar: “Perdoa-nos nossas dívidas, como também perdoamos nossos devedores” (Mateus, 6:12).2
Allan Kardec indaga: “Esse perdão é, porém, incondicional? É uma remissão pura e simples da pena em que se incorre?”. Ele conclui que não, pois:

[...] a medida desse perdão subordina-se ao modo pelo qual se haja perdoado, o que equivale dizer que não seremos perdoados desde que não perdoemos.3

A caridade não consiste apenas em ajudarmos os que carecem de necessidades materiais ou que precisam de consolo para suas dificuldades morais, mas, principalmente, em olvidarmos e perdoar-mos os insultos recebidos. Entretanto, como desculpar com verdadeira espontaneidade de coração, se na trajetória da existência surgem adversários que se tornam frios e indiferentes, influindo-nos para que sejamos também assim?
Dentro dessa realidade, devemos aceitar as investidas daqueles que amamos, em forma de ingratidão e indiferença, após demonstrações de puro afeto que lhes outorgamos? Infelizmente, pelas imperfeições morais que ainda nos caracterizam a personalidade, cultivamos sentimentos de mágoa e rancor ao recordarmo-nos dos agravos que sofremos. Kardec, na análise que faz sobre a caridade, na suamais ampla acepção, alerta-nos:

Com efeito, se se observam os resultados de todos os vícios e, mesmo, dos simples defeitos [...] todos têm seu princípio no egoísmo e no orgulho [...] e isso porque tudo o que sobreexcita o sentimento da personalidade destrói, ou, pelo menos, enfraquece os elementos da verdadeira caridade, que são: a benevolência, a indulgência, a abnegação e o devotamento. Não podendo o amor do próximo, levado até ao amor dos inimi gos, aliar-se a nenhum defeito contrário à caridade, aquele amor é sempre, portanto, indício de maior ou menor superioridade moral, donde decorre que o grau da perfeição está na ra zão direta da sua extensão. [...]4

O indivíduo que deseja perdoar sinceramente, consciente das consequências sublimes que esse ato acarreta, assume a atitude inspi rada no Evangelho, valendo-se do admirável ensinamento: “Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes” (Mateus, 18:22). O perdão verdadeiro esquece, em definitivo, o mal recebido; não se gaba da concessão a fazer, sem vangloriar-se da absolvição concedida aos inimigos. Os que agem assim não se perturbam por “nenhuma raiz de amargura” (Paulo aos Hebreus, 12:15) e exemplificam atitudes de desprendimento e compreensão
legítima, ao acolher com brandura o ofensor. Por esse motivo, Martins Peralva (1918-2007), escritor espírita, em uma de suas obras sobre os valiosos estudos do Espírito Emmanuel, observa:

O perdão que o Espiritismo e os amigos espirituais preconizam em verdade não é de fácil execução. Requer muita boa vontade. Demanda esforço – esforço continuado, persistente.

Reclama perseverança. Pede tenacidade. É bem diferente do perdão teológico, que deve ter tido, em algum tempo, sua utilidade. Não se veste de roupagem fantasiosa, não se emoldura de expressões simplesmente verbais.5

Aquele, pois, que se sinta ofen ido deve esforçar-se para domars energias afetivas que, convertias em paixões desequilibradas, avram ódios intempestivos, demonstrando que estamos longe e alcançar a sublimidade dos sentimentos, especialmente nos momentos de crises morais da vida.
Deveríamos compreender de maeira decisiva as leis que regem as ausas e os efeitos dos pensamen os e atos que conservamos, recohecendo que ainda nos deleitams situações de represália para com as pessoas que nos comba em. A paz é patrimônio divino que se torna imprescindível defender! O Espírito Angel Aguarod, em análise sobre a questão, afirma categórico:

O desejo de paz, nos que ainda não chegaram ao ponto médio da evolução, permanece em estado de aspiração, por não terem sabido tirar dos descala bros sofridos as consequências naturais que deles brotam e mediante as quais aprende o ser racional a cimentar a paz na própria paz, isto é, na paz da alma, que exige, para tornar-se efetiva, a eliminação de todo sentimento antifraternal [...].6

Nesse contexto, proliferam sentimentos contrários à caridade e que influenciam nocivamente a sociedade e os indivíduos que a compõem.Ora, se “o progresso material de um planeta acompanha o progresso moral de seus habitantes”,7 inferimos que, ao atuar desse modo, não conseguimos aplicar o livre-arbítrio para disseminar a Doutrina Espírita na Terra, à luz do Evangelho. Querer lutar em objeção aos adversários, magoando-os, muitas vezes, em
condição humilhante, com o propósito de desforra, afasta-nos da bondade e da indulgência sinceras, mormente ao desdenhar os esforços daqueles que porventura pretendem reconciliar-se conosco.

“Quem perdoa liberta o coração para as mais sublimes manifestações do amor que eleva e santifica”.8
Para tanto, é urgente buscar o progresso individual; interrogar mais assiduamente a consciência e verificar quantas vezes fracassamos no trato com as pessoas que nos cercam na esfera familiar, no ambiente profissional, no grupo espírita e em outros círculos que vivenciamos em prol da evolução particular. Luminosos conselhos são oferecidos por Santo Agostinho, em benefício doconhecimento de nós mesmos:

[...] Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, inquiri como a qualificaríeis, se praticada por outra pessoa. Se a censurais noutrem, não na podereis ter por legítima quando fordes o seu autor, pois que Deus não usa de duas medidas na aplicação de sua justiça. Procurai também saber o que dela pensam os vossos semelhantes e não desprezeis a opinião dos vossos inimigos, porquanto esses nenhum interesse têm em mascarar a verdade e Deus muitas vezes os coloca ao vosso lado como um espelho, a fim de que sejais advertidos com mais franqueza do que o faria um amigo. [...]9

Paulo, o apóstolo, em mensagem inserida em O Evangelho segundo o Espiritismo,10 convida-nos a avaliar as próprias características comportamentais e mostra-nos que somos Espíritos exigentes, inflexíveis, duros e  rigorosos, nem sempre atentos à possibilidade de reconhecer que os rompimentos podem ter sido iniciados por nossa culpa ao convertermos em  querela grave o que poderia, facilmente, ter sido deslembrado. O perdão não exclui a necessidade da vigilância, e o amor ao próximo deve pautar as decisões que tomarmos para não termos dúvidas quanto a reconciliar-nos com os nossos opositores, conforme recomendação de Jesus.

Referências:

1 XAVIER, Francisco C. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 28. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Q. 335.
2 DIAS, Haroldo Dutra. (Trad.) O novo testamento. Brasília: EDICEI, 2010. p. 55.
3 KARDEC, Allan. O céu e o inferno. Trad. Manuel Quintão. 2. ed. bolso. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. P. 1, cap. 6, it. 6.
4______. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 25. ed. bolso. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010.Cap. 17, it. 2.
5 PERALVA, Martins. O pensamento de Emmanuel. 9. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Cap. 24, p. 175.
6 AGUAROD, Angel.  Grandes e pequenos problemas. 7. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 6, it. 3, p. 216-217.
7 KARDEC, Allan.  A gênese. Trad. Guillon Ribeiro. 2. ed. bolso. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 11, it. 27.
8 PERALVA, Martins. O pensamento de Emmanuel. 9. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Cap. 24, p. 177.
9 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 14. ed. bolso. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Q. 919a, p. 451.
10______. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 25. ed. 3.reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 10,it. 15